terça-feira, 28 de julho de 2015

Memorial do Poder Judiciário, em Aracaju


O memorial do Poder Judiciário foi criado no ano de 2004, pela Resolução N° 033/2004 pela Mesa Diretora do Tribunal de Justiça de Sergipe. As atribuições do Memorial do Poder Judiciário envolvem atividades de pesquisas, organização de acervo documental das diversas fazes do Poder Judiciário; promoção de cursos,seminários,conferências e exposições. Endereço: Palácio Silvio Romero, Praça Olímpio Campos, 417, em Aracaju/SE.

Foto e informações reproduzidas do site: sergipetradetour.com.br


Foto restaurada* de antigo prédio, onde hoje funciona
o Memorial do Poder Judiciário de Sergipe, na Praça
Olímpio Campos, em Aracaju - Sergipe.
Imagem reproduzida do blog: coisasdoestadodesergipe.blogspot
De: Amarildo Rezende.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Funcaju será a nova casa do Carrossel do Tobias


Publicado originalmente no site f5news, em 06/07/2015.

Funcaju será a nova casa do Carrossel do Tobias

Assinado no último dia 2 pela presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) Aglaé Fontes, o Instituto Banese, representado pelo Diretor Superintendente Ezio Déda e pelo Diretor de Programas e Projetos Marcelo Rangel, o Termo de Cessão de Uso das peças remanescentes do ‘Carrossel do Tobias'.

O brinquedo secular famoso por encantar crianças e adultos durante o período natalino, fará parte do acervo do Centro Cultural de Aracaju, unidade da Funcaju., que receberá além das peças remanescentes do carrossel original, toda a estrutura e o conteúdo que fizeram parte da exposição ‘Carrossel do Tobias'.

De acordo com a Presidente Aglaé Fontes, o brinquedo que era montado no Parque Teófilo Dantas alegrou diversas gerações de crianças. "Para nós é uma alegria receber o Carrossel que fez parte da infância de tanta gente e tem ligação direta com o lúdico. Agora ele fará parte do acervo do Centro Cultural de Aracaju, local que valoriza toda a história da capital sergipana e contribuirá para o fortalecimento das ações de propagação e incentivo a cultural desenvolvidos pela Funcaju", disse.

O brinquedo que ficou em cartaz no Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo, ficará sob responsabilidade da Funcaju pelo período de cinco anos. Aglaé Fontes falou que a partir da semana que vem ele será desmontado e as peças seguirão para o Centro Cultural de Aracaju, sendo aberto para visitação no final desse mês. A cessão tem o objetivo de possibilitar que mais pessoas tenham acesso a informações sobre o carrossel e sobre a dimensão simbólica que ele tem para os aracajuanos.

Carrossel do Tobias

O Carrossel do Tobias é um brinquedo secular, trazido dos Estados Unidos, tendo chegado no Brasil no final do século XIX, iniciando seu funcionamento na Cidade de Recife/PE, onde permaneceu alguns anos. Depois foi para Maceió/AL e no ano de 1904 chegou a Aracaju, onde era montado anualmente, no período natalino, em praças e parques da Capital, conforme programação natalina. Nele as pessoas subiam nos cavalos e bancos para dar uma volta e tinha um boneco negro no centro do Carrossel, denominado de Tobias.

Em 1984, o Carrossel do Tobias foi comprado pelo Governo do Estado de Sergipe e tombado em 1987. Na época do tombamento o Carrossel já estava em estado de deterioração e em 2012 as suas peças remanescentes foram cedidas para o Instituto Banese e restauradas. No natal de 2013 foi lançada a exposição ‘O Carrossel do Tobias', no Museu da Gente Sergipana, que ficou em cartaz até novembro de 2014.

Fonte: Funcaju

Texto e imagem reproduzidos do site: f5news.com.br

O jovem escritor Francisco Mota, de 11 anos




Fotos: Ascom Secult.

Infonet > Cultura > Noticias > 15/07/2015.

Escritor mirim participa de Encontro na Aglaé Fontes
O jovem escritor Francisco Mota, de 11 anos

A Biblioteca Infantil Aglaé Fontes Alencar, unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), recebeu na última terça-feira, 14, o jovem escritor Francisco Mota, que aos 11 anos lançou recentemente seu primeiro livro intitulado “Irmãos Aventureiros”. Na ocasião, Francisco participou de um bate-papo e respondeu perguntas do público.

O pequeno escritor sergipano explicou que não se baseou em nenhum livro específico para escrever os “Irmãos Aventureiros”, segundo ele, foi uma junção de histórias fictícias que o ajudaram a finalizar a obra. Lendo em média quatro livros por mês e apaixonado por histórias de aventura, Francisco conta que demorou cerca de um ano para finalizar os dez capítulos do seu primeiro livro e que já iniciou a continuação da narrativa. “É muito bom escrever, ver as pessoas lendo uma história que você escreveu é uma coisa indescritível”, falou.

Orgulhosa do filho, Marcilene Pereira contou que durante o processo de construção do livro, a família passou por momentos de alegria e sempre incentivou o jovem. Segundo ela, a primeira vez que Francisco demonstrou interesse em ser escritor foi aos seis anos, mas foi aos nove que iniciou seu primeiro trabalho. “É uma sensação muito boa vê-lo realizar um sonho, sinto-me feliz por ele e essa iniciativa da biblioteca, de trazer o Francisco até aqui foi bem importante para as crianças e para ele também”.

Acompanhada por seu esposo João Paulo, Karina Guimarães levou seu filho João Gabriel, de quatro anos para o encontro e aproveitaram para conhecer a Biblioteca Infantil. Para ela, o fato de existir crianças que escrevem é um incentivo para as que lêem. “É admirável, principalmente nesse mundo de tantas tecnologias, resgatar a leitura é importante, e atitudes como a dele servem como um espelho para as outras crianças”.

Ingrid Freuri levou os filhos Raul, 6, e Alice, 4, para acompanhar o encontro, e no final, os presenteou com o livro do Francisco. Segundo ela, essa é uma iniciativa de formação do ser humano, e serve como inspiração. “O pai e a mãe que estimula não só a leitura, mas a produção de um livro está formando um ser humano que consegue discernir as coisas com mais propriedade, consegue fazer uma leitura diferenciada do mundo. Eu parabenizo a biblioteca por ter esse espaço e proporcionar esse encontro que para as crianças é muito importante”...

Fonte: Ascom Secult.

Trecho de reportagem e foto reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Encontro Nacional dos Cacumbis


A Associação do Cacumbi "Mestre Deca", com apoio da Prefeitura de Laranjeiras, através da Secretaria Municipal de Cultura, realizou nesse domingo, 12, o Encontro Nacional dos Cacumbis.

Foto e Legenda reproduzidas do site: jornaldacidade.net/osmario

Sabor Sergipe - Moqueca de filé de robalo

Sabor Sergipe - Moqueca de filé de robalo
com risoto e molho de camarão do restaurante Sollo.
Região do Mosqueiro, em Aracaju/SE.
Foto: Sílvio Oliveira.
Reproduzida do site: infonet.com.br/silviooliveira

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Tristezas e alegrias de um circo mambembe





Publicado originalmente no site Jornal da Cidade.Net, em 10/03/2014.

Circo Irmãos Rodrigues
Tristezas e alegrias de um circo mambembe.

Por Osmário Santos/JC, (1991).

O mundo do circo mambembe não é de fantasias. Um manto de tristeza envolve o circo e seus artistas. Melancólicos, fechados no seu ambiente de trabalho, nas improvisadas cabanas de lonas remendadas, furadas ou embaixo da lona de cobertura, quando tem, eles conhecem a dimensão do sofrimento e possuem o louco desejo da aventura, conseguindo só Deus sabe, sobreviverem.

Os circos mambembes estão espalhados pelo Estado de Sergipe e fazendo apresentações na periferia de Aracaju.

Com uma trajetória de sofrimento e de muita raça, o equilíbrio do trapézio está presente na vida, onde todos os artistas circenses fazem de tudo e conseguem descobrir o manto dos momentos melancólicos e fechados para anunciar mais um espetáculo.

- Boa noite, gente amiga!
- Boa noite!
- Está fraco.
- Boa Noite!

Queremos agradecer a todos vocês que deixaram vossos lares para assistirem o espetáculo do Circo Irmãos Rodrigues, armado no Bairro São Conrado, onde vocês vão assistir, na segunda parte do espetáculo, o Trio Às de Ouro, com Adalto, Adailton e Maria Feliciana.

- Quem quer mulher?
- Eu, eu, eu...
- Pois o nosso espetáculo apresenta bonitas rumbeiras, malabaristas, mágicos e o famoso palhaço Esculacho.

Uma noite de festa para o público do São Conrado e uma noite memorável para os artistas e família Rodrigues, proprietária do circo. Uns lençóis faziam a cortina de fundo. Algumas lambadas montadas em uma gambiarra davam o toque da iluminação. A noite estava estrelada e a boa brisa era sentida por todos, onde os imensos buracos na lona ajudavam a circulação do ar do ambiente que estava embebido de felicidade. Nas arquibancadas, um casal de namorados está sorridente. Um rapaz que adquiriu cadeira não fechava a boca quando apareciam as rumbeiras com suas provocantes danças. O palhaço fazia o seu show com piadas do dia-a-dia do pobre. Sempre colocando uma pitadinha de malícia. O mágico de cartola soltava a pomba, os cantores de música sertaneja, aplaudidos de pé; e Maria Feliciana recebia os aplausos do público quando era anunciada como a mulher mais alta do mundo. Assim encerrava o espetáculo.

Todos vão para suas casas, as lâmpadas do circo são apagadas, a rua que antes do espetáculo estava cheia, fica deserta e até os mata cachorros responsáveis pela cerca de arame farpado para evitar penetras, depois da missão cumprida, deixam seus postos.

Amanhece o dia. Lá está o mastro do circo e sua cobertura rasgada. O circo estava montado num terreno abandonado, cheio de lixo e bem perto do mangue, mas a noite cobre tudo e o circo com sua força magnetiza todos com seu apelo irresistível, onde os artistas circenses conseguem embriagar a todos, proporcionando momentos de felicidade.

Uma história de bravura
Maria Edileuza tem 37 anos e foi nascida e criada numa barraca de circo. Há 16 anos ela, seus irmãos e o marido resolveram montar em Aracaju o Circo Rodrigues, que é responsável pelo sustento de 12 pessoas.

Ela mora no circo com o pai de 80 anos, que trabalha no circo como bilheteiro e responsável pela montagem do circo. No passado, foi um trapezista de sucesso em circos de primeira categoria. O esposo de Maria Edileuza trabalha como palhaço e os quatro filhos do casal também participam do Circo Irmãos Rodrigues. O circo contrata outros artistas, além dos 12 da casa. A família faz de tudo.

O circo só procura outro espaço quando a renda cai, tendo assim um tempo para cada local. “É como cachorro, quando ele encontra um osso gordo, fica doido”, diz Maria Edileuza.

Alguns artistas ganham por espetáculo. Outros recebem por mês. Antigamente apresentava comédia. Hoje apresenta filmes pornô, a depender da cidade, horário e do público. Quando chove, rindo, conta que é uma peneira passando água da boa. Diz que está mantendo seu circo porque Deus quer.

Fotos e texto reproduzidos do site: jornaldacidade.net/osmario

Paulo de Figueiredo PARREIRAS HORTA

Paulo de Figueiredo Parreiras Horta (1884 - 1961).
Foto reproduzida do site: geneall.net

Instituto Parreiras Horta (1931).
Foto reproduzida do site: brasilianafotografica.bn.br

Instituto Parreiras Horta, na Rua Campo do Brito,
Bairro São José, em Aracaju - Sergipe.
Foto reproduzida do site: ferias.tur.br

segunda-feira, 13 de julho de 2015

A influência da cultura afro para formação sergipana

Foto: Ascom Secult.

Infonet > Cultura > Noticias > 10/07/2015.

A influência da cultura afro para formação sergipana
29 comunidades quilombolas remanescentes reconhecidas

O território sergipano possui inúmeras manifestações que garantem uma identidade chamada ‘Sergipanidade’. A cultura afro-brasileira é uma dessas manifestações e tem fortes influências para a formação dos cidadãos e comunidades na capital e interior do estado. São grupos folclóricos de origem africana e 29 comunidades quilombolas remanescentes reconhecidas pela Secretária de Estado da Inclusão Social.

Para o Mestre em Comunicação e Cultura e professor de história, Antônio Bitencourt, a indenidade cultural que forma a sergipanidade tem fortes aspectos na religião e folclore dos povos africanos.

“Como em todo Brasil, a presença da cultura africana tem forte aspecto na identidade cultural. Em Sergipe, as tradições que temos da origem negra são resultantes da presença dos africanos, que vieram para cá na condição de escravos, e fortemente marcada pela influência religiosa hoje tão presente na identidade sergipana”, afirma, dizendo a importância da sergipanidade para formação de cidadãos, “é preciso que conheçamos a cultura do nosso estado, folclore e comunidades que preservam manifestações características”.

As manifestações características presentes em Sergipe, representadas em diversas tradições, trazem o folclore como representante desses costumes. Tendo as mais variadas origens que formam a cultura popular e, colocam em evidência as influências afro-brasileiras para a formação da sergipanidade.

De acordo com o assessor Executivo da Secretaria Estadual de Cultura (Secult), Irineu Fontes, a formação da sergipanidade com expressão afro-brasileira corresponde à forma de pertencer a um ciclo social. “O sinônimo de pertencimento move a identidade de um povo. Por isso a necessidade de desvendar a cultura da nossa comunidade, bairro ou município. Somente em Laranjeiras, são mais de 20 grupos folclóricos de todas as origens, comunidades quilombolas, terreiros de candomblé, danças, artesanatos, música de qualidade, ou seja, a sergipanidade está aí, basta o interesse em disseminar”, afirma Irineu.

Folclore em Laranjeiras

A cidade histórica de Laranjeiras é palco de muitas manifestações da Sergipanidade. Preserva a cultura popular através de festivais de música e grupos folclóricos na maioria de origem africana, representada com a originalidade e expressão do nordestino. Alguns dos grupos são os Reisados, Taiera, Cacumbi, os Fogueteiros, Chegança, Samba de Coco, Samba de Parelha, São Gonçalo e, os Lambe-sujos, de origem quilombola que mostra a luta do negro pelo espaço conquistado.

O representante cultural de Laranjeiras e Mestre dos Lambes-sujos, Zé Rolinha, como é conhecido, está à frente de três grupos folclóricos de Laranjeiras e destaca o valor cultural dos Lambes-sujos para os sergipanos. “Somos o maior grupo folclórico, e talvez o mais conhecido do estado, tenho muito orgulho de falar da nossa cultura pelo fato de morar em um município que ela é tão viva, não só para os grupos que lidero, mas também pelos outros que disseminam o folclore local”, coloca.

Folclore em Lagarto

Já no centro-sul sergipano, o município de Lagarto também não deixa de preservar a tradição folclórica. De acordo com assessoria da prefeitura de Lagarto, no decorrer dos anos, alguns grupos foram extintos por conta da falta de interesse da população.

Um dos grupos tradicionais que mantém atividade em Lagarto são os Parafusos, também de origem africana, retrata a fuga dos escravos para quilombos. Ao passarem pelas vilas, eles roubavam anáguas de linho com babados das senhorinhas. Depois de serem libertados, desfilavam pelas ruas da cidade com as vestes.

Comunidades quilombolas

Das 29 comunidades quilombolas existentes em Sergipe, a Maloca, situada na região central de Aracaju, também preserva as manifestações locais. O líder comunitário da Maloca, Luiz Bonfim, diz ser de extrema importância tratar de assunto como este, no que diz respeito à identidade, e colocar como exemplo a Maloca pelo valor cultural para os moradores. “A nossa comunidade por ser o primeiro quilombo urbano de Sergipe e o segundo do Brasil, com todos os seus traços de africanidade, jamais poderia ficar fora de uma discussão como essa da sergipanidade, pela influência e contribuição cultural para Aracaju”, coloca.

Membro da pesquisa sobre comunidades quilombolas em Sergipe, José Pedro dos Santos Neto, diz que a memória cultural de uma sociedade não pode ser esquecida. “Tudo que o povo tem de bom é a história, e o cultivo dessas manifestações são importantes para mantê-la viva, os povos africanos sempre fizeram isso por meio dos levantes tracionais, como uma forma de ser notado e mostrar para os governantes que eles também precisam de atenção”, finaliza.

Fonte: Ascom Secult.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Documentário: história de Judite Melo ganhará os cinemas

Foto: Ascom.

Infonet > Cultura.> Noticias > 10/07/2015.


Documentário: história de Judite Melo ganhará os cinemas
O filme conta toda a trajetória da artista nascida em Estância

As terras estancianas conhecida por seu potencial turístico e cultural ganhará as telas dos cinemas através do documentário Judite Melo. Idealizado pelas cineastas Fátima Goes e Gabriela Caldas o curta de 16 minutos aproximadamente, que conta a história de uma de suas escultoras mais famosas, Judite Melo, já está em fase de edição.

Nascida em Estância, município de Sergipe, a artista plástica autodidata, Judite Melo, descobriu meio que por acaso seu talento, ao criar um presépio por conta própria. O filme conta toda a trajetória da artista, que há cerca de 50 anos se dedica a produzir esculturas em argila no estilo barroco, dando ênfase às imagens sacras famosas em todo o estado.

Segundo Fátima Goes, o projeto tem como objetivo divulgar não somente a cidade de Estância, conhecida pelas corridas dos barcos de fogo, mas enaltecer a arte e o talento da artista plástica dentro do meio estudantil, na sociedade sergipana incluindo também sua cidade natal, Estância, onde a escultora reside.

Judite é uma das figuras mais conhecidas de Estância, detentora de um vasto trabalho com peças em arte sacra, que já ultrapassou os limites do Estado de Sergipe, tendo esculturas circulando não só no Brasil, ma também no exterior. O filme está sendo realizado por conta das cineastas e pretende ser lançado no próximo mês.

Fonte: Assessoria de Imprensa.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

São Cristóvão comemorou Emancipação no Museu Histórico

Foto: Ascom Secult.

Infonet > Cultura > Noticias > 09/07/2015.

São Cristóvão comemorou Emancipação no Museu Histórico
Primeira capital do estado e quarta cidade mais antiga do país

O dia 8 de julho, data em que marca os 195 anos de Emancipação Política do Estado de Sergipe, o município de São Cristóvão, primeira capital do estado e quarta cidade mais antiga do país, comemorou no Museu Histórico de Sergipe essa data alusiva para o povo sergipano.

A programação contou com hasteamento das bandeiras no período da manhã, onde estiveram presentes representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Prefeitura do município. Já pela noite, através do projeto ‘Patrimônio em Concerto’, o grupo Música Antiga Renantique levou para a cidade histórica aconchegantes cânticos que fazem referência ao período medieval e renascentista para simbolizar a história, memória e cultura do estado.

Sandra Sena que é a idealizadora do projeto, explicou que o ‘Patrimônio em Concerto’ surgiu há sete anos, com a necessidade da divulgação da Praça São Francisco que na época era candidata a ser patrimônio histórico da humanidade. Segundo ela, com o apoio da Sergas, principal patrocinadora, o ‘Patrimônio em Concerto’ tem conseguido se estender cada vez mais pelos municípios sergipanos. “É um projeto consolidado e muito prazeroso, pois nós encontramos retorno do público. Desde seu surgimento, já conseguimos dobrar o número de apresentações que acontecem em vários municípios do estado e isso é gratificante”, relatou.

O Diretor de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Marcos Paulo, conta que a VII edição do ‘Patrimônio em Concerto’ foi um projeto pensado dentro da subsecretaria, através de Sandra Sena e Emmanuel Vasconcellos, que há 18 anos é o diretor artístico do grupo. Segundo ele, “o ‘Patrimônio em Concerto’ tem o objetivo de transmitir para o público a importância de preservar a memória do povo sergipano dentro do espaço onde o grupo se apresenta, para conscientizar sobre a educação patrimonial”.

Música Antiga Renantique

Criado há 19 anos, o grupo tem como objetivo executar a música da Idade Média e da Renascença da Europa Ocidental, algo inédito em Sergipe. Trazendo o movimento de redescoberta da ‘música antiga’, com cópias de instrumentos da época, o grupo difunde um amplo repertório, que abrange desde as ‘Canções de Cruzada’ até o ‘Teatro de Shakespeare’.

Há cinco anos como soprano do grupo, Marcela Porto conta que, para eles, “é uma satisfação enorme estar prestando essa homenagem ao nosso estado, numa data tão importante como é a emancipação. É um presente para nós do Renantique que sempre prezamos pela nossa sergipanidade”.

Pela primeira vez num espetáculo do tipo, a aposentada Lourdes Nascimento contou que ficou maravilhada com a apresentação. “Ainda não conhecia o grupo e achei lindo. O que mais me encantou foi a voz da soprano, é belíssima”, disse. Quem também prestigiou a apresentação foi a sobrinha dela, Rafaele Leão, que é universitária e musicista. Rafaele disse ter achado o espetáculo rico em detalhes, e aprovou a apresentação. “A música tem várias vertentes, e esse concerto conseguiu resgatar as heranças históricas da cidade de São Cristóvão”, falou.

Emancipação Política

A Carta Régia que desanexou da Capitania da Bahia o território de Sergipe, emancipando-o politicamente, completou 195 anos no dia 8 de julho, e é uma referência para história e construção da sociedade sergipana. A decisão confirmada e referendada por Dom Pedro I em 1820, elevou novamente São Cristóvão à condição de cidade, para ser capital de Sergipe. Mas, somente em 1824, com a Constituição, foi que o estado se tornou uma das províncias do Brasil, consolidando assim a Emancipação.

A Secretária de Cultura do município de São Cristóvão, Maria José, também esteve presente no concerto e falou sobre a importância da comemoração dos 195 anos de Emancipação Política com a presença do grupo Renantique. “São Cristóvão é um município cheio de histórias, de igrejas, e de uma cultura diversificada. Historicamente é considerada a primeira cidade de Sergipe, quarta cidade mais antiga do país, patrimônio da humanidade com a Praça São Francisco e capital honorária do Estado. A presença do Renantique só veio engrandecer a cidade e nós agradecemos isso ao Secretário de Cultura do Estado”.

Fonte: Ascom Secult.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

sábado, 11 de julho de 2015

Sabor Sergipe

Imagem reproduzida do Facebook/Fan Page/Governo de Sergipe.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Portal Infonet conquista prêmio Sanfona de Ouro 2015

Hot site do São João Infonet de 2015.
Crédito - Arquivo Portal Infonet

Infonet > São João > Notícias > 07/07/2015.

Portal Infonet conquista prêmio Sanfona de Ouro 2015
Equipe do Portal conquista prêmio pela 4ª vez

A dedicação e comprometimento dos repórteres do Portal Infonet na cobertura do período junino de Sergipe rendeu o prêmio Troféu Sanfona de Ouro 2015 na categoria de melhor site de cobertura junina. É a 4ª vez que a equipe de São João do Portal fatura o prêmio e se consolida cada vez mais como o principal portal de notícias na cobertura dos festejos juninos.

Através de um hot site repleto de novidades e interatividade, a equipe publicou tudo sobre as festas, modas, concursos de quadrilhas, São João de Rua ou qualquer outro manifesto de identidade cultural da época.

A jornalista Nayara Arêdes, coordenadora da equipe de São João do Portal Infonet exaltou o trabalho em conjunto e diz que o sucesso não seria possível sem um planejamento e colaboração de todos profissionais. “É um trabalho que a gente pensa, planeja, organiza, porque todas as pessoas estarão vendo. As noites em claros e todo esforço é recompensado pelo reconhecimento do público. No fim valeu muito à pena”, comemora Nayara.

O produtor cultural Jorge Lins acredita que o hot site do São João do Portal Infonet já virou tradição todo ano. “É fundamental a página onde trazem toda cobertura junina. Uma importante fonte para as pessoas, que contemplam entrevistas e outras informações importantes para o período”, comenta.

Premiação

O Troféu Sanfona de Ouro está em sua 14º edição e este ano premia 49 categorias [25 categorias por votação dos internautas e outras 24 por comissão julgadora]. De acordo com o produtor cultural Jorge Lins, este ano tiveram cerca de 128 mil votos, votação iniciada na sexta-feira, 26 de junho, e se encerrou no último domingo, 05.

O coordenador do prêmio Sanfona de Ouro destacou que já era tempo Sergipe valorizar seus artistas com uma premiação do nível do Troféu Sanfona de Ouro. “Reconhecer os artistas que fazem a festa mais popular do estado é fundamental, até porque isso vai para o portfólio deles. A cada prêmio há uma valorização significativa para cada artista”, exalta.

A festa de entrega dos prêmios ocorrerá nesta terça-feira [véspera de feriado], 07, a partir das 20h na Orla Pôr do Sol, no bairro Mosqueiro. O evento tem entrada franca e contará com shows de 11 bandas sergipanas. Segundo Jorge, há 100 mesas gratuitas para a população, e quem se interessar, deve entrar em contato com o telefone 3227-1629 para reservá-las.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/saojoao/2015

Jorge Lins saúda equipe do São João Infonet.
Crédio - Portal Infonet.

Infonet > São João > Notícias > 07/07/2015.

São João Infonet recebe "Sanfona de Ouro" pela 4ª vez
Prêmio foi entregue a 6 artistas e colaboradores culturais

A Orla Pôr do Sol ficou pequena para tanta gente na noite desta terça-feira, 7. Homenageados e convidados prestigiaram a entrega do prêmio Sanfona de Ouro 2015. Nesta edição, a equipe do São João Infonet recebu o prêmio pela quarta vez, em reconhecimento ao trabalho de cobertura dos festejos juninos em Sergipe.

O Hot Site do Portal Infonet recebeu o título na categoria “Melhor Site de Cobertura Junina”. A jornalista Nayara Arêdes, coordenadora do projeto São João Infonet 2015, recebeu o prêmio das mãos do cantor Luiz Paulo. Na oportunidade, ela agradeceu à equipe do Portal Infonet e à receptividade do público.

“Representar a equipe do São João Infonet é motivo de grande orgulho. Desde o início, todos colaboraram e deram o máximo para levar ao público o que há de melhor sobre o São João, que é uma das festas mais tradicionais de Sergipe. Além disso, estar ao lado de tantos agentes culturais é a prova de que nosso trabalho está colaborando para divulgar e eternizar a tradição sergipana”, resume.

O produtor cultural e organizador do prêmio, Jorge Lins, ressaltou sua confiança e apreço pelo trabalho da equipe do Portal Infonet. “Não há São João sem a imprensa, que tanto colabora para levar informações sobre a festa. E o Portal Infonet sempre fez um trabalho de qualidade, bastante importante”, afirma.

Prêmio

Além do Portal Infonet, outros 45 artistas e colaboradores culturais foram homenageados, entre músicos, pesquisadores, veículos e comunicação e grupos folclóricos. O evento ainda contou com a apresentação das bandas premiadas, a exemplo de Forró dos Vips, Zueirões do Forró e Rojão Diferente.

O prêmio Sanfona de Ouro completa 8 anos em 2015, sempre contando com o apoio popular para escolher os maiores representantes da cultura junina e sergipana em cada edição. O evento já conta mais de um milhão de votos do público ao longo de sua história, tendo homenageado artistas como Amorosa, Clemilda, Erivaldo de Carira, Zé Rosendo e Marluce e tantos outros ícones da tradição cultural de Sergipe.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/saojoao/2015

Sabor Sergipe - sarapatel

Foto reproduzida do blog: oitinerante.wordpress.com

Ismael do Forró recebe homenagens de artistas sergipanos

 Ismael e seus filhos Glauber e Gleisson.

 Ismael do Forró foi o homenageado da noite.

 Jailson do Acordeon.

Sergival Silva.

Publicado originalmente no site Sergipe Cultural, em 01/07/2015.

Ismael do Forró recebe homenagens de artistas sergipanos

Diversos amigos e artistas da música sergipana prestaram homenagens ao cantor Ismael do Forró Convida, nesta última terça-feira (30), no Complexo Cultural Gonzagão. Além da homenagem que encerrou o Encontro Nordestino de Cultura, a noite foi marcada pela grande final do Concurso de Quadrilhas, consagrando a Quadrilha Cangaceiros da Boa como a grande campeã.

Segundo o forrozeiro Sergival Silva, homenagear um artista como ele é importante porque prova que os forrozeiros de Sergipe estão unidos. "Cada um tem a sua luta, o seu trabalho pessoal, mas quando é para prestar homenagens a um artista tão importante, todos se juntam". Para Jailson do Acordeon, poder homenagear Ismael "é uma coisa ímpar, ele é um amigo que conheço há mais de 30 anos, e que é um forrozeiro nato, uma pessoa que representa a nossa música sergipana muito bem".

Os filhos de Ismael não ficaram de fora das homenagens ao pai. Segundo Glauber, poder homenagear seu pai foi uma experiência incrível, porque, segundo ele, Ismael é sua principal referência dentro do mundo do forró. "Não tenho palavras que descreva o que é homenagear meu pai. Ele que me influenciou a seguir carreira, eu quis trazer esse legado que ele sempre teve, do forró autêntico".

O homenageado da noite contou que, para ele, este foi o melhor São João das últimas décadas, e que se sente muito agradecido pelas homenagens prestadas a ele. "Eu fiquei muito feliz com as homenagens que a Secretaria de Cultura e os artistas sergipanos fizeram para mim", disse.

Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.se.gov.br

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Orsse anima público com concerto junino.



Publicado originalmente no site Sergipe Cultural, em 03/07/2015.

Orsse anima público com concerto junino.

A música nordestina ganhou uma versão em cordas e sopros com muita animação, no Arraiá da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse). Sob o comando do maestro Guilherme Mannis, a Orsse fez o público dançar no concerto desta última quinta-feira (2), no Teatro Tobias Barreto.

A apresentação contou com repertório variado, com canções de grandes artistas nordestinos, como “Prenda o Tadeu” e “Exaltação a Sergipe” da irreverente Clemilda. Também tocaram na noite, clássicos do forró, a exemplo de “Estou Chegando” e “Fazenda Velha” do forrozeiro Erivaldo de Carira, e tributos a Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”.

Segundo o maestro Guilherme Mannis, há três anos que a Orsse realiza o concerto junino, e este ano o repertório abarcou toda a região Nordeste, não somente o estado de Sergipe. “A Orsse trouxe os festejos juninos de uma forma bem animada, com a intenção de agradar os mais variados públicos, com um repertório que toca nas festas juninas de todo nordeste”, ressaltou.

“O balanço regional chamou a suavidade da sinfônica para dançar e deu esse baile”, assim a servidora pública Gardênia Moraes, definiu o concerto. Ela contou que já acompanha a Orsse há algum tempo e sempre se surpreende com as apresentações, assim como na última noite. “Ver essa alma nordestina aparecendo, saltando pela veia é muito bom. O balanço regional empolga o nordestino, mas com a sinfônica é possível ouvir a música, a harmonia, o andamento e os arranjos, É pura poesia”, afirmou.

Pela primeira vez acompanhando um concerto da Orquestra Sinfônica de Sergipe, o veterinário Genivaldo de Amorim relata que aprovou a apresentação da noite. “O público se envolveu muito, foi fabuloso ver a orquestra se dedicar a música nordestina”.

Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.se.gov.br

"Operação Cajueiro - Um Carnaval de Torturas"



Infonet - Política - Noticias - 30/06/2015.

Governador é o primeiro a depor na Comissão da Verdade
Comissão fará relatório sobre os porões da ditadura militar

O governador Jackson Barreto (PMDB) assumiu compromisso publicamente de ser a primeira testemunha [e vítima da ditadura militar instituída com o golpe de 1964] a prestar depoimento na Comissão da Verdade de Sergipe, instalada nesta terça-feira, 30, por iniciativa do próprio líder do Poder Executivo Estadual. A data ainda é incerta, mas será definida pela presidência da Comissão em sintonia com a agenda do governador.

A Comissão da Verdade tem a missão de trazer à tona todos os fatos históricos relativos aos períodos marcados por torturas, assassinatos, perseguições políticas, prisões arbitrárias e desaparecimento de militantes que resistiram às arbitrariedades do Governo, gatos registrados entre os anos de 1946, que antecede o golpe militar, a 1988, ano em que se instalou a redemocratização do país com aprovação da nova Constituição Federal, pós-anistia. “Estamos começando a passar a limpo uma das páginas mais sombrias da nossa história”, ressaltou o governador.

Os sete integrantes da Comissão da Verdade iniciarão os trabalhos ainda nesta terça-feira com a primeira reunião de seus membros, convocada pelo professor Josué Modesto Passos Subrinho, que presidirá os trabalhos, para definirá os primeiros passos que serão tomados para desvendar os mistérios dos porões da ditadura no âmbito do Estado de Sergipe. “Vamos começar do zero”, revelou o professor Josué Subrinho.

O relatório da Comissão Nacional da Verdade concluído no ano passado será o parâmetro para a equipe sergipana, que pretende se debruçar sobre documentos oficiais liberados pelo próprio Sistema Nacional de Informação (SNI) e dos depoimentos dos sergipanos torturados, que estiveram à frente da resistência ao golpe militar de 1964 e sobreviveram ao período sombrio da história brasileira, a exemplo do casal Wellington e Laura Mangueira e Bosco Rollemberg e Ana Cortes.

O governador deu carta branca para que os membros da Comissão da Verdade tragam à tona toda a história, sem a preocupação a quem possa atingir. “Não importa nada, a comissão tem liberdade e tem compromisso apenas com a verdade. Não tem que se preocupar com A B ou C, tem que saber o papel de cada um no momento certo”, destacou Jackson Barreto.

“Esta Comissão não tem nenhum caráter revanchista, não é o ódio quem conduz. É preciso o esclarecimento dos fatos para guardarmos para a história para que as novas gerações, de forma profunda, tomem conhecimento do que aconteceu em Sergipe e um alerta para que estes fatos nunca mais se repitam”, destacou Jackson.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE), Carlos Augusto Monteiro Nascimento, informou que a entidade fará uma interlocução com o governador Jackson Barreto para que a entidade possa contribuir com os trabalhos da Comissão da Verdade em Sergipe. Com esta iniciativa do Governo do Estado, a OAB/SE, segundo enfatizou Carlos Augusto Monteiro, também agirá para criar uma comissão interna com o propósito de investigar os fatos históricos que marcaram a ditadura militar em Sergipe.

A instalação da Comissão da Verdade em Sergipe foi marcada por forte emoção, traduzido em um encontro de militantes políticos que fizeram linha de frente ao regime militar. “Quando a gente rever estes companheiros, a gente diz valeu a pena. Imitando Fernando Pessoa, tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Digo, com o coração aberto, que tudo que nós fizemos pela democracia e pela liberdade, faremos tudo novamente”, destacou Jackson Barreto, que também sofreu as perseguições políticas típicas de um regime que ceifou vidas e mentes.

Por Cássia Santana.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/politica

Jackson e Rosalvo Alexandre: parceria contra a tortura e perseguições. 
Crédito - Cássia Santana/Portal Infonet).




"Operação Cajueiro - Um Carnaval de Torturas" é um documentário brasileiro que trata da questão da ditadura militar. Seu foco é a operação que ocorreu, em Sergipe, durante o carnaval de 1976.

Banda de Pífano Esquenta Muié

Foto: Arthuro Paganini.

Infonet > São João > Notícias > 30/06/2015.

Banda de Pífano Esquenta Muié leva cultura para o Arraiá
Resgate da cultura nordestina é objetivo do grupo

Nem só de forró foi feito o Arraiá do Povo. Quem participou do evento pôde prestigiar as mais diversas manifestações culturais sergipanas, do reisado às quadrilhas juninas. E para encerrar a última noite do evento, quem fez sergipanos e turistas conhecerem um pouco mais da cultura local foi a Banda de Pífano Esquenta Muié, do município de Laranjeiras.

De acordo com Evandro Bispo, um dos músicos do grupo, é de grande importância e motivo de satisfação apresentar o pífano para o público, pois se trata de um resgate da cultura nordestina, já que pouca gente conhece a verdadeira origem da tradição. “A banda de pífano está na raiz da música nordestina. Antes do acordeon, o pífano era quem alegrava os festejos juninos em todos os lugares e estava sendo esquecido em função da modernidade sonora. Então estamos tentando resgatar essa cultura, que é tão bela e totalmente originária do Nordeste brasileiro”, ressaltou.

Para Evandro Bispo, a receptividade do público tem sido de grande importância para o renascimento do pífano que, segundo ele, está quase extinto no nordeste. Ele garante que nas apresentações o que não falta é alegria, diversão e interatividade com o público. “Graças a quem nos assiste, o pífano está ressurgindo, e isso é gratificante para nós. Hoje participamos de eventos em todo Brasil, e já existem grupos na Europa que estão desenvolvendo a cultura do pífano. Não existe nada mais emocionante que a divulgação da nossa cultura”, finalizou.

Por Adriana Meneses.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/saojoao/2015

terça-feira, 7 de julho de 2015

O Incrível Submundo dos Fast-Foods Aracajuanos

Sanduíches calóricos: quem se importa?
Crédito - Irlan Simões/Revista Rever.

Publicado originalmente na "Revista Rever", em 26/09/2011.

O Incrível Submundo dos Fast-Foods Aracajuanos.
Por Irlan Simões.

Laricão, caga-mole, hamburgão da morte, pinga-óleo. Gorduroso, ignorância, podrão, monstroburguer, exagerança… São diversas as alcunhas, mas uma coisa é certa: ninguém recusa às 3h da manhã um Alasanhado transbordando o ‘molho especial’ à base de uma série de ingredientes desaconselháveis. Já virou tradição na cidade de Aracaju, Sergipe.

Todos os fins-de-semana os quiosques da capital sergipana recebem visitas religiosas para muito além da meia-noite. Seja saindo de uma balada, seja depois de um show, ou até mesmo de um programa mais leve, os jovens aracajuanos invadem as lanchonetes mais famosas da cidade. E não se trata de uma cadeia multinacional de lanches que anuncia no horário nobre de uma rede nacional de televisão.

Diferentemente de muitas cidades no Brasil, moças e rapazes de Aracaju preferem se arriscar em sanduiches mais baratos, menos prestigiosos, mas com um alto grau de popularidade – “Nunca trocaria um Egg’s Calabresa por um BurgerKing”, me conta Roger Simões, 22, publicitário e cliente assíduo da lanchonete há quase dez anos.

Devido à sua fama, e especialmente por ser o grande precursor dos fast-foods undergrounds da cidade, visitei o Galego’s Lanches, um quiosque localizado no bairro São José. Pedi um “alasanhado com coca”, expressão que se tornou quase um mantra nesses mais de 5 anos de fidelidade, enquanto chamei um funcionário para me conceder algumas perguntas. Infelizmente não cheguei a tempo de encontrar o famoso Galego, dono do estabelecimento.

Lá encontrei Paulo Sérgio trabalhando no Galego’s numa segunda-feira à noite, dia que escolhi imaginando encontrar a lanchonete mais tranqüila. Engano meu: a cada pergunta que fazia ao funcionário novos clientes chegavam, recusavam o cardápio e de prontidão já faziam o pedido, como se já estivesse na ponta da língua.

O certo é que seja pelo preço, seja apenas pelo sabor, os sanduiches nunca saem de moda. Pelo contrário, proliferam na cidade a cada dia novos estabelecimentos oferecendo o mesmo cardápio, mas se diferenciando entre si por um fator em especial: o molho. “A receita? Não, não pode dar não” me explica Paulo Sérgio. “É o que nos diferencia dos outros”, completa.

Paulo ainda me explicou que essa tradição de molho especial nasceu exatamente ali, quando o tal do Galego (típico apelido sergipano a qualquer pessoa que tenha olhos claros) saiu da Firmo’s, lanchonete na qual foi funcionário na Praça da Bandeira. Para se diferenciar dos outros concorrentes criou essa mistura cativante e praticamente fundou esse movimento de fast-foods undergrounds de Aracaju.

“A partir de quinta-feira é que o bicho pega aqui”, me conta Paulo Sérgio quando pergunto sobre a movimentação de jovens. “Geralmente começa a encher a partir das 18h, mas fica sem parar até umas 3h”, completa. O movimento na lanchonete é tão intenso que o seu proprietário precisou abrir um novo estabelecimento exclusivo para entrega em domicílio. Segundo o próprio Paulo Sérgio eles chegam a servir cerca trezentos sanduíches numa única noite.

Até que chega o meu pedido e peço licença ao entrevistado para comer. Enquanto saboreava o sanduiche e me sujava de molho especial, lavando a garganta com a Coca-Cola, observava o curioso movimento de clientes que não paravam de chegar. Casais de namorados, pais solteiros com seus filhos, grupo de amigos, crianças sozinhas, policiais militares, mulheres supostamente vaidosas, gordinhos, magrinhos e todo tipo de gente possível aparecia no que parecia um dia habitual numa cidade de médio porte como Aracaju.

Aprofundei um pouco mais a minha reflexão quando lembrei que há poucos metros dali, na Avenida Hermes Fontes, um gigante “M” amarelo corta a paisagem plana da cidade. Um símbolo que se encontra em todos os lugares do mundo, um estandarte de ostentação de um poder econômico que atravessou oceanos e continentes, uma marca que entra nas nossas casas sem ser convidada através da TV. O lugar, no entanto, se encontrava completamente vazio.

O que diria Milton Santos, celebre intelectual brasileiro anti-globalização? Os aracajuanos incorporaram a cultura fast-food, mas não incorporaram o McDonalds? Teria o “globaritarismo” falhado nesta pequena aldeia? Mas onde está agora o tal fetiche do consumo, a propaganda infalível e a indução publicitária? De onde partiu esse foco de “resistência”?

Passado o devaneio, a minha fome e o meu sanduiche, pedi a conta: R$7,80. Apesar do peso na consciência pela certeza de ganhar alguns quilos e certo percentual de gordura, o bolso não sentiu tanto. O que pode ser uma combinação periogosa: calorias demais por preços módicos. Aconselho dividir um pouco do seu tempo com atividades físicas.

Agradeci Paulo Sérgio pela “entrevista” concedida e tomei o rumo de casa. Uma curiosidade que analisei no trajeto é que, tais lanchonetes, em Aracaju, antes de serem um lugar para encher a barriga, se tornou um espaço de vivência entre os jovens da cidade. No caminho de volta, outros estabelecimentos de fast-food underground comprovaram isso: muitos grupos ficam horas conversando nas mesas dos quiosques.

Caso você que leu este humilde escriba, mas nunca se arriscou em comparecer a algum desses quiosques alegando não confiar na salubridade desses locais, não perca mais tempo. A incidência de indigestões é relativamente baixa. Comparando com a minha cidade natal, Salvador, é como comer um acarajé tendo um estomago acostumado com escargots e canapé, mera questão de adaptação.

Texto e imagem reproduzidos do site: revistarever.com

domingo, 5 de julho de 2015

Grupo de Bacamarteiros de Carmópolis, Patrimônio Imaterial

Grupo dos Bacamarteiros de Carmópolis.

Cultura em 28/05/2015 > por Bareta.

Conselho de Cultura aprova registro do Grupo de Bacamarteiros de Carmópolis como Patrimônio Imaterial.

O Conselho Estadual de Cultura aprovou a indicação de registro do Grupo de Bacamarteiros do município de Carmópolis como patrimônio imaterial de Sergipe. Participaram da reunião realizada nesta terça-feira, 26, além dos membros do conselho o secretário de Estado da Cultura, Elber Batalha, o secretário de Comunicação e cultura do município de Carmópolis, Cristiano Mendonça, o vereador autor da solicitação, Alexandre Magalhães, e a coordenadora do grupo dos Bacamarteiros, Cilleia Oliveira.

Responsável pela apresentação do projeto, o secretário Cristiano Mendonça explicou que a aprovação da indicação é um passo importante para a preservação da cultura do estado, visto que o grupo é uma das manifestações culturais mais tradicionais de Sergipe. “É um grupo tradicional que vem da herança dos escravos. Foi passada de pai para filhos, continua mantendo suas tradições e é um grupo reconhecido não só em Sergipe, mas em todo Brasil, com participação em festivais de folclore nacionais. Sentimos a necessidade de torná-lo um patrimônio imaterial do estado”, relata.

O secretário de Estado da Cultura, Elber Batalha, ressaltou que o grupo merece o reconhecimento devido o seu valor cultural. “É uma manifestação cultural que é extremamente significativa, data de mais de 200 anos de existência e é um projeto que merece um reconhecimento pelo valor cultural e histórico que esse projeto tem”.

Segundo o vereador Alexandre Magalhães, o grupo representa a cultura do estado, e, por isso, a ideia de registrar o grupo dos bacamarteiros como bem imaterial do estado é importante. “O Conselho Estadual de Cultura solicitou os documentos, nós enviamos e fomos convocados para fazer a apresentação de como é toda estrutura do grupo para que os conselheiros apreciem e sejam levadas para a Assembleia Legislativa para que os deputados possam votar”.

Tradição

Criado por volta de 1780, o grupo surge dos negros dos Engenhos de cana-de-açúcar do Vale do Cotinguiba que brincavam samba-de-roda e atiravam com uma arma artesanal conhecida como Bacamarte. Os instrumentos musicais são fabricados com a madeira do jenipapo, couro de animais e sementes.

A tradição foi passada de pais para filhos tanto é que a atual coordenadora do grupo de bacamarteiros de Carmópolis, Cilleia Oliveira, que influenciada pelo seu pai, faz parte grupo há 29 anos. Para ela, a aprovação irá promover a manutenção da cultura local. “É uma maneira de manter a cultura do nosso estado viva, e, desta forma, o estado está promovendo a manutenção dos grupos. Esse apoio é e de suma importância não só com nossos grupos, mas com outros grupos do nosso estado”, acredita.

Texto e imagem reproduzidos do sitedobareta.com.br/cultura