quinta-feira, 23 de maio de 2013

Aglaé D’Ávila Fontes

"Uma das Personalidades do nosso teatro que será homenageada no Laranjeiras em Cena no dia 26 de Março de 2013 as 18:30 em Laranjeiras:

Aglaé D’Ávila Fontes professora; escritora; folclorista; historiadora; uma das maiores pesquisadoras do folclore do estado de Sergipe; sócia do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe; Integrante da Academia Sergipana de Letras. Ajudou muito a ingressar na vida artística, com sua escolinha de música, lá por volta de 1950. Ela é sem dúvidas, uma mulher de grandes talentos! Quando criança ganhava livros de presente dos pais, o que já lhe incentivava, quanto à literatura; folclore; a cultura do povo de um modo geral.

Sua mãe levava para cantar nas igrejas católicas. Com esse incentivo a arte da música, fez um curso de educação musical na Bahia, e escrevia textos teatrais para as escolas. Isso foi o inicio para sua carreira de contadora de histórias e assim criou o Grupo Mamulengo do Cheiroso, um Icone na Cultura Brasileira". (Neu Fontes).

Foto e texto reproduzidos do Mural do Facebook de Neu Fontes

Pedro César Santos Feitosa, “Pierre Feitosa”

"Uma das Personalidades do nosso teatro que será homenageada no Laranjeiras em Cena no dia 26 de Março de 2013 as 18:30 em Laranjeiras:

Pedro César Santos Feitosa, “Pierre Feitosa ”, nasceu a 29 e junho de 1958, na cidade de Aracaju, Sergipe. Seus pais: Maria Norma Santos e Pedro Feitosa.

Ator dos mais brilhantes, da trupe fundadora do Grupo Imbuaça (na época do Teatro de cordel pelas ruas e da Oficina com Bemvindo Serqueira, do Teatro Livre da Bahia) e um dos mais atuantes artistas de Sergipe. Passou quase uma década na Europa e quando voltou para Aracaju, como ator, inaugurou o Teatro Tobias Barreto e o Centro de Criatividade fazendo a locução do concurso de quadrilha., quando foi visto pelo pessoal da TV Sergipe. O resultado foi sua presença no comando de um programa especial da televisão filiada à Globo. “Fernando Petrônio, que é produtor da TV Sergipe, e junto com Dida Araújo e Humberto Alves, criaram o programa ‘São João da Gente’. Pierre Feitosa (ou Pedro César), Troféu Sanfona de Ouro em 2009, pelo seu desempenho no resgate de nomes e figuras típicas da nossa Festa mais popular, é sempre um nome a ser lembrado no período junino". (Neu Fontes).

Foto e texto reproduzidos do Mural do Facebook de Neu Fontes.

Jorge Lins

"Um das Personalidades do nosso teatro que será homenageado do Laranjeiras em Cena no dia 26 de Março de 2013 as 18:30 em Laranjeiras:

Jorge Lins, formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFS há mais de 30 anos, 40 anos de Teatro e Cultura. Criador do Circo Amoras & Amores, Anéis de Saturno, Criador e Diretor do Grupo Raízes de Teatro, autor de mais de 130 textos (quase todos montados). Coordenador do Prêmio Educar-se e do Guia da Educação de Sergipe, da OFICINAS DO ATOR e Coordenador do Troféu Sanfona de Ouro. 55 anos de idade, natural de Aracaju". (Neu Fontes).

Foto e texto reproduzidos do Mural do Facebook de Neu Fontes.

Augusto Barreto Dória

"Uma das Personalidades do nosso teatro que será homenageada do Laranjeiras em Cena no dia 26 de Março de 2013 as 18:30 em Laranjeiras:

Augusto Barreto Dória, ator e diretor artístico do grupo de teatro de bonecos 'Mamulengo de Cheiroso', mistura qualidade e contestação, a coerência com a pesquisa, a preocupação com novas técnicas de confecção de bonecos, a definição de uma linguagem própria e o talento e expressividade de Augusto Barreto, fazem do Mamulengo de Cheiroso, um ícone na história do Teatro Sergipano e Brasileiro". (Neu Fontes).

Foto e texto reproduzidos do Mural do Facebook de Neu Fontes.

Virgínia Lúcia da Fonseca Menezes

"Uma das Personalidades do nosso teatro que será homenageada no Laranjeiras em Cena no dia 26 de Março de 2013 as 18:30 em Laranjeiras:

Virgínia Lúcia da Fonseca Menezes 55 anos, é Autora, Diretora Teatral, Atriz, Figurinista. É Professora de Artes com Licenciatura pela Universidade Federal de Sergipe - UFS, Especialista em Saúde Coletiva também pela UFS, com Extensão em Direitos Humanos pela UFS / UFPB é Facilitadora do MinC capacitada em Elaboração e Gestão de Projetos Culturais MinC / FGV. Iniciou no teatro em 1972. Participou da fundação do grupo Imbuaça - SE. Dirigiu por 15 anos o Grupo Teatral Mambembe - SE. Possui várias peças teatrais encenadas nacionalmente, com premiações em vários Estados. No ano 2000 recebeu homenagem da Prefeitura de Antofagasta no Chile, onde o público elegeu a peça de sua autoria QUEM MATOU ZEFINHA? Como a melhor do Festival Zccosur de Teatro. Fundou em 2001 o Instituto de Artes Cênicas de Aracaju – IACEMA. Escreveu seu primeiro livro em 1986, intitulado LEVANTAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES TEATRAIS EM LARANJEIRAS - SE. Participou juntamente com outros autores nacionais, da coletânea 15 DRAMATURGIAS DE PREVENÇÃO, pela editora SENAC /RIO com prefácio do Dr. Drauzio Varela, distribuído em 08 países de língua portuguesa, numa Produção do Daniel Souza, filho do nosso saudoso Betinho Souza, irmão do Henfil. Editou o livro "Teatro em Cordel Contra a AIDS", pela editora IACEMA, Aracaju (2006). Foi dirigente da Federação de Teatro Amador de Sergipe – FETAS (1986). Foi Vice-Presidente do Sindicato dos Eletricitários –SINERGIA / Sergipe (1993). Foi Presidente do Sindicato de Artistas – SATED/SE (2003). Em 2010 durante a II Conferência Nacional de Cultura foi eleita por unanimidade para representar a Sociedade Civil - Setorial de Teatro no Conselho Nacional de Política Cultural. – CNPC do Ministério da Cultura - MinC. Nesse mandato, participou da elaboração do Plano Nacional de Teatro, Contribuindo também na elaboração das Metas do Plano Nacional de Cultura - PNC, tudo isso representando o nosso Estado de Sergipe, coroando de êxito a participação ao assinar o Relatório sobre Diversidade Cultural no Brasil, representando o CNPC / MinC, juntamente com o Antropólogo Washington Queiroz (BA), relatório este apresentado pelo Brasil à UNESCO e encaminhado em inglês e francês para 122 Países. Recebeu em 2012 o Título de Cidadã Aracajuana e em 20 de novembro do mesmo ano, recebeu na Assembleia Legislativa de Sergipe o Prêmio Abdias do nascimento". (Neu Fontes).

Foto e texto reproduzidos do Mural do Facebook de Neu Fontes.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Guil Costa

"Uma das Personalidades do nosso teatro que será homenageada no Laranjeiras em Cena no dia 26 de Março de 2013 as 18:30 em Laranjeiras:

Guil Costa è Autor, Diretor, e Produtor Cultural. Como ator exerce a função desde janeiro de 1987, quando no surgimento do Grupo Teatral Mombaça. Sua base artística é o Teatro Livre de Rua, Mais de 30 espetáculos fazem parte do seu currículo, totalizando na passagem pelos Grupos Mombaça, Raízes, Angélica Produções Artísticas, Kaza Da Imaginação, Companhia Risos E Lágrimas, Companhia Ciranda De Espetáculos, Companhia Ponto De Teatro e Grupo Oxente de Teatro e EITCHA COMPANHIA DE TEATRO. Pelos relevantes serviços prestados ao teatro sergipano, Guil Costa, também tem o seu nome registrado no MEMORIAL DO TEATRO SERGIPANO, localizado no anexo do Teatro Lourival Batista, em Aracaju. Guil recebeu (PRÊMIO O CAPITAL 2001 de ATOR DO ANO e de MELHOR ATOR NO FESTIVAL NORDESTINO DE TEATRO EM GUARABIRA – PB.) DRT/SE - 0196, filiado ao SATED/SE.". (Neu Fontes).

Foto e texto reproduzidos do Mural do Facebook de Neu Fontes.

Augusto Cesar de Andrade Leite (Cesar Leite)

"Uma das Personalidades do nosso teatro que será homenageada no Laranjeiras em Cena no dia 26 de Março de 2013 as 18:30 em Laranjeiras:

Augusto Cesar de Andrade Leite ( Cesar Leite ), nasceu em Aracajú-Sergipe, em 23 de janeiro de 1958. É professor de educação física, da rede Municipal e Estadual, formado pela Universidade Federal de Sergipe em 1987. Paralelo a profissão de professor exerce uma atividade artística com a dança e teatro popular. Participou de momentos importantes do nosso movimento cultural e sempre ligado as Culturas Populares como: Balé Folclórico de Sergipe, Grupo Imbuaça, Viva o Folclore, peça teatral, com direção e texto de Jorge Lins, Grupo Oxente de teatro, Encontros Culturais de Laranjeiras ano 2012, Rosário 2012. Com o espetáculo Boi de Barro Fragmentos entre outros importantes eventos nacionais e internacionais". (Neu Fontes).

Foto e texto reproduzidos do Mural do Facebook de Neu Fontes.

Tetê Nahas

"Uma das Personalidades do nosso teatro que será homenageada do Laranjeiras em Cena no dia 26 de Março de 2013 as 18:30 em Laranjeiras:

Tetê Nahas, é atriz e bailarina desde os 5 anos de idade. Participou do Grupo Check Up, onde aprendeu tudo com o mestre já falecido Bosco Scaffs. Foi uma das fundadoras do Grupo Imagem, idealizado por Cícero Alberto. Integrou o grupo Asas de Teatro do Diretor Baiano Paulo Barros. Como bailarina, sua grande paixão artística, integrou o Balé Municipal de Aracaju, o Grupo Raça Real, fez aulas na academia de Iracema Maynard e outros grupos. Foi cantora da Banda Zé Iedo e Backing Vocal de Tonho Baixinho. Integrou por 17 anos o grupo teatral Imbuaça e conheceu vários países e teve atuações de destaque de publico e critica, a exemplo de Além da Linha D’água, onde contracenou com Marília Pêra e foi dirigida por Ivaldo Bertazzo. Também é professora de teatro e dança, coreógrafa e diretora de teatro, tendo se destacado nos últimos anos com produções que reunia elencos de centenas de alunos atores, no caso, a Paixão de Cristo da Serra do Machado, os musicais "Saltimbancos", "O Mágico de Oz", "O caminho para Eldorado" e "O corcunda de Notre Dame". Tetê Nahas é popularmente conhecida pela personagem Urânia, que integrava o elenco da peça “ Antônio Meu Santo” do Grupo Imbuaça, mas que todos os anos , desde 2003 faz participações especiais no quadro São João da Gente, exibido no mês de Junho na TV Sergipe e apresentado por Pierre Feitosa com produção de Fernando Petrônio. Ainda em televisão Tetê participou da minissérie Tereza Batista e no cinema do filme “ Orquestra dos Meninos”. Em 2012, lançou a Companhia das Artes Tetê Nahas, cuja proposta é fazer espetáculos musicais, tendo estreado no mês de dezembro o musical " O Corcunda de Notre Dame"". (Neu Fontes).

Foto e texto reproduzidos do Mural do Facebook de Neu Fontes.

Luiz Carlos Dussantus (Dissantí)

"Um das Personalidades do nosso teatro que será homenageado do Laranjeiras em Cena no dia 26 de Março de 2013 as 18:30 em Laranjeiras:

Luiz Carlos Dussantus (Dissantí), iniciou sua vida teatral em 1979, com a peça Catarse do grupo Corpo, do colégio Costa e Silva, dirigido por Valfran de Brito. Fez parte do grupo Check-up, de Bosco Scaffs. Passou muitos anos no grupo Cenário, grupo Opinião, grupo Raízes, Grupo Imbuaça e fundou em 1995 a Cia. Risocínico.
Atuou em peças como: Cancão de Fogo, Teatro Chamado Cordel, Nu e Noturno, Velha Roupa Colorida, Esperando Godot, Uma Vez o Amor, O Ferreiro e a Morte e atualmente está em Corra Enquanto é Tempo.
Dirigiu o Palhaço Nu, Olhos de Fogo, Covil das Raposas Alísias, Em Busca do Tesouro Dourado, Lesbos, A mais Forte, Morcegos, entre outros.
Ministrou oficinas de teatro em vários municípios sergipanos e em Penedo/AL, de onde nasceram diversos grupos teatrais e vários atores surgiram(alguns deles, também homenageados nessa noite).
Foi presidente da FETAS, Diretor do Teatro Atheneu, Diretor de Intercâmbio da FUNCAJU. Residindo em Estância desde 2002, foi Secretário de Cultura na primeira gestão e de Comunicação e Turismo, na segunda gestão de Ivan Leite.
Atualmente é o Coordenador do Fórum Sergipano de Teatro". (Neu Fontes).


Foto e texto reproduzidos do Mural do Facebook de Neu Fontes.

Everardo Sena

"Um das Personalidades do nosso teatro que será homenageado do Laranjeiras em Cena no dia 26 de Março de 2013 as 18:30 em Laranjeiras:

Everardo Sena, Sergipano de Maruim. Começou a representar nos autos de natal produzidos e dirigidos por dona Izaura (serviços gerais)do Ginásio Maruinense. Fez escola de teatro Martins Penna no Rio de Janeiro e mesmo antes de terminar o curso, se profissionalizou.

Fez espetáculos memoráveis como: Rio de Cabo a Rabo, O Último dos Nukupyrus, Barreado, O Sol Feriu a Terra e a Chaga se Alastrou. Em Aracaju fez Anjo Safafo de Paulo Lobo, espetáculos infantis Olga Gutierrez e o grupo Realejo Cigano, Paixão de Cristo de Nova Jerusalém,Fez direção de alguns espetáculos infantis no Rio de Janeiro, Recife e Meceió, Além dos seu personagens mais famosos o Coroné Vevé e o espetacular Franck Carlos, a voz de Frank Sinatra e o talento de Roberto Carlos". (Neu Fontes).

Foto e texto reproduzidos do Mural do Facebook de Neu Fontes.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

AS Moendas


"Em 1978, AS Moendas conhecem o diretor artístico Abelardo Figueiredo que na época dirigia a casa de espetáculos " O Beco" que foi denominada assim por ser muito longa e estreita. Ele produz o grupo que se torna estrela da casa. O show durava 40 minutos e tinha um elenco de 20 bailarinas que dançavam com As Moendas xotes, xaxados, sambas e afros. A apresentação era cheia de brasilidade.
Ficou em cartaz durante 8 meses - São Paulo, Rua Bela Cintra — com Dina Souza, Adi Souza, Lina Sousa e Bel Souza". (As Moendas Grupo Vocal).

Foto e texto reproduzidos da página do Facebook/As Moendas Grupo Vocal.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Exposição “Lambe-Sujos x Caboclinhos".


Exposição “Lambe-Sujos x Caboclinhos".

A partir dos registros feitos pelo fotógrafo, ao longo de mais de uma década de pesquisa, é possível acompanhar os estágios do folguedo que acontece, anualmente, na cidade de Laranjeiras (SE). “A exposição foi montada de maneira que o público acompanhe os vários momentos da festa dos ‘Lambe-Sujos x Caboclinhos’ – feira, alvorada, feijoada, embates, combate, sequestro da princesa”, explica Márcio Garcez.

Para quem desconhece, a manifestação folclórica, que acontece há mais de um século, no segundo domingo de outubro, reproduz a luta do negro escravo pela sua liberdade e a participação do índio catequizado na caça aos fugitivos em busca dos quilombos. O contraste das cores, que alude à diversidade racial, é gravado no tempo e pode ser posto em exposição depois de acontecido. Os habitantes do local, os visitantes curiosos e os vários turistas seduzidos pelo forte apelo popular da manifestação cultural tornam-se protagonistas e coadjuvantes do evento.

Trecho extraído de reportagem do Jornal da Cidade.Net,
Publicado em: 27/02/2013.
Reproduzido aqui do site: jornaldacidade.net
Foto de Márcio Garcez.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Antigo Postal da Praça Camerino, em Aracaju

Antigo Postal da Praça Camerino, em Aracaju/SE.
Foto reproduzida do Blog Antiguidade Coleções e Artes.
DE: Waldemar Neto.
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE

Artesanato de Renda Irlandesa em Sergipe




Ecoturismo, qualidade de vida e artesanato de renda irlandesa em Sergipe.
Por Érika Santana Melo Martins e Maria Rosane Prado Almeida. Labjor.

O município de Divina Pastora, no estado de Sergipe, é marcado pela atividade do artesanato. Por tradição, várias artesãs bordam a renda irlandesa. Originada na Idade Média, no continente europeu, ela foi trazida para a localidade pelas missionárias irlandesas. Desse modo, se fez necessário analisar a importância da atividade das rendeiras, o convívio e a organização desse grupo, as tipologias das rendas, sua forma de produção e confecção. Busca-se conhecer os ganhos provenientes dessa atividade e também a importância e influência desse artesanato no modo de vida da comunidade, assim como a produção desse artesanato como uma alternativa para o desenvolvimento do ecoturismo no município.

O ecoturismo, é importante ressaltar, utiliza o patrimônio natural e cultural de forma sustentável, incentivando sua conservação e buscando a formação de uma consciência ambientalista. O turismo gera movimentação de divisas e desperta a população para a busca de conhecimentos, a valorização, a conservação, o beneficiamento e o crescimento da autoestima.

Sergipe é um estado com quase 22 mil km² de área e com 75 municípios divididos em 13 microrregiões econômicas. Dentre elas, encontra-se a microrregião do Cotinguiba, composta por onze municípios, na qual está inserido o município de Divina Pastora, que faz parte do polo turístico dos Tabuleiros Costeiros, sendo a principal região da renda irlandesa. Esse é um dos cinco polos turísticos criados pela Secretaria do Estado de Turismo para melhor divisão dos recursos advindos do Programa de Desenvolvimento do Turismo do Nordeste (Prodetur-NE). Divina Pastora está localizada a 39 km da capital sergipana. As mulheres que habitam o município bordam variadas rendas, principalmente a renda irlandesa.

Jogo Americano

As missionárias irlandesas que aportaram no estado de Sergipe trouxeram a arte do saber fazer a renda e difundiram-na para três mulheres e irmãs que se transformaram em matriarcas no ensinar a renda na cidade. Dona Sinhá (Ercília), Marocas (Maria Engrácia) e Dina (Berenice) aprenderam a técnica e transmitiram-na, segundo relatos das próprias rendeiras, para as mulheres da cidade. Hoje essas mulheres oferecem um artesanato rico em detalhes e tiram renda dessa renda, na busca de uma melhor qualidade de vida, mas percebem que os gestores municipais e a maior parte da população pouco conhecem tal riqueza cultural.

Contudo, o ecoturismo, na sua essência, desperta a comunidade para o aprimoramento da suas competências e habilidades na arte, valoriza, preserva, conserva, beneficia e faz crescer a autoestima no local. Por isso, a pretensão deste artigo é ser mais um instrumento de estudos e de promoção desse artesanato que tem beleza, é único e tem originalidade.

O artesanato é algo próprio do turismo cultural, pois está presente em um grande acervo das culturas locais. Trata-se de trabalho manual, da produção de objetos pertencentes à chamada cultura popular. Portanto, fazendo uma ligação entre o ecoturismo e o artesanato, surge a questão da qualidade de vida na comunidade proporcionada pela renda gerada pelo turismo e, consequentemente, pelo artesanato. A qualidade de vida está relacionada ao ambiente em que se vive, ou seja, uma infraestrutura social, principalmente pública, capaz de atuar em benefício do bem comum.

O intuito de estudar sobre esse assunto é contribuir de alguma forma para a diminuição da desvalorização e da falta de reconhecimento desse artesanato e propor um espaço de continuidade para essa atividade, garantindo às rendeiras ganhos mais condinzentes com a riqueza e a delicadeza dos trabalhos que executam com maestria e perfeição, num mundo que se globaliza mais a cada instante.

Costura pelo desenho

Esse trabalho artesanal é tão importante para a cidade e para o país que no dia 27 de novembro de 2008 a renda irlandesa foi reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O modo de fazer a renda irlandesa produzida em Divina Pastora foi incluído no Livro de registro dos saberes , e o município surge como principal território da renda irlandesa no país. Nesse local se econtraram os elementos que culminaram com a adaptação do ofício (vinculado, originalmente, à aristocracia) pelas rendeiras sergipanas, que normalmente são mulheres humildes e que reinventaram a técnica, o uso e o sentido desse saber fazer.

A história da renda irlandesa começa muitos antes do que imaginam as rendeiras que difundiram essa técnica na cidade. Seus primeiros registros datam do século XV. Quando o bordado estava se tornando repetitivo, houve inovação por parte das artesãs medievais, que começaram a alterar a forma de fazê-los, levando à descoberta da renda de agulha. Foi na Itália que surgiu, além de outras rendas, a irlandesa, que apesar de ser assim chamada, foi repassada pelas missionárias da Itália às missionárias da Irlanda, que posteriormente chegaram ao Brasil e difundiram a técnica em Divina Pastora.

Segundo relatos das rendeiras, quem introduziu a renda irlandesa em Sergipe foi Dona Ana Rolemberg, já falecida, que aprendeu com Dona Violeta Sayão Dantas e a ensinou a Júlia Franco. Esta, por sua vez, a transmitiu a Marocas, Ercília e Sinhá. Estas duas primeiras são tias de Dona Alzira, que aprendeu a arte de rendar aos dez anos de idade, ao mesmo tempo que sua prima, Dona Lourdes. As duas, Alzira e Lourdes, até hoje ensinam as mulheres jovens da cidade.

A renda irlandesa é uma das modalidades da renda de agulha, sendo o instrumento básico para transformação dos cordões de lacê e das linhas mercerizadas em peças deslumbrantes, que mais parecem obras de arte. Além da agulha, as rendeiras usam uma almofada ou qualquer objeto que dê suporte para o feitio da peça, uma tesourinha para cortar os alinhavos, e um dedal – embora este último artefato seja o menos utilizado, porque elas dizem que com ele, não sentem a renda sendo feita por suas mãos.

Qual a importância de se trabalhar as dimensões do artesanato, sua inserção na comunidade e seu papel na qualidade de vida dessas pessoas? No Brasil, segundo o artista paraibano Raul Córdula, existem dois tipos de política do desenvolvimento do artesanato: a da disseminação de mercados turísticos de artesanato e a tentativa de inserir o artesão no mercado formal de trabalho. Córdula acredita que ambas são devastadoras, pois tirariam do artesão a autonomia e a força de sua atividade, drenariam a economia e fariam o artesão desacreditar de seu futuro.

Proteção para bandeja

Os defensores do ecoturismo , por outro lado, o veem como uma iniciativa que visa o desenvolvimento das comunidades locais, e estas, por sua vez, o percebem como um meio para melhorar sua qualidade de vida . O ecoturismo é mais uma alternativa de renda para essas rendeiras que, ao longo da história, já substituiram o trabalho na roça e nos canaviais pela agulha e o lacê. Substituir o trabalho pesado por um trabalho delicado como o fazer renda irlandesa se tornou algo prazeroso para elas.

Na cidade, não há alternativas de divertimento ou atrativos naturais. Então, a confecção de renda irlandesa veio pra ocupar esse espaço ocioso e, por isso, é comum ver as mulheres produzindo suas peças em plena calçada das casas ou na praça principal da cidade debaixo da árvore, conversando com as colegas que também rendam, ou até mesmo na associação onde se encontram para conversar, enquanto outras, do lado de fora, observam as idas e vindas das pessoas que transitam pela cidade.

Por causa da globalização e da necessidade de se adequar às modernidades impostas pelo capitalismo, as rendeiras tiveram que recriar seu trabalho e criar algumas peças para auferir ganhos um pouco maiores. Antigamente, as peças eram feitas apenas com duas cores de cordão de lacê: o branco e o dourado. Hoje, elas aproveitam outras cores para fazer artigos que impressionam todos os tipos de públicos, como o vermelho, variadas tonalidades do rosa e amarelo, o verde escuro, entre outras. Com elas, produzem peças que estão em evidência, como capinha de celular, colares, broches, brincos, vestidos, pulseiras, apliques de roupa, golas de blusa, arranjos de cabeça, bolsa-carteira, entre outras peças que estão agradando muito variados públicos, principalmente estilistas da região Sudeste.

Um levantamento realizado nos locais onde são comercializadas as peças de renda de Divina Pastora mostrou que o turista, na maioria das vezes, desconhece a origem da renda e como ela é confeccionada. Muitos comerciantes atuam como atravessadores, que compram as peças diretamente das rendeiras a preços baixos e as revendem em seus espaços com grandes lucros.

Poucos são os turistas que têm a oportunidade de presenciar uma rendeira trabalhando em sua renda. Não há um roteiro oficial que englobe a cidade de Divina Pastora e que inclue visitas às suas rendeiras. Os roteiros oficiais de turismo cultural existentes no estado são apenas o de Laranjeiras, o de São Cristóvão e o dos cânions de Xingó – que abrange a visitação ao Museu Arqueológico de Xingó –, os quais recebem toda a atenção e recursos advindos das esferas estaduais e federais. Porém, mesmo sem essa atenção oficial, a renda irlandesa pôde ser vista por milhares de brasileiros, quando a atriz Ana Paula Arósio apareceu no primeiro capítulo da minissérie Mad Maria , transmitida pela Rede Globo: seu vestido era todo em renda irlandesa e foi confeccionado pelas rendeiras de Divina Pastora.

O ecoturismo poderia vir como uma nova alternativa de preservação e promoção desse patrimônio cultural do Brasil. Através de sugestões e medidas sustentáveis, como a criação de um roteiro cultural ou de um roteiro integrado com Laranjeiras e/ou São Cristóvão, o poder público poderia contribuir para uma maior divulgação da arte da rendeira de Divina Pastora. Outro ponto seria o fortalecimento do associativismo entre as rendeiras. Estratégias para tornar mais eficazes as vendas das peças e a compra de matéria-prima, e para consolidar as bases contábeis e administrativas de suas atividades, o que poderia proporcionar um aumento da clientela, auxiliariam também no desenvolvimento sustentável desse patrimônio.

É preciso que, agora, com o reconhecimento como patrimônio cultural do Brasil pelo Iphan, os gestores públicos e a população sergipana valorizem mais esse artesanato e deem condições melhores para as rendeiras trabalharem. Elas precisam ser respeitadas. A comercialização desses produtos deve ser intesificada através de um projeto em que elas não precisem vender as rendas através de atravessadores e que haja venda não só por encomendas, mas sim diretamente para turistas e por outros mecanismos que fortaleçam a economia das rendeiras. É preciso também visar a busca de estratégias de divulgação da renda e da associação das rendeiras, de melhorias das condições de trabalho e de ampliação da geração de renda, para que, assim, a renda irlandesa realmente gere renda para essas rendeiras.

Érika Santana Melo Martins e Maria Rosane Prado Almeida são formadas no Curso Superior de Tecnologia em Ecoturismo do Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe e foram orientadas, na pesquisa com as rendeiras, por Amâncio Cardoso Santos Neto.

Fotos e texto reproduzidos do site:
oei.es/divulgacioncientifica/noticias_365.htm

Patrimônio e Conservação: ambiente e história esquecidos.


Patrimônio e Conservação: ambiente e história esquecidos.

Por Max Alberto Nascimento Santos *

Dois elementos estão intimamente ligados à identidade de um povo: o patrimônio histórico e o ambiental. Fruto de uma colonização que privilegiou a zona costeira e também os fundos de vales e áreas estuarinas, o estado de Sergipe tem na atualidade, alguns registros de uma fase econômica prospera, porém, ambientalmente insustentável. A exploração econômica dos recursos naturais, a exemplo do Pau-brasil e a ocupação agrária como o plantio da cana-de-açúcar e a criação de gado, trouxe conseqüências irreparáveis ao bioma mata-atlântica. Atualmente, pouco resta da expressiva floresta que anteriormente ocupava toda a fachada atlântica brasileira, contudo, a culpa do desaparecimento deste importante bioma não se limita às atividades agrícolas. Concomitante à evolução histórica e ao crescimento econômico do país, as cidades foram se estruturando nos espaços e outros múltiplos usos foram se efetivando na zona costeira sergipana e nos seus principais vales fluviais. Estes espaços podem ser considerados privilegiados, raros e palco de grandes disputas territoriais. Agricultura, turismo, extração de petróleo e outros minerais, utilização portuária, abertura de rodovias, especulação imobiliária, além de outros processos decorrentes da urbanização, re-configuram atualmente, boa parte deste território. O que resta no presente são registros que representam etapas da evolução sócio-econômica de um tempo, dentre estes, é possível observar o patrimônio histórico arquitetônico através de imponentes, mas, abandonadas igrejas e também dos resquícios do que um dia pôde ser considerado como floresta atlântica. Diante do atual cenário configurado restam indagações: Será que vão exaurir todos os nossos recursos naturais e deixar que virem pó toda a expressividade artística que marcou etapas históricas de nosso país? Será que não existe preocupação com a conservação desses registros? Cabe a reflexão.

*Geógrafo, Mestre em Geografia, especialista em Turismo e Cultura Popular.
sergipemax@yahoo.com.br 

Foto e texto reproduzidos do sitedobareta.com.br 

Na foto, o Engenho São Pedro, as margens da BR 235- Laranjeiras-SE.

O fim de um patrimônio histórico....




Publicado no Blog "Ação do Pensamento", em 8 de abril de 2012.

O fim de um patrimônio histórico....

O ser humano possui em comum os sentimentos: quem não guarda objetos que lhe são caros, porque remetem à lembrança de alguém importante ou a momentos inesquecíveis? Você já imaginou, caro leitor, se pessoas de fora ocupassem sua casa e, em sua presença, jogassem no lixo objetos que, para você, possuem valor afetivo, deletassem de seu computador suas imagens mais preciosas, rasgassem as fotos de seus álbuns antigos ou queimassem seus livros?
Isto seria o mesmo que tentar apagar suas pegadas, sua trajetória, os indícios de sua existência; seria o mesmo que passar uma borracha no mundo onde você se reconhece – um mundo que você ajudou a criar. Tudo isso porque ignoram sua história, não respeitam seu passado, não sabem o significado que aquelas referências têm para você e, certamente, terão para seus descendentes, cuja identidade será construída também a partir dessas referências.
Esta comparação, embora simplória e simbólica, nos leva à dimensão do que ocorreu neste final de semana de Páscoa.
Acordo, no sábado de manhã, com barulho de máquinas e caminhões.
Fui olhar pela janela e lá estavam: seis, sete ou oito caminhões basculante, em fila, à espera da sua vez.
À espera de serem chamados, um a um, para levar embora um pouco do passado de Aracaju. Um pouco do patrimônio histórico dessa cidade.
A imensa casa septuagenária da Rua Itabaiana, no Bairro São José, foi abaixo.
Em dois dias deixou de existir algo que, certamente, levou meses - ou anos, para ser construido.
Em dois dias perdeu-se um pedaço da história de Aracaju.

Fotos e texto reproduzidos do Blog: acaodopensamento.blogspot

O Grupo Imbuaça


O Grupo Imbuaça (nome que homenageia o embolador Mane Imbuaça), foi fundado na cidade de Aracaju/SE, em 28 de agosto de 1977 com o objetivo de montar espetáculos de Rua inspirados na Cultura Popular. Ao longo dos seus 33 anos de atividades, montou 24 espetáculos, viajou por quase todo o Brasil e pelos países Portugal, Equador, Cuba e México. Participou dos mais importantes Festivais de Teatro do país. Mantém uma sede Aracaju/SE, onde desenvolve uma série de ações, dentre elas: Projeto Mane Preto Ação Cidadania, Oficinas de Teatro, Ponto de Cultura Digital, Apresentações de espetáculos.

Foto e texto reproduzidos do site: sescamapa.com.br