sexta-feira, 3 de junho de 2016

Símbolos Juninos marcam nova exposição do Corredor Cultural


  Irineu Fontes com Amorosa.


 Robertinho dos Oito Baixos.


Joel Dantas.

Publicado originalmente no site Sergipe Cultural, em 31/05/2016.

Símbolos Juninos marcam nova exposição do Corredor Cultural.

Bandeirinhas, santos juninos, telas, fotografias e esculturas compõem a nova exposição do Corredor Cultural Wellington dos Santos “Irmão”, localizado na sede da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). A mostra, lançada nesta terça-feira, 31, faz alusão à chegada dos festejos juninos, homenageando a forrozeira Clemilda que completaria 80 anos em 2016.

Intitulada “Clemilda – Pro Forró Ficar Gostoso”, a mostra reuniu músicos, pesquisadores da cultura nordestina, entre outras personalidades.

“Criamos o Corredor com o intuito de trazer as pessoas para dentro da Secretaria de Estado da Cultura, promovendo a arte e homenageado personalidades da nossa cultura. Este mês estamos abordando o tema dos festejos juninos através da nossa grande homenageada, Clemilda, mas também referendando a importantes forrozeiros do nosso Estado”, destacou o secretário de Estado da Cultura, Irineu Fontes.

Para o forrozeiro Robertinho dos Oito Baixos, filho de Clemilda, é uma grande satisfação testemunhar esta homenagem. “Aracaju é uma cidade que me proporciona muitas alegrias. Só em ver que sempre estão relembrando o nome de minha mãe, nossa autêntica Clemilda, fico muito feliz. Ela nos deixou há cerca de dois anos atrás, mas estas ações fazem com que seu nome não fique apagado. Agradeço a Deus e ao povo de Sergipe”, ressaltou.

Durante a abertura da mostra foram dedicadas Menção Honrosa a Robertinho, além de Antônia Amorosa, Antônio Carlos Du Aracaju, Edgar do Acordeon, Erivaldo de Carira, Luiz Paulo, Paulo Correia, Raimunda Andrelina, Rogério e Waltinho do Acordeon. “Só um secretário com a sensibilidade e o compromisso com a cultura sergipana, como Irineu, é capaz de fazer uma homenagem assim, que se preocupa não somente com a memória, através de Clemilda, mas também com os artistas que estão na ativa. Ele está de parabéns, assim como o Governo do Estado, por manter a frente da pasta, alguém que realmente entende de cultura”, enfatizou Amorosa, que este ano foi homenageada com o Troféu Gonzagão, considerado o maior prêmio da música nordestina.

A exposição conta com obras dos artistas visuais Adauto Machado, Félix Mendes, Joel Dantas, Otávio Luiz, Kalvero, Abraão, Beto Ribeiro, Keninho, Marcel Nauer e Tanit Bezerra. Há mais de 20 anos se dedicando à temática junina, Joel Dantas conta que voltou seu trabalho para o São João noturno e os fogos de artifício. “Em 1991, percebi que havia uma ausência desta temática nas artes plásticas e comecei a me dedicar a ela”, contou. O artista visual também elogiou a iniciativa do Corredor Cultural. “Este espaço é um corredor-galeria que está bem adequado para receber exposições. Acho maravilhoso que a cada mês seja eleita uma nova temática, homenageando uma personalidade da cultura. É uma ação valiosa para manter acesa a questão da prática cultural, saindo apenas do teórico”, destacou.

Além das homenagens, os presentes também puderam assistir a apresentação do grupo Casaca de Couro, que trouxe um repertório com o autentico forró nordestino. A exposição segue aberta a visitação durante todo o mês de junho. O Corredor Cultural Irmão fica na sede da Secult, localizada na Rua Vila Cristina, 1051, Bairro 13 de julho, Aracaju.

Sobre a homenageada.

Nascida em 01 de setembro de 1936 no município de São José da Lage/AL, Clemilda Ferreira da Silva foi uma das personagens mais importantes do forró sendo uma alagoana “com alma sergipana”. Dona de um timbre de voz único, Clemilda foi uma das mais importantes representações femininas dentro do forró, com o programa “Forró no Asfalto” na Rádio e TV Aperipê, que permaneceu no ar por quase 30 anos. Além disso, a cantora registrou músicas do nosso folclore gravadas durante toda a sua carreira, com ritmos do reisado, guerreiro, vaquejada, coco, marchinha, ciranda, cantiga de roda, dança do Toré (dança indígena), xote, xaxado, baião. Faleceu no dia 26 de novembro de 2014.

Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.se.gov.br

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