Foto: Tarcísio Dantas.
Publicado pelo Jornal da Cidade.Net, em 13/01/2014.
Venha conhecer as belezas do delta do São Francisco.
Com aspecto bucólico, a pequena comunidade ainda mantém as
tradições de seus fundadores, sendo bastante comum encontrar famílias lavando
pratos, panelas e roupas à beira do imenso rio.
O município de Brejo Grande, distante 137 quilômetros da
capital sergipana, é a porta de entrada para o nosso passeio pela Foz do Rio
São Francisco. Com aspecto bucólico, a pequena comunidade ainda mantém as
tradições de seus fundadores, sendo bastante comum encontrar famílias lavando
pratos, panelas e roupas à beira do imenso rio. Mas o que chama, de fato,
atenção daqueles que chegam à cidade, é a estrada que leva ao convidativo
passeio pelo “Velho Chico”.
A região, também conhecida como Delta do São Francisco,
possui verdadeira riqueza quanto o quesito é beleza natural. Divisa entre
Sergipe e Alagoas, mais precisamente com o município de Piaçabuçu, o lugar leva
ao amistoso encontro do rio com o oceano Atlântico, apresentando um verdadeiro
espetáculo da natureza. E a exuberância nativa e as cores emanadas pelas águas
do Velho Chico chamam a atenção logo na partida.
Com forte apelo ecológico, extensas faixas de areias claras
e finas, que formam dunas móveis, a região também serve de habitat temporário
para várias espécies de aves e mamíferos, entre eles o Macaco Bugio e búfalos.
Os animais vivem em uma extensa fazenda privada, mas é possível encontrá-los
durante o passeio, já que às vezes, são soltos pela reserva.
O segredo para ver toda a exuberância do local é pedir ao
navegador do catamarã ou barco comum que faça o trajeto margeando a beira do
rio, assim é possível desfrutar da paisagem e ainda fazer belas fotos. Uma dica
é não se esquecer de levar a máquina fotográfica e o protetor solar.
Para quem escolher o lugar como opção de lazer, o passeio
pode ser feito por R$ 15, R$ 20 - em barco comum -, ou R$ 60/ R$ 70, a bordo de
um catamarã, O que define os valores é a quantidade de pessoas presentes no
grupo. Caso seja grande um número expressivo, o preço pode baixar ainda mais.
Vale a pena!
O percurso do passeio mais divulgado é o de Piaçabuçu, mas
quem preferir seguir somente pelo lado sergipano não vai se arrepender. No
trajeto, é possível passar ainda pela comunidade de Saramem, um antigo reduto
de escravos e negros que pertenciam à região. Atualmente, eles abrigam uma
comunidade quilombola, chamada Resina, que fica próximo ao povoado.
Ilhas do Delta
O Delta é composto de várias ilhas, entre elas a de
Arambipe, que possui um antigo casarão centenário. O local, ainda bastante
preservado, é de propriedade particular, mas com jeitinho é possível conhecer
um pouco da história da colonização na região. Como nas antigas fazendas
coloniais, o lugar possui a tradicional “Casa Grande”, a “Senzala” e uma
pequena capela.
Já próximo ao encontro do rio com o mar, é possível ver um
antigo farol, com pouco mais de 20 metros, parcialmente submerso pelas águas do
Oceano Atlântico. É o ponto alto do passeio. No local, existia uma comunidade
chamada “Cabeço”, mas devido à força do mar diante do rio enfraquecido pelas
ações do homem, as águas invadiram a localidade, forçando os moradores a
partirem para uma extensão mais, na costa litorânea.
A área é belíssima. Hoje, o mar recuou um pouco e formou-se
uma pequena ilha a qual é habitada temporariamente por pescadores nativos, que
ficam se revezando a cada 15 dias entre a costa e a ilhota. Outra dica: observe
os diversos peixes (tainha, robalo, xaréu) que ficam saltando fora d’água a
quase todo instante. É algo que, realmente, chama a atenção.
Caso você tenha sorte, ainda na cidade, poderá encontrar-se
com o famoso “Galeguinho do Rio”, personagem da comunidade que ficou conhecido
nacionalmente em programas como Fantástico (Globo) e Domingo Espetacular
(Record) por pescar, apenas, com as mãos. Caso não o encontre, todos na cidade
o conhecem. É só perguntar onde ele mora que ele terá prazer em lhe acompanhar
no passeio.
Na volta, restaurantes bem estruturados são encontrados nas
proximidades com diversos pratos típicos da região, principalmente aqueles
ofertados pelo rio e mar, como peixes. Carapeba, robalo, piaba, entre outros
pescados podem ser servidos como moqueca ou fritos no alho e óleo.
As informações sobre o passeio podem ser repassadas através
da Prefeitura, pelo telefone (79) 3366-1250, ou do diretor de Eventos do
município, José Hadenilson de Góis da Silva, mais conhecido como Aroldo cujo
contato é (79) 9815-2002.
Imagem e texto reproduzidos do site: jornaldacidade.net