sábado, 27 de fevereiro de 2021

Livro da Editora do Governo integra roteiro de filme


Genésia Fontes (Dona Bebé do Oratório)

'Oratório ontem'

'Oratório hoje' (Fotos arquivo SEGRASE)

Alice interpreta Dona Bebé criança, cena do batizado


Cenas do filme (fotos David K Fotografia)

Publicado originalmente no site do GOVERNO DE SERGIPE, em 26/02/2021

Livro da Editora do Governo integra roteiro de filme

A obra ‘Dona Bebé do Oratório’ foi lançado em 2019 pelo padre Isaias Nascimento

Há histórias tão marcantes que acabam saindo das páginas dos livros direto para as telas do cinema. Esse será o caso do filme que vai contar a história de dona Bebé do Oratório. Uma das obras que ajudaram a criar o roteiro foi o livro ‘Dona Bebé do Oratório: uma mulher de Deus e mãe dos pobres’, do padre Isaías, publicado em 2019, pela Editora Diário Oficial de Sergipe - Edise. A película será lançada ainda neste ano, primeiro em Sergipe e, depois, viajará por todo país.

Na publicação, o padre Isaias conta a história de uma mulher que se dedicou às pessoas mais pobres, sob a ótica do amor e compaixão, sentimentos muito presentes em Genésia Fontes, conhecida como Dona Bebé do Oratório. “Ela era uma mulher cristã e aprendeu com Jesus a ter cuidado com os pobres e, assim, fundou o oratório inspirado em São João Bosco Salesiano, um espaço de inclusão social, educativo”. O Oratório Festivo São João Bosco desenvolve atividades sociais, culturais, esportivas e artísticas voltadas ao público mais jovem e possui capacidade para atender 65 crianças. Um dos grandes desejos de Dona Bebé era ter sido uma irmã salesiana, mas não chegou a realizá-lo.

Na obra cinematográfica não será diferente, segundo a produtora Geny Carvalho, as características de Bebé estarão presentes, a principal mensagem será sua solidariedade e seu amor ao próximo. O longa-metragem começou a ser rodado no dia 14 de fevereiro e tem previsão de conclusão para o dia 30 de abril. As filmagens iniciaram na cidade de Riachão do Dantas, distante 97 quilômetros da capital sergipana, mas ocorrerão também em alguns povoados da cidade, como Palmares, Barro Preto, entre outros. “Também estaremos  filmando em Aracaju, Laranjeiras e Tobias Barreto”, conta Geny Carvalho.

Para o presidente da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe - Segrase, Francisco de Assis Dantas, é uma honra ver um título publicado pela Editora do Governo contribuindo para a criação do roteiro de um longa-metragem. “Nosso papel é disseminar as histórias de Sergipe e se elas chegam a ser transformadas em filme, entendemos que estamos no caminho certo. Ganhamos todos nós, que iremos conhecer a história de Dona Bebé, figura importante para a história de nosso estado”.

Segundo Geny Carvalho, o longa-metragem contará a história de vida de Bebé, desde o seu nascimento, passando pela adolescência, juventude, sua morte e a continuidade de seu trabalho pelas irmãs. “A ideia do filme surgiu há uns dois anos, durante o período de gravação da película ‘Almir do  Picolé’, pois usamos o Oratório de Bebé como set de gravações para o orfanato onde Almir viveu”.

Mais de 100 pessoas estão envolvidas no projeto, entre diretores, produtores, técnicos, assistentes, atores, figurantes, figurinistas, maquiadores, equipe de apoio, entre outros profissionais. “O filme conta com a produção de quatro pessoas e a direção de David Kleiton, um jovem de apenas 20 anos; do técnico de áudio Diego Rafael e da assistente de direção, Laís Inglidy, entre outros”, diz Geny. Ela chama a atenção para os patrocinadores: Banco do Nordeste, Tatu Panos; Suelon Mecânica de Jeep; Tv Aperipê; Prefeitura de Riachão Dantas; Prefeitura de Laranjeiras; lojas móveis Fonseca (Tobias Barreto); portal Sergipano; Start Play.

Genésia Fontes

Nasceu em 22 de setembro de 1890, na cidade de Riachão do Dantas (SE). De família simples, ainda na juventude demonstrou interesse, dedicando-se aos cuidados e educação de crianças e adolescentes pobres e órfãos. Desde cedo ‘ouviu’ o chamado do mestre Jesus para ser missionária no meio dos pobres, sob espiritualidade de Dom Bosco. Moça frágil na saúde, com deficiência auditiva, superando seus limites, cresceu na fé a ponto de indignar-se diante de tanta miséria nas periferias da capital sergipana. Passou a ser reconhecida como a "Mãezinha dos Pobres".

Texto e imagens reproduzidos do site: se.gov.br

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Cordelista sergipana lança livro “Encantos de Aracaju”

Publicado originalmente no site do JORNAL DA CIDADE, em 26 de fevereiro de 2021

Cordelista sergipana lança livro “Encantos de Aracaju”

Desde criança, Cecé Vieira sempre apreciou a Literatura de Cordel e, em 2019, deu seus primeiros passos na produção desse gênero literário

Cordelista sergipana lança livro “Encantos de Aracaju”

Em meio a pandemia, a cordelista e jornalista Cecé Vieira, teve a ideia de escrever um livro que potencializasse os pontos turísticos e culturais da capital sergipana. Segundo a cordelista, o livro ‘Encantos de Aracaju’ serve também como Guia Turístico.

Com 42 anos de trabalho exclusivo com a cultura popular do estado de Sergipe e região Nordeste, Cecé Vieira descobre a importância de dedicar-se a temas de relevância para formação intelectual das crianças e ingressa no trabalho de escrever e publicar livros paradidáticos.

Cecé Vieira, desde criança, sempre apreciou a Literatura de Cordel e, em 2019, deu seus primeiros passos na produção desse gênero literário a fim de instigar o alunado para a prática da leitura e da escrita e no mesmo ano, publicou seu primeiro folheto.

Entre suas obras estão ‘Sergipe em Cordel’, ‘Dando nomes aos animais’ e ‘As Mãozinhas que partilham’ e recentemente a autora, chamou a atenção de algumas escolas que adotaram seus livros, a exemplo do Colégio do Salvador, Espírito Santo Coroa do Meio, dentre outros.

A escritora, busca na adversidade dos dias atuais, uma forma de se reinventar, realizar um dos seus grandes sonhos e, continuar firme com pé na estrada e levando informação, conhecimento por meio da leitura ao público infanto-juvenil.

“Minhas obras são frutos de pesquisa de campo, pois trabalhei por diversos anos com a cultura popular e a partir dessa vivência transcrevi todas as ideias que faziam parte do meu imaginário há anos. Além de ser um momento de se reinventar e levar conhecimento aos pequeninos”, finaliza a jornalista e cordelista, Cecé Vieira.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

“Operação Cajueiro, 45 anos”

Foto de Milton Coelho - Reprodução da ASCOM/Comissão Estadual da Verdade, postada pelo blog para ilustrar o presente artigo.

Trecho reproduzido de artigo de autoria de Marcos Cardoso, postado no blog INFONET, em 22 de fevereiro de 2021, com o título - “Operação Cajueiro, 45 anos”.  

 (...) A Operação Cajueiro, passados já 45 anos, não deve ser lembrada como motivo de comemoração. Mas também não deve ser esquecida. Como uma ferida incurável que dói, deve ser rememorada por toda a vida. Para que arbitrariedades como essa jamais voltem a se repetir. Sob nenhum pretexto.

Relação dos presos na Operação Cajueiro em 1976

NOME  PROFISSÃO

Antônio Bitencourt        Ferroviário

Antônio José de Góis    Estudante e bancário

Asclepíades José dos Santos      Vendedor ambulante

Carivaldo Lima Santos   Ferroviário

Carlos Alberto Menezes*           Advogado

Delmo Naziazeno            Agrônomo

Durval José de Santana*             Pedreiro aposentado

Edgar Odilon Francisco dos Santos          Serventuário

Edson Sales        Pedreiro

Elias Pinho de Oliveira* Advogado

Faustino Alves de Menezes       Pequeno comerciante

Francisco Gomes Filho (enviado PCB)    Pedreiro

Gervásio Santos*            Jornaleiro

Jackson de Sá Figueiredo            Advogado

João Francisco Oséa       Pequeno comerciante

João Santana Sobrinho*              Advogado

José Soares dos Santos Agricultor

Luiz Mário Santos Silva  Agrônomo

Marcélio Bonfim              Funcionário Público

Milton Coelho de Carvalho         Funcionário da Petrobras (foto)

Pedro Hilário dos Santos              Ferroviário

Rosalvo Alexandre Lima Filho    Agrônomo e funcionário público

Virgílio de Oliveira (Juca)             Ferroviário

Walter Santos* Professor e funcionário público

Wellington Dantas Mangueira Marques*            Advogado

*Não processados – Fonte: Ibarê Dantas, “A Tutela Militar em Sergipe – 1964/1984”

Trecho de artigo reproduzido do site: infonet.com.br/blog

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Escritor André Comanche inaugura Cantinho da Leitura

Imagem/Legenda/Crédito - O espaço será decorado com uma placa em homenagem a André e terá desenhos do artista. (Foto: Ascom/André Comanche)

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 23 de fevereiro de 2021

Escritor André Comanche inaugura Cantinho da Leitura

O escritor e desenhista sergipano André Comanche, ganhador do Prêmio Reconhecimento Cultural 2020, da Academia de Letras de Aracaju, na categoria Literatura, irá inaugurar nesta quarta-feira, 24, às 18h, o Cantinho da Leitura “Do Conto ao Traço”, que fica na cafeteria Grão Reino Café, na Atalaia. O espaço será decorado com uma placa em homenagem a André e terá desenhos do artista, diversos livros escolhidos a dedo pelo escritor e uma coleção de canecas exclusivas. O evento de inauguração também contará com um pocket show voz e violão do cantor Gabriel Farani, da banda “Os Faranis”.

“É uma grande honra para mim, sobretudo porque o café tem importância fundamental na minha história. Minhas melhores ideias surgiram em cafeterias da cidade. Acho um nobre acerto do Grão do Reino apostar na leitura. Um exemplo a ser seguido por outras empresas”, destacou o escritor.

Sergipano, André Comanche possui a produtora cultural “Do Conto ao Traço” há oito anos com a missão de defender a leitura por onde passa. O escritor ministra palestras, oficinas de entretenimento literário, desenhos, escrita criativa e contação de histórias infantis.

“Livro e café é uma combinação muito boa, então resolvemos unir essas duas paixões e inaugurar este espaço aproveitando para homenagear um jovem escritor sergipano que possui um trabalho muito bacana”, destaca Felipe Martins, gerente do Grão Reino Café.

O Cantinho da Leitura funciona de acordo com o horário do Grão Reino Café, que é de terça à sexta das 8h às 20h e aos sábados e domingos das 8h às 21h. Localizado na Rua Niceu Dantas, 1164, na Atalaia, próximo ao Carro de Bois e esquina com o terreno do antigo Hotel Parque dos Coqueiros.

Fonte: Ascom/André Comanche

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

"A loja 20", por Marcio Rocha


Fotos extraídas do Google e postadas pelo blog, para ilustrar o presente artigo. (Hiper Mercado G. Barbosa e Sr. Noel Barbosa)

Texto publicado originalmente no site F5 NEWS, em 13 de fevereiro de 2021

A loja 20
Por Marcio Rocha (Blog e Coluna F5 News)

Acredito que poucos saibam, mas o G. Barbosa da avenida Francisco Porto é a loja 20. Hoje vou contar alguns momentos em que pude perceber, ainda criança, de Gentil e Noel Barbosa, quando, creio que diariamente, iam à loja, o primeiro “Hiper” G.Barbosa de Aracaju. Eu devia ter entre oito a dez anos, quando acompanhava meu pai às compras no supermercado, que era muito perto de casa e facilitava para ele mesmo comprar o que queria. Quase todos os dias ele estava lá, mas nem sempre comprar algo era o objetivo, era mais conversar com os amigos que tinham nos bancos amadeirados do supermercado, tipo os de praças antigas, um local pra jogar conversa fora e falar do então governo Sarney, que vivia dias complicados, com inflação galopante e mudanças nos preços dos produtos, quase que diárias.

Uma turma composta por Leandro Alves, Antônio Melo (da Casa Nova Couros), Antônio Pádua (da loja de doces da Santa Rosa), Leovegildo Correia (das Balas Lílian), Augusto Batista e alguns que não sabia o sobrenome, como seu Juca, Joaquim da padaria Pão Nosso, Cecílio, conversavam muito naquele ambiente que até hoje é local de prosa para outras pessoas, também idosos que lêem seus jornais e comentam as notícias do cotidiano. Tinha uma agência do Itaú dentro da loja 20, que também atraía outros homens que aumentavam ainda mais a roda de conversa. Eis que chegavam, juntos ou separados, Gentil e Noel Barbosa. Noel era jovem, devia ter seus 40 anos, e conversava um pouco com essa turma de senhores, já em sua maioria de idade avançada. Meu pai tinha uns 75 nessa época e a turma dele era da mesma faixa etária.

Ainda pequeno, observava aqueles senhores na porta da loja, analisando o movimento, conversando uns com os outros, com os idosos lá reunidos e, depois, seguiam para dentro. Peculiaridades que em tenra idade não percebia o quanto eram importantes para aqueles homens, que amavam o seu negócio. Entravam, conversavam com os funcionários, obviamente atraindo a atenção de todos, passavam corredor por corredor e, se encontrassem algo desarrumado nas gôndolas, colocavam no lugar. Em um desses momentos, meu velho conversava com Noel e eles falavam algo sobre a dificuldade da doca de descarga dos fundos da loja. Meu pai foi empreendedor do segmento de transporte de cargas e conhecia bem as especificações para a descarga, observou o que deveria ser mexido e teceu sugestões. Poucos dias depois, obras corretivas. Lá ficavam caixotes de frutas, aos montes. E eu gostava daqueles caixotes porque serviam para fazer alguma coisa para brincar. Saía contente porque, depois que pedi no dito dia das sugestões para ficar com algum, Noel disse que poderia pegar todos. Pegava um ou outro e depois, meus amigos e eu, iríamos construir carrinhos de rolimã, com peças de uma oficina da vizinhança ou de seu Antônio Poderoso, da antiga Casa dos Rolamentos, que nos dava umas para fazermos nossos carrinhos. Com eles nos aventurávamos em descidas pelo elevado da Francisco Porto com Nova Saneamento (não existia trânsito e um monte de pirralhos não tinha a mínima noção do perigo).

Com a passagem de Noel Barbosa para o outro lado do rio da vida, tomei noção do que aqueles irmãos faziam enquanto estavam na porta da loja, quando entravam e cuidavam do seu negócio com tanto amor. Jamais teria percebido que ali era o trânsito de uma empresa surgida como um armazém e que hoje gera 23 mil empregos no Nordeste, levando mais pessoas a ter amor, carinho e zelo por uma empresa. Fico com a lembrança recorrente dos homens na porta da loja e ouvir “os véio” dizendo: “ele chegou”, seguindo depois para o bate papo com essa turma e saindo para devotar-se ao que a cada dia passado se tornou um dos maiores empreendimentos do varejo do Brasil.

Na parte de trás do supermercado, perto da área de material esportivo, havia um restaurante que era bem funcional, balcões únicos, com corredores para o trânsito dos funcionários, onde era servido um cachorro-quente muito bom e onde também pude acompanhar outras tantas conversas dos grupos que lá se encontravam. Eventualmente, lá estava Noel, também esticando um papinho. Acredito que seja por isso que eu tenha tanto carinho pela loja 20, por tudo que vi acontecer ali, pelas pessoas que ali passaram e pelo grande exemplo que anos depois entendi o porquê.

Minha carreira como engenheiro automobilista de rolimã não deu certo, mas até hoje os caixotes me trazem boas lembranças.

Texto reproduzido do site: f5news.com.br

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Conheça o significado e a simbologia da Quaresma para os cristãos

Foto Legenda e crédito - A Quaresma retoma o período no qual Jesus esteve no deserto durante 40 dias antes de iniciar a sua missão pública (Foto: Arquidiocese de Aracaju)

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 17 de fevereiro de 2021

Conheça o significado e a simbologia da Quaresma para os cristãos

Nesta Quarta-feira de Cinzas, 17, se encerra oficialmente o Carnaval e começa a preparação para a principal celebração da Igreja Católica, a Páscoa. Segundo o padre João Cláudio da Conceição, entre os dias 17 de fevereiro e 3 de abril, tem-se o período quaresmal, voltado para à prática da reflexão, caridade e partilha.

A Quaresma retoma o período no qual Jesus esteve no deserto durante 40 dias antes de iniciar a sua missão pública. De acordo com o pe. João Cláudio (pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida na Farolândia), Jesus venceu as tentações revestindo-se da Palavra de Deus. Sendo assim, durante o período da quaresma, católicos e as pessoas de boa vontade são chamados a redescobrir a centralidade da Palavra de Deus na própria vida. “Todos precisamos de uma bússola, de critérios norteadores para a vida cotidiana e o tempo quaresmal é o momento oportuno para que a Palavra de Deus oriente todas as nossas ações”, diz o padre.

Foto legenda e crédito - Pe, João Cláudio explica a simbologia que há por trás do período quaresmal (Foto: arquivo/ Portal Infonet)

Ainda segundo ele, a quaresma também é um tempo litúrgico no qual três práticas importantes para o amadurecimento da fé precisam ser acentuadas. São elas: o jejum, a abstinência e as obras de caridade. “O jejum está ligado ao alimento que podemos abrir mão fazendo a experiência de que somos sustentados por Jesus. A abstinência implica uma atividade, um programa de TV que gostamos e deixaremos de lado para termos mais tempo de diálogo com Jesus, os nossos familiares e amigos. As obras de caridade abrem o coração para que enxerguemos as pessoas mais necessitadas e ajudemos na superação das vulnerabilidades”, detalha o clérigo.

De um modo geral, o padre salienta que ao praticar esses ensinamentos deixados por Jesus estaremos nos conectando não só a Ele, mas também com uma possível nova versão que poderemos dar a nós mesmos. Afinal, na visão do padre, o cristão precisa encontrar quais as mudanças de rotas e perspectivas que Jesus deseja para a nossa vida. “O tempo quaresmal traz um apelo de conversão, de mudanças de rotas. E assim a vida irá convergir para as direções apontadas por Jesus”, pontua o pe. João Cláudio.

por João Paulo Schneider

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Antigos carnavais de Aracaju

Legenda foto - Imagem extraída de vídeo do Canal YouTube/Pascoal Maynard e postada pelo blog “Isto é SERGIPE”, para ilustrar o presente artigo.

Texto publicado originalmente no site da UFS, em 26 de setembro de 2011

Antigos carnavais de Aracaju

Saber Ciência /Samuel Barros de Medeiros Albuquerque

Na tarde do último dia 27, o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe recebeu a visita de uma equipe da TV Sergipe envolvida na produção de uma matéria sobre os antigos carnavais aracajuanos. Buscavam registrar imagens de documentos que remetessem aos festejos de outrora.

No rico acervo da “Casa de Sergipe”, como é carinhosamente conhecido o Instituto, a equipe se interessou por alguns objetos, fotografias e notícias de jornais, além de alguns escritos legados por renomados autores sergipanos.

Inspirado pela produção da referida matéria, tratei de revisitar um dos mais primorosos textos da memorialística sergipana, o encantador “Roteiro de Aracaju”, obra de Mário Cabral, publicada em 1948.

Dialogando com autores como Corinto Mendonça, Mário Cabral informa que, em Aracaju, o carnaval surgiu ainda no século XIX, em princípios da década de 1890. Fomentado, sobretudo, pelo tenente Henrique Silva, surgiram os primeiros grupos de foliões, ao som de clarins e zabumbas, usando máscaras e fantasias. Mário trata com riqueza de detalhes dos desfiles dos primeiros clubes: o Mercuriano, o Cordovínico e, depois, o Baco e o Arranca. Segundo ele, “os carros alegóricos formavam grandiosos préstitos, procedidos, majestosamente, pelos clarins dos arautos” (Roteiro de Aracaju. 3ª ed. Aracaju: Banese, 2002, p. 55).

Entre as décadas de 1910 e 1930, o carnaval aracajuano passou por muitas transformações. O corso de automóveis na Rua João Pessoa, o uso generalizado de fantasias, confete e lança-perfume são marcas desse período. Mário também rememorou os concorridos bailes de carnaval. Segundo o poeta, “o povo dançava nos famosos bailes do Cinema Rio Branco. A grã-finagem se divertia no Clube dos Diários. O Recreio Clube, posteriormente, passou a ser o quartel general da folia carnavalesca, sendo o seu baile da terça-feira, um verdadeiro acontecimento social e mundano” (Roteiro de Aracaju. 3ª ed. Aracaju: Banese, 2002, p. 55).

Sob o ritmo do frevo, o nosso carnaval ganhou novo fôlego na década de 1940, após a Segunda Guerra Mundial. “Durante quatro dias e quatro noites, na Rua João Pessoa, na Praça Fausto Cardoso e na Travessa Benjamim Constant, ao som de grandes e de poderosos amplificadores, o povo aracajuano realiza[va] um carnaval animadíssimo. Os estandartes, como coisas vivas, oscilam sobre o estranho mar de cabeças humanas”, informa Mário (Roteiro de Aracaju. 3ª ed. Aracaju: Banese, 2002, pp. 55-56).

Ele afirma ainda que as ruas eram “decoradas por meio de luzes, cartazes, bandeirolas, figuras e gigantes painéis carnavalescos”. Sem contar com os famosos bailes dos clubes Sergipe, Cotinguiba, Aracaju e Associação. O poeta também caracterizou os antigos carnavais aracajuanos como um “maravilhoso espetáculo de igualdade e democracia”, congregando “velhos e moços, pretos e brancos, ricos e pobres” na festa pagã.

Sem dúvida, os “flagrantes” do “Roteiro de Aracaju” contribuem para o resgate da identidade aracajuana. Ana Maria Fonseca Medina, num belo texto dedicado ao amigo Mário Cabral, escreveu: “Aracaju perdeu o ar provinciano, tudo mudou caro poeta, mas você fez o milagre de deixar para as gerações futuras, a cidade poética intacta, pintada pelo colorido da sua pena de artista da palavra flamante” (Revista do IHGSE, nº 38, 2009, p. 266)

Nesse sentido, o “Rasgadinho”, um dos mais tradicionais blocos no carnaval de rua da cidade, criado na década de 1960, ressurgiu com força em 2003, animando os foliões do Cirurgia e bairros próximos.

Mesmo vivendo em Salvador, Mário Cabral sempre esteve atento aos acontecimentos de sua amada Aracaju. Certamente, antes do seu falecimento, em abril de 2009, o poeta teve notícias do renascimento do tradicional carnaval aracajuano.

É possível que Mário tenha se deixando tomar por um súbito sentimento de satisfação ao constatar que os antigos carnavais inspiraram os foliões do século XXI, promovendo um vibrante encontro do passado com o presente, resignificando uma memória que teima em sobreviver.

Currículo

Professor da Universidade Federal de Sergipe. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.

Texto reproduzido do site: ufs.br

'Breve memória dos Carnavais de antigamente', por Ivan Valença

Legenda de foto: ‘Antigos Carnavais’ reproduzida do site [aperipe.com.br] e postada pelo blog "Isto é SERGIPE", para ilustrar o presente artigo.

Texto publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 15 de fevereiro de 2021

Breve memória dos Carnavais de antigamente
Por Ivan Valença (do blog Infonet)

As ruas do centro da cidade, hoje, estão vazias, como convém aos dias que são feriados. Não se veem as aglomerações que estão na expectativa da passagem de mais um bloco carnavalesco. O cenário é a Rua João Pessoa, e os blocos estão vindo da praça Fausto Cardoso, onde sobrava uma nesga de rua para o desfile daqueles intimoratos que teimavam levar seus blocos para a rua. Hoje não tem nada disso. A pandemia do coronavírus simplesmente expulsou todo mundo dos locais onde se comemorava o carnaval. Hoje está tudo proibido para evitar aglomeração que facilitaria a propagação do CoronaVírus, o maldito invisível aos olhos humanos que é uma peste moderna. Ninguém quer contrair a Covid 19 porque sabe que o vírus é o mais fácil transporte para uma cama hospitalar para tentar se curar da doença que o vírus traz. Num passado não tão distante assim seria impensável a não realização do carnaval por causa de um simples vírus que a humanidade hoje combate de março do ano passado. Por causa dele parou-se tudo e os prejuízos que ele está trazendo à humanidade e inenarrável. Os locutores de rádio fazem tudo para convencer o folião: este ano não teve mas no próximo ano tem mais…

AS BANDINHAS LEVAM OS BLOCOS

Num Passado não tão distante assim, podia-se deixar de brincar nos blocos, porque logo depois dele viriam outras concentrações tão boas e anárquicas como elas. Cada bloco era puxado por uma bandinha que se virava para atender a dois ou três clientes. Depois dos blocos – em torno de seis no total que era para não cansar principalmente aqueles que assistiam encostados às paredes das lojas – Os desfiles começavam as três da tarde e mais das vezes passava da hora do início da noite. Parecia uma convenção: os foliões mais possuídos largavam essa brincadeira de poucos garotos e iam para casa.

OS BAILES NOS CLUBES

Os cidadãos mais afortunados encerravam suas participações nos blocos de rua, por volta das 19h30. Corriam para casa para um banho relaxante e trocar de roupa. Agora eram vestimentas mais legais e condizentes com os clubes que frequentavam. Havia pelo menos uns seis clubes que ofereciam bailes carnavalescos durante todos os dias de carnaval. O mais requintado, sem dúvida, o Iate Clube Aracaju que reunia a nata da sociedade sergipana. Oferecia um serviço extraordinariamente bom, enquanto uma bela orquestra jogava para os foliões os últimos sucessos musicai s em forma de marchinha de carnaval. No último dia da folia, a bandinha do Iate ia ao encontro da bandinha da Associação Atlética para um desfile fantástico de belas músicas, enquanto os foliões dos dois clube esbanjavam alegria. O Carnaval do Iate Clube, sem sombra de dúvidas, sempre foi o melhor da cidade. Mas, o carnaval da Associação Atlética não ficava muito atrás. Mais das vezes, a diretoria da Atlética era obrigada a proibir a entrada de foliões porque não havia espaço nos salões para caber tanta gente. Disputava com a Atlética o título de melhor carnaval, o Vasco Esporte Clube cuja sede social ficava no primeiro trecho da rua de São Cristóvão. Era o clube preferido da classe média aracajuana. Os bailes do Cotinguiba Esporte Clube, no final da Avenida Augusto Maynard, também era disputadíssimos. Haviam sempre lugar para “mais um” nos clube dos menos favorecidos da sorte. Era o caso do Flamengo Circulista que ficava no bairro Siqueira Campos. Todos ofereciam belas festas de carnaval, que de certa forma deixaram saudades nos seus frequentadores.

Texto reproduzido do site: infonet.com.br

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Obras da Orla Sul





Fotos: Ana Lícia Menezes/PMA

Publicado originalmente no site da Agência Aracaju de Notícias, em 10 de fevereiro de 2021

Edvaldo e Belivaldo visitam obras da Orla Sul

O prefeito Edvaldo Nogueira visitou, na manhã desta quarta-feira, 10, ao lado do governador Belivaldo Chagas, as obras da Orla Sul, em Aracaju. Eles conferiram o andamento da execução do projeto, cuja primeira etapa deverá ser entregue em março. Com a obra, a Orla Sul será completamente revitalizada e passará a contar com mais de 15 quilômetros de calçadão, ciclovia e passarelas de acesso à praia, além de paisagismo. À Prefeitura de Aracaju, caberá realizar intervenções estruturais em bares ao longo da faixa litorânea.

"Essa obra vai ser muito importante para as pessoas, para o desenvolvimento econômico e o turismo na nossa cidade. É um projeto grandioso, um presente do governo estadual para Aracaju e demonstra a força da parceria entre a nossa gestão e a administração do governador Belivaldo Chagas. Ganha a população, fortalecerá a economia, trará progresso e mais qualidade de vida", afirmou o prefeito, que na visita, esteve acompanhado da vice-prefeita Katarina Feitoza.

Para o governador, o empreendimento é "extremamente importante para alavancar  o desenvolvimento do turismo na capital neste momento de retomada econômica". "Na Orla Sul, serão mais de 15km de calçadão e ciclovias dentro de Aracaju, além de toda a recuperação da pavimentação desde o final da Passarela do Caranguejo até o Farol do Mosqueiro, incluindo quatro novas rótulas, que vão garantir este presente para Aracaju, de continuar tendo a Orla mais bonita do Brasil", disse o governador.

O projeto total da Orla Sul tem início a partir da intersecção da Avenida Santos Dumont com a Rua Deputado Clóvis Rollemberg, no bairro Atalaia, seguindo a faixa litorânea da Rodovia Inácio Barbosa (SE-100) até Farol do Mosqueiro, no limite com o município de Itaporanga D'Ajuda, totalizando quatro trechos, que somados à recuperação da rodovia, terão investimentos previstos na ordem de R$ 85 milhões. 

A primeira etapa da obra está em torno de 85% da sua execução, com previsão de conclusão no próximo mês. Já os trechos 2 e 3A estão na ordem de 15% de realização, com estimativa de conclusão até o final do ano. Já os demais trechos estão em fase de licitação. Além disso, o governo está realizando a licitação para restauração da rodovia Inácio Barbosa.

Na primeira etapa, além do calçadão, ciclovias e cinco passarelas, a obra inclui a construção de calçadas com acessibilidade, bolsões de estacionamento e áreas contendo aparelhos de ginástica, brinquedos, espreguiçadeiras, esculturas e bicicletário. Além disso, será feita a reconstrução da área do deque do banho doce, construção de mureta/banco linear em todo o perímetro e implantação de projeto paisagístico através da inserção de espécies vegetais nativas.

No segundo trecho, estão previstas duas quadras de vôlei, uma quadra poliesportiva, três passarelas de concreto, implantação de equipamentos de ginástica, construção de 17 abrigos para bares existentes, construção de Posto Policial, banheiros, bicicletário, dois postos salva-vidas e arquibancada em concreto, além de ciclovias e calçadas. No trecho 3A, serão erguidos nove bolsões de estacionamento com 262 vagas, ciclovias, espaços infantis, colocação de equipamentos de ginástica, prédio para feirinha de praia, bicicletário, criação e implantação da praça da rede, além de rede de esgotos sanitários e de drenagem pluvial, recuperação ambiental e paisagística.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

'Folia da Gente’ resgata cem anos de história do Carnaval em Sergipe

Publicado originalmente no site do JORNAL DA CIDADE, em 10 de fevereiro de 2021

‘Folia da Gente’ resgata cem anos de história do Carnaval em Sergipe

O programa especial será exibido nos próximos dias 12 e 19, na TV Atalaia

Colorido em festa, brilho e risos. Carnaval é de encher os olhos e fazer qualquer corpo dançar (ou arrepiar!) a cada batuque de lata, a cada dedilhar da guitarra ou sonoridade dos instrumentos de sopro. “Ah, imagina só essa mistura...” e já cantarole aos quatro cantos que “Sergipano bom, sergipano legal tem que gostar de praia, futebol e Carnaval”, pois foi pensando na alegria das memórias carnavalescas, na saudade atual da grande festa de rua e num resgate centenário da folia que o Instituto Banese e a TV Atalaia somaram os confetes e serpentinas para a realização do “Folia da Gente”.

O programa especial tem como palco o Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda e chegará aos sergipanos em casa através da exibição nos próximos dias 12 e 19, às 18h, no canal 8. Homenageando grandes nomes do Carnaval de Sergipe, o programa especial homenageia grandes nomes do Carnaval do Estado, sendo o trio João de Barros (Barrinhos), Hilton Lopes e Antônio Lisboa o roteiro dessa festança.

Com a apresentação de Valadão, a Folia da Gente resgata o programa de auditório com direito a desfiles de fantasias, jurados e shows artísticas da banda Estação da Luz e da cantora Karla Isabella, grandes referências dos carnavais locais. Na “comissão de frente” do roteiro momesco, o carnavalesco Gladston Santos destaca toda a diversão e resgate histórico de um centenário saudoso. “Foi prazeroso esse convite. Fizemos um resgate da folia e apresentamos algumas pessoas que ainda fazem parte desse glamour que é o Carnaval, a exemplo a rainha de Carnaval do ano 1983, Denise de Moraes; o Rei Momo Augusto Lessa em homenagem a Lisboa, Rose Silva como Carmem Miranda; e resgatamos Nazaré Carvalho que foi a primeira Rainha da Atrizes, no primeiro Baile dos Artistas. Ou seja, um grupo que tem uma história gostosa de se contar. E nesse momento que estamos vivendo surgiu essa oportunidade de fazer com todo os cuidados possíveis. O importante é que o brilho reinou, o glamour da própria época reinou que são as fantasias, a alegria e satisfação de dançar o Carnaval em clubes ou blocos, o que fosse”, declarou.

Para além das gravações no auditório do Museu da Gente Sergipana, o Carnaval sergipano também será rememorado por meio de relatos orais de quem viveu experiências carnavalescas ao lado deles e através de registros em vídeos e fotografias. “É uma retrospectiva histórica dos carnavais de Sergipe, principalmente de Aracaju. Ao longo de dois dias, faremos um apanhado de um século de história de Carnaval mostrando toda essa trajetória, as pessoas que fizeram esses momentos marcantes no Carnaval sergipano. Assim como os demais eventos que fazemos, como São João, o Natal da Gente e o Concerto com o pianista João Ventura, esse é mais uma forma de continuarmos levando a informação e mantendo a interlocução com artistas, o público que visita museus e toda a sociedade de forma democrática através do canal aberto de tevê”, ressaltou o superintendente do Instituto Banese, Ezio Deda.

Para a empresária Grace Franco, a proposta da Folia da Gente é levar diversão e conhecimento da grande festa popular. “É momento peculiar e a gente precisa entregar alegrias e o Carnaval vem resgatar esse propósito, então junto com o Instituto Banese, a TV Atalaia que é a teve dos sergipanos, que valoriza as raízes que busca a cultura do nosso Estado nada melhor que unir as partes e homenagens a João de Barros, o ‘Barrinhos’; o Hilton Lopes e Lisboa, com o que eles fizeram de melhor para ativar a nossa cultura. Todos empenhados nessa entrega, cada consciente do próprio papel. Foi um conceito muito trabalhado e definido de maneira compartilhada que acabou sendo esse programa de jurados que deu um tom forte para o público presente contar os momentos carnavalesco e viveram e mostrar ao nosso público de casa”, disse.

Foto: Diego DiSouza/Divulgação

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Atheneu Sergipense completa 150 anos de inaugurado...


Publicado originalmente no site GOVERNO DE SERGIPE, em 1 de fevereiro de 2021

Atheneu Sergipense completa 150 anos de inaugurado com lançamento de álbum de fotografias

O álbum foi feito em um trabalho colaborativo, contendo cópias de fotografias que foram cedidas por professores, ex-professores e ex-alunos

O Centro de Memória Atheneu Sergipense (Cemas) lançará na próxima quarta-feira(03), a obra intitulada “Álbum Atheneu Sergipense”. O lançamento será às 16h, e poderá ser acompanhado através do link. O livro foi organizado pelos professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Eva Maria Siqueira Alves, João Paulo Gama Oliveira e Rosemeire Macedo Costa. Já a diagramação da obra foi feita pela professora Germana Araújo. A data do lançamento foi escolhida por ser um momento especial para a unidade de ensino, já que é quando o Atheneu Sergipense, hoje um Centro de Excelência, completará 150 anos de início de suas atividades.

A professora Eva Maria Siqueira Alves, diretora do Cemas, explica que o Atheneu foi criado em 24 de outubro de 1870, mas a inauguração realmente aconteceu em 3 de fevereiro de 1871.

O álbum foi feito em um trabalho colaborativo, contendo cópias de fotografias que foram cedidas por professores, ex-professores e ex-alunos. A maioria das imagens originais constam do acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. Ao todo, são 185 fotografias distribuídas em 110 páginas. “As ações que são impressas nessas imagens vão demonstrar a efervescência juvenil secundarista no Atheneu Sergipense. Essas fotografias despertam no leitor um impacto muito grande de um saudosismo e de uma alegria de ver retratada parte do Atheneu. Mas também servem para ver como a escola foi se constituindo por meio da parte administrativa, dos alunos e dos espaços que ela ocupou”, disse Eva Siqueira.

A obra foi financeira pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio de edital, e contou com o apoio da UFS, Seduc e do Cemas. A princípio, o álbum ficará disponível para visualização na internet, e o endereço do site será divulgado no dia do lançamento para que qualquer pessoa possa acessar. Segundo a professora Eva Siqueira, a proposta é que posteriormente seja lançado na versão impressa.

“A proposta desse livro consiste em condensar, em um só objeto, imagens que antes permaneciam depositadas em arquivos físicos, privados e públicos. O novo formato permite que elas se tornem mais acessíveis às pessoas que vivenciaram os anos escolares do Atheneu Sergipense e, de igual modo, a pesquisadores que, por meio das cenas reveladas nesse álbum, poderão elaborar novos questionamentos investigativos”, afirmou Eva.

O diretor do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, Daniel Lemos, comemora o lançamento desse álbum. “Essa iniciativa do Centro de Educação e Memória do Atheneu Sergipense, em tornar público esse material, é muito salutar, pois a obra estará presente em espaços de pesquisas, o que representa a democratização do conhecimento. É uma contribuição muito valorosa também à preservação da memória e do patrimônio deste Centro de Excelência”, declarou.

Estrutura do álbum

O livro contará com um prefácio escrito pela professora Diana Gonçalves Vidal, da Universidade de São Paulo (USP), e posfácio escrito pelo secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, professor Josué Modesto dos Passos Subrinho. Ele será dividido em três partes: a primeira será intitulada “A Casa de Educação Literária”, que objetiva retratar a instituição Atheneu Sergipense com fotos dos diferentes espaços nos quais a unidade de ensino se instalou. Mostrará também a Ata da Abertura das aulas e aspectos específicos dos espaços e fotos de diretores, professores e fiscais.

Na segunda parte do álbum, intitulada “O ambiente formador”, serão apresentadas fotos de execução das aulas ao longo da história do Atheneu Sergipense. Terá imagens de laboratórios, campos de ginástica, práticas de educação física, testes de concursos prestados pelos professores para o ingresso na instituição, bem como fotos de alguns professores que foram estudados em pesquisas de mestrado e doutorado.

A terceira parte do álbum é intitulada “A efervescência juvenil secundarista”. “Ela expõe fotos dos alunos, jornais estudantis, estudantes em desfiles, concursos, conquista de troféus, festas, quadros de formaturas, entre outras imagens.

O álbum expõe fotos do período de 1870 a 1970, selecionadas pelos autores e organizadores. No final da obra é apresentada uma linha do tempo que marca os eventos significativos da edificação do Atheneu Sergipense, “casa de educação que se tornou o ambiente formador da efervescência juvenil secundarista ao longo de um século e meio, com presença marcante na história da educação e na história de Sergipe”, conforme definiu Eva Siqueira.

Texto e imagens reproduzidos do site: se.gov.br

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Jozailto Lima ENTREVISTA Katarina Feitoza



Publicado originalmente no site JLPOLÍTICA, em 30 de janeiro de 2021

Jozailto Lima ENTREVISTA Katarina Feitoza

Katarina Feitoza: “O projeto de Edvaldo Nogueira sendo sucesso, é de Katarina Feitoza e de Aracaju”

 “Não sou santa e nem perfeita, mas pauto minha vida dentro de uma verdade”

Uma neófita com vontade de aprender e apreender novas verdades e não endossar velhos vícios nem deslustrados perigos que insistem em macular e poluir a vida púbica no campo da política. 

Esta é Katarina Feitoza, 47 anos, a segunda figura pública a alcançar o posto de vice-prefeita de Aracaju em 165 anos de existência desta cidade enquanto capital sergipana - a outra foi Eliane Aquino, também sob Edvaldo Nogueira, que dois anos depois foi catapultada a vice-governadora de Sergipe e que, como Katarina, tem um discurso que identicamente desabona vícios.

Mas esta Katarina Feitoza é uma figura sem disfarce e nem jogo de cena. “Não sou santa e nem sou perfeita, mas procuro pautar minha vida sempre dentro de uma verdade que eu entenda e que eu não me envergonhe diante das pessoas”, diz ela.

Escolhida candidata a vice-prefeita por um pool de partidos e de razões que só eles lá entendem, eleita e empossada, Katarina Feitoza ainda hoje se espanta diante dos sustos que lhe causaram a mudança do seu itinerário de vida.

“Minha mãe teve muito medo, ficou muito preocupada. Chegou a chorar e a pedir que eu não fizesse isso, por achar que estaria me expondo muito. Meu marido é um torcedor. Sempre foi aquele incentivador, a pessoa que acreditou em mim e que dizia “vá que você consegue!”, “isso aí não é nada demais”, “você tem forças para isso”. Meu pai é da mesma forma”, relembra ela.

De fato, o mundo quente e as vezes trash da política era uma experimentação com a qual aquela delegada da Polícia Judiciária de Sergipe - a antiga Policia Civil - com 20 anos de atividade não estava jamais acostumada.

“Por isso, o que me causou muita estranheza no campo do debate político foram as mentiras contadas e as farpas soltadas sem necessidade. Eu posso ser sua adversária, sua concorrente, mas jogando limpo. Eu vi muitos ataques desnecessários e muito ódio”, constata a hoje vice-prefeita.

“Eu posso falar dos defeitos de uma administração, dos problemas que vou enfrentar e que vou resolver, das soluções apresentadas, mas sem ódio, sem raiva, sem rancor, sem vitimização. No dia que me virem me vitimizando, pode me colocar numa camisa de força e me levar para uma casa de tratamento psicológico, que não estou bem. Na realidade, o grande debate que a população esperava, que era o de ideias e das soluções para a nossa capital, ficou prejudicado por causa disso”, relembra.

Mas Katarina Feitoza não é do tipo que fica ruminando passados e coisas ruins. Prefere vislumbrar o futuro, e com uma certa austeridade. “Eu tenho muita vergonha de alguém um dia apontar o dedo para mim e dizer “você é mentirosa, falou aquilo e é mentira””, diz.

Nesse futuro que vislumbra, Katarina Feitoza ganhou um gabinete próprio de vice-prefeita na estrutura do Governo e, bem mais do que isso, recebeu muitas atribuições e toda uma infraestrutura na condução do Governo concedidas pelo prefeito Edvaldo Nogueira.

“Edvaldo me deu toda essa oportunidade de ter uma equipe própria, ter uma equipe de comunicação, de segurança, do próprio gabinete técnico, para que possamos desenvolver as funções que me forem delegadas”, diz ela.

Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica.com.br

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