quarta-feira, 26 de junho de 2013

Artistas sergipanos homenageiam Clemilda cantando seu repertório


Forró Caju em 21/06/2013  por Bareta

Artistas sergipanos homenageiam Clemilda cantando seu repertório.

Uma homenagem mais do que justa foi prestada na noite de abertura do Forró Caju 2013 à “Rainha do Forró”. Vários artistas sergipanos se uniram para cantar todo o repertório da forrozeira Clemilda. No Casarão, que leva o mesmo nome da cantora, a animação contagiou os presentes, que mostraram que sabem ariar a fivela.

A musa do forró sergipano, Joseane de Josa, foi a primeira a subir ao palco do Casarão de Clemilda, que ainda contou com a presença de Amorosa, Virginia Fontes, Marcos Guedes, João da Passarada, Sergival, Evanilson do Acordeon e Luiza Lú. As composições de duplo sentido com um toque de irreverência é a marca de Clemilda, que aos 76 anos de idade possui mais de 40 anos de carreira.

Afirmando que homenagem deve ser prestada ainda em vida, o cantor João da Passarada declarou ser fã da cantora. “Vejo com bons olhos está homenagem idealizada pela Prefeitura de Aracaju e pela Secretaria de Cultura, e fico feliz porque é mais que merecida. Clemilda é a figura que mais retrata o forró sergipano, é a nossa rainha”, declarou entusiasmado.

Colocando Clemilda como patrimônio cultural sergipano, a cantora Joseane de Josa mostrou emoção ao falar da homenageada. “Clemilda é minha madrinha na carreira musical. Fizemos questão que comparecer ao Forró Caju e contar a história de vida dela através de suas músicas”, destacou.

Montado dentro da estrutura do Forró Caju, o Casarão de Clemilda contará com apresentação de trios pé-de-serra e quadrilha. Nos dias 22, 23, 24, 29 e 30, a programação começa mais cedo: a partir das 10h.

Texto reproduzido do sitedobareta.com.br

Foto: Portal Infonet

terça-feira, 25 de junho de 2013

Rogério abre noite de São João no Forró Caju - 2013



São João Infonet - 2013 (24/06/2013).

Rogério abre noite de São João no Forró Caju
O cantor traz aos palcos canções próprias e de Luiz Gonzaga

“A minha casa é dentro da minha casa”. Foi assim que Pedro Rogério Cardoso Barbosa, o cantor Rogério, definiu a importância de tocar no Forró Caju. O músico, natural de Estância, participa do evento desde a sua primeira edição.

Rogério concedeu entrevista exclusiva à equipe do São João Infonet e nos contou detalhes de uma carreira de mais de trinta anos.

São João Infonet: Rogério, de que forma o Forró Caju faz parte da sua vida profissional?

Rogério: Eu toco aqui desde a sua primeira edição, tocar no Forró Caju é como estar em casa na minha própria casa. O Forró Caju é um evento consolidado, e apesar de muitos terem criticado essa programação prioritariamente sergipana, o evento já é um sucesso.

São João Infonet: Por falar nisso, como você classifica essa mudança na programação do Forró Caju?

Rogério: Nós precisamos ter uma consciência de valorizar o que é nosso, os de fora são convidados. Estamos viciados a gostar do que é de fora, ou melhor, mal viciados. Já estava na hora de mudar essa realidade, e é o que eu prego há muitos anos. Fiquei muito satisfeito quando vi a programação.

São João Infonet: Você criou a expressão “Sergipe é o país do forró”, que é praticamente o slogan do estado, numa época onde tínhamos festa nos quatro cantos de Sergipe. Como é ter vivido esse tempo e hoje presenciar uma realidade totalmente diferente?

Rogério: Nós temos hoje em Sergipe um São João “não tradicional”. Os festejos do estado hoje são puramente comerciais. O certo seria andar, progredir e o que temos hoje é um regresso. Ver essa diferença é muito triste, deixa qualquer artista da terra muito insatisfeito.

São João Infonet: Como nasceu o gosto pelo forró?

Rogério: Eu nasci e me criei com uma formação baseada no rock: nos Beatles, em Roberto Carlos. Eu iniciei minha vida na música aos 12 anos de idade, e quando eu vi Luiz Gonzaga ao vivo tudo mudou. Aí eu vi o que era o verdadeiro forró e tomei gosto pela coisa. Nós temos um verdadeiro rei no nordeste, e é Luiz Gonzaga sem a menor sombra de dúvidas.

Infonet: O que o público pode esperar do show dessa noite?

Rogério: Eu tenho um repertório muito vasto: tem música de Luiz Gonzaga, músicas tradicionais minhas e novos sucessos que fazem parte do meu mais recente trabalho. Mas o que eu gosto mesmo é de tradição, então o público pode esperar muito forró pé-de-serra, xote e grandes sucessos do forró tipicamente nordestino.

Por Bárbara Oliva e Adriana Meneses

Rogério faz parte da programação do Forró Caju desde a primeira edição do evento.
Fotos: Arthuro Paganini.

Fotos e texto reproduzidos do site: infonet.com.br/saojoao/2013

São Pedro de Capela: tradição está de volta

SE Notícias, 25 de junho de 2013.

São Pedro de Capela: tradição está de volta
Por T. Dantas Comunicação.

Com 74 anos de tradição, o São Pedro de Capela atrai milhares de visitantes à cidade sergipana, localizada na região do Vale do Cotinguiba. Esse ano, de acordo com o prefeito Ezequiel Leite, a programação valoriza todas as tradições existentes em torno da festa, que não ficará somente restrita aos shows na praça de eventos. Ele disse que mesmo encontrando o município endividado, não poderia deixar de realizar um evento que já tem mais de sete décadas de existência.

“A situação não é das melhores, mas o nosso São Pedro tem mais de meio século de história e merece ser comemorado. Buscamos parcerias com a iniciativa privada e instituições financeiras para patrocinar os custos, o que reduziu muito a nossa despesa. Tenho certeza que será uma excelente festa e que manterá viva toda a nossa tradição”, garante o gestor.

As manifestações populares ligadas ao São Pedro iniciaram nas primeiras horas do dia 30 de maio (feriado de Corpus Christi), com a marcação do mastro no Refúgio Silvestre Mata do Junco. No dia seguinte foi realizada a Sarandaia, com shows de forró na Praça Manoel Cardoso Souza, entre a Escola Estadual Coelho e Campos e a Agência dos Correios, sendo que à meia noite, ao som de zabumba e pífanos, um cortejo saiu pela cidade recolhendo presentes que serão colocados no mastro.

A programação cultural retorna no dia 28 de junho e vai até o dia 30, período em que se comemora o São Pedro de Capela. Na sexta, entre as atrações, está a banda Aviões do Forró. No sábado, cinco atrações se apresentam na praça de eventos, entre elas Adelmário Coelho.

No domingo pela manhã tem a busca do mastro e ao meio-dia a banda Banana Nativa anima os foliões na praça São Pedro, e às 16h tem Paredões do Forró na Praça da Matriz. Na última noite do São Pedro acontecem mais cinco shows na Praça de Eventos, entre eles o da banda Calcinha Preta.

Foto e texto reproduzidos do site: enoticias.com.br/se

Busca do mastro está entre as tradições do São Pedro em Capela.

Foto Tarcísio Dantas/T. Dantas Comunicação.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Mudança da Capital de Sergipe, de São Cristóvão para Aracaju

Mudança da Capital de Sergipe, de São Cristóvão para Aracaju

"A transferência da capital da província de São Cristóvão para Aracaju aconteceu no dia 17 de março de 1855, Inácio Joaquim Barbosa com sua visão inovadora, conseguiu concretizar seu projeto. A transferência da capital da província além de alavancar a economia local, mudou o modo de vida dos sergipanos permitindo que estes expandissem em diferentes aspectos, colaborando dessa forma, para formação cultural deste povo". *

*Foto/arte e texto reproduzidos do site lavoisiercolegio.com.br

sábado, 15 de junho de 2013

Segredos da cozinha do Calumbi


Publicado em 10/09/2012 pelo Jornal da Cidade.Net

Segredos da cozinha do Calumbi
Bar e Restaurante São Miguel surgiu num boteco e hoje emprega 40 pessoas no povoado.

É muito difícil ter uma pessoa em Aracaju que nunca tenha ouvido falar ou já não tenha desbravado os 2,5 km de estrada de chão para saborear as delícias a base de camarão servidas no Bar e Restaurante São Miguel, no povoado Calumbi, no município de Nossa Senhora do Socorro. O povoado tem um clima gostoso, é seguro, tranquilo para crianças, possui vários viveiros de camarões, mas ficou conhecido mesmo pelo seu único atrativo turístico: o restaurante que serve um delicioso pirão de camarão. Para quem não gosta do crustáceo, ainda serve uma galinha de capoeira de dar água na boca.

Para chegar até o local, o acesso é pela BR-101ou pela Rodovia das Indústrias. Antes, os moradores do Calumbi sofriam porque o ônibus não chegava até o povoado. Quem queria pegar o transporte público tinha que ir a pé até a BR- 101. Agora tem uma linha direta : Estiva/Osvaldo Aranha, que surgiu por conta do sucesso do empreendimento. Mas,são os carros de luxo que hoje cortam o caminho até o restaurante que serve uma refeição de qualidade, generosa na quantidade e com preço acessível.

O segredo do sucesso está nas mãos de fada da matriarca da família Paixão. Dona Marieta Vieira da Paixão, de 52 anos,começou seu negócio com um boteco instalado numa casa de taipa, com os 90 cruzeiros emprestados pelo tio Miguel, que deu nome ao estabelecimento. Tempos depois, passou de boteco a mercearia e por conta dos seus dotes culinários, Dona Marieta começou a servir refeições a moradores do povoado, tendo como carro chefe o pirão de camarão. À época eram servidas uma média de 20 refeições.

As delícias de Dona Marieta foram ganhando fama e num trabalho feito de boca a boca, a clientela cresceu. Amigos traziam amigos e daí por diante. Hoje, seis anos depois, a mercearia deu espaço ao Bar e Restaurante São Miguel,que é bem estruturado, com um anexo, que em breve será um sobrado com capacidade para mais 130 lugares. O restaurante emprega 40 pessoas do povoado, sendo sete delas filhos de proprietária. A maior parte das pessoas que hoje trabalha no restaurante era catadora de sururu no mangue, atividade que atualmente não dá para ser feita até por conta da degradação ou invasão do manguezal.

O restaurante serve diariamente, durante a semana, uma média de 200 almoços das 10 às 15 horas e no final de semana,a cozinha tem que produzir mais que o dobro. O que não mudou foi a forma de preparar os pratos, que é o segredo do sucesso. A história é contada porZileide Paixão, 31 anos, filha de Marieta e gerente do São Miguel, já que a mãe não tem tempo para conversa, pois é a cozinheira principal do restaurante.

O público hoje é seleto, classes A e B, na maior parte. Mesmo com a clientela grande, Dona Marietanão perdeu o tempero. Para manter o preço, a família produz seu próprio insumo, mais de 2 mil quilos de camarão que saem dos viveiros que mantêm no povoado. O bom da história é que a produção da família às vezes não é suficiente para atender a demanda e o camarão tem que sair de um fornecedor de Aracaju, gerando mais emprego fora do povoado.

Roteiro turístico

Além dos empregos diretos, o restaurante também vem gerando renda para os moradores do povoado. Pegando carona no sucesso do empreendimento, meninos da comunidade vendem cocada branca, uma delícia. Outros vendem água de coco e outros produtos que estão agregando renda e gerando uma economia informal na região. Com tanto sucesso, até o momento o setor turístico do Estado não se alertou para o potencial do Calumbi. Alguns guias turísticos estão levando clientes para o local, mas o restaurante ainda não faz parte do roteiro oficial do trade. A pavimentação dos 2,5 km de estrada de chão do povoado que levam ao restaurante é um sonho acalentado por quem mora na comunidade. Agora só basta os poderes públicos fazerem sua parte.

*Colaboração Andréa Moura – Equipe JC.

Foto e texto reproduzidos aqui do site: 2.jornaldacidade.net

Foto: Jorge Henrique

terça-feira, 11 de junho de 2013

Eronildes Carvalho


Homenagem a um filho ilustre de Canhoba/SE. 

Eronildes Carvalho 

Eronildes Ferreira de Carvalho, médico e militar, nascido em Canhoba, fez o curso de medicina da Bahia, concluindo-o em 1918, quando regressou a Sergipe lutou contra a gripe espanhola que grassava no Estado Na política dividiu com Augusto Maynard o poder revolucionário de 1930 a 1945, sendo eleito indiretamente, Governador Constitucional em 1935

Realizou notável obra pública. Construiu os prédios da Biblioteca Pública, na praça Fausto Cardoso (hoje funciona o Arquivo Público), do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, na rua Itabaianinha, do Palácio Serigi, na Pça General Valadão (atual Secretaria de Estado da Saúde) e o Hospital de Assistência a Psicopatas, em Nossa Senhora do Socorro, que levava seu nome e ampliou o Hospital de Cirurgia, dentre outros. Morreu no Rio de Janeiro, onde tinha um Cartório. (Luiz Antônio Barreto - Dicionário de Nomes de Aracaju).

Texto e foto reproduzidos do blog: canhoba.blogspot.com.br

Editor: Weverton Mattos
Revisão: Chrytophe Divino

O livro "Bairro América: a Saga de uma Comunidade"


Publicado pelo Blog Sergipe Cultura, em 2 de maio de 2012.

O livro "Bairro América: a Saga de uma Comunidade"

Este livro é para os amantes da História, para os aracajuanos, especificamente para os moradores do Bairro América de ontem e de hoje, e os simples curiosos e gulosos por leitura.

Um livro, seja ele de qual natureza for, deve ajudar o leitor em alguma coisa. E este ajudará em que?

Bairro América – A Saga de uma Comunidade traz informações sobre a vida dos bairro americanos ao longo do tempo. Portanto, o objetivo fundamental é informar. Mas, para os autores foi completamente impossível informar apenas tecnicamente. O relato é carregado das emoções de quem as viveu. Eles tiveram a pretensão de distrair, dar prazer e provocar sensações. Tentaram proporcionar ao leitor “a volúpia de aprender coisas novas” (Leibniz), de transmitir um “espetáculo das atividades humanas” (Marc Bloch).

Os autores, Emanuel Souza Rocha e Antônio Wanderley de Melo Corrêa, pesquisaram diversos temas envolvendo a história sensacional daquela comunidade aracajuana: A origem do B.A. e o cotidiano dos moradores antigos; a Penitenciária; a Igreja São Judas; os Terreiros de Candomblé; a luta contra a fábrica de cimento; o estigma da violência; as organizações populares; os grupos culturais; a infra-estrutura (o mercado, as escolas e as unidades de saúde); o desporto e as festas populares; finalizando com a biografia e as ações eletrizantes de quinze personalidades daquele bairro.

Foto e texto reproduzidos do blog: sergipecultura.blogspot.com.br

Origem do Bairro América em Cordel.


Origem do Bairro América em Cordel.
Por Antônio Wanderley de Melo Corrêa.

A história que eu vou contar
É pra todo mundo saber
Como surgiu o Bairro América
Vocês estudantes devem ler
Informações sobre o seu bairro
Pra todo o mundo é um dever.

Meu Bairro América querido
Nasceu ao redor da Penitenciária
Inaugurada em vinte e seis
Pra guardar gente ordinária.
Mas foi pra lá gente muito boa
Do interior, da roça, da pecuária.

O estrangeiro José Zuckerman
Fugindo da Guerra Mundial
Dos flagelos do nazismo
Achou o lugar ideal
Um sítio no Aracaju
Com barreiros, cajueiros e areal.

José Zuckerman gostou tanto
Do continente americano
Que batizou de ‘América’
Seu sítio belo e bacano
Construiu casa de alpendre
Quando o filho Isaac tinha um ano.

A casa que ali foi construída
Era de pedra, tijolo e telha vã
Tinha pitombeira e pé de pinha
Mangueira, coqueiro e caju anã
Hoje na esquina da Rua Venezuela
Com a Penitenciária é irmã.

Depois que José Zuckerman morreu
Isaac ficou como herdeiro
Não quis tomar conta do sítio
Pois morava no Rio de Janeiro
Resolveu lotear o terreno
E vender por qualquer dinheiro.

A Prefeitura do Aracaju
Fez o projeto do loteamento
Era novembro de quarenta e quatro
A capital ganhava um aumento
1610 lotes de chão
Ruas e praças em prolongamento.

No ano de quarenta e sete
Foi assinado um decreto importante
Pelo prefeito Oliveira Neto
Que num gesto retumbante
Batizou de ‘Bairro América’
Aquela zona distante.

Manoel Lucas e Oscar Euzébio
Os lotes foram vendendo
Pouco a pouco aquele sítio
Suas ruelas foram se estendendo
Entre as baixadas e os altos
De casas de taipa se enchendo.

Ganharam nomes de países
As ruas e avenidas do B.A.
Costa Rica, Cuba e Groelândia
Brasil, Haiti e Panamá
Uruguai, Chile e Equador
Bolívia, México e Canadá.

Um dos primeiros a se instalar
Foi o Terreiro de Nanã
Depois vieram os Capuchinhos
Já pensando no amanhã
Construíram igreja e convento
Pra falarem da fé cristã.

Pra abastecer todo o povo
Um mercado foi construído
Seu nome foi ‘Roberto Silveira’
Por José Conrado instituído
Vende tanta coisa boa e barata
Que até hoje não foi substituído.

Vou terminando essa história
Tinha muito mais que contar
Sobre as lutas e as escolas
As festas, um nunca acabar
Nas lindas noites de lua cheia
E eu aos beijos, pelas ruas do B.A.

Texto e foto reproduzidos do blog: sergipecultura.blogspot.com.br

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Série "Conhecer Sergipe": Monte Alegre de Sergipe



Série "Conhecer Sergipe": Monte Alegre de Sergipe.

Monte Alegre conta sua história

Monte Alegre: as terras que hoje pertencem a Monte Alegre, a 156 quilômetros de Aracaju, já foram de Porto da Folha, cidade colonizada por Tomás Bernardes. Diz a tradição que o primeiro núcleo populacional que deu origem ao povoado foi fundado no final do século XIX, em uma fazenda localizada às margens da estrada que liga Nossa Senhora da Glória a Porto da Folha.

Conforme pesquisas da professora aposentada Valdete Alves Oliveira - que está escrevendo um livro sobre a história da cidade - o local onde iniciou-se a povoação era muito movimentado porque ali se encontravam os viajantes de Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo e Porto da Folha.

O nome do município foi inspirado numa fazenda de Antônio Machado Cabelê, que se chamava Monte Alegre. Ele se reuniu com outros fazendeiros e decidiram chamar a nova povoação de Monte Alegre, porque no local existia um pequeno monte considerado bonito e alegre. A partir daí sua fazenda passou a se chamar Monte Alegre Velho.

Um desses fazendeiros era um baiano de Jeremoabo, o Januário Costa Farias, que foi o primeiro habitante do município. Ele passou a viver na região depois de ter fugido de sua cidade, obrigado pelo pai, por ser um dos discípulos de Antônio Conselheiro e estar jurado de morte.

Sem ter para onde ir, Januário procurou o frei Doroteu, que o encaminhou para colonizar o sertão, junto com o casal de índios Caboclinho e Maria Ciliata. O casal montou um casebre de taipa, mas um dia a índia bebeu demais, desmaiou e acabou morrendo por insolação.

Segundo a professora Valdete Alves, a fazenda de Januário ficava em um ponto de muito movimento, e o pai dela, João Alves de Lima, que morava em Porto da Folha, começou a ir nesse local para comercializar queijo e tecido. “Meu pai sempre deixava parte de suas mercadorias com Alexandrina da Costa Farias, filha de seu hospedeiro Januário, para que ela vendesse às pessoas de outras propriedades vizinhas”, lembra ela.

O ambulante João Alves Lima fez um convite a Januário para fazer um dia de feira, junto com os fazendeiros José Inácio de Farias, Francisco Alves da Silva, João Joaquim de Santana, Manoel Ferreira de Paula e outros.

Marcado o dia, coube ao jovem João Alves Lima trazer o padre de Porto da Folha para celebrar uma missa e fazer uma festinha. No domingo, 1º de janeiro de 1920, Monte Alegre teve sua primeira feira e até hoje ela acontece aos domingos, sendo uma das maiores da região.

Após alguns meses, foram construídas as primeiras casas residenciais e comerciais. Os primeiros comerciantes a se instalar foram João Alves de Lima, Manoel Ferreira dos Santos, Gustavo Melo, Antônio Joaquim da Silva e José Inácio de Farias. Este último primogênito de Januário e que muito contribuiu para o povoamento da cidade. Doou terrenos de sua fazenda para a construção de casas populares.

Valdete informa que outro filho de Januário, Leandro, ficou com uma fazenda que passou a se chamar Olinda, onde havia um casarão de andar já muito deteriorado onde na parede estava escrito Olinda, dezembro de 1641. Dentro da casa havia vários objetos e um cadáver vestido com roupas vermelhas e sapatos. Não se sabe ao certo, mas acredita-se que esse casarão tenha sido construído por holandeses. Na cidade existe uma lenda que no local ainda se encontra uma botija com um tesouro.

De acordo com a Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, Monte Alegre de Sergipe, localizado no noroeste do Estado, sempre sofreu com longos períodos de estiagem, por isso teve um progresso muito lento. Além da seca, os habitantes da cidade tiveram como grandes inimigos os cangaceiros, liderados por Virgulino Ferreira, o Lampião.

O pouco que o município ainda produzia era tomado pelos bandidos, que quando não eram atendidos, devastavam fazendas matando o gado e muitas vezes assassinando também os proprietários (Veja box abaixo com história sobre o Rei do Cangaço).

Monte Alegre pertenceu ao município de Porto da Folha até 1932, quando então passou a pertencer a Nossa Senhora da Glória. Em 1940, era um pequeno povoado, com menos de 80 casas. Em 25 de novembro de 1953, com o objetivo de incrementar o progresso de algumas regiões, a Lei estadual nº 525-A criou mais 19 municípios, entre os quais estava incluído Monte Alegre de Sergipe. A partir daí o povoado foi elevado à categoria de cidade.

Monte Alegre, antes mesmo de ser instalado, já aparecia como cidade, município, distrito único e termo judiciário da Comarca de Nossa Senhora das Dores, aprovado pela Lei estadual nº 554, de 6 de fevereiro de 1954, para vigorar até 1958. Através dessa lei, o município teve seu território delimitado e desmembrado do de Nossa Senhora da Glória.

O município foi solenemente instalado no dia 31 de janeiro de 1955, quando foi empossado o primeiro prefeito Antônio José dos Santos, e constituída, também, sua primeira Câmara Municipal, composta por cinco vereadores.

A Lei estadual nº 823, de 24 de julho de 1957, veio, porém, alterar a situação judiciária do município, que passou a pertencer à nova Comarca de Nossa Senhora da Glória.

Monte Alegre hoje, além da sede municipal, tem dois povoados (Lagoa do Roçado e Maravilha) e cinco comunidades (Lagoa da Estrada, Lagoa das Areias, Juazeiro, Uruçu e Santo Antonio). As principais festas da cidade são a do padroeiro Sagrado Coração de Jesus, em junho, e a de São João.

A professora Valdete Alves Oliveira lembra que Virgulino Ferreira vendia redes em Pão de Açúcar-AL e que seu pai, João Alves Lima, estudava lá e comprava rede a ele. Algum tempo depois, Virgulino Ferreira já era o conhecido cangaceiro Lampião, estava em Monte Alegre e foi direto à bodega de João Alves, que era a mais sortida da cidade. “Quando ele chegou, viu meu pai deitado em uma rede vendida por ele e começaram a conversar sobre o passado. Lampião contou que tinha virado cangaceiro porque mataram toda sua família. Meu pai encheu as bolsas dos bandidos de alimento e Lampião disse que ninguém podia tocar em meu pai”, lembra ela.

João Alves Lima passou a ser o delegado de Monte Alegre e tinha de apoiar a volante. Um dia, em 1938, ele percebeu que estavam sumindo algumas munições e um amigo seu lhe disse que um soldado estava entregando aos cangaceiros. Ele e outros da volante seguiram o soldado e descobriram que ele entregava a intermediários que levavam para os cangaceiros.

Um dia a volante e o Exército seguiram essas pessoas e descobriram que a munição foi para Propriá, na fazenda de Antônio Caixeiro. De lá embarcou para Piranhas-AL e depois aportou em Angico, onde o bando de Lampião estava escondido. “Por isso que Lampião e seu bando foram mortos”, informa a professora.

Ela diz que pouco antes de Lampião ser encontrado, seu pai prendeu o soldado que estava roubando a munição, mas depois ele mesmo foi preso sem nem saber por que. Passou 45 dias na penitenciária de Aracaju, e quando foi liberado, não podia voltar para Monte Alegre por causa da ameaça dos cangaceiros de que iriam arrancar seus olhos azuis.

João Lima ficou em Nossa Senhora da Glória por algum tempo. “O comércio da nossa família ficou abandonado e minha mãe e a gente passou muita privação. Meu pai, que era bem de vida, morreu pobre”, lamenta Valdete Alves.

Fonte: Cinform Municípios.

Foto: TiagoSS

Texto e fotos reproduzidos do site: skyscrapercity.com

domingo, 9 de junho de 2013

Algumas das Principais Obras do Arquivo Sergipano da UFS

 Álbum de Sergipe, de Claudomir Silva

História de Sergipe, de João Pires Waynne.

 Dicionário Bio-Bibliographico Sergipano, de Armindo Guaraná.


Algumas das principais obras do Arquivo Sergipano da UFS:

*Álbum de Sergipe, de Claudomir Silva:

Uma discrição de 63 municípios, com fotos em preto e branco, são mais de 600 páginas que falam sobre a politica, economia, saúde e educação da época. Unica obra disponibilizada em PDF pelo Arquivo.

*História de Sergipe, de Joao Pires Waynne

Obra dividida em recortes de tempo entre 1575-1930 no 1° volume e 1930-1972 no 2° volume, apareceu para ser, como disse o autor, "Uma síntese critica da vida social, econômica e política de Sergipe".

*Dicionário Bio-Bibliographico Sergipano, de Armindo Guaraná

Obra que reúne mais de 640 biografias dos mais ilustres sergipanos, detalhadas dentro e fora de Sergipe, como um testemunho para a posteridade. Uma fonte de referências confiáveis, com informações diversas, que chama a atenção para a fertilidade intelectual da terra e tem sido, em mais de 80 anos de circulação,
a principal fonte para o conhecimento biográfico dos sergipanos.

Os interessados em conhecer o Arquivo Sergipano da UFS devem procurar a instituição de segunda a sexta das 8:00 ás 12:00 e dás 14:00 ás 22:00 no primeiro piso da Biblioteca Central da UFS.

Fotos e texto reproduzidos do blog: thanderbs.blogspot.com.br

IERB - Instituto de Educação Rui Barbosa, em Aracaju


Curso Normal em Sergipe completa 142 anos de existência (2012).

Lígia Madureira estudou e depois foi professora do IERB

(...) Uma dessas profissionais que estudou no IERB foi Maria Lígia Madureira Pina, escritora e membro da Academia Sergipana de Letras (ASL). Ela contou sua experiência como aluna e também como professora do Instituto. "Estudar na Escola Normal foi uma das experiências mais belas de minha vida. Era uma escola democrática, que não discriminava ninguém e tinha um corpo docente brilhante...

Ela se emocionou ao dizer que também lecionou no IERB e que de aluna passou a ser colega de grandes professores. "Foi o meu primeiro emprego público e pude reencontrar os meus mestres que passaram a ser meus colegas. O IERB foi o grande celeiro da intelectualidade feminina sergipana. Lá estudaram a primeira médica, a primeira dentista e a primeira farmacêutica de Sergipe", revelou a professora Lígia Pina.

Trecho reproduzido de artigo postado no site: lagartense.com.br

Povoado Angico, Município de N.S. da Glória


Publicado no site Mais Glória, em 2 de novembro de 2012.

Povoado Angico

Mais de um século e meio de glória.
Por Euvaldo Lima dos Reis.

A 17 km da sede do município, localizado a oeste de Nossa Senhora da Glória (SE), limitando- se ao norte com a comunidade Serrinha, ao sul com o Rio Sergipe, a oeste ainda com o Rio Sergipe e com o município de Carira e a leste com os povoados: Riachão e Baixa Limpa; Angico é também um dos povoados mais antigos do município e relatos de moradores nos dão conta de que seus primeiros habitantes lá chegaram nos meados do século XIX.

A pequena sesmaria que abrangia as terras onde hoje se localizam os povoados: Fazenda Boa Vista, Gravatá, Guia, Barriguda e Riachão; pertencia ao casal Antônio Francisco de Lima (Antônio Cabeça Preta) e Maria Filirmina de Jesus.

Ele, já idoso, foi assassinado em 1930, por causa de uma pendenga travada pela posse de suas terras em Hereu que eram simplesmente invadidas por pessoas que ali foram chegando. Dona Filirmina faleceu no povoado, em 1942, com 98 anos.

Sua denominação se deu pelos constantes encontros de moradores e vizinhos que aos poucos formavam grupos para prosear e findavam efetuando alguns negócios sob as frondosas e típicas árvores da região conhecidas por Angico.

De 1933 e 1939, a região fez parte da rota do cangaço de Lampião. Por isto, as casas foram abandonadas e seus habitantes migraram para outras plagas.

Extinto o cangaço, com a morte de Virgulino Ferreira, as pessoas retornaram, reativando a feira do Patrimônio (como era chamado, na época, o local dessas reuniões).

A primeira casa pertenceu à Dona Zezé Teles. Mais tarde, em 1945, foi construído pelo então prefeito, Ulisses Alves de Oliveira, no centro do aglomerado de casas, uma estrutura coberta com telhas e sem paredes, com bancadas de madeira, que serviria como mercado.

Ainda na década de 40, com o crescimento populacional, frequentemente se fazia necessário transportar, de forma pouco digna, os falecidos para o sepultamento na sede do município.

Foi quando o senhor Joventino Tavares Pereira, doou uma área para construção do cemitério, e da capela que recebeu a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, tornando-se a Padroeira da aglomeração que definitivamente passou a ser conhecida por Angico.

Ao longo do tempo, vários de seus filhos contribuíram com o desenvolvimento, não só de Nossa Senhora da Glória, mas também de outros municípios e estados brasileiros, tais como: o Comerciante, proprietário da primeira bodega; Domingos José de Andrade, fundador do povoado; e Gerino Tavares, falecido em abril deste ano, com 106 anos. Este último trouxe para o município a primeira e única fábrica de beneficiamento de algodão, a primeira sala de cinema do Alto Sertão sergipano e, pelos relevantes serviços prestados à comunidade, muitos o consideravam uma espécie de intendente municipal.

Também Francisco Xavier de Andrade, filho do fundador do povoado e esposo de D. Zenita, por sua visão muito precoce, tudo fez pela educação dos seus doze filhos, conseguindo a proeza de vê-los, quase todos, portadores de títulos de nível superior.
Maria Helena de Andrade, funcionária da Reitoria da Universidade Federal do Estado de Alagoas; Juanita Andrade, pedagoga com relevantes serviços no povoado; Eunice Andrade, Neuzice Andrade e Eurides Andrade, todas administradoras lotadas na ENDAGRO; Elizabete Andrade, pediatra; Izabel Andrade, odontóloga; Marilene Andrade, administradora, lotada na UFS; Leonardo Andrade, pedagogo aposentado; Antônio Xavier, José Augusto e Valtuilso, desde cedo dedicados ao comércio.
Augusto César de Andrade, engenheiro químico, proprietário de uma usina de reciclagem de plástico no Complexo Industrial de Nossa Senhora do Socorro, na Grande Aracaju.

Clebelrei Pereira de Andrade in memoriam, filho de José Carlos e Terezinha Mendonça, ainda jovem, criou a banda “Os Amantes da Vaquejada”, falecendo em consequência de um acidente.

Sônia Maria de Lima, filha de Maria José de Bebé, encantada pela vida religiosa, desenvolveu trabalhos sociais em vários Estados do país; fez seus votos perpétuos na capela da Padroeira do povoado e hoje desenvolve projetos sociais fora do País.
Maria do Carmo Souza, professora, iniciou sua vida profissional na Escola 13 de Maio daquela comunidade, onde ajudou na formação de muitos daqueles jovens; formou-se em Letras pela UFS, e especializou-se em Letras e Literatura. Atualmente é professora do Colégio Estadual Manoel Messias Feitosa, em Nossa Senhora da Gloria, e cursa mestrado na área de Português e Literatura.

José Augusto Andrade, pedagogo, professor das redes municipal e estadual de ensino, desde cedo esteve à frente de todas as manifestações socioculturais e religiosas do Angico, além de administrar o Centro Comunitário.

Por ser um dos povoados mais antigos e pelo seu manifesto desejo de crescer, todos os prefeitos lá deixaram marcas de suas administrações. Entre eles destacam-se: Ulisses Alves de Oliveira, Filemon Bezerra Lemos, Antônio Alves Feitosa, José Elon Oliveira e Sérgio Oliveira da Silva.

Não se pode esquecer o ex-vereador por aquele povoado, José Augusto Dantas, e o casal líder daquela comunidade, Anselmo Correia Dantas e esposa Marisa Adriana, esta que nas últimas eleições municipais conquistou a preferência dos eleitores.
Eventos:

Missa do Vaqueiro, criada e mantida pelo casal Anselmo Correia e Marisa Adriana.
Festa da Padroeira.
Festejos juninos.
Outros eventos em datas comemorativas, com apoio das administrações públicas e comunidades circunvizinhas.

Foto e texto reproduzidos do site: maisgloria.com.br

Filarmônica Lira Santana de Simão Dias


Patrimônio Cultural - Filarmônica Lira Santana de Simão Dias/SE.

A Filarmônica Lira Santana é um dos maiores patrimônios culturais de Simão Dias. A orquestra resiste ao tempo e marca presença em todas as festividades importantes do município para a alegria dos simãodienses.

Foto: jornal simãodiense.

Reproduzida do site: sergipetradetour.com.br

Município de Simão Dias

Praça Barão de Santa Rosa

Município de Simão Dias/SE.

Simão Dias é uma terra especial. A cidade pérola de Sergipe é circundada de beleza sem rivais. A cidade de Simão Dias (distante 100 quilômetros de Aracaju) tem 121 anos de Emancipação Política – Dos Tapuias e do Caiçá – é um celeiro político e econômico que marcou e continua demarcando a história do estado de Sergipe. A conjectura que ocupa em Sergipe é explanada perfeitamente pelo refrão do hino da cidade com letra e música do mestre Te. Zótico Guimarães Santos: “De Sergipe cidade inspiração, No sertão e na fronteira, és Rainha, Na cultura gloriosa tradição. Linda Praça, cheia de amores, Vigiada por palmeiras imperiais. No Centro o excelso templo de Sant'Anna, Circundado de belezas sem rivais”. O nome da cidade é em homenagem ao seu fundador, o vaqueiro Simão Dias.

O município tem uma superfície de 560.8 Km² que fica entre os rios Vaza Barris (ao norte) e Piauí (ao sul) e está situado na zona fisiografica do Oeste limitando-se com Pinhão, Macambira, Lagarto, Riachão do Dantas, Tobias Barreto, Poço Verde e o estado da Bahia. A cidade acha-se encravada à margem do Rio Caiçá, e é a terceira em altitude do Estado, porém a mais fria de Sergipe, onde a temperatura fica entre 14º a 9,5º graus no inverno. A circunscrição é dotada de beleza e riqueza imensurável tanto na cidade quanto nos povoados.

A principal atividade econômica é baseada na agricultura com destaque para a cultura do milho, onde o grão recebeu o epíteto de 'o ouro do sertão'. Além de ser o maior produtor de milho da região, o município de Simão Dias apresenta proeminência na produção de abóbora, criação de ovinos da raça Dorper, avicultura robusta, comércio forte e franco crescimento industrial.

Foto e texto reproduzidos do site: sergipetradetour.com.br

sábado, 8 de junho de 2013

Renan Tavares

Desportista Renan Tavares (de casaco banco e óculos).

Reconhecimento Por Manuel Meneses Cruz (06.junho.2008)

"Durante os 49 anos de existência da Federação, vale ressaltar a administração do desportista Renan Tavares. Com mais de 18 anos à frente da entidade, Renan estruturou o esporte em Sergipe. Ele conseguiu mobilizar torcedores, dirigentes, atletas e demais pessoas interessadas na modalidade na tentativa de engrandecer o futebol de salão em todo o estado. Além de promover vários campeonatos estaduais, das mais diversas categorias, Renan conseguiu também trazer alguns jogos importantes da Seleção Brasileira de Futsal na década de 90".

Foto do blog: futsalcearense2010.blogspot.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

História do Seu Bairro - Bairro 13 de Julho, em Aracaju



História do Seu Bairro.
Por cinform.com.br

13 de Julho é um dos mais cobiçados, mas manguezal míngua com agressão.

Esse bairro foi palco de acontecimentos históricos de guerra que marcaram a Capital, e passou por várias transformações urbanísticas

O bairro hoje chamado de 13 de Julho é um dos mais cobiçados de Aracaju. A localização privilegiada, na Zona Sul, a caminho da Atalaia, influencia, e muito, nos altos valores cobrados por metro quadrado. Apesar de tão disputado, é o 10º menor bairro da Capital, com uma população de 8.328 pessoas, segundo estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

O registro histórico mais antigo que existe, segundo o historiador Amâncio Cardoso, é que a área, antes chamada Ilha dos Bois, foi vendida ao Governo Imperial pelo sitiante José Honório dos Santos, em 1872. De acordo com ele, o Governo pretendia construir ali um abrigo para controle sanitário, onde seriam mantidas pessoas portadoras de epidemias. Amâncio Cardoso explica que, no entanto, o abrigo não foi construído e que, já no final do século XIX, a área começou a ser povoada por marujos e pescadores, por ser região ribeirinha.

No início do século seguinte, os banhos na praia se popularizaram, e o lugar recebeu um novo e sugestivo nome: Praia Formosa. Mas a tranquilidade não durou muito tempo. Em 13 de julho de 1924, durante a Revolta Tenentista, Aracaju foi tomada por tropas rebeladas do Exército. A cidade ficou em clima de guerra durante 21 dias.

Em 27 de novembro de 1930, foi decretada a mudança do nome do bairro. A Praia Formosa passou a se chamar 13 de Julho. O historiador relata que, no ano seguinte, o bairro já possuía quase 100 casas. Décadas depois, foi ocupado por prédios luxuosos e se tornou um cartão-postal dos mais cobiçados de Aracaju.

A empresária Beljania Almeida mora ali há 11 anos. Ela diz que o lugar mudou muito na última década. "Há alguns anos, havia vários terrenos baldios. Hoje, o bairro se tornou, praticamente, um centro comercial, com várias galerias", afirma a empresária. De fato.

Segundo Beljania, é um ótimo local para viver, principalmente pela localização. "Tudo o que a gente procura, acha por perto: padaria, supermercado, escola para os filhos, academia. O essencial para o dia a dia", destaca a moradora.

Mas os residentes dali se queixam dos altos valores cobrados pelos comerciantes. "Tudo aqui é mais caro. Os preços do pão, do leite, das roupas são bem mais elevados do que os praticados em outros bairros de Aracaju", reclama o aposentado José de Ramos Sobral.

Sobral observa também que o canal que corta o bairro incomoda um pouco os moradores. "Já deveriam ter resolvido isso. É um mau cheiro insuportável", diz o aposentado. O calçadão do Bairro 13 de Julho, que funciona como uma espécie de cílios do bairro, é propício para a prática esportiva. E atrai, também, dezenas de pessoas para caminhadas ao ar livre.

Mas o manguezal ao lado começou a ser degradado e a deixar o local com um aspecto bem diferente de anos atrás. "Isso aqui era tudo verdinho. Agora, a vegetação parece morta. O mangue está bem feio", diz o estudante Márcio Santos de Oliveira. Algo que, certamente, o Bairro 13 de Julho não merece.

CINFORM - Dados: IBGE 2010.

Fotos e texto reproduzidos do site:

cinform.com.br/historiadosbairros/trezedejulho.html

Amendoim é patrimônio do Estado de Sergipe


Publicado pelo JornaldaCidade.Net, em 08/03/2012.

Amendoim é patrimônio do Estado.

Iguaria foi tombada há um ano juntamente com outros alimentos, como pé-de-moleque e beiju macasado e saroio.

Tira-gosto dos mais apreciados por sergipanos e turistas que vêm ao Estado, o amendoim verde cozido é um dos alimentos típicos sergipanos que foram reconhecidos como patrimônio imaterial de Sergipe. Embora daqui a duas semanas completa um ano que o decreto 27.720/2011 foi assinado pelo governador Marcelo Déda fazendo o reconhecimento, poucas pessoas sabem disso. Nem os próprios comerciantes do produto sabem da grandiosa importância do alimento.

Segundo a presidente do Conselho Estadual de Cultura de Sergipe, Ana Luiza Dorta Valadares, o decreto 27.720, de 24 de março de 2011, publicado no Diário Oficial de 14 de junho do ano passado, reconhece o amendoim verde cozido, bem como a queijada, o manauê, bolachinha de goma, o doce de pimenta do reino, o pé-de-moleque de massa puba, o beiju de tapioca, macasado e saroio como patrimônios imateriais de Sergipe. Ela acrescentou que foi a lei 2.770/1989 que disse que compete ao Conselho de Cultura pronunciar-se sobre o tombamento de bens culturais pelo poder público.

Ana Luiza Dortas explicou que com o reconhecimento fica assegurado que o amendoim cozido de Sergipe apenas na água e sal, como esses outros alimentos típicos da nossa culinária, é essencialmente sergipano. “Com o reconhecimento, ninguém vai aparecer dizendo que o amendoim ou qualquer outro desses alimentos surgiu primeiro em outro Estado”, explicou. Ela acrescentou que eles podem até ser feitos em outros locais, mas o reconhecimento assegura que é um produto típico nosso e os outros é que foram se originando do nosso.

O subsecretário de Patrimônio Histórico e Cultural de Sergipe (Subpac), Luiz Alberto, informou que desconhece o estudo que foi feito de que essa iguaria é uma exclusividade sergipana. Mas disse que é importante destacar que o amendoim cozido só com água e sal lhe parece que é uma coisa muito peculiar de Sergipe, pois em outros locais come-se o amendoim torrado. “Acho que o reconhecimento é um destaque importante, porque quando se declara um bem imaterial se fala de algo que faz parte da identidade de um povo. São elementos que fazem com que o sergipano seja sergipano”, afirmou. Ele acrescentou que quando há um tombamento tem um conjunto de procedimentos que precisa ser adotado e por isso são solicitadas orientações ao próprio Conselho de Estado da Cultura para saber como é que se dá a sua preservação.

Desconhecimento

Passado quase um ano de o decreto ter sido assinado, os vendedores de amendoim verde cozido nem imaginavam que o produto que diariamente comercializam em cestos no Mercado Albano Franco, em sacos nas feiras livres, ruas ou na orla de Atalaia é agora um alimento com selo de patrimônio imaterial de Sergipe. “É mesmo! Não sabia. Isso é bom”, disse o vendedor José Antônio dos Santos. A divulgação mais ampla de que o nosso amendoim cozido entre vendedores e sergipanos como um todo poderia resultar em estímulo para valorizar o produto e até melhorar as estratégias de comercialização.

O vendedor José Ricardo Batista dos Santos, que trabalha em uma das bancas que comercializam amendoim cozido no Mercado Albano Franco, também não sabia da novidade e ficou feliz em ver o prestígio da matéria-prima de seu trabalho diário. Para ele, essa é uma boa notícia, um atrativo a mais na hora de convencer cliente a levar mais uma latinha do nosso amendoim.

Grande parte do amendoim verde cozido comercializado em Aracaju vem dos municípios de Itabaiana e Lagarto. Segundo o vendedor, a produção desse tira-gosto tão apreciado tem todo um processo, que vai desde a colheita do fruto, ainda verde ou um pouco mais maduro, seleção e cozimento, para que mantenha a característica do nosso amendoim cozido. “Ele é colhido no dia, cozido à noite e vem de madrugada para ser vendido aqui. Às vezes até chega quentinho ainda”, garante o Ricardo, enfatizando que não é conversa de vendedor quando diz que “o amendoim é novinho, cozido hoje”, um dos bordões mais usados pela categoria para cativar o cliente.

Durabilidade

Embora seja um produto perecível, os vendedores asseguram que o amendoim cozido chega a durar até três dias depois de cozido. Os mais maduros aguentam até cinco dias, sem começar a visgar ou esverdear a casca, quando não está mais próprio para consumo. Como bom vendedor, Ricardo Batista procura cativar a pessoa que chega à banca, sempre procurando dar dicas de como aproveitar melhor o fruto. Ele disse que tem turista que já contou que deixou o amendoim cozido no freezer durante um ano, com o produto em condições de ser consumido. “Tem turista que leva muito amendoim quando vai embora de Sergipe. Leva numa caixa de papelão e quando chega em casa coloca na geladeira. Quem quer guardar por mais tempo coloca no congelador, pois ele não congela, apenas conserva, e dura um ano, mantendo o sabor. Eles fazem isso porque lá fora não encontram o amendoim cozido para vender”, revelou.

Sem contar detalhes, Ricardo disse que no caso de turista tem todo um processo que os vendedores fazem para que o amendoim cozido resista mais tempo. Ele somente revelou que precisa deixar vagem do amendoim mais seca, para que a pessoa quando for consumir coloque na água quente. “Mais detalhes a gente não pode falar, porque é segredo de Estado”, disse.

Texto reproduzido do site: jornaldacidade.net

Foto reproduzida do blog: dralucianagranja.blogspot