quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Há 30 anos Licor da Gabriela agrada ao paladar de sergipanos e turistas

Foto: Fernanda Araujo.

Cotidiano - Especial - 28/12/2015.

Há 30 anos Licor da Gabriela agrada ao paladar de sergipanos e turistas

Confira a segunda reportagem da série especial Made in Sergipe.

Notícias Sergipe
Por Fernanda Araujo

Entre as décadas de 70 e 80, a má gestão do dinheiro captado no exterior fomentou a paralisação do crescimento econômico brasileiro por uma década inteira, transformando os anos 80 na “década perdida”. A crise da dívida, resultado de outro erro (a crise do petróleo, de 1973), fez com que alguns setores da economia brasileira começassem a fazer cortes no orçamento, um período de estagnação que formou uma retração agressiva da produção industrial.

Essa redução de gastos foi o ápice para inúmeras demissões que ocorreram no país e um dos atingidos foi o trabalhador em construção civil Carlos Henrique de Oliveira Santana, 74 anos. Funcionário de uma empresa na Bahia, em 1980, o sergipano sentiu o peso do desemprego até que um hobby de família o fez retornar ao seu lugar de origem.

Ainda na cidade baiana e sem trabalho formal, Carlos resolveu montar um negócio de fabricação de licor, o que não deu muito certo. Separado da esposa, ele voltou para Aracaju (SE), sua cidade natal, onde retornou a apostar no mercado de bebidas. Hoje, produtor de licor artesanal e dono da microempresa Licor Gabriela, localizada no bairro Pereira Lobo, na capital sergipana, seu Carlos produz cerca de 2 mil litros por ano e mais de 70 tipos diferentes de licor, em um espaço criado há 30 anos.

“O licor nasceu com meu avô Antônio José de Oliveira, mais conhecido como Antônio Ferreiro, em 1880, fazíamos para uso próprio ou para presentear. Quando chegamos aqui não tinha água e nem luz. A persistência faz com que você progrida na vida, várias pessoas já vieram com muitas propostas, mas nunca aceitamos passar nosso lugarzinho”, lembra Carlos Henrique.

Tudo começou com a fabricação de dois tipos de licores caseiros: jenipapo e canela. A última, mais famosa, deu nome ao estabelecimento. “Quando as pessoas vinham pedir o licor de cravo e canela, pediam: Me dê um licor da Gabriela, por causa da novela Gabriela, cravo e canela (escrita por Walter George Durst, adaptada do romance de Jorge Amado)”. Sem rótulos, a bebida era apenas armazenada em garrafas e depois na geladeira. “Graças a esse trabalho consegui chegar até aqui e formar meus filhos”.

O negócio

Mas o negócio tem seus altos e baixos. A última crise que o empreendimento teve que enfrentar foi na presidência de Fernando Collor, em 1990, com o anúncio de medidas como a volta do cruzeiro como moeda; o congelamento de preços e salários; bloqueio de contas correntes e poupanças por 18 meses; demissões de funcionários e diminuição no número de órgãos públicos. “Logo quando eu estava começando a dar certo, levei uma cacetada, várias situações de crise”, diz.

Uma possível saída dessa tensão seria a contratação de empréstimos em instituições financeiras. Seu Carlos até que tentou para ter um ‘capital de giro’, mas o crédito que conseguiu custeava apenas máquinas industriais. “Como era produção artesanal não tinha essa necessidade”, conta.

A princípio quando foi criada a oportunidade de se formalizar, o produtor não encontrava um código de atividade que se enquadrasse no perfil do seu negócio; após três tentativas, obteve êxito este ano. Ele conta que a falta de formalização dificultou a comercialização do produto em mercadinhos e o fez perder várias oportunidades. “Uma vez na feira de São Cristóvão (SE) uma pessoa se interessou, mas eu não era formalizado. E depois da formalização, que para mim é outra vida, fiquei conhecido no estado e agora no resto do país”, comemora.

Apesar de sentir dificuldades em pagar os funcionários durante o ano, a produção chega a dobrar no período junino, que começa a ser feita três meses antes, com a ajuda de mais quatro funcionários. Posteriormente, a demanda só aumenta em eventos culturais Brasil afora, como a Vila do Forró e a Feira de Sergipe, em Aracaju. “Já vendi em todo o país, só nunca fui para o Norte”.

Apoio

Carlos Henrique possui a carteirinha de artesão do Ministério do Desenvolvimento, é cadastrado no Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT) e no Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), que promove feiras em todo o país. Além disso, hoje, é presidente da Cooperativa de Artesãos em Sergipe. Para ele, é preciso mais apoio. “Aqui em nosso estado não temos apoio, com isso deixam de ajudar e escondem o talento de uma coisa típica. Assim que viajo, levo os produtos dos amigos para vender. E aqui no meu espaço eu também vendo produtos de colegas, por exemplo, o doce da Cabrita”, salienta.

“Como estamos produzindo desde 85, logo depois de sete anos o negócio cresceu e eu não estava mais com os únicos dois sabores. E aí foi o pontapé para o sucesso”, conta Henrique lembrando que foi descoberto através da mídia.

O segredo da longevidade

O produtor viu a oportunidade de desenvolver seu negócio unindo diversos sabores que, possivelmente, agradariam ao paladar dos degustadores. De forma criativa, Carlos Henrique busca, todo ano, utilizar as misturas conforme temas da atualidade. O futebol brasileiro com a torcida pelo Hexa e até a Lava Jato – operação da Polícia Federal que desvendou um esquema de corrupção na Petrobras – já foram usados como inspiração. “Esse ano fizemos o do Lava Jato, que tem sabor de pizza”, diverte-se

Dos 70 sabores produzidos atualmente, 20 são os mais solicitados, entre eles, cravo e canela, jenipapo, abacaxi, cajá, caju, jabuticaba, ‘lágrimas’ feito de vinho, gengibre ‘bastante diferenciado’, mangaba, maracujá, tamarindo, umbu e um ‘viagrinha’ feito de ervas. Os preços variam entre R$ 12 e R$ 15, mas sabores diferenciados como de chocolate chegam a R$ 30. E a receita, ele mesmo ensina.

Sempre pensando em adquirir conhecimento, o produtor aprendeu a fazer a mistura dos sabores através de um curso no Senac sobre manipulação de alimentos. “Eu procuro sempre me adequar, não gosto de ficar parado. Fiz dois cursos e fiz o de Plano Nacional Qualificação, patrocinado pelo Governo Federal. Tem que se adequar para não perder espaço”, acredita Carlos.

Manter um negócio aberto por três décadas não é uma tarefa fácil. Uma pesquisa divulgada este ano pelo IBGE mostrou que mais da metade das empresas fundadas no Brasil fecha as portas após quatro anos de atividade. Especialistas também indicam que os dois primeiros anos de atividade de uma nova empresa são os mais difíceis, o que torna a consultoria especializada um fator fundamental para garantir a sobrevivência desses empreendimentos e o consequente desenvolvimento da economia brasileira, como ressalta o gerente de negócios do Banco do Nordeste, Breno Valentim.

“Planeje, veja onde quer chegar e cerque-se de pessoas que possam te ajudar. Para que o sonho seja alcançado é necessário muito suor, não se pode desistir no primeiro tropeço e nem adianta querer melhora do dia para a noite, existem alguns passos a serem seguidos. Recursos são bons, porém em excesso podem levar ao endividamento”, orienta Valentim.

Texto e imagem reproduzidos do site: f5news.com.br

Fazenda São Felix, no município de Santa Luzia de Itanhy

Rio Guararema, na Fazenda São Felix, 
no município de Santa Luzia de Itanhy.
Foto: acervo Eduardo Cabral.

Fazenda São Felix.
 Foto: acervo Eduardo Cabral.

Antiguidades da Fazenda São Félix.
Foto: Márcia Jamille
Reproduzida do blog: cafeneftis.wordpress.com
Antiguidades da Fazenda São Félix.
Foto: Márcia Jamille
Reproduzida do blog: cafeneftis.wordpress.com

Fazenda São Félix, no município de Santa Luzia do Itanhy/SE.
Foto: Márcia Jamille
Reproduzida do blog: cafeneftis.wordpress.com

Grande sala, na Fazenda São Félix.
Foto: Evaney Simões.
Reproduzida do blog: cafeneftis.wordpress.com
Post migrado do Facebook/GrupoMTéSERGIPE.
http://migre.me/szSPV

Grupo Folclórico Parafusos


Grupo Folclórico Parafusos.

O grupo, Parafusos só existe no município de Lagarto no estado de Sergipe e é reconhecido nacionalmente por sua autenticidade. A empolgação fica por conta dos próprios integrantes que, com seu belo visual de aproximadamente cinco anáguas, contagia o público com sua alegria. Hoje o grupo folclórico parafusos é motivo de bastante humor e alegria (...).

Grupo Parafusos.

Vestidos numa anágua branca e enfileirados ao girar, os homens assemelham­se aos parafusos. É dessa maneira que se apresenta o grupo folclórico parafusos, original de Lagarto, município do estado de Sergipe. Os homens ocupam as posições de porta­estandarte, caboclinhos, terno de zabumba e brincantes, que são os parafusos, de fato.

A idéia do grupo surgiu a partir da tradição que os negros tinham de roubar as anáguas das sinhazinhas nas fazendas e cantar e dançar vestidos dessa maneira, na tentativa de disfarçados, fugirem de seus senhores indo de encontro com a liberdade. Como se vestiam dos pés à cabeça com as vestimentas brancas, assustavam a população das redondezas, que acreditava que eles podiam ser almas sem cabeça. Após o fim da escravidão no Brasil, eles passaram a comemorar dançando pelas ruas da cidade, inclusive pintando os rostos com
pó branco para parodiar os brancos.

Texto e imagem reproduzidos do site: turismosergipe.net

Manequito, figura carismática da Atalaia.





08/08/2011 - JC 2011 - Osmário - Memórias de Sergipe.

Manequito.

Figura carismática da Atalaia.

“Bar, estranho bar!” pode bem dizer qualquer pessoa ao chegar ao Bar do Manequito, na orla da Atalaia, quase vizinho ao Tropeiro. Nada de estranho. Antes assim, conservando sua estrutura antiga, com esteiras nas paredes e lugar de fazer xixi no mato. Um bar não muito arrumado.Tem pouca gente, mas uma gente especial: os jovens de ideias altas, poetas, músicos, jornalistas, encontro da marginália poética da cidade.

Quem quer gente demais? Tragam o cardápio! Temos batidas de frutos naturais: maracujá, limão, mangaba, jenipapo, umbu, tamarindo, alecrim, cajá e outras”.

Ao pedir a especialidade da casa, descobre-se que o lugar é muito agradável. Lá, a presença de um simpático senhor, conhecido por todos como Manequito, coloca um certo encanto no ambiente. Lá, misturam-se as frutas com ótimos resultados, anestesiando as gengivas!

Naquela noite, o bar estava em festa.Seus frequentadores faziam uma homenagem ao seu proprietário.

Uma panela de caruru por conta dos promotores e as batidas na conta de cada um.

Um momento especial, merecedor do devido registro. Afinal, são poucos os indivíduos especiais que projetam a noite. Manequito é um deles. Uma pessoa simples: tirador de coco, pescador, dono de bar desde o tempo em que chegou bem próximo na beira do mar e instalou seu barzinho para vender “casca de pau” para os companheiros de pescaria. Ele conta que, no princípio, eram três bares na praia de Atalaia. Não tinha cais nem asfalto, só areia e muita conversa de pescador.

Manequito prestou serviço no tempo da Segunda Guerra. Trabalhador de descascar três mil por dia. Um pescador antigo, bem querido pelos colegas. Um homem que tem um pé... enorme! Mais coisas? Fundador e primeiro presidente da Associação de Barraqueiros da Atalaia.

“O Rei das Batidas” conquistou troféu em concurso internacional. Mas mora no próprio bar, sempre de olho no seu patrimônio, os tentadores litros das suas famosas batidas!

Na família, faz tudo para as duas filhas de criação. Vive uma vida tranquila, cuida direitinho das meninas e ainda sobra tempo para curtir o amor. Fala bem disso, dá provas na frente da câmara fotográfica. Se comove ao falar da sua Maria dos Prazeres. Vive uma fase de forte paixão com todo o vigor de um casal em plena lua-de-mel.

A grande riqueza do Manequito, que moldura o quadro de sua vida, é a sua convivência na noite com a juventude. É o seu carisma. Isso qualquer pessoa pode ir, numa noite de sexta ou sábado, comprovar.

“O cara sempre está atualizado, numa boa”. Manequito abriu o espaço do seu bar para os jovens sem dinheiro, que não podiam pagar bebidas caras. Desde então, convive com adolescentes de várias gerações.

Seu estranho bar, perdido entre os outros de bonitas e atuais fachadas, está integrado à vida noturna da Atalaia. Enquanto vida tiver, garante-nos que será assim. “Um modesto bar”, que não aparenta nada por fora mas que, dentro, muito calor humano está presente.

Manequito não amadurece, rejuvenesce. Não pintou os cabelos, nem incrementou as roupas. Ostenta apenas um chapéu, que orgulhosamente diz que é de “capitalista”.

Os depoimentos dos amigos

José Hamilton Santana, mais conhecido como “Professor Gabiúna”, fala que Manequito faz parte da sua adolescência, uma marca não só da sua, mas de vários jovens, vários adultos, hoje pais de família. “Para mim, não sei se é válido fazer essa comparação, mas considero o homem um bom químico que, com a sua simplicidade, sua meiguice, sua pureza, pois é de fato uma pessoa muito pura, consegue nas suas simples batidas colocar um tempero que nem uma outra pessoa conseguiu até hoje fazer. Na minha juventude, não podia pagar uma cerveja, não tinha condições de frequentar os bares da praia e Manequito me acolheu com as suas batidas. Hoje, já com condição, volto ao bar para tomar a velha batida de Alecrim, atraído pelo significado e o bom papo, com uma pessoa que transmite tudo de bom. São várias gerações que transitam por esse bar. Manequito marcou, está marcado e vai continuar a marcar, espero que sim, a vida do jovem em Sergipe”.

Para o músico Antônio Alvino Argolo, Manequito é uma figura muito alegre e que traz muita alegria para a noite sergipana. A atriz Valquíria Sandes considera Manequito uma pessoa tão maravilhosa que, para ela, continua sendo um eterno jovem. Nem se lembra mais do tempo que começou a frequentar aquele bar. “Quando chego aqui, sinto uma atração diferente”.

O presidente da Associação Sergipana de Imprensa, jornalista Elito Vasconcelos, acha que Manequito representa a história da vida noturna de Aracaju, sendo a própria história da praia de Atalaia. “Foi ele quem fundou, criou e consolidou a vida noturna na Atalaia. Ele viu, observou, acompanhou e sobrevive a todos os momentos da vida aqui na praia. Aqui sempre foi o ponto de encontro de intelectuais, jornalistas, poetas, de artistas, da marginália da sociedade sergipana. Por isso, Manequito é a própria história contemporânea da vida de Aracaju”.

O jornalista Vilson de Souza chegou a Aracaju há dez anos e parou no Manequito para provar a tão famosa batida. Continua até hoje parando por lá nos fins de semana. Ele informa que, em Salvador, no Rio Vermelho, existe um bar do gênero, porém muito bem explorado turisticamente. A grande diferença é que lá não tem a figura do Manequito, com as histórias da Segunda Guerra, da qual participou. “Manequito é um patrimônio ainda não explorado da noite de Aracaju”.

Depoimento de colega de guerra

Gerson Rocha é um contemporâneo de Manequito. Um herói de guerra como ele. “Manequito na noite, na Atalaia: quando não existia ninguém, existia o Manequito”.

Carlos Silva Barreto, apelidado de “Berlota”, considera Manequito um herói, um pai, o “Polícia das Antilhas”. Berlota, como gosta de ser chamado, levou flores para o Manequito: “Essas rosas estou trazendo para o senhor! São do meu planeta. Representam uma fase do sol, da lua, do tempo, do grande astral que é Manequito”. “Obrigado pelo carinho”, responde Manequito.

Depoimento de Hildson Andrade Cruz: “É uma das mais fiéis tradições em Sergipe, sempre preservando sua origem”. De Marta Oliveira Santos: “Uma pessoa que não cedeu às mudanças. A figura mais tradicional da Atalaia. O público que frequenta o seu bar é cativo, pois é de pessoas que gostam do Manequito, do seu modo de ser”. Clô Silva: “Quando comecei a frequentar o bar era guria. Agora estou sabendo da importância do Manequito na noite da cidade. O espaço do seu bar é uma descoberta de identificação de uma etapa da vida de todo o ser humano, que é a adolescência”.

Rosa Angélica: “Manequito é um amigo. Uma figura humana admirável”.

Maria dos Prazeres, a companheira de Manequito: “A homenagem de hoje, que fazem ao meu querido Manequito, me emociona. Só sinto saudades da minha mãe, nesse momento. Ela ficaria orgulhosa do Mané”.

Manequito fala de sua vida

“Meu nome é Saltro dos Santos. Nasci no dia 25 de setembro de 1919. Meus pais: Joventino Bispo dos Santos e Maria Leobina de Jesus. Eram pescadores e trabalhavam em negócio de coqueiral. Nasci aqui mesmo na Atalaia. Segui a profissão dos meus pais: a vida de tirador de coco e de pescador. Era um profissional imbatível, trabalhava desde menino. Tirava coco de gancho e descascava três mil cocos por dia”.

“Na Segunda Guerra, fui guarda costeiro, mandado pela polícia para prestar serviços aqui na praia, reparando os acontecimentos que tinham por aqui. Eu levava o pessoal para o Cemitério dos Náufragos.

Pegava na praia os corpos dos náufragos, botava nas costas e levava para o cemitério. Ficava noite e dia patrulhando a praia na procura dos submarinos. Se avistasse, informava para a polícia”.

“Filhos, tenho de criação: Ângela e Telma. Moro com a minha namorada, Maria dos Prazeres, no meu bar. Quando eu montei esse barzinho aqui, só tinham três bares. Os veteranos, meus amigos, saíram mas eu aguentei até agora. Meu bar foi montado no ano de 1954. Estava trabalhando aqui e armei o barraco lá na frente. Hoje já é água no lugar em que montei o bar”.

“Depois veio o cais, o passeio e tudo isso. Depois a construção do prédio que é hoje o Tropeiro, iniciado na primeira campanha do Dr. Leandro, que iniciou a obra e Luiz Garcia terminou”.

“No meu primeiro bar, eu vendia cachaça ‘casca de pau’. Meu bar sempre foi cheio. Os pescadores frequentavam para as suas conversas. O pescador quando vinha pescar tomava uma chamada e depois contava o que via na praia; tomando uma e outra passava para a gente. Quando chegou o cais, Dr. Leandro fez a gente arrancar o bar e eu passei mais para cá. Chegou a rodagem de piçarra e meu bar foi afastado mais uma vez. Quando passou o asfalto, mandaram eu arrancar e me afastei. Foi aí que me prometeram que eu não sairia mais, pois já tinha saído uma porção de vezes. Tenho 60 anos de praia, calculando a idade, pois estou com 71 anos”.

“A juventude chegou perto de mim, pois estudante não tinha dinheiro: não podia beber cerveja. Não podia chegar em outro bar e pedir uma outra coisa. Só tinha que procurar a mim, pois vendia batidas e que era barato. Se tivesse dinheiro bebia e, se não tivesse, bebia também”.

“Com os jovens de agora a coisa está diferente. Não é como os jovens de antigamente. A gente trabalhava na sinceridade, os jovens de agora trabalham na malandragem e isso prejudica a gente. Brigou aqui, coloco para fora, não quero conversa”.

“Aprendi a fazer batida com os mais velhos, pegando instruções com aqueles senhores de idade. A batida mais famosa? Aliás a de maracujá, tamarindo, limão, alecrim, mangaba, jurema, tudo. Tanto passo a noite toda com uma turma brincando, como passo com uma só batida na mesa.

(Publicado no Jornal da Cidade, em 15.10.1990 e no livro “Oxente Essa é a Nossa Gente”, de Osmário Santos).

Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldacidade.net

domingo, 27 de dezembro de 2015

Asilos: idosos sentem falta dos familiares no Natal.

 Parte dos idosos celebram natal dentro do próprio asilo.

 Maria José: Dou valor ao meu mundo particular.

Micheline conta que idosos terão almoço festivo em celebração ao natal.
Créditos - Portal Infonet

Infonet > Cidade > Noticias > 25/12/2015.

Asilos: idosos sentem falta dos familiares no Natal.
Muitos já nem celebram mais a data festiva.

Se para a maioria das pessoas a chegada do período natalino significa celebrações em família, para os idosos que moram em asilos, a data já não exerce a mesma importância. Durante visita a um dos asilos de Sergipe, o Portal Infonet conversou com alguns idosos e registrou a rotina destas pessoas que, em sua maioria, vão comemorar a data dentro do próprio asilo.

O senhor Walter Teles, por exemplo, aos 88 anos, explica que já se acostumou a viver sozinho, e enfatiza sua vontade de passar a data natalina dentro do seu aposento no asilo em que reside. O idoso entende o período como de reflexão ao amor e a vida e, na mesma linha de raciocínio, lamenta as circunstâncias que, sem saber dizer o porquê, afastaram seu filho de si. “Hoje ele está com 35 anos [filho] e sei que já me deu até netos, mas não conheci nenhum. Quando vejo jovens parecidos com ele, tenho vontade de abraçar porque de alguma forma me aproxima do meu filho”, conta o Sr. Teles.

Walter diz que hoje suas visitas se restringem a apenas uma familiar, e alguns voluntários que vão ao asilo conversar com os idosos. Para o natal, o plano é aproveitar o almoço festivo que o asilo vai oferecer, e o restante do dia ser como qualquer um outro. “Minha vida é isso e eu estou tranquilo, acostumado. Já fui festeiro e às vezes sinto falta dessas farras, mas hoje tento aceitar essa realidade. Mas se bem que um queijo do reino seria bom para a ceia”, brinca.

Já Maria José, outra residente do asilo, afirma que não se importa em passar a data festiva no asilo. Ela comenta que este ano, atendendo ao pedido de uma das filhas, vai para a casa dos familiares celebrar o natal, mas garante que hoje dá mais valor ao seu ‘mundo particular’. “Ir para o asilo foi uma decisão minha, porque eu queria viver meu mundo particular e isso eu dou mais valor hoje. Sinto falta da família, sim, mas foi uma decisão minha. Hoje me dedico a coisas que gosto, como bordado, por exemplo”, conta a idosa.

A assistente social do asilo, Micheline Figueiredo, garantiu que todo idoso tem permissão para sair, seja com familiares ou sozinhos [caso tenha capacidade para tal] em função da celebração natalina, mas lamenta que nem todos mantêm contatos com familiares e então ficam restritos a celebração do estabelecimento. “Quem tem família sai, mas aqueles que não têm, nós promovemos uma série de eventos para que não se passe em branco. Há o café da manhã e almoço festivo no lugar da ceia, coral, além da visita dos voluntários, que é sempre importante”, informou a profissional.

Doações e visitas

As visitas aos idosos do Asilo Rio Branco podem ser feitas sempre no turno da tarde. Doações de produtos de higiene, fraldas geriátricas e alimentos também são algumas ações que podem dar melhores condições aos residentes. Mais informações, os interessados podem entrar em contato através do telefone 3217-6124.

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/cidade

Lar de Zizi recebe o projeto Natal Solidário do Grupo Cantoria



Fotos: Ascom/Seplog.

Publicado originalmente no site da PMA, em 17/12/2015.

Lar de Zizi recebe o projeto Natal Solidário do Grupo Cantoria

Na última quarta-feira, 16, o grupo do Coral Cantoria da Secretaria Municipal do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog), promoveu uma apresentação musical no Lar de Zizi que funciona como creche atendendo mais de 60 crianças de três a cinco anos de idade. A ação integrou a confraternização natalina do local que encerra nesta semana as atividades do semestre.

"Estamos chegando na fase final do projeto Natal Solidário 2015, em que neste ano tivemos apresentações na Associação de Moradores da Paróquia do Médici e SAME levando canções de natal como Noite Feliz, Bate o Sino, Então é Natal que são músicas especiais e que caracterizam a época. Percebemos a satisfação das pessoas nos locais que estamos indo e é algo que nos traz muita alegria. O grupo se apresenta com um pereline que lembra as cores do Papai Noel e isto, chamou a atenção do público infantil durante a nossa apresentação de hoje", justificou a Coordenadora do Espaço de Valorização do Servidor da Seplog, Lígia Prudente.

Ivanilde Moreira que é coordenadora do Lar de Zizi contou da satisfação de receber o Grupo Cantoria durante a confraternização da creche. "Desde que recebemos a notícia de que o grupo viria para a nossa festa ficamos muito felizes e a partir daí, fomos divulgando para nossos alunos e familiares como seria este momento", disse.

No dia 23, às 10h30, será realizada uma missa alusiva às festividades de final de ano para os servidores, no Centro Administrativo Aloísio Campos (sede da prefeitura). O Coral Cantoria estará participando da cerimônia e logo após, o grupo Renantique fará uma apresentação.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

Natal no Parque reúne centenas de pessoas na Sementeira




Fotos: Edinah Mary.

Publicado originalmente no site da PMA, em 21/12/2015.

Natal no Parque reúne centenas de pessoas na Sementeira

Em meio ao amor, compreensão e fraternidade, famílias sergipanas e de outros estados se reuniram ontem à tarde e, no período da noite, para comemorar a natividade do menino Jesus. Centenas de pessoas compareceram ao Parque Governador Augusto Franco (Parque da Sementeira) e desfrutaram de várias apresentações artísticas, como corais, reisados, peças teatrais e brincadeiras para a petizada. O evento, intitulado Natal no Parque, foi uma iniciativa da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). A festa foi completa e com direito a elogios por parte, inclusive, de turistas.

Crianças, adultos e pessoas da terceira idade aguardaram ansiosos o início da programação. A primeira vista, grupos de reisado e guerreiro, chamaram a atenção realizando um cortejo pelo Parque da Sementeira. O Pastoril dos Forges foi o primeiro a se apresentar. O grupo, que é do município de Japaratuba, concentra 35 componentes e é formado por crianças, a partir dos seis anos e mulheres. A coordenadora do Pastoril Claudia Maria Ramos, na ocasião no papel de Mestra, interagiu com o público. Quem estava sentado, levantou-se para também participar do enredo “O nascimento do menino Jesus”.

Na oportunidade, Cláudia Ramos, lançou desafios, conclamando o público para ir à frente e integrar-se ao grupo. A diretora de Eventos da Funcaju, Gracinha Barreto, foi chamada para participar da dança e, não havendo escapatória, timidamente se dirigiu ao palco. O resultado foi que se “arranja” na dança. A brincadeira rendeu muita descontração e risos, bem apropriados para o momento de paz e amor.

O Pastoril dos Forges é um projeto que é mantido há 20 anos. “Não existe recompensa maior do que os aplausos do público. É com muito esforço que procuramos manter essa cultura. É uma tradição que passa de geração em geração e, logo nos primeiros anos de vida, é iniciada a preparação”, esclareceu Claudia.

Na sequência, o público pode apreciar a apresentação do grupo de São Cristovão, “Reisado de Satu”, coordenado por Saturnino, 75 anos, que herdou a tradição dos seus pais. Os componentes também não deixaram a desejar. A versatilidade de seu Satu, que interpretou o papel do Caboclo, impressionou os presentes. Saudaram o menino Jesus com energia e alegria. “Gosto da brincadeira e participo dela desde os 12 anos. É uma satisfação estar no Parque da Sementeira e mostrar para esse povo o nosso trabalho”, comentou.

O Guerreiro da Vitória Mocidade, do Jardim Centenário, em Aracaju, entrou em cena com força total. O grupo é formado por pessoas da mesma família, reunindo 33 componentes. A lua, sereia, índio, índia, dois embaixadores, mestre, mestra, lira, rainha e outros personagens fizeram a festa.

O Guerreiro foi fundado pela mestra Alzira (in memorian) há 20 anos e foi reativado há três pelo filho Luciano José da Silva. “Devemos a nossa volta a professora Aglaé Fontes. Ela nos deu apoio e incentivo e, por esta razão, agradecemos muito”, comentou.

A idade não foi empecilho para os mais velhos do grupo mostrarem que têm fôlego para a dança e no desafio dos facões. Ao final da apresentação, O Guerreiro foi aplaudido de pé. Ainda, em meio aos espectadores, a banda de pífano Treme Terra, que foi acompanhada por palmas e batidas de pé.

A turma da Fantasia também esteve presente no Parque da Sementeira, contribuindo ainda mais para a felicidade da criançada. A trupe, comandada pelo Mickey Mouse, apresentou os personagens Pateta, Margarida, Pato Donald, Pluto e outros da Walt Disney. O show reuniu coreografias que foram seguidas pelos pequeninos.

O grupo Imbuaça também deu a sua parcela de contribuição ao Natal no Parque, com peça teatral “Tá caindo Flor”, ressaltando passagens do nascimento do menino Jesus.

Vozes ecoaram no Parque da Sementeira. O Coral Canarinhos de Aracaju reuniu crianças e adolescentes na faixa etária entre os 5 e 17 anos. A seleção de músicas natalinas, apropriadas para o evento Natal no Parque, emocionou. “Os Canarinhos é uma história de vida, inclusive, já temos alunos cursando a universidade de música”, destacou o maestro Carlos Magno do Espírito Santo.

Os Canarinhos é um projeto que comtempla 80 crianças e adolescentes e foi fundado há 16 anos. O seu principal foco é atender alunos da rede pública de ensino. “É uma honra para nós estarmos mostrando o resultado de um trabalho para centenas de pessoas. Agradecemos o convite da Funcaju e, com certeza, estamos abertos para outros”, afirmou Carlos Magno.

O encerramento foi feito pelo Grupo Vocal Vivace, coordenado pelo maestro e fundador Sérgio Chagas. Os 18 componentes cantaram 10 músicas glorificando o período natalino, envolvendo o público que acompanhou cantando e por meio de palmas.

O Vivace já participou de vários espetáculos na América do Sul e Europa. “O nosso grupo se volta mais para a música popular e, especificamente neste período, estamos apresentando canções que lembram o Natal, a natividade”, esclareceu Sérgio.

Encontro fraterno

A maioria das pessoas que compareceu ao Parque da Sementeira na tarde de ontem foi em grupo, em família. Natal no Parque foi sugestivo, inclusive, para pessoas de outros municípios e Estados. Rafael Rodrigues de Santana compareceu ao parque com a esposa e três filhos. “Somos de São Paulo e estamos de férias. Ao sabermos dessa programação, não perdemos tempo em trazer as crianças. Ficamos encantados e, principalmente com os grupos folclóricos. Muito interessante e diferente para nós”, disse.

Luiza Mercenas de Jesus também se fez presente com a família. “Aracaju é uma cidade linda e esse evento mostrou a criatividade desse povo. O natal no Parque trouxe atividades para as crianças e adultos. O brilho e as apresentações nos encheram de paz, amor e harmonia”, confirmou, esclarecendo que ela e a família são de Minas Gerais.

Aos 79 anos, Maria Elze Rosa dos Santos, residente no município de Santo Amaro, foi ao Parque da Sementeira exclusivamente para assistir a programação do Natal no Parque. “Vim com minhas filhas, genros e netos. Foi tudo muito bonito e nos faz refletir. Em alguns momentos da peça teatral me emocionei muito e sorri um bocado com o reisado”, comentou.

Mas, o Natal no Parque também lembra algodão doce, pipoca, picolé, balões. O momento também foi apropriado para os vendedores ambulantes que aproveitaram o evento para faturar uns trocados a mais. Erico dos Santos, 44 anos, é vendedor de pipocas há um ano. “Quando tem festa assim é muito bom para nós. A gente vende pipoca e ainda dá uma espiadela nos espetáculos”, lembrou, comentando que o rendimento é de 100% com relação a um dia normal.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

Espetáculo promovido pela Funcaju lota Praça General Valadão






Fotos: Edinah Mary.

Publicado originalmente no site da PMA, em 23/12/2015.

Espetáculo promovido pela Funcaju lota Praça General Valadão

Inédito. Setenta vozes ecoaram aos quatro cantos do centro da cidade, transmitindo amor, paz, esperança e fé em Jesus Cristo, fortalecendo o sentido da natividade. É Natal para a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), que realizou na noite de ontem, 22, na Praça General Valadão, o “Natal no Centro”, reunindo centenas de pessoas. Os coralistas foram distribuídos em 23 janelas do Centro Cultural de Aracaju (antiga Alfândega), emocionando os espectadores. A cantata natalina trouxe a magia e o brilho do período natalino, surpreendendo o público. A noite também foi marcada pela participação de grupo folclórico Pastoril de Japaratuba; do auto de natal ‘Tá caindo fulô’, encenado pelo grupo Imbuaça e a apresentação das crianças dos Canarinhos de Aracaju.

A segunda edição do Natal no Centro proporcionou ao aracajuano um momento de lazer e louvação em família. As luzes, o uníssono das vozes trouxeram à tona o espírito natalino, tanto para espectadores quanto para os coralistas, que também deixaram extravasar a emoção do momento, fortalecendo ainda mais o espetáculo. O concerto foi prestigiado pelo prefeito de Aracaju, João Alves Filho, o vice José Carlos Teixeira, a primeira dama e secretária da Assistência Social, Maria do Carmo Alves, pelo secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Igor Albuquerque e a propulsora do evento e presidente da Funcaju, professora Aglaé Fontes.

Emocionada, a presidente disse estar realizada com a proporção que a festa tomou. “Nosso intuito sempre foi resgatar os antigos natais, onde as famílias se reuniam nas Praças para que juntas pudessem louvar a natividade. Em nosso segundo ano, já se pode constatar que o antigo e o presente estão unidos a fim de preservar a nossa cultura e acima de tudo ocupar nossos espaços de lazer com o que há de melhor: com a arte”, disse.

Participaram da cantata os corais da Emurb, Petrobras, Deso e o Grupo Vocal Vivace, com a participação especial dos solistas Amanda Costa, Mayckou e Amelier Duringer. A regência ficou a cargo do maestro Sérgio Chagas, diretor da Escola de Arte Valdice Teles, também unidade da Funcaju.

Foram apresentadas uma sequência de 14 músicas com duração total de cerca de 50 minutos. Na junção dos corais, o regente levou cerca de um mês para preparar a apresentação. “Foi um trabalho que exigiu muita dedicação de todos os participantes e, ao observarmos que o nosso trabalho foi prestigiado e reconhecido pelo público, nos deixou muito felizes”, afirmou Sérgio, acrescentando que é gratificante, como cristão, ter a oportunidade brindar com o público, o nascimento do menino Jesus.

Emoção

“Foi uma dádiva esse momento”. A expressão é de Rezilda Batista Gomes Vilar, 56 anos, e que se fez presente ao evento. Ela lembrou que pela primeira vez assistiu uma cantata. “É difícil expressar a minha felicidade. Foi algo diferente que me deixou muito emocionada com todos cantando tão certinho”, disse.

Já o piscineiro Marcos Eduardo Santos de Andrade, 33 anos, também foi atraído pelas vozes. “Estava indo para casa, mas quando ouvi a música, não resisti”, lembrou, destacando que a primeira iniciativa foi telefonar para a esposa para avisá-la que iria se atrasar porque estava na praça vendo uma apresentação cultural.

A Praça General Valadão tornou-se o palco democrático da cultura. Canto, dança, teatro e muita música fizeram do espaço, que há pouco mais de um ano era considerado perigoso, palco de um dos maiores espetáculos natalinos já vistos na cidade. Presente, o secretário da Seplog, Igor Albuquerque fez questão de prestigiar o projeto mais um ano. “Aglaé Fontes está de parabéns por comandar uma ação que agrega tantos detalhes para uma apresentação natalina”, falou.

Sentados em cadeiras, no próprio piso da Praça, em pé ou mesmo fazendo a bicicleta de poltrona. Essa foi a maneira que Marcos de Andrade encontrou para permanecer no local até o término da cantata. “Volto para casa mais feliz com um sentimento que não sei explicar. Sinto-me diferente. Nunca vi esse tipo de apresentação aqui no centro de Aracaju. A sugestão é para que outros eventos desse porte aconteçam outras vezes e, o mais importante, é que a gente enriquece os nossos conhecimentos sem precisar pagar ingresso”, elogiou.

A dona de casa Maria Cláudia dos Santos, 40 anos, explicou que se dirigiu ao centro da capital para fazer compras, mas quando ouviu a multidão e o ecoar as vozes, parou. “Resolvi terminar as minhas compras em outro dia. Nunca tinha visto uma apresentação daquela. Os organizadores estão de parabéns e que o povo tenha outras oportunidades com eventos daquele porte cultural”, exemplificou.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

‘Natal no Centro’ encanta aracajuanos

Foto: Andre Moreira.

Publicado originalmente no site AJN1, em 23/12/2015.

‘Natal no Centro’ encanta aracajuanos.

O espírito de Natal invadiu o a Praça General Valadão, localizada no centro da cidade, nesta terça-feira (22). O ‘Natal no Centro’ foi realizado pela Prefeitura de Aracaju, em parceria com a Funcaju (Fundação Cultural Cidade de Aracaju) e contou com a apresentação de grupos artísticos, que encantaram a todos que estiveram presentes.

Entre as apresentações do ‘Natal no Centro’ estiveram o Auto de Natal “Tá caindo Fulô” (Grupo Imbuaça), o coral infantil canarinhos de Aracaju, que deu um brilho especial com a pureza e alegria das crianças fechou com chave de ouro com a cantata de Natal com 70 vozes nas janelas do Centro Cultural. Cada momento das apresentações foi de magia e de encanto pela beleza e pela riqueza dos detalhes ao apresentar a história do natal.

Bastante envolvida com a cultura, a Presidente da Funcaju, Aglaé Fontes, diz o quanto fica feliz em realizar um trabalho dessa natureza. “Eu estou emocionada no dia de hoje. Quando planejamos este projeto do ‘Natal no Centro’ tivemos total apoio do prefeito e sempre fico preocupada se as pessoas vão atender ao nosso convite. Chegar aqui e ver essa praça lotada me enche de alegria. Hoje temos mais de 400 cadeiras, onde todas estão ocupadas. Esse é um festejo da natividade, porque é importante que saibamos que estamos comemorando quem nasceu, que é o símbolo da cristandade. Aqui estamos comemorando da melhor forma possível nesse prédio que é tombado pelo patrimônio e que sozinho já é muito importante”, afirma.

Uma das pessoas mais emocionadas com as apresentações foi a secretária da Família e Assistência Social, Maria do Carmo Alves, que declarou que o espírito de Natal deve estar vivo durante todo o ano. “Foi uma noite belíssima hoje aqui, porque todas as apresentações evocavam o espírito do Natal. É importante a gente relembrar isso durante todo o ano, não só nesta época”, destaca.

Para a estudante Raquel Teixeira, a apresentação resgata o espírito natalino. “Podemos ver a tradição do natal através do belo coral, da peça, que estava perfeita. Foi tudo muito lindo e emocionante. Hoje eu trouxe a minha família, mas aproveitei para trazer os meus vizinhos e valeu muito à pena ter vindo”, ressalta.

Fonte: PMA.

Texto e imagem reproduzidos do site: ajn1.com.br

sábado, 26 de dezembro de 2015

Verão será de temperaturas elevadas em Sergipe

Verão será de temperaturas elevadas.
Crédito - Raquel Almeida/Portal Infonet.

Infonet > Cultura > Noticias > 23/12/2015.

Verão será de temperaturas elevadas em Sergipe.
El Ninõ dificulta a formação de chuvas e eleva as temperaturas.

O verão em Sergipe será de temperaturas elevadas, insolação (mais hora de sol) com chuvas abaixo do normal e possibilidade remota de trovoada. A situação é resultado da interferência do fenômeno El Niño no clima do Nordeste, que segundo o meteorologista Overland Amaral, dificulta a formação de chuvas e eleva os termômetros em pelo menos 2 ou 3°.

Overland Amaral explica que as temperaturas elevadas devem se manter em dezembro e janeiro e que a previsão é de que elas se normalizem no fim da estação, porém com quantidade de chuva abaixo do normal.

As altas temperaturas não são novidade para os sergipanos, já que a primavera também foi marcada pelo calor e pela seca. Nós últimos dias, chuvas finais caíram sobre a capital aracajuana, mas rapidamente foram embora, dando espaço ao calor.

O Verão termina no dia 20 março de 2016, quando acontece equinócio de primavera, marcando o início da nova estação. No equinócio, os hemisférios norte e sul posicionam-se igualmente em relação ao sol e recebem a mesma quantidade de luz, fazendo com que o dia e a noite tenham a mesma duração.

Por Verlane Estácio.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Público prestigia o Natal do Centro na General Valadão

  Natal no Centro aconteceu esta noite, 22.

 A presidente da Funcaju Aglaé Fontes.

Carlos César aprovou a iniciativa
Créditos - Portal Infonet.

Infonet > Cultura > Noticias > 22/12/2015.

Público prestigia o Natal do Centro na General Valadão.
O evento trouxe dezenas de apresentações para o público.

A praça General Valadão recebeu na noite desta terça-feira, 22, o 'Natal no Centro'. O evento é realizado pela Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju).

O evento trouxe gratuitamente para o público, dezenas de apresentações que vão desde cortejo com grupos folclóricos até apresentações de corais. Cerca de 70 coralista, posicionados nas dezenas de janelas encantaram o público cantando músicas natalinas. O show contou ainda com a apresentação do grupo Imbuaça.

Para a presidente da Funcaju, Aglaé Fontes, o público atendeu o chamado e compareceu as apresentações. “Essa praça tem que ser usada culturalmente. Ouvi dizerem que não ia dar certo e ninguém viria, mas eu disse vou me arriscar e estou satisfeita porque as pessoas vieram. Essa é a nossa resposta positiva do evento”, garante.

Muitas pessoas que foram prestigiar as encenações, passavam pelo centro e decidiram parar para ver e ouvir os espetáculos. Um deles foi Carlos César Silva de Araujo. “Estava passando por aqui quando vi a movimentação e vim ver o que era. Achei que este ano não iria haver espetáculo estou gostando”, avalia.

Por Aisla Vasconcelos.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Folclore Sergipano

.Foto: Alexandre (@alefotodesign).
Reproduzida do Facebook/Fan Page/Governo de Sergipe.

Turismo de Aventura: Cavernas em Sergipe


Toca das Abelhas/Serra da Miaba.
Créditos - Divulgação/Centro da Terra.
Reproduzidas do blog: blogmalasprontas.com.br

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Divina Pastora (SE) – Fé e tradição





Infonet > Blog Silvio Oliveira > 18/08/2010.

Divina Pastora (SE) – Fé e tradição.

Santuário de pagamento de promessa, centro de confecção da renda irlandesa, o município de Divina Pastora dista 39km de Aracaju é considerado um dos bons roteiros para quem gosta de momentos de fé e compra de artesanato.

Passear pelas ruas de Divina Pastora é conhecer um pouco mais do artesanato sergipano e da presença da igreja católica no interior de Sergipe. Em épocas de romaria, a população da cidade estimada em 4.448 habitantes (IBGE 2009) passa para mais de 60 mil, configurando Divina Pastora

como o roteiro mais importante do turismo religioso do Estado.
A cidade curiosamente tem dois padroeiros: Nossa Senhora da Divina Pastora e São Benedito, ilustrando ainda mais o potencial para o seguimento religioso.

A peregrinação à cidade foi criada em 1971 por dom Luciano Cabral Duarte, então arcebispo de Aracaju, e tomou amplitude com o padre Raimundo Cruz, pároco da cidade durante cerca de 12 anos. O percurso é de 9km e origina no município de Riachuelo até a sede municipal divina-pastorense.

O surgimento da cidade também está atrelado a fé cristã. Conta a história que o frei Isidório de Servilha chegou ao povoado, mas precisamente, na comunidade do alto da montanha e venerava uma imagem de Divina Pastora. O povoado passou a ser chamado Ladeira (primeiro nome de Divina Pastora) e a fé se propagou na comunidade do século XVII, na então capela de São Gonçalo. A imagem de Nossa Senhora Divina Pastora, inspiração de Frei Isidório de Servilha, é considerada pelos moradores a mais valiosa da cidade, que depois vei a nomeá-la.

Seus bens materiais e imateriais fazem da Divina Pastora um celeiro religioso e cultural reconhecido nacionalmente. A Igreja Nossa Senhora Divina Pastora, data do século XVIII, e é símbolo da religiosidade divina-pastorense. O seu frontispício assinala inconfundível traço do estilo jesuítico no Nordeste. No seu interior predomina o barroco na sua segunda fase e no forro da nave central está a maior pintura painelística de Sergipe, atribuída ao pintor baiano José Teófilo de Jesus.

A originalidade da igreja consiste em possuir um corredor aberto com cinco arcadas ao logo da nave. Esta disposição é atribuída ao fato de ter sido Basílica Votiva de Peregrinação. A igreja é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1943 e recentemente foi totalmente restaurada.

A Basílica de São Francisco de Assis tem sido escolhida por grupos religiosos para ser sede de retiros espirituais. Construída em local elevado da cidade, oferece aos visitantes uma vista panorâmica de Divina Pastora.

Não é somente por conta da fé cristã que Divina Pastora faz-se conhecida no mundo. Sua renda irlandesa produzida obedece a critérios bem artesanais que somente é encontrado lá, o que fez do trabalho das rendeiras da cidade ter reconhecimento nacional pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2008, quando o modo de fazer a renda irlandesa foi considerado pelo órgão federal como patrimônio cultural imaterial do país.

O processo de tombo inicicou em 2000, quando a Associação para o Desenvolvimento da Renda de Divina Pastora (Asderen) reuniu cerca de 122 artesãs para a realização do ofício.

Como o processo produtivo corre risco de desaparecer, o tombamento tenta garantir a sobrevivência das rendeiras com o incremento de renda a partir da divulgação e reconhecimento da importância da atividade como genuinamente brasileira. É por essas e outras vicissitudes, que Divina Pastora é o centro da fé cristã sergipana e símbolo de que o artesanato de qualidade pode se perpetuar como uma oração.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/silviooliveira