domingo, 27 de novembro de 2016

João Firmino Cabral



Publicado originalmente no site do Portal Infonet/Cultura, em 21/08/2003.

“O cordel mais que encantado do sergipano João Firmino”.
Por Najara Lima.


“Aqui nesta barraca ninguém tem prejuízo, porque ler não é prejuízo. Ler é cultura”. É assim que João Firmino Cabral chama as pessoas para conhecerem o que há de melhor em literatura de cordel. E quem por ali chega, encontra um vendedor diferente. Ele recita versos e conta histórias, com a sabedoria de um ancião e a alegria de uma criança. Além de fazer da venda dos “folhetos de feira” o seu meio de vida, há 46 anos ele faz do cordel a sua arte. Bastante premiado no país, o cordelista já recebeu prêmios inclusive das mãos do ilustre pernambucano Ariano Suassuna. Para o cordel de João Firmino não há fronteiras. Suas obras podem ser encontradas fora do país, circulando inclusive no meio acadêmico. A Universidade de Nova Lisboa, em Portugal, e a Biblioteca Universitária de Versalhes, na França, exibem obras desse cordelista itabaianense tido como um dos melhores do Brasil em seu estilo literário. Sem nunca ter frequentado uma escola, ele começou a fazer cordel aos 17 anos de idade, espelhando-se em Manoel D´Almeida Filho, seu grande mestre. Em 1957, na cidade de Alagoinhas, João Firmino lançou seu primeiro trabalho. Um folheto com oito páginas, intitulado As bravuras de Miguel, o valente sem igual. “Este meu livro foi cheio de falhas, assim como todo primeiro trabalho”, afirma ele. Seu mestre, Manoel D´Almeida, gostou muito da obra, apesar de apontar-lhe alguns defeitos, inclusive de métrica. Mesmo assim, o cordelista não desanimou e continuou a escrever. A última carta do padre Cícero Romão, seu segundo trabalho, tornou-se um grande sucesso por suas várias edições. A este livro, seu mestre deu nota dez, e afirmou que João seria seu sucessor. “Nunca pensei em ser sucessor de alguém. Cada um tem seu jeito, seu trabalho”, declara ele. O autor se queixa da falta de interesse pela literatura, em especial pela literatura de cordel. E culpa os meios de comunicação por isso. “Hoje o cordel não tem mais a afluência que já teve em sua época áurea. O povo tinha muito desejo de ler o livro. O livro era a diversão, a novela da época. Mas antes não existia a TV, e mesmo o rádio ainda tinha pouca expressão”, contesta João Firmino. Para ele, até mesmo os estudantes lêem forçosamente. Se lerem, não o fazem porque gostam, e sim em troca de algum benefício concedido pelo professor. “Hoje ninguém tem tempo para ler. A TV toma o tempo das pessoas”, diz ele. Casado há 37 anos com dona Carmelita Cabral, ele tem sete filhos e cinco netos que, apesar de gostarem muito de ler, não quiseram seguir os passos do pai. “Não basta querer ser cordelista. Esse dom não se compra, se recebe de Deus”, explica João. Referência para os que passam pelo Mercado Albano Franco, seu João Firmino ocupa hoje um espaço cedido pela Funcaju juntamente com a Emsurb. Sua banca faz sucesso com os turistas, que param para comprar e acabam desfrutando da sabedoria do maior cordelista do Estado. Apesar de amar sua terra, João afirma que o valor atribuído ao cordel, em Sergipe, é muito menor que o merecido. “Hoje quem mantêm minha banca são os turistas, não são os sergipanos”, declara. João Firmino afirma que só quem tem conhecimento sabe dar valor ao cordel. Hoje ele serve de modelo para muitos cordelistas sergipanos, a exemplo de Zé Antônio e Gilmar Santana, que na revisão poética de suas obras, sempre recorre ao mestre. Indagado sobre sua relevância no Estado, ele demonstra uma humildade sem igual. “Não sou maior nem melhor do que ninguém. Sou apenas aquilo que Deus quis que eu fosse”, afirma. Ele orienta os mais jovens quanto a essa humildade que, segundo ele, deve ser sempre conservada. Sobre isso, ele gosta de lembrar um versinho que, quando criança, ouvia de sua avó. “Quem aos altos quer subir e as nuvens quer pegar, as estrelas vão sorrir da queda que vai levar”. Foi a humildade e a sabedoria que fizeram de João Firmino um dos cordelistas mais respeitados do Brasil. Aos 63 anos, ele permanece de segunda a sábado, das 08h30 às 16h30 em sua banca. Lá ele vende o que há de melhor em literatura de cordel, expondo sua obra e conservando uma parcela valiosa da nossa cultura. Com 50 trabalhos publicados, o cordelista, que vê no cordel a razão de sua vida, é um nome a ser imortalizado na história sergipana.

Texto reproduzido do site: infonet.com.br

sábado, 26 de novembro de 2016

O Bonde na Literatura Sergipana, por Amâncio Cardoso



Imagens para simples ilustração de artigo, postado por MTéSERGIPE.
Créditos das Imagens - Pesquisador norte-americano Allen Morrison,
de New York/EUA (Reproduzidas do site: novomilenio.inf.br).
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Nas fotos, bondes elétricos circulam pelas ruas da capital sergipana no início do século XX. Aracaju foi a última capital estadual no Brasil a instalar bondes com tração animal e também a última a contar com bondes elétricos, 
sendo também a única cidade sergipana a ter bondes.
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Publicado originalmente no Blog Primeira Mão, em 27/12/2015.

O Bonde na Literatura Sergipana
Por Amâncio Cardoso.[1]

Ao prof. Francisco José Alves (UFS-Dept. História),
por me apresentar o bonde na literatura.

Houve um tempo em que o aracajuano andava de bonde. Entre 1908 e 1925, os puxados por burros; e entre 1926 e 1951, os bondes elétricos.
Os bondes deixaram fundas marcas na vida e na memória dos citadinos. Isto se expressa, sobremaneira, nos escritos literários que evocam os antigos veículos; textos que apresentam o tempo dos bondes em Aracaju de forma lírica, saudosista, realista e até satírica. São sonetos, quadras, crônicas, monólogo e memórias. Estas obras rememoram aquele meio de transporte que mudou hábitos e estabeleceu costumes.
Iniciemos com a visão lírica e saudosista expressa por Jacintho de Figueiredo (1911-1999), publicada no livro Motivos de Aracaju, em 1955; uma homenagem, em versos, aos 100 anos da capital. O primeiro poema é “Crônica”. Nele, o poeta lembra com lirismo e saudade os bondinhos de tração animal na sua pitoresca lentidão, vencendo dunas e apicuns da antiga e tranquila Aracaju. Leiamos: “Os bondinhos de burro... – que poesia! .../ “Fundição”, “Santo Antônio”, “Circular” .../ Tempo feliz aquele! Não havia/ Essa pressa da hora de chegar! .../ (...)/ Mas a cidade, aos poucos, foi crescendo .../ Transpondo as dunas, apicuns vencendo,/ Tornando imprescindível a condução./ E em consequência, pelas ruas,/ Que ao tempo do bondinho eram tão nuas .../ Não mais aquela placidez de então!”.[2]

O segundo poema é “O Último Bonde”, no qual Figueiredo refaz o trajeto do bonde elétrico que rodava até 11 horas da noite, entre os bairros Santo Antônio e Fundição (final da atual avenida Ivo do Prado), e se recolhia no Aterro do Tecido (atual avenida João Rodrigues); onde se encontrava a garagem e a casa de força que transmitia energia aos bondes da E.T.E.A. (Empresa de Transportes Elétricos de Aracaju). Eis as duas últimas estrofes: “O último bonde, como era chamado,/ Vinha do Santo Antônio, acelerado,/ Fazendo a volta pela Fundição;/ Rua da Frente, Aterro do Tecido,/ Em busca do repouso merecido,/ Depois de percorrer léguas de chão”.[3]

É sintomático que o bonde seja o único tema abordado por duas vezes num livro de homenagem ao centenário de Aracaju. Assim, vê-se como o velho transporte tinha importância na vida da cidade e na sensível alma do poeta.
Mas o bonde não foi objeto apenas da poesia lírica. Poemas satíricos aparecem nos jornais. Em 1926, por exemplo, um certo “Léo” escreve cinco quadras (estrofes de quatro versos) satíricas sobre os defeitos e descarrilamentos dos novos elétricos: “Engasgado traz antonte,/ Na rua de Itabaiana,/ Encontrava-se um bondão,/ Da boa dona ÉTÉANA!.../ Trepados por sobre o cujo/ Os pobres dos condutores/ Gritavam desesperados:/ Que bondes encrencadores!/ (...) /Quando menos se esperava/ Um Jones apareceu,/ Que é isto, meus rapazes?!/ O que foi que aconteceu?/ - O bonde pulou da linha,/ E o arco se arrebentou!.../ Vosmecê seu Jone, vá/ Chamar seu Jone doutô!...”.[4]

“Boa Dona Étéana” é a ETEA, empresa que operava os bondes elétricos à época, como vimos. Os condutores eram funcionários que faziam cobrança das passagens e os “Jones” é uma alusão jocosa aos sócios proprietários da ETEA, João Campos e João Andrade. Um deles, se arvorava de engenheiro para consertar os bondes, mas o acusavam de não ter formação para tal, daí a alcunha irônica de “Jone doutô”.
A sátira se justificaria porque os sócios da “boa Dona Étéana” teriam sido privilegiados na concessão dos serviços dos bondes elétricos da capital pelo então governador Graccho Cardoso (1874-1950), que se tornara inimigo político tanto do diretor do Sergipe-Jornal, onde se publicaram as quadras, o deputado federal Antônio Batista Bittencourt (1893-1940); quanto do ex-governador, senador e líder do Partido Republicano, Pereira Lobo (1864-1933). Batista Bittencourt e Pereira Lobo fizeram pesadas críticas ao governo Graccho, de 1922 a 1926. Dentre elas, acusavam de corrompido o contrato de concessão dos serviços de bonde; o que motivou graves denúncias e sátiras políticas em diversas edições do Sergipe-Jornal controlado por eles.[5]

Ainda no campo da sátira, encontramos o monólogo “No bond”, publicado no jornal humorístico “O Espião”, editado em Aracaju de 1909. O autor, José Rodrigues Vianna, recitou os versos no Teatro Carlos Gomes (depois Cine Teatro Rio Branco, no centro da capital), trajando a farda dos condutores de bonde.
Rodrigues Vianna era diretor da Companhia Dramática, Lírica e Cômica, e fez diversas apresentações no antigo teatro. Seu monólogo faz o caminho inverso das reclamações neste serviço, pois eram comuns denúncias dos passageiros contra os condutores. Mas aqui temos um raro momento em que o condutor expõe, com humor, as desventuras de sua faina contra os passageiros. Dentre elas se destacam
- a cobrança do fiscal: “N’um bond cheio de gente/ Faço a cobrança geral,/ Destaco cupons a ufa/ Quando me surge o fiscal/ Tomando no assentamento/ Depois de várias contagens/ Sempre nos diz: Condutor;/ Olhe, faltam três passagens”.
- a solicitação de parada longe do ponto: “Não é só. Qualquer velhusca/ Quando lhe dá na ideia/ Manda parar de Palácio/ O bond lá na Cadeia”.
- o ensino aos idosos a pongar (subir no bonde em movimento): “Inda é preciso que a gente/ Cortês se faça mostrar/ Em ensinar à velhusca/ Como se deve ... trepar”.
- o não pagamento da passagem por algum malandro: “Qualquer pelintra querendo/ uma passagem engolir/ Pergunta com a cara dura:/ Condutor já vai partir?/ Ao nosso sinal se trepa/ Com a maior descaração.../ Mas quando o cobre pedimos/ Nos responde alevantado:/ Condutor, não seja ousado/ Deixe de amolegação!”.
Por tantos dissabores, o condutor por fim desabafa: “Não posso mais esta vida,/ Muita desventura esconde/ Por isso não quero ser/ Condutor, jamais de bond./ Vou entregar o apito/ Sacola, cupons e prego/ E com o doutor Venâncio/ Renovamente me emprego”.[6]

Saindo dos versos e passando para prosa, temos a crônica “Os Bondinhos” do professor e magistrado Bonifácio Fortes (1926-2004), publicada no Sergipe-Jornal em 1950; nos últimos suspiros dos bondes aracajuanos. Assim, todo o texto é um lamento por conta da iminente extinção dos “bondinhos” na capital. Por isso, escreve o autor, a cidade perdera seu “sentido poético”. O título da crônica no diminutivo já exprime certo afeto pelo veículo. Prova disso é que Bonifácio Fortes personifica os bondes, chamando-os de “heroicos bondinhos”, pelo fato de rodarem mais horas que o de outras cidades em ruas arenosas e de não terem seu maquinário renovado. Aracaju sempre possuiu os mesmos dez bondes elétricos e um reboque, desde 1926 a 1951, período em que o número da população aumentou significativamente.
Vamos a um trecho da crônica: “Heroicos bondinhos de Aracaju, infatigáveis veículos que giravam desde as seis horas da manhã até as 11 da noite, quase sem paradas, subindo a poeirenta rua do Bomfim ou as constantes areias da Pedro Calasans”. Em outra passagem, Bonifácio Fortes revela o amor dos aracajuanos pelos bondes: “O aracajuano ama os bondinhos no que eles têm de mais pitoresco, no que eles oferecem de mais anedótico, no seu próprio inconforto e vagareza”.[7]

Encontramos outras crônicas, mas agora numa página clássica de nossa literatura, “Roteiro de Aracaju”, de Mário Cabral (1914-2009), com primeira edição de 1948. O livro reúne diversas crônicas sobre a cidade, formando um guia sentimental. Extraímos duas em que os bondes são personagens principais.
Na primeira, “Os Transportes”, apesar do título Cabral aborda apenas sobre os bondes a burro e elétricos; deixando de lado outros meios. Fica patente, mais uma vez, como os bondes vincaram a memória dos escritores. Ele relembra linhas, trações, defeitos, horários e superlotação. Escreve: “Mesmo assim os bondes andam superlotados, gente em todos os lugares, pendurada dos lados, gente equilibrada, atrás, sobre o dorso do engate”.[8]

Ao contrário da primeira, a segunda crônica, “Os Bairros”, destaca o romântico passeio de casais de namorados nos bondes. Cabral relembra o “bonde dos namorados” que passava pelas fábricas do bairro Industrial, onde rapazes, inclusive o autor, esperavam a saída das operárias para levá-las nos bondinhos. Vejamos uma passagem: “Ali é Piturita que toma o bonde. Mais adiante é Neto, é Walter, é Armando da Farmácia, sou eu próprio, é mais meia dúzia de namorados. E o bonde segue dançando, aterro afora, rumo da cidade, cheio de namorados, exclusivamente de namorados”.[9]

Saindo da crônica passemos para memorialística; outro gênero literário que tomou o bonde de Aracaju como tema. Levantamos dois autores, Genolino Amado (1902-1989) e Murilo Melins (1928- ).
O imortal da Academia Brasileira de Letras, Genolino Amado, escreveu “Um menino sergipano” em 1977. Um dos capítulos de suas memórias (passadas na cidade natal, Itaporanga, e em Aracaju) se intitula “O Bonde”. Ele remonta ao tempo dos bondes puxados a burro em Aracaju. Na primeira frase sentencia com pilhéria: “Na terra dos inteligentes, bonde de burros”. Alude à plêiade da inteligência nacional nascida em Sergipe como Tobias Barreto (1839-1889), Silvio Romero (1851-1914), Manoel Bomfim (1868-1932), Fausto Cardoso (1864-1906), João Ribeiro (1860-1934), Gumercindo Bessa (1859-1913), Felisbelo Freire (1858-1916), entre outros.
Embora inicie com um chiste, o texto de Genolino é atravessado por líricas memórias dos bondinhos de tração animal. Escreve que o veículo foi um de seus “deslumbramentos” quando aportou em Aracaju ainda menino. E afirma que “a qualificação há de parecer excessiva, mas quem é pequeno engrandece as coisas. E aquele bondinho me maravilhou”.
Conta Genolino que o que mais o “encantou” não foi o bonde comum, mas o bonde especial, exclusivo do presidente (atual governador) do Estado. Relembra embevecido: “Era o bonde especialíssimo do Presidente, que, em noites de verão, nele passeava com algumas excelências da sua roda. Sem os bancos duros do bonde plebeu, tinha jeito de um pequeno salão, paródia de carro pullman, com poltronas de vime e iluminação que me parecia feérica. Dava gosto olhar. Dava também inveja. Que beleza!”.[10]

Outro memorialista dos bondes de Aracaju é Murilo Melins. Suas memórias evocam os bondes elétricos nos idos de 1940. Elas foram publicadas no livro “Aracaju romântica que vi e vivi, anos 40 e 50”, cuja primeira edição é de 1999. Assim como Mário Cabral, ele dedica aos bondes dois textos, quais sejam “Bondes” e “De bonde para o Bairro Industrial”.
Em “Bondes”, o autor apresenta fotos dos veículos e da usina geradora de energia que movia os vagões. Ele Confirma a procedência alemã dos elétricos de Aracaju. Nossos bondes foram comprados à fabrica Van der Zypen & Charlier, na cidade de Köln (Alemanha).[11]

Melins segue descrevendo os vagões, o funcionamento e as linhas, além da tripulação (motorneiro e condutor) e funcionários da empresa (limpadores de trilhos). O autor tem uma prosa graciosa e leve. A exemplo do trecho em que a empresa, para justificar a paralisação dos bondes por falta de energia, dizia em nota que havia quebrado o eixo do motor; com isso Melins nos brinda com a seguinte anedota: “Conta-se que um vendedor de quebra-queixo, que era tato, passando pelo estabelecimento do Diretor da Luz e Força, anunciando seu produto, gritou: ‘quebra eixo’, omitindo o ‘Q’ devido a sua deficiência. Funcionários do Diretor levaram o pobre homem à presença do chefe, e depois das devidas explicações ele foi liberado”.[12]

No texto “De bonde para o Bairro Industrial”, Melins sugere a um amigo um passeio imaginário de bonde por Aracaju dos anos 1940. Eles partem do Centro, próximo à praça Fausto Cardoso, em direção à avenida Augusto Maynard, apreciando paisagens, monumentos, instituições, hotéis, casarios, palácios, fábricas, estação de trem, ruas e praças até chegar ao ponto final, na praia do Bairro Industrial, mais precisamente na velha construção da “Chica Chaves”, antiga moradora que emprestara seu nome ao primitivo topônimo do bairro.
Melins em suas memórias e “passeio” alude também ao “bonde dos namorados”, ao tempo em que nos informa como se fazia o retorno do bonde no fim da linha. Ouçamo-lo: “É hora de o ‘Bonde dos Namorados’ voltar. O condutor e o motorneiro viram os bancos e o arco que leva energia para o velho motor ‘Siemens’. O nosso bondinho rodará em direção ao centro da cidade”.

Aqui, neste ponto final, peço licença a Murilo Melins para encerrar esse texto com suas próprias palavras: “Vamos fazer o retorno, (...), pois o Bonde do Passado já passou, deixando apenas boas reminiscências”.[13]

Os bondes de Aracaju, como vimos, vincaram a literatura sergipana. Ele foi representado não apenas como um meio de transporte, mas também como um patrimônio sentimental da cidade. Nada se preservou dos românticos bondinhos. O tempo do bonde passou; ficaram, todavia, os registros literários.

[1] Professor dos Cursos de Turismo do IFS. E-mail: acneto@infonet.com.br
[2] FIGUEIREDO, Jacintho de. Motivos de Aracaju. 3. ed. Aracaju: Funcaju, 2000. p. 31.
[3] FIGUEIREDO, Jacintho de. Motivos de Aracaju. 3. ed. Aracaju: Funcaju, 2000. p. 77.
[4] LÉO. Piparotes. Sergipe-Jornal. Aracaju, nº 1.400, 18 de agosto de 1926. p. 01.
[5] Ver críticas ao governo Graccho Cardoso e ao serviço de bondes no Sergipe-Jornal de fev. de 1925 a out. de 1926.
[6] VIANNA, Rodrigues. No bond. O Espião. Aracaju, nº 37, 21 de março de 1909. p. 01.
[7] FORTES, Bonifácio. Os Bondinhos. Sergipe-Jornal. Aracaju, nº 12.477, 24 de maio de 1950. p. 04.
[8] CABRAL, Mário. Roteiro de Aracaju. 3. ed. Aracaju: Banese, 2001. p. 113-114.
[9] CABRAL, Mário. Roteiro de Aracaju. 3. ed. Aracaju: Banese, 2001. p. 176.
[10] Amado, Genolino. Um menino sergipano. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. p. 104-105.
[11] Disponível em: <http://www.tramz.com>. Acesso em: 14 de set. 2015.
[12] MELINS, Murilo. Aracaju romântica que vi e vivi. 3. ed. Aracaju: Unit, 2007. p. 195-201.
[13] MELINS, Murilo. Aracaju romântica que vi e vivi. 3. ed. Aracaju: Unit, 2007. p. 317-322.

Texto reproduzido do site: primeiramao.blog.br

Livro sobre a história de Almir do Picolé é lançado

Foto: Fredson Navarro/G1/SE.

Publicado originalmente no site G1/SE., em 23/11/2016.

Livro sobre a história de Almir do Picolé é lançado nesta quinta
Nome do trabalho foi intitulado ‘Um Presente Secreto’.
Evento acontece na sede da Creche de Almir do Picolé, às 15h.

Do G1 SE

O livro intitulado “Um Presente Secreto”, escrito pelo poeta Euvaldo Lima, membro fundador da Academia Gloriense de Letras, cadeira n° 5, conta a história de vida de Almir do Picolé e será lançado no dia 24 de novembro, às 15h, na sede da Creche de Almir do Picolé.

Segundo o poeta Euvaldo Lima, o nome do livro foi motivado por uma situação inusitada. Ele, que desconhecia a história de vida de Almir do Picolé, depois de negar-lhe uma ajuda no semáforo e quando passou a conhecê-la, resolveu escrever um livro em forma de cordel sobre a trajetória desse homem que sempre destinou uma parte do seu salário para promover festas no Natal e no Dia das Crianças para comunidades carentes. O poeta decidiu narrar em versos de cordel a vida desse homem iluminado que aos quatro anos de idade foi abandonado e permaneceu até os 17 anos em um orfanato, mas que hoje mantém uma creche para ajudar outras pessoas.

O escritor Euvaldo Lima sensibilizou outros colaboradores e conseguiu a publicação. Desde setembro de 2014, o livro está pronto e só agora será lançado. Serão 3.000 exemplares, que serão doados nos semáforos, pois o valor de cada livro será o que cada um sentir no coração.

O lançamento acontecerá também no dia 01 de dezembro, em Nossa Senhora da Glória. Na ocasião, haverá o lançamento em praça pública e um ato solene na Câmara Municipal, com exposição de arte, apresentação do balé “Entre Olhares”, além da participação de outros membros da Academia Gloriense de Letras.

*Com informações da assessoria.

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/se/sergipe

Equipe fundadora da AMO - Associação dos Amigos da Oncologia


A AMO - Associação dos Amigos da Oncologia, está completando 20 anos de atividades, cumprindo sua missão com sucesso. A foto registra a equipe fundadora, com o seu primeiro Presidente - Silvio Renato, e a atual - Conceição Balbino, bem como alguns membros da atual equipe diretiva.

Postagem originária do Facebook/MTéSERGIPE/Lygia Prudente.

AMO comemora 20 anos de fundação


AMO comemora 20 anos de fundação.

História da AMO.

A Associação dos Amigos da Oncologia - AMO foi fundada, em 21 de novembro de 1996, por uma equipe de profissionais de saúde vinculados ao Hospital de Clínicas Dr. Augusto Leite, popularmente conhecido como Hospital de Cirurgia, e pelo grupo “Rainha da Paz” que realizava trabalho voluntário e que estava vinculado ao Serviço Social do mesmo centro de saúde.

Nessa época, a Associação dos Voluntários a Serviço da Oncologia em Sergipe – Avosos foi convidada para administrar o novo centro de oncologia do Estado, que fica numa área anexa ao Hospital de Urgência de Sergipe. A transferência desse serviço deixou um vazio na assistência à criança e ao adolescente com câncer no Hospital de Cirurgia, que foi imediatamente preenchido pelos voluntários da AMO.

Voltando ao passado...

No ano de 1996, uma junta médica sentiu muita falta dos serviços prestados pela Avosos e convidou os voluntários do grupo “Rainha da Paz”, os médicos oncologistas e as assistentes sociais do hospital para criar uma associação que prestasse assistência a pessoas com câncer sem restrição de idade, cuidando não apenas de criança e adolescente, mas também do adulto e do idoso, que são os principais públicos atingidos pelo câncer.

Colhendo os primeiros frutos

A partir de pequenas ações, a associação foi crescendo e mostrando resultados. O primeiro deles foi a aquisição de uma capela de fluxo laminar (equipamento de preparação da quimioterapia). Naquele momento, o hospital passou por dificuldades financeiras, não teve condições de comprar o material e essa era uma das condições primordiais para que o serviço de oncologia continuasse a funcionar.

Em poucos anos, a AMO ajudou a revolucionar os serviços em oncologia do Hospital de Cirurgia. Adequou todas as unidades de tratamento oncológico, o ambulatório de quimioterapia e de radioterapia, a enfermaria pediátrica, a unidade de braquiterapia, e a unidade de internamento clínico e cirúrgico Anna Maria Maynard Garcez, que foi uma das primeiras voluntárias e sócio-fundadora da associação.

Sócio-fundadores

A associação é resultado de um trabalho voluntário e coletivo. Veja, abaixo, lista com os 29 nomes dos sócio-fundadores:

Anna Maria Maynard Garcez
Ana Luiza Oliveira Ribeiro
Cândida Maria Pinheiro Torres
Elida Freire Caetano
Heloísa Castro
Josefa Costa do Nascimento
Libânia Santos Silva
Lígia Silva Santos
Lourdes Maria Sampaio Oliveira Dias
Kássia Rita Ramos Peixoto
Marileide Maciel Silva Pires de Carvalho
Márcio César Botelho do Nascimento
Marta Oliveira dos Santos
Maria da Conceição Balbino dos Santos
Maria da Conceição do Nascimento Melo
Maria do Carmo Silva
Maria do Carmo Santos Góis
Maria das Graças Prado de Araújo
Maria Inês Moreira do Nascimento
Maria de Lourdes do Nascimento
Maria de Lourdes Oliveira
Maria Lourdes Lopes
Maria Therezinha Góis de Vasconcelos
Norma Maria Ramos Pereira
Sheila Virgínia Lopes
Sílvio Renato Garcez
Sônia Vahle Franco
Verônica Passos Barboza Moura
Violeta de Lourdes Coutinho Torres Franco.

Texto e imagem reproduzidos do site: amigosdaoncologia.org.br
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AMO - Associacao dos Amigos da Oncologia
Rua Perminio de Souza, 270, bairro Cirurgia
Aracaju-SE. CEP 49055-530
(79) 2107-0077 amigosdaoncologia@gmail.com

AMO comemora 20 anos de fundação

Foto: Arquivo Institucional/AMO.

Publicado originalmente no site do G1/SE., em 23/11/2016.

AMO comemora 20 anos de fundação.
Baile será realizado neste sábado (26).
Los Guaranis anima o evento.

Do G1 SE

A Associação dos Amigos da Oncologia (AMO) comemora esta semana 20 anos de fundação e comemora com um Baile da orquestra Los Guaranis, no Clube do Banese, neste sábado (26). O grande presente de aniversário será o lançamento da nova marca da associação.

A assistente social Conceição Balbino, presidente de honra e executiva da AMO, não imaginava chegar aos 20 anos com uma obra assistencial tão bem consolidada e com o apoio e crédito amplos da sociedade sergipana. Segundo ela, o sentimento pelo aniversário de 20 anos é de muita gratidão.

"Há duas décadas, queríamos oferecer a mínima assistência necessária a pessoas que sofriam nos leitos do hospital com uma doença complexa como o câncer. Hoje, só temos a agradecer a Deus pela oportunidade de ajudar o próximo e à confiança depositada de cada voluntário, doador, colaborador e, principalmente, de cada assistido. O que mais doamos, aqui, é esperança e vida".

*Com informações da assessoria.

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/se/sergipe

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Grupos musicais sergipanos são homenageados pela Secult

Música Antiga Renantique.
Foto: Portal Infonet.

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 22/11/2016.

Grupos musicais sergipanos são homenageados pela Secult
Los Guaranis, Cataluzes e Renantique foram honrados

Três grandes grupos do cenário musical sergipano foram homenageados no Corredor Cultural Irmão nesta terça-feira. Los Guaranis, Cataluzes e Música Antiga Renantique tiveram suas memórias expostas nas paredes do corredor. Renantique aproveitou para fazer uma apresentação musical e na ocasião, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) lançou editais culturais para o ano de 2017.

Confira matéria no vídeo abaixo:

Texto, foto e vídeo reproduzidos do site: infonet.com.br/noticias/cultura

Corredor Cultural homenageia grupos musicais sergipanos



Publicado originalmente no site Agência Sergipe de Notícias,
em 21 de novembro de 2016.

Corredor Cultural homenageia grupos musicais sergipanos.
Serão homenageados os grupos musicais sergipanos Cataluzes, Los Guaranis e Música Antiga Renantique.

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) lança nesta terça-feira, 22, às 10h30, no Corredor Cultural Irmão, a mostra “Música para Cantar, Dançar e Ouvir: Uma Celebração”. Na ocasião, serão homenageados os grupos musicais sergipanos Cataluzes, Los Guaranis e Música Antiga Renantique. Também serão lançados os novos editais para o ano de 2017. Durante o evento, que é aberto ao publico, o grupo Renantique irá se apresentar em um cortejo pelo Corredor que recebe peças do acervo pessoal dos três homenageados desta edição.

Desta vez serão destinadas menções honrosas a: José Messias do Nascimento, Maria Olívia Silveira, Domingos Félix de Santana Neto (Mingo Santana), Alexandre Conceição, Cícero Santos, João Bosco de Oliveira, Osman Carvalho Silva, Rivaldo Fonseca (Queimadinho), Valmor Antonio (Foguinho), Valter Nogueira, Alceu Monteiro da Silva (in memoriam), Roberto Alves, Fernando Menezes de Araújo, Maria Olga de Andrade, Germana Araújo, Rivaldo Dantas, Edilamar Carvalho, Juliana Almeida, Sandra Sena, Paulo César Andrade, Sr. Stênio Gonçalves Andrade e Rodrigo da J. Andrade, Ézio Déda, Eduardo Antônio Conde Garcia Júnior, Natália Vasconcellos, Emmanuel Vasconcellos, Antonio Alves do Amaral, José Alves do Amaral, Valdefrê Fraga Resende, Cláudio Miguel Menezes de Oliveira, José Oswaldo Andrade Gomes, Manoel Messias Menezes Nascimento (Pythiu) e Marcus Éverson dos Santos.

Sobre os homenageados

Grupo Cataluzes surgiu no início dos anos 80 com o show Viagem Cigana. Realizou diversos shows, participou de eventos culturais e festivais, como o I e II FSMPB, iniciativas da TV Sergipe. No concurso A música dos 145 anos de Aracaju, também iniciativa da TV Sergipe, a vencedora foi a canção Cheiro da Terra, de autoria de Cláudio Miguel. Em 2015, foi agraciado com a Medalha do Mérito Cultural Tobias Barreto, referente ao ano de 2012. É composto atualmente por Valdefrê (voz e violão), Cláudio Miguel (voz e violão), Oswaldo Gomes (voz e violão) e Tonho Amaral (voz e percussão). Da formação inicial, o único que não permaneceu no grupo foi José Amaral (voz e percussão). 2016 é o ano de celebração dos 35 anos do Cataluzes.

Los Guaranis surgiu no ano de 1963, na cidade de Lagarto. Músicos da banda Lira Nossa Senhora da Piedade, tiveram a ideia de formar um conjunto musical, tendo como sócios fundadores, os Senhores Rivaldo Fonseca; Valmor Antônio de Oliveira; Osman Carvalho Silva e Alexandre Conceição, que permanecem até hoje. Ao longo dos seus 53 anos de existência, a banda teve as seguintes denominações: Conjunto Guarani, Banda Los Guaranis e por fim, Banda e Orquestra Los Guaranis.

Música Antiga Renantique foi criado em junho de 1996. O grupo tem como objetivo executar a música da Idade Média e da Renascença da Europa Ocidental – algo inédito em Sergipe. Desde que foi criado, o grupo difunde um amplo repertório da Idade Média e da Renascença, como: Canções de Cruzada; dos Troubadours, Trouvères e Minnesingers; Cantigas de Santa Maria do rei Alfonso X, el Sábio, e Cantigas de Amigo de Martin Codax (séc. XIII); Manuscrito de Carmina Burana (séc. XII-XIV); Danças Medievais & Renascentistas; Trecento Italiano; Franco-Flamenga (séc.XV); Henrique VIII; Elizabetana; Teatro de Shakespeare e Música Ibérica do séc.XVI.

Texto e imagens reproduzidos do site: agencia.se.gov.br

Homenagem a Monsenhor Carvalho



Hoje (24 de novembro de 2016), Monsenhor Carvalho comemora 90 anos.
José Carvalho de Souza nasceu no dia 24 de novembro de 1926,
no município de Lagarto - Sergipe.
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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Monsenhor José Carvalho de Souza (2009)



Publicado originalmente no blog Em Pauta UFS, em 03/12/2009.

Monsenhor José Carvalho de Souza: 50 anos de compromisso com a educação

Monsenhor José Carvalho de Souza
Por Catarina Schneider

Monsenhor José Carvalho de Souza, 83 anos, é um nome de referência em Aracaju. Conhecido por fundar o Colégio Arquidiocesano desde 1º de março de 1960 e pela sua visão cristã moderna, é tido como um grande educador. Nascido em 24 de novembro de 1926, é bem humorado e bastante acessível, dando-se muito bem com os adolescentes e as crianças. Nascido na cidade de Lagarto, órfão de mãe desde o seu nascimento, foi criado pelos avós e tios. Desde a sua infância já pensava em ser padre. Estudou em uma escola católica, “Dona Maria Teles”, e gostava bastante de prestar atenção nas pregações que os padres faziam e de ajudar as missas como coroinha, o que demonstra sua vocação para o sacerdócio. Porém, seus tios fizeram uma pressão muito grande e ele acabou desistindo da idéia. Quando completou 17 anos, teria que vir para Aracaju cursar o ginásio no colégio Tobias Barreto em regime de internato, já que não existia segundo grau na sua cidade. Como não queria, sua avó o mandou pra fazenda. Lá ele tomou gosto pelos animais e tornou-se muito apto naquilo. “Tinha 36 cabeças de gado e sempre trocava animais com meu tio”, conta todo orgulhoso. Em uma venda de ferreiro onde levava o material da fazenda para o conserto, perto da casa onde morava em Lagarto, tinham dois adventistas (religiosos que guardam o sábado ao invés do domingo) que ficavam criticando a igreja católica. Como tinha princípios religiosos, Monsenhor Carvalho, objetivava-os discordando do que falavam. Então, uma pergunta trouxe à tona o que estava adormecido. “Eles me perguntaram se eu já havia lido a Bíblia e eu disse que não, aí eles falaram que foi por isso que eu acreditava na igreja católica, pois ela deixou de pregar a língua de Deus para pregar a língua dos homens. Naquele mesmo dia eu comprei o Novo Testamento e comparei o que tinha aprendido na escola e na igreja”, relembra. Assim, foi se apegando à igreja, ao Evangelho e voltando a freqüentar as missas. No dia 8 de setembro de 1945, na hora do jantar, seu tio o interperou: “Eu pedi a preferência da fazenda pra você e você não disse se quer ou não comprá-la, então se decida porque venderá para outra pessoa”. Então, ele disse : “Se meu avô, Zacarias da Silva Junior, em vez de me dar a fazenda, quiser custiar a despesa no seminário, prefiro ir para lá”. Sua avó não apoiou muito, pois dizia que nunca gostara de estudar e nunca havia perseverado com nada.

Porém, aquilo era o que ele realmente queria e prometeu estudar e prosperar. Assim, seu avô cedeu para ele ir ao seminário. Foi uma bomba na cidade. Filho de fazendeiro, um menino novo como outro qualquer, abandonar tudo isso e ingressar no seminário aos 19 anos. No dia 20 de fevereiro de 1946 começou uma vida de estudo e dedicação que toda a sua vontade o fez chegar ao nível dos outros em um só semestre, terminando o seminário em apenas cinco anos. Em seguida, fez um curso de Filosofia na Universidade Católica de Pernambuco em dois anos. Logo depois, o bispo escreveu dizendo que queria que ele fizesse teologia em outro lugar para o sacerdócio, e o indicou para o Rio Grande do Sul para o Seminário Maior de São Leopoldo, para onde foi. Tendo ainda uma passagem pela Faculdade de Ciências e Letras de São João Del Rei (MG), onde recebera o Diploma de Administração Escolar (outra vocação latente que lhe serviria de base para mais tarde implantar uma das mais renomadas escolas de Sergipe – O Arquidiocesano). No dia dois de dezembro de 1956, o bispo o nomeou para ser vice-reitor do seminário que assumiu aqui em Aracaju. No dia 12 de março ele o transferiu para reitor do seminário e logo depois fundou o colégio Arquidiocesano com a intenção de trazer uma formação para jovens que também não se destinavam ao sacerdócio. O objetivo geral do seu trabalho é estimular os alunos para que e eles se tornem felizes, capazes e iluminados, para que prosperem aqui e na eternidade. “Ser uma pessoa justa, com fé, que queira bem ao trabalho, tenha o suficiente para viver, seja solidário e atenda as necessidades dos outros: isso é o que tento passar para eles”, conta. Coordenador e diretor do colégio mais antigo de Aracaju que completa no próximo ano 50 anos, tem sua história relatada num enorme acervo de placas, medalhas, prêmios e reconhecimento do excelente trabalho que vem exercendo para o Arqui e famílias que depositam sua confiança na educação que o Monsenhor Carvalho se propõe dar todos os dias.

Texto e imagem reproduzidos do blog: empautaufs.wordpress.com/2009/12/03

Lampião e "seu" Mamede, em Serra do Machado


Lampião e "seu" Mamede, em Serra do Machado.

Mamede Paes Mendonça (1915 - 1995) era proprietário de uma venda em Serra do Machado, Ribeirópolis, Sergipe, quando em 1935 (?) ao levantar a vista, achou-se diante de indivíduo cor de cobre, cara enfezada e todo aparamentado. Pensou tratar-se de fiscal do imposto de consumo. Murmurou: "Tô campado!". Encarando com firmeza, viu que se enganara. O cangaceiro perguntou:

- Vosmicê me conhece?
Mamede ainda não era gago. Respondeu:
- Conhecer não conheço não, mas desconfio.
O cangaceiro tirou as dúvidas: "Saiba que vosmicê está falando com o capitão Lampião".
- Apois, capitão, o que é que o sinhor, manda? Lampião pediu a féria do caixa, carne de bode, rapadura, perfume, balas para mosquetão e parabelo, conhaque Macieira de 5 Estrelas.
- É claro, capitão! o sinhor, leva até a budega toda!

De acordo com José Mendonça, filho de Mamede, " Lampião levou toda a produção de pães. Com sua simplicidade seu Mamede conquistou Lampião, levando-o até a querer pagar".

Texto e imagem reproduzidos do site: emserradomachado.com

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O Pequeno Notável, por Lilian Rocha.


Publicado originalmente no Facebook/Lilian Rocha, em 19/11/2016.

O Pequeno Notável.
Por Lilian Rocha.

Adoro o "acaso", justamente porque sei que ele não existe. O que existe, sim, é uma sintonia misteriosa que atrai as pessoas, mesmo aquelas que a gente não conhece. Mas nada, absolutamente nada é por acaso...

Anteontem, me chegou às mãos, "por acaso", um livrinho infantil, chamado "Letras de A a Z". Poderia ser um livro como outro qualquer, não fosse pelo autor. Chamava-se Danilo Crescêncio e tinha apenas... 6 anos!!
Curiosa, abri o livro e imediatamente o devorei. E foi tão saboroso que fiquei com vontade de que mais pessoas o "experimentassem", porque, ao contrário das comidas, um livro dá pra "se comer" várias vezes, por várias pessoas diferentes...

O livro conta a história de cada letra do alfabeto, quem são elas, onde vivem, o que elas gostam de comer e com que gostam de brincar. O "F", por exemplo, sabe usar a "faca", seu animal preferido é a "foca", ele tem "filho" e "fim". O "M" gosta de "milho" e "macarrão", pula feito "mola" e seu animal preferido é o "macaco". Já o "Q" prefere comer "queijo" e "quiabo", mora no "quadro" e sabe contar até "quatro"...
E por aí vai a imaginação de Danilo, esse pequeno prodígio, brincando com cada letra do alfabeto e associando mais e mais palavras a cada uma delas. Além das historinhas, foi ele quem fez todas as ilustrações!

Há muito que não vejo um livro destinado a essa faixa etária tão criativo! E o mais fascinante, escrito por uma criança de apenas 6 anos!! É um livro que pode ser adotado tranquilamente nas escolas, nas turmas do Infantil II. Já imaginaram? Crianças de 5 ou 6 anos aprendendo a ler com um livro escrito por uma criança da sua idade?! E da mesma cidade? Isso é FANTÁSTICO!!

Não sei se é porque adoro crianças ou mais ainda, porque adoro crianças cheias de imaginação, o fato é que me apaixonei por Danilo e resolvi me tornar sua "madrinha literária". Para manter viva sua imaginação e estimular essa facilidade que ele tem de inventar histórias. E sobretudo, para divulgar o seu talento, pois não é justo que isso fique escondido.
Por isso, hoje o convidei para participar, junto comigo, do 5º Encontro de Escritores Sergipanos que aconteceu no Museu da Gente Sergipana. Com adesivo de "escritor" no peito, Danilo mostrou seu livro e contou como o escreveu. E de quebra, ainda deu autógrafos e arrancou aplausos de todos!

Sim, adoro o "acaso". Justamente porque sei que nada é por acaso...

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Lilian Rocha.

Livro de Mário Jorge será relançado em sua homenagem

Foto: divulgação.

Trechos de reportagem do Portal Infonet/Cultura, de 18.11.2016.

Livro de Mário Jorge será relançado em sua homenagem

Na próxima quarta-feira, 23, às 19 horas, no Cultart, como forma de homenagear Mário Jorge Vieira, o primeiro poeta concretista sergipano, será relançado o seu livro "De Repente Há Urgência". Além disso, também haverá uma exposição de algumas de suas obras.

Se ainda estivesse vivo, Mário Jorge estaria completando 70 anos no próximo dia 23. Com uma trajetória de poesia e luta por uma sociedade mais justa e igualitária, o ex-militante do Partido Comunista arrebatou corações e mentes com seus poemas concretistas e questionadores. Sua obra influencia artistas brasileiros até os dias de hoje.

Para ilustrar a importância de Mário Jorge para a cultura sergipana, Ana Lúcia, irmã do poeta, faz um breve relato sobre a vida e a obra do homenageado. "Mário Jorge era uma pessoa que tinha uma inteligência privilegiada, um ser humano pessoa muito especial. Ele morreu aos 26 anos, mas viveu intensamente e muito além de seu tempo. Foi um artista comunista e um resistente à ordem estabelecida pelo capital excludente. No final de sua vida produzia a poesia marginal e a poesia pop”, destaca.

Fonte: Assessoria de Imprensa.

Trechos e foto reproduzidos do site: infonet.com.br

Simpósio do XLII Encontro Cultural de Laranjeiras

Foto: Ascom Secult.

Publicado originalmente pelo site do Portal Infonet, em 18/11/2016.

Laranjeiras: oficina de cordéis prepara jovens
Simpósio do XLII Encontro Cultural de Laranjeiras

Alunos da Escola Estadual Cônego Filadelfo Oliveira tiveram, na última quinta-feira, 17, uma oficina de elaboração de cordéis com a mediação do cordelista Chiquinho do Além Mar. Em média, 40 alunos estão participando do curso que será dividido em módulos. O objetivo da oficina é fazer com que os jovens se interessem pela arte do cordel como modo de aprimorar a literatura, além de trabalhar temas sobre a história sergipana.

Alunos do 8º e 9º ano farão cordéis com assuntos relacionados ao município de Laranjeiras e apresentarão os mesmos no Simpósio do XLII Encontro Cultural de Laranjeiras, cujo tema no próximo ano será “Cantoria: da Viola ao Cordel”.

O cordelista Chiquinho do Além Mar demonstrou satisfação ao ver os jovens participando do curso de maneira dinâmica. “Eu estou muito feliz de poder estar colocando esse projeto em prática porque temos que ter a preocupação da salvaguarda do cordel. Sou da nova geração e sei da importância em deixar poetas prontos para as futuras gerações”, afirmou.

No ensejo, o artista agradeceu a oportunidade de estar ministrando a oficina. “Apresentei esse projeto para a Secretaria de Estado da Cultura e o secretário Irineu Fontes aprovou na hora. O artista, além de ter a boa vontade, precisa da sensibilidade do gestor, portanto parabenizo toda a equipe pela divulgação da nossa literatura de cordel”, ressaltou.

A professora Janaína Couvo, leciona aulas para as turmas contempladas pela oficina e destaca a importância do aprendizado literário. “Nesta oficina estamos dando ênfase a dois trabalhos importantes. O primeiro é mostrar aos alunos como construir seus próprios cordéis. E o segundo é aproximá-los cada vez mais da história de Laranjeiras e de sua identidade cultural que é muito forte”, declarou.

A aluna Rita de Cácia afirmou que está satisfeita com o curso e a idéia de divulgar os cordéis no Simpósio de Laranjeiras. “É muito bom aprender coisas novas, e a nossa professora achou importante que a gente aprendesse a ler e criar nossos cordéis para divulgarmos no Encontro Cultural de Laranjeiras”, destacou.

Fonte: Ascom Secult.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

5º Encontro Sergipano de Escritores

Foto: Divulgação.

Publicado originalmente no site AJN1, em 16/11/2016.

Encontro de escritores sergipanos acontece neste sábado

Com o objetivo de debater a literatura no Estado, escritores sergipanos estarão reunidos no próximo dia 19 de novembro durante o 5º Encontro Sergipano de Escritores. O evento acontece das 8 às 16 horas no Museu da Gente Sergipana, situado na avenida Ivo do Prado, no Centro de Aracaju. Na oportunidade será lançado o Prêmio Hermes Fontes de Literatura.

Segundo o escritor Domingos Pascoal, idealizador do Encontro e membro da Academia Sergipana de Letras, esta é uma oportunidade para que novos talentos despertem o interesse pelo mundo literário. “Já estamos em nossa 5ª edição e, a cada ano, conseguimos plantar a semente da escrita em nossos participantes. Esse despertar para as letras é de extrema importância para que possamos enriquecer a cultura do nosso estado”, diz.

Durante o encontro será lançado o Prêmio Hermes Fontes de Literatura Sergipana. “Queremos fomentar em nossos conterrâneos o mesmo amor à escrita que teve Hermes Fontes, grande poeta da terra. Este ano, quando se comemora o centenário de uma de suas grandes obras, Juizos Ephemeros, além do prêmio, estaremos relançando os seus livros, para que sejam eternizados e difundidos principalmente entre os mais jovens”, explica Karina Dias, outra idealizadora do evento.

No evento os parcipantes terão oportunidade de apresentar suas obras. Os livros de escritores sergipanos estarão a venda com preços especiais em uma feira que acontece paralela ao encontro. Os interessados em participar devem se inscrever através do site www.livrosdesergipe.com. Se possível, solicita-se levar um livro sergipano para contribuir com a feira.

Fonte: Assessoria do Evento.

Texto e imagem reproduzidos do site: ajn1.com.br

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Superlua atrai espectadores ao calçadão da 13 de Julho


Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 14/11/2016.

Superlua atrai espectadores ao calçadão da 13 de Julho
Fenômeno raro foi visto pela última vez há 68 anos.

Dezenas de espectadores estiveram no calçadão da 13 de Julho durante a noite desta segunda-feira, 14, para assistir e contemplar o fenômeno da superlua. O acontecimento, em que a lua fica mais próxima a Terra, foi visto há 68 anos e tão logo não ocorrerá. Muitos aracajuanos que estiveram às margens do Rio Sergipe, celebraram o momento de formas diferentes: em casal, com o animal de estimação, ou até mesmo fotografando o satélite.

O público disputou o espaço no calçadão e aproveitou também a maré baixa para ir até os bancos de areia e garantir uma foto livre dos elementos urbanistas. A idosa Maria de Lourdes Vasconcelos, que completou 78 anos no domingo, 13, disse que não poderia ter ganho presente melhor. “Pela manhã eu pedi ao Raimundo [marido] que me trouxesse aqui às 18h porque eu queria ver a lua. É revigorante e mostra o poder de Deus e o quanto ele é maravilhoso”, considerou. Para ela, o fenômeno vai além da beleza em si. “Uma lua dessa é capaz de livrar males como a depressão e autoestima. No meu caso, é de fazer chorar por todas lembranças boas que esse momento me trouxe”, explicou.

E a superlua foi capaz também de outro fenômeno: desconectar uma grande quantidade de pessoas das tecnologias e das rotinas do dia-a-dia. “Isso com certeza tecnologia nenhuma pode substituir. A memória real que temos é muito melhor do que o que temos nos meios digitais. Todos os dias a gente vê a lua de forma despercebida, e nesse caso, paramos para refletir sobre o nosso dia a dia, o caminho que estamos tomando para o nosso futuro. A importante é aproveitar esses momentos, porque a vida passa, e o que você leva dela?”, refletiu Alessandra Ferreira.

Daniele Ferreira também argumentou sobre a importância do momento, principalmente para as futuras gerações. “São momentos únicos da vida, porque nós não sabemos se as próximas gerações terão esse costume de parar para admirar a lua. Falaremos para nossos netos, filhos, além de ter o privilégio de vê-la tão de perto. Provavelmente, quando acontecer de novo, não estaremos mais aqui. Então isso nós vivemos”, diz Daniele.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Nasce um Grande Imortal: Das narrativas do sítio Saracura às sendas literárias


Publicado originalmente no site Lagarto Net, em 13 de novembro de 2016.

Nasce um Grande Imortal:
Das narrativas do sítio Saracura às sendas literárias.
Por Rusel Barroso*

Oriundo da progressiva Itabaiana, eis que surge, para enriquecer a Literatura Sergipana, um cidadão simples, cuja serenidade encanta os que têm o privilégio de, com ele, trocar um dedo de prosa. Sua fala, genuinamente nossa, valoriza as nossas raízes e a linguística que, sabiamente, defendemos nas academias, sejam literárias ou de ensino superior.

Seus textos, vivos e transparentes, cantados em verso e prosa, passeiam pela cultura popular sem se perder da literata, pois fazem com que a sabedoria frequente a ciência, mas continue solta pela vida, como se convidasse a razão a transitar pela poesia.

Não por acaso, setembro de 2016 ficará marcado na história da cultura sergipana com a escolha de Antônio Francisco de Jesus, o nosso Saracura, para ocupar, na Academia Sergipana de Letras, a Cadeira nº 10, sucedendo o admirável escritor Hunald de Alencar. Ambos, respectivamente, titular e patrono, cada um a seu modo, legam à sociedade um bem admirável e que, por certo, se perpetuará de geração à geração. A eleição, nada fácil, serve de exemplo para mostrar que querer é poder, sobretudo quando se é capaz, especialmente, de mudar o conceito das pessoas para uma visão mais ampla, como exige o mundo atual.

Aplausos aos imortais da Academia mater de Sergipe e os mais efusivos cumprimentos por tão louvável iniciativa. Não há dúvida de que Antônio, o Saracura, estará sempre a fulgurar pelas sendas literárias, solidificando, ainda mais, o patrimônio cultural sergipano, traço singular dos filhos que engrandecem a nossa terra, mormente o interior do estado.

Que o nobre confrade continue a construir seus textos para abrigar o conhecimento e que este possa transcender os muros que apequenam a grandeza do saber!

Bem-vindo seja, portanto, à Guardiã das Letras de Sergipe, Saracura!
___________________________________________________
* Rusel Barroso, fundador da Academia Lagartense de Letras, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, membro do MAC da Academia Sergipana de Letras e da Associação Sergipana de Imprensa, vice-reitor do Centro Universitário UniAGES.

Texto e imagem reproduzidos do site: lagartonet.com

domingo, 13 de novembro de 2016

Estudante de 16 anos lança seu primeiro livro



Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 12/11/2016.

Estudante de 16 anos lança neste sábado seu 1º livro
Lançamento será na Livraria Escariz da Avenida Jorge Amado

Neste sábado,12, o estudante Felipe Oliveira, de apenas 16 anos, lança seu primeiro livro. A obra intitulada "O melhor ano da minha vida". O lançamento será às 16h30 na Livraria Escariz da Av. Jorge Amado.

A obra fala de Isadora, uma garota de 15 anos que baseado em historia real (muitos fatos vivenciados pelo autor), vai envolver o leitor com muitas confusões, aventuras e diversões.

A livraria fica na avenida Jorge Amado, 960, bairro Jardins, na capital sergipana.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/noticias/cultura

Exposição será com parte do acervo da Álvaro Santos

Foto: Ascom Funcaju.

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 10/11/2016.

A Galeria Álvaro Santos inaugura exposição dia 18.
Exposição será com parte do acervo da Álvaro Santos.

A Galeria de Arte Álvaro Santos (GAAS) intensificando as suas atividades está trabalhando na montagem da sua próxima exposição. A mostra dará oportunidade ao público de conhecer parte do seu acervo, adquirido na sua grande maioria por doações durante os seus 50 anos de existência.

Marcada para ser lançada no dia 18 de novembro, a exposição contará com nomes de artistas como, J. Inácio, Jenner Augusto, Eurico Luiz, Leonardo Alencar, José Fernandes, Adauto Machado, Ismael Pereira, Cesar Romero, entre outros que retrataram a história da arte em Sergipe.

A exposição de parte do acervo será feito após trabalho de uma Comissão Técnica, montada para realizar um levantamento das obras ali existentes e as cedidas às diversas secretarias da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). A equipe foi formada por três membros da Funcaju, Heyse Souza, Museóloga, por Stella Morais, Técnica e por Francisco Santos, responsável pelo registro patrimonial da Fundação.

“Quando assumimos há dois anos a presidência da Funcaju, a ideia de registrar o acervo da galeria como parte valiosa de sua memória, se tornou um compromisso profissional inadiável. Mesmo enfrentando as dificuldades iniciais, não desistimos, animada pela certeza de que os bens culturais devem ser registrados e a cedência de obras pertencentes a órgãos públicos tem que ser documentadas”, explica a presidente da Funcaju, Agláe Fontes.

Construída na administração do Prefeito, Godofredo Diniz Gonçalves, projetada pelo Arquiteto, Rubens Sabino Ribeiro Chaves e inaugurada no dia 19 de outubro de 1966. No local, anteriormente, havia um antigo aquário. Hoje considerada como uma importante vitrine da arte visuais do município de Aracaju com exposições de artistas locais, nacionais.

Localizada na Praça Olímpio Campos no centro de Aracaju, a Galeria de Arte, fica aberta de segunda a sexta, das 9h às 17h e aos sábados das 9h às 13h. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (79) 3179 - 1308.

Fonte: Ascom Funcaju.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br