sábado, 30 de novembro de 2024

São Cristóvão oferece inúmeros atrativos para visitantes durante o Fasc 2024

 




Fotos: Igor Matias, Max Carlos/Setur e Pietro Lobo/Setur

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 29 de Novembro de 2024 

São Cristóvão oferece inúmeros atrativos para visitantes durante o Fasc 2024 

Turistas podem aproveitar a ida ao festival de música e artes para descobrir os roteiros, artes e sabores que a cidade histórica oferece

Pela 39ª vez, acontecerá o Festival de Artes de São Cristóvão (Fasc) na Cidade Mãe de Sergipe. Em 2024, a festa, que tem mais de 50 anos, será realizada entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro, de sexta a domingo, com o tema ‘Cidade Viva’. Localizado bem próximo à capital, Aracaju, a apenas 25 quilômetros, o município pulsa com muita história, cultura e gastronomia típica, oferecendo inúmeros atrativos para os visitantes do Fasc. Fundada em 1590, São Cristóvão oferece motivos de sobra para aproveitar o fim de semana de festa e ‘turistar’ pela primeira capital de Sergipe e quarta cidade mais antiga do país, fundada em 1590. 

“No passeio por São Cristóvão, o turista ou visitante tem um roteiro que abrange conhecer igrejas, museus, praças e docerias, onde são vendidos a deliciosa queijadinha e o famoso bricelet. Também vale a pena dedicar um tempo para conferir o artesanato, conhecer o ateliê de artistas locais e saber mais sobre as festas populares do interior do Sergipe”, aponta o secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco. 

Caminhar pelas ruas de pedra da Cidade Mãe de Sergipe é uma volta ao passado. Basta observar o conjunto arquitetônico colonial composto por igrejas seculares e museus com valiosos acervos que compõem o patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade. Além de impressionar pela beleza e referência histórica, os atrativos possibilitam grandes emoções e também trazem benefícios para a cidade. Afinal, os visitantes e turistas acabam consumindo produtos e serviços, movimentando, assim, a economia local. 

O turismo religioso se apresenta como um dos atrativos que mais vêm crescendo nos últimos anos no Brasil e no mundo. É apreciado não somente por católicos, embora sejam maioria, mas, também, por aqueles que valorizam cultura e história. Nesse contexto. São Cristóvão apresenta dois produtos turísticos estruturados e fascinantes: o “Caminho da Fé” e a “Rota dos Museus”. 

Atrelado ao roteiro “Caminho da Fé”, que contempla visitas a sete igrejas, a “Rota dos Museus” se cruza com o itinerário religioso, oportunizando uma viagem pela História de Sergipe. Estes são os pontos turísticos visitados no roteiro: Igreja do Rosário dos Homens Pretos, Igreja São Francisco, Museu de Arte Sacra, Igreja Nossa Senhora da Vitória – Igreja Matriz; Igreja Conventual de Nossa Senhora do Carmo (Carmo Maior); Igreja do Carmo Menor; Museu dos Ex-Votos, Memorial Santa Dulce; escultura de Cristo, a primeira imagem dele no Brasil; Igreja Nossa Senhora do Amparo dos Homens Pardos; Santa Casa de Misericórdia e Igreja Santa Izabel; e Museu da Polícia Militar de Sergipe.

A famosa Praça São Francisco, por sua vez, merece um capítulo à parte. Patrimônio da Humanidade desde 2010, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a praça tem grande valor histórico, paisagístico, urbanístico e sociocultural. Ali, estão o antigo Palácio Provincial (Museu Histórico do Sergipe), Igreja e Convento de São Francisco, onde está o Museu da Arte Sacra, Santa Casa de Misericórdia, Igreja Santa Izabel, Casa dos Saberes e Fazeres (artesanato) e a Casa das Culturas Populares. 

Mais dicas 

Quando se fala em artesanato, uma dica é visitar o Ateliê de Xilogravura Nivaldo Oliveira. O artista chegou a São Cristóvão para participar da restauração da Igreja da Nossa Senhora do Carmo em 2009. Hoje, está completamente conectado com o patrimônio cultural do município e recebe visitantes em seu ateliê, onde realiza cursos, manuseia as prensas de xilogravura (ótimas lembranças de viagem) e esculturas. 

Sobre gastronomia um destaque é a queijadinha, doce bicentenário da época colonial. No município, a Casa da Queijada, de propriedade de Dona Marieta Santos, hoje com 80 anos, é famosa por produzir essas delícias pelas mãos das mulheres que compõem a família. Inicialmente, o doce era feito à base de farinha de trigo e queijo – daí o nome –, mas esse último ingrediente, depois, foi substituído por coco, o toque local que, em 2011, permitiu à guloseima receber o título de Patrimônio Cultural e Imaterial de Sergipe. 

Outra sugestão é conhecer a Casa dos Bricelets. A comercialização de um dos doces mais tradicionais de São Cristóvão tem uma íntima conexão com a história local. O fino e crocante biscoito foi, durante anos, fonte de renda das irmãs missionárias da Imaculada Conceição, que mantinham um orfanato e prestavam serviços à população mais pobre. A receita do bricelet, por sua vez, é uma herança das freiras beneditinas que vieram da Suíça e viveram em clausura no Convento do Carmo. A versão original levava leite, farinha de trigo, ovos e açúcar. Já o toque local veio com a adição de suco de laranja e raspas de limão.
 
Degustar delícias em São Cristóvão foi elevado a outro patamar quando, em 19 de abril deste ano, foi inaugurada a Rua Gastronômica. Trata-se de um ambiente acolhedor, que agrega diversos restaurantes da cidade, com mesas ao ar livre distribuídas ao longo da Rua Ivo do Prado. Ali, os visitantes e turistas são convidados a saborear delícias típicas, entre outras variedades de iguarias, e a ouvir música ao vivo. A Rua Gastronômica funciona de sexta a domingo, das 18h às 23h. 

Segundo a gestão municipal, a expectativa é de que mais de 55 mil pessoas passem pelos três dias do Festival de Artes de São Cristóvão, que conta com exposições, teatro, discussões literárias, cortejos de rua, gastronomia e diversos espaços dedicados a todos os tipos de manifestação cultural. Muita gente, inclusive, aluga casas para aproveitar tudo o que o Fasc oferece e, assim, têm a chance de conhecer ainda mais sobre a Cidade Mãe de Sergipe.

Confira a programação do Fasc: 

Sexta-feira (29 de novembro)

Palco João Bebe Água

19h30 – Liberty Soul
22h –Timbalada & Afrocidade
00h – Revelação
02h – Tasha & Tracie
Palco Frei Santa Cecília
19h – Oduma
21h – Samba do Arnesto
23h – Mãeana
01h – Heitor Mendonça canta Belchior 

Palco Samba na Bica

13h – Samba Nuaá
15h – Trakinagem 

Música na Igreja

15h – Diego Lima (Projeto ‘ViolãoCello’)
17h – Denisson Oráculo

 Sábado (30 de novembro)

Palco João Bebe Água

20h – Serigy All-Stars
22h – Marina Lima
00h – Baiana System
02h – The Baggios 

Palco Frei Santa Cecília
19h – Nine Senses
20h – Filipe Catto
22h – Lamparina
00h – Descidão dos Quilombolas
02h – Iggo Centaura 

Palco Samba na Bica

11h – Danilo Duarte & Os Beneditos
13h – Samba de Salto 

Música na Igreja

13h – Orquestra Jovem do Banese
15h – Nino Karvan e Heitor Mendonça
17h – Membrana

Domingo (1º de dezembro)

Palco João Bebe Água

20h – Joba Alves (De Gonzaga a Gonzaguinha)
22h – Arnaldo Antunes
00h – Clinton Fearon
02h – Don L 

Palco Frei Santa Cecília

19h – Francisco El Hombre
21h – Nêga Doce
23h – Mombojó
01h – Los Sebosos Postizos 

Palco Samba na Bica

11h – Fulgêncios
13h – Samba Deles 

Música na Igreja

15h ­– Small Big Band
17h – Trio Crav&roza

Texto e imagens reprosuzidos do site: www se gov br

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Dr. Sousa lança livro sobre a múltipla guerra contra a Covid

Legenda da foto: Dr. Sousa lança o livro “Cem Covid - em busca da luz na longa noite brasileira”

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 27 de novembro de 2024

Dr. Sousa lança livro sobre a múltipla guerra contra a Covid

O médico, professor e escritor Antônio Carlos Sobral Sousa, o Dr. Sousa, lança nesta quinta-feira, 28, o livro “Cem Covid – em busca da luz na longa noite brasileira”, que reúne crônicas publicadas desde o início da pandemia no Jornal da Cidade retratando a história da Covid-19 e suas consequências. O autor buscou popularizar os termos epidemiológicos e também defendeu medidas protetoras e o valor das vacinas “em meio ao aturdimento geral”.

“Dediquei o livro aos médicos e aos demais profissionais da saúde que não se furtaram de participar, na linha de frente, da batalha insana contra o poderoso vírus, muitos dos quais, sucumbindo durante essa corajosa missão”, afirma o Dr. Sousa, que, como cardiologista, interessou-se pelo estudo do assunto por se tratar de uma doença nova e pelos relatos preliminares mostrarem que aproximadamente 40% das mortes por covid-19 são de causa cardíaca.

“Todavia, não imaginava que o ano de 2020 seria marcado para sempre por ter registrado uma das páginas mais tristes da humanidade: o início da referida peste, que ceifou a vida de milhões de pessoas. Difícil encontrar alguém que não perdeu um ente querido para o ardiloso SARS-Cov-2”.

Ele observa que, no Brasil, a covid-19 tem um comportamento semelhante ao dos outros países: aproximadamente 80% dos contaminados apresentam sintomas leves, que regridem em poucos dias; 14% evoluem para um quadro inflamatório, de intensidade variável, requerendo, muitas vezes, internamento hospitalar, e o restante compõe o grupo mais grave, necessitando de terapia intensiva e, frequentemente, de intubação e de suporte intensivo. “Tanto a rede pública, como a privada, não estava preparada para prestar socorro ao sufocante número de atendimentos exigidos”.

O livro do Dr. Sousa aborda uma questão crucial que é a guerra contra a desinformação travada em paralelo à guerra contra o vírus fatal. “Descobri, com perplexidade, que iríamos enfrentar duas guerras portentosas, a protagonizada pelo vírus e a infodemia de desinformações, promovida por aqueles que, por ideologia política, se valiam, impiedosamente, de redes sociais, para disseminar conceitos produzidos por pseudocientistas, inicialmente enaltecendo um malfadado ‘tratamento precoce’ e, posteriormente, difamando as vacinas, atribuindo aos imunizantes riscos infundados”.

Dr. Sousa publicou 16 livros e foi reconhecido entre os 10.000 pesquisadores mais influentes da América Latina. Ele é médico formado pela Universidade Federal de Sergipe e fez internato na Brown University, EUA. É doutor em Medicina pela USP – Ribeirão Preto e pela Fellow of American College of Cardiology. É ex-presidente das SBC-SE e professor titular do Departamento de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFS. É membro das Academias Sergipanas de Medicina, de Letras e de Educação. Recebeu o prêmio nacional mérito SBC – Destaque Docente.

O lançamento de “Cem Covid – em busca da luz na longa noite brasileira” será às 17 horas desta quinta-feira, 28, no Museu da Gente Sergipana.

Com informações do Jornal da Cidade.

Texto e imagem reproduzidos do site: www destaquenoticias com br

terça-feira, 26 de novembro de 2024

"Confabulando...', por Lygia Prudente

Artigo compartilhado de Post no Perfil do Facebook/Lygia Prudente, de 24 de novembro de 2024

Confabulando...
Por Lygia Prudente

Quanto mais velha eu fico, mais trago anos nas costas, mais tenho ideias e vontade ferrenha de produzir. Isto é meu viver aos 72 anos, malgrado as dores da fibromialgia e artrose, verdadeiras ervas daninhas. Procuro, dentro do possível e beirando o impossível, não criar limites para mim mesmo e quero ir, ainda, tão longe quanto a minha mente permitir. Sempre fui inquieta e como professora, ousei, buscando uma prática agradável e contundente, que resultasse no verdadeiro aprendizado. Hoje, tenho amigos em muitos alunos, que me fazem festa ao nos encontrarmos e que ainda me chamam, carinhosamente, de tia. Nessa trajetória do magistério, quer como professora, coordenadora, supervisora, diretora, aprendi a aceitar desafios, a correr riscos e a ultrapassar aquela sensação de insegurança, de medo e que me mostraram que coisas maravilhosas podem acontecer como desabrochar talentos inimagináveis. Ainda jovem professora, constatei que nos realizamos, não pelo dinheiro que ganhamos, mas pela diferença que fazemos na vida de pessoas. Certa vez em uma entrevista, sobre o Dia do Voluntário, perguntaram-me por que a AMO (Associação dos Amigos da Oncologia) ?  A AMO era uma meta antiga que, em 2016, com a minha aposentadoria, pode ser atingida. Ali me realizo na partilha do trabalho, do carinho, da confiança, da atenção e da vazão que dou às minhas possibilidades. Uma professora, jornalista, crítica e defensora dos direitos da mulher, norte-americana, nascida em 1810, Margaret Fuller, disse: “Se você tem conhecimento, deixe os outros acenderem as suas velas nele”. Assim tem sido o convívio nos diversos grupos dos quais participo, no dia a dia da AMO, em 8 anos de voluntariado. Tanto contribuo com o talento que eu possa ter, quanto me benefício e agrego valores primordiais na vida presente. Até porque, para o meu coração, o viver autenticamente, é o alimento.

Texto reproduzido do Post Facebook/Lygia Prudente

sábado, 23 de novembro de 2024

Jozailto Lima ENTREVISTA João Augusto Gama

João Augusto Gama: dizendo das razões pelas 
quais não disputou a reeleição em 2000

Legenda da foto: Gama em dois momentos: 
no da posse em 1997 e em visita a Fidel Castro
 em Havana, no mesmo ano


Entrevista publicada originalmente no site JLPOLÍTICA, de 18 de novembro de 2024

No livro “Memória de um político”, João Augusto Gama expõe sua visão de vida e se diz “de esquerda”

Por Jozailto Lima (Coluna Aparte)

 “Memória de um político”: livro de Gama que sai às 17 horas no Museu da Gente Sergipana

Este 19 de novembro de 2024, terça-feira, foi reservado pelo político e empresário João Augusto Gama, 77 anos, como o dia que ele decidiu despejar sobre a memória dos sergipanos muito da sua própria memória existencial.

E isso será feito com o lançamento do livro “Memória de um político”, a acontecer às 17 horas no Museu da Gente Sergipana. A obra bem que poderia chamar-se “Memória de um político e de um empresário bem-sucedido”, porque é exatamente isso que é João Augusto Gama.

E um dado bom: Gama não vai abusar na exposição de si mesmo e de sua vida dupla, ou multivária, que vai do sujeito empreendedor do mercado empresarial ao empreendedor “do mercado político”, tendo sido um prefeito determinante de Aracaju entre 1997 e 2000.

Ele vai dizer muito de sua posição de figura de esquerda e reativo às diabruras da ditadura miliar brasileira, da qual foi prisioneiro por duas vezes - numa delas, ainda de menor.

Tudo virá numa publicação em torno de 150 páginas. “É um livro curto, seco, direto. (Nele), o leitor vai avistar toda a minha trajetória de vida desde a infância, passando pela adolescência, a formação escolar, e a vida política e empresarial. Estará tudo lá”, promete.

A obra tem prefácio do professor Jorge Carvalho e orelha de Francisco Carlos do Nascimento Varella, o velho Chico Varella. Ambos são amigos do autor.

Enquanto político e empresário, Gama se declara um ser “totalmente à esquerda”, mas tem a humildade de não chamar para si a exceção nessa posição. “Não é incompatível você ser do capital e ter vocação da esquerda”, diz ele. 

“Você vai encontrar no Brasil homens brilhantes, como o José Ermírio de Moraes, que é o capitalismo na sua expressão mais pura, que sempre tiveram posições senão de esquerda, mas progressistas. Eu não chamaria José Ermírio de um homem de direita”, revela Gama. Veja nesta breve entrevista o que ele diz sobre o livro a ser lançado neste dia 19.

João Augusto Gama: dizendo das razões pelas quais não disputou a reeleição em 2000

Aparte - Em síntese, o que é que o leitor vai avistar neste seu livro “Memórias de um político”?

João Augusto Gama - O leitor vai avistar toda a minha trajetória de vida desde a infância, passando pela adolescência, a formação escolar, e a vida política e empresarial. Estará tudo lá. 

Aparte - Laonte Gama, seu irmão e ex-deputado estadual, era uma ocorrência política isolada na sua família até a sua entrada na política ou houve algum outro antepassado seu que caiu nessa rede?

JAG - Aqui em Sergipe, ele foi uma ocorrência isolada. Mas fora e antes, não. Nós vamos ter uma presença política familiar na Paraíba, quando o meu bisavô materno Antônio Alfredo da Gama e Melo foi senador e foi governador - presidente da Província da Paraíba. É possível encontrar isso na internet e o meu avô veio para cá trazendo essa referência.

 Aparte - Antônio Alfredo da Gama e Melo vai aparecer no livro?

JAG - Não, porque ele não tem nenhuma participação na minha vida. Aparece apenas como reminiscência, como uma informação passada. 

Aparte - Por que o senhor é um nascido em Aracaju... 

JAG - Sim, na Rua Duque de Caxias, 120, e pelas mãos de Dona Edilde, a parteira.
 
 Aparte - Em “Memórias de um político” o senhor vai entrar em juízo de valores dos nossos supostos pendores para uma certa tirania política, como as do Estado Novo, da Ditadura Militar e as do recrudescimento da nova direita atual?

JAG - Começando pelo fim da sua pergunta, devo dizer que o recrudescimento da nova direita muito me assusta. E, pelo começo, posso lhe dizer que eu trato, porque é parte intrínseca da minha biografia e dos fatos da minha vida, inclusive a participação na luta contra ela, da ditadura lá atrás, a de 1964 - eu já adianto que fui preso naquele ano, sendo ainda menor, e em 1968, já de maior, como presidente do Diretório Central dos Estudantes. Foi em Aracaju e em São Paulo. 

Aparte - Mas não é papel do livro conceituar esses supostos pendores? O senhor não para pra fazer uma tese disso!

JAG - Não. Até porque analisar essa crise, o papel da República, as nossas tradições culturais,
ditatoriais, a influência do militarismo na história política do Brasil e por aí vai, seria motivo para um outro livro. 

Aparte - Retomando aquela informação das prisões, então o senhor foi preso em 1964 ainda menor ou somente em 1968, durante o Congresso de Ibiúna, em São Paulo?

JAG - Fui preso nos dois momentos. Em abril de 1964, quando eu era ainda menor de idade. Tanto que Tertuliano Azevedo, no seu livro de memórias, conta esse fato. Quando o Exército descobre que eu era menor ou, como diz o povo, de menor, aí eles me liberam pela parte da tarde. 

Aparte - Quais foram seus dois crimes para merecer as duas prisões?

JAG - Foram os da suposta subversão da ordem pública e a reunião ilegal de pessoas. No que você fosse pego no Código Penal Militar, eles enquadravam a gente. Éramos vítimas da má vontade política do momento, porque era uma ditadura.

 Aparte - Seu livro vai justificar porque o senhor se retirou da possibilidade de uma reeleição de prefeito em 2000, quando o direito lhe assistia ir à disputa?

JAG - Vai. Eu contarei nele das exigências que me foram feitas e que, se eu as assumisse, iria inviabilizar minha nova e futura administração. E veja que já havia ali a Lei de Responsabilidade Fiscal. Porque eu encontrei em 1997 a Prefeitura de Aracaju em estágio de tragédia, mas não havia a Lei de Responsabilidade Fiscal ali ainda.

 Aparte - O senhor poderia adiantar um pouquinho dessas exigências?

JAG - Posso: algumas séries de obras e pedidos de ajuda para campanha acima da minha possibilidade financeira. Então aquilo me motivou a não avançar. Eu achei que tinha e deixava uma marca na sociedade sergipana, como deixei realmente e que até hoje é difícil o dia em que alguém não diga que é um admirador meu. Ainda ontem eu vinha em um avião de Recife e uma pessoa disse exatamente isso. Eu não poderia macular essa história.

Aparte - A sua candidatura de senador depois, então, é uma demonstração de que o senhor havia parado na hora errada? De que o senhor ainda queria mais política?  

JAG - Exato. Posso dizer que sim. E, na verdade, eu conto no livro a história da eleição do Senado, na qual fui totalmente traído pelo PT. Naquele momento eu tive a correção apenas de Marcelo Déda, de Zé Eduardo, que foram muito sensatos comigo, e nacionalmente de Zé Dirceu. Mas o restante do partido aqui votou em todo mundo, menos em mim. Isso é um fato notório e irrefutável. 

 Aparte - O senhor tem mais orgulho do que restrição ao seu velho MDB?

JAG - Nenhuma restrição. Tenho mais orgulho. O MDB foi um marco importantíssimo na vida de todos nós que reagimos à Ditadura. De toda uma geração. Ou melhor: de diversas gerações que lutaram contra o regime militar.

 Aparte - No livro o senhor vai tratar do acordo entre Jackson Barreto e Albano Franco em 1998, mas com uma mea-culpa ou não pela sua ação em favor daquela aliança? 

JAG - Não vou fazer uma mea culpa. Aquilo foi, em parte, uma ideia minha, mas não tenho porque fazer mea-culpa, porque aquela aliança nos ajudou a administrar bem Aracaju até o ano 2000. Fizemos alguns bons acordos para obras, embora seja verdade que o Governo do Estado não cumpriu todos. Mas tirou a Prefeitura de Aracaju de um momento de crise financeira enorme que eu havia herdado do meu antecessor José Almeida Lima. 

 Aparte - Mas aquele acordo tirou também o mandato de senador de Jackson Barreto. 

JAG - Sim, é verdade. Mas esse foi o risco que ele correu. E ele sabia disso. Eu acho que a culpa nossa foi a de não ter passado para a sociedade o real motivo do nosso acordo, que era republicano e sinalizava para obras.

Aparte - O senhor acha que o que restou na memória coletiva da sua passagem como prefeito bate com a avaliação que o senhor tem daqueles quatro anos?

JAG - Acho que bate perfeitamente. Eu não tenho dúvida disso. Até porque, onde eu chego as pessoas rememoram, falam, comentam, lembram muito do Mercado Central. Eu encontro muitas pessoas que receberam as escrituras públicas das suas casas no bairro São Carlos. Isso tudo me dá muito orgulho. Eu tenho certeza de que cumpri com louvor o meu dever de gestor. 

 Aparte - Então o senhor tem certeza de que a avaliação é mais positiva do que negativa? 

JAG - Tenho sim. E devo dizer mais: naquele momento era uma Prefeitura pobre e não a Prefeitura rica que a companheira Emília Corrêa está recebendo agora. Não era parecida com a de hoje. 

 Aparte - O senhor veria maldade deliberada naqueles que associam a sua boa ascensão empresarial a partir do momento em que vira prefeito de Aracaju, em 1997? 

JAG - Olha, isso para mim é irrelevante. Devo apenas dizer que em 1994, quatro anos de ser eleito prefeito, eu fui eleito o Comerciante do Ano de Aracaju. Então eu não era um Gama qualquer - isso era 1994, antes de eu me envolver em política partidária. Eu era ali um representante da Tigre e um distribuidor da Shell. Eu já tinha uma empresa importante no bairro José Conrado de Araújo, cuja sede ainda está lá, é nossa - quer dizer, é dos meus filhos.

Aparte - E o senhor tinha militância nos órgãos de entidade de classe do comércio desde antes?

JAG - Tinha. Fui presidente da CDL. E quando eu me candidatei a prefeito, tive que renunciar à Presidência. 

 Aparte - O senhor e sua conduta política, à esquerda, seriam a negação de uma máxima recorrente segundo a qual todo capital seria obrigatoriamente de direita?  

JAG - Não diria exatamente isso, porque em determinados momentos da ditadura militar o capital nacional se colocou contra. Se houve uma adesão em um primeiro momento, lá em 1964, mas depois grandes empreendedores mudaram. 

Aparte - Então o senhor está dizendo que não é uma exceção? 

JAG - Estou, porque não sou mesmo. Você vai encontrar no Brasil homens brilhantes, como o José Ermírio de Moraes, que é o capitalismo na sua expressão mais pura, que sempre tiveram posições senão de esquerda, mas progressistas. Eu não chamaria José Ermírio de um homem de direita. E digo mais: a inteligência e a transigência podem ser de direita e ser do capital. Não é incompatível você ser do capital e ter vocação da esquerda. 

Aparte - O senhor se sente de esquerda ou de centro?

JAG - Eu me sinto totalmente à esquerda. Tenho profunda admiração por Trótski. 
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* O Articulista é jornalista há 40 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Com colaboração da jornalista Tatianne Melo.

Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica com br

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Músico sergipano Mestrinho vence Grammy Latino

Publicação compartilhada do site do JORNAL DA CIDADE, de 15 de novembro de 2024

Músico sergipano Mestrinho vence Grammy Latino

A vitória foi anunciada na noite desta quinta-feira (14), durante a cerimônia realizada no Kaseya Center, em Miami, nos Estados Unidos.

O músico sergipano Mestrinho venceu, nesta quinta-feira (14), o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa ao lado de Mariana Aydar. O disco 'Mariana e Mestrinho' venceu a disputa com outros artistas brasileiros, como João Gomes e Marcelo Jenec. 

A vitória foi anunciada na noite desta quinta-feira (14), durante a cerimônia realizada no Kaseya Center, em Miami, nos Estados Unidos.

O álbum premiado, Mariana e Mestrinho, lançado em abril deste ano, reúne clássicos do forró pé de serra e canções inéditas, além de colaborações especiais de Gilberto Gil, Juliana Linhares e Isabela Moraes. Após a conquista, Mestrinho agradeceu emocionado: “A quem acreditou no disco, obrigado a todos, aos amigos. Muito feliz de ver tantos amigos reunidos. Obrigado a todos que concorreram com a gente também”.

O sergipano nasceu em Itabaiana e é filho do sanfoneiro Erivaldo de Carira. Ao longo de sua trajetória, consolidou-se como um dos grandes nomes da música brasileira, colaborando com artistas como Dominguinhos, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Gilberto Gil. A premiação reforça sua relevância no cenário musical, destacando a força do forró e da música de raízes brasileiras.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

domingo, 10 de novembro de 2024

Bloco da Prevenção leva alegria e 10 mil preservativos ao Pré-Caju 2024

 







Fotos: Flávia Pacheco/SES.

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 9 de novembro de 2024 

Bloco da Prevenção leva alegria e 10 mil preservativos ao Pré-Caju 2024

Trio teve prevenção ao HIV/Aids como tema e contou com retorno do ‘Camisildo’

Com entusiasmo e alegria, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) participou de mais uma edição do Pré-Caju 2024, a maior prévia carnavalesca de Sergipe. No Bloco da Prevenção, os foliões se uniram a uma ação educativa, dançando ao som do cantor Cid Natureza e destacando a importância do engajamento da população na prevenção ao HIV/Aids.

“Estamos mais uma vez no Pré-Caju em grande estilo. Este ano, temos um trio elétrico e a emocionante volta do nosso Camisildo restaurado. Durante a festa, disponibilizamos cerca de 10 mil preservativos. Além disso, com a troca dos abadás do nosso bloco, arrecadamos uma quantidade excelente de leite para beneficiar nossos assistidos na Casa de Apoio Bom Samaritano”, disse o responsável técnico do Programa IST/Aids, Almir Santana.

A turista Ana Paula, de Salvador/BA, adorou a iniciativa do Governo do Estado. “Estou aqui para aproveitar o carnaval em Aracaju e amei essa ação. Temos mesmo que nos lembrar de usar sempre camisinha, para cuidar da nossa saúde e aproveitar a festa com segurança”, ressaltou.

Para a servidora da SES, Renata Nascimento, é um momento de alegria em tempo de intensificar as formas de prevenção. “É ótimo, pois mostra como as pessoas estão se conscientizando sobre a saúde. Estamos resgatando a importância do nosso Camisildo com  Dr. Almir reforçando a mensagem sobre a prevenção”, pontuou.

Atuação do Samu 192 Sergipe

Para garantir celeridade e eficiência na assistência à saúde em eventuais ocorrências, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) está no evento atendendo incidentes que possam ocorrer, tanto no trajeto da festa, quanto no deslocamento dos foliões. Durante a folia, o Samu disponibiliza por dia 19 profissionais, sendo um médico, um enfermeiro, sete técnicos de enfermagem, seis acadêmicos do curso de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) do Samu, três condutores e um representante da gestão.

Foram estruturados quatro postos em pontos estratégicos: duas motolâncias na concentração; uma unidade de Suporte Básico de Vida (USB) próxima aos Arcos da Orla; uma Unidade de Suporte Avançado (USA) e uma USB próxima ao Camarote Aju; e duas motolâncias e uma Unidade de Resgate (UR do Corpo de Bombeiros Militar) próximas ao Hotel Del Mar.

“Estamos preparados para atender aos foliões que vão curtir esses os dias de Pré-Caju. Mas é necessário que as pessoas tomem algumas medidas de prevenção: não dirigir caso consuma bebida alcoólica, tomar cuidado com o excesso de exposição ao Sol, e beber bastante água para manter uma boa hidratação do corpo”, alertou o superintendente do Samu 192 Sergipe, Ronei Barbosa.

Texto e imagens reproduzidos do site: www se gov br

sábado, 9 de novembro de 2024

Mais de 30 atrações agitam o Pré-Caju, na Orla de Atalaia, em Aracaju

Publicação compartilhada do site JLPOLÍTICA, de 8 de novembro de 2024

Pré-Caju movimenta economia e ocupa quase 100% dos hotéis

Mais de 30 atrações agitam a festa que acontece na Orla de Atalaia

O Pré-Caju 2024 acontece desta sexta-feira, a domingo, 8 a 10, na Orla da Atalaia. O evento terá três dias de shows no Camarote Aju, além de dois dias de desfiles de blocos com mais de 30 atrações. 

Além de fortalecer o potencial turístico de Aracaju, o Pré-Caju movimenta a cidade com sergipanos e turistas que lotam as ruas em busca de alegria e diversão. Com isso, a expectativa é muito alta entre empresários e trabalhadores que fazem parte da cadeia do turismo.

Hoteleiros, donos de bares e restaurantes, vendedores ambulantes, taxistas e motoristas de aplicativo aguardam ansiosamente o evento, já prevendo aumento expressivo na movimentação de turistas, e melhora nas receitas dos empreendimentos. O secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, destacou que o Pré-Caju tem um impacto positivo na economia local como grande impulsionador do turismo no estado, além de movimentar o comércio e gerar empregos temporários.

“O Pré-Caju atrai visitantes de diferentes regiões do país, promovendo Sergipe como destino turístico. Sem dúvida, o evento contribui para o desenvolvimento do setor de serviços e também coloca Sergipe em evidência no cenário de grandes eventos do país”, frisou o gestor da pasta.

A realização do Pré-Caju incentiva a rede hoteleira, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Sergipe – ABIH-SE – a ocupação dos hóteis neste final de semana é de quase 100%. 

Para Antônio Carlos Franco, presidente da ABIH, a alta taxa de ocupação é um reflexo do sucesso do evento e da qualidade dos serviços oferecidos em Aracaju. “Estamos prontos para receber nossos visitantes com hospitalidade e conforto", afirma. 

Ainda segundo Antônio Franco, os investimentos do Governo de Sergipe na promoção do turismo têm sido fundamentais para alcançarmos este excelente momento. “Com o Pré-Caju e outras festividades, estamos vendo os frutos desse trabalho conjunto”, salienta o presidente.

O gerente do Hotel Pousada do Sol, Henrique Goes, comenta que a festa traz muita visibilidade para o turismo local, movimenta a economia e consiste em um dos períodos de maior ocupação - no caso do seu empreendimento, 98% dos quartos já estão reservados. Para atender à demanda, a equipe foi ampliada temporariamente com a contratação de camareira, cozinheira e segurança.

“Além de entrarmos no clima do evento com decoração interna alusiva à festa, também vamos reforçar o serviço de café da manhã com opções típicas da culinária sergipana, por exemplo. Estamos bastante animados. O Pré-Caju valoriza o calendário de eventos, divulga a nossa cidade e a cultura local. Pessoas de outros estados, que vêm prestigiar a festa, também têm a oportunidade de conhecer nossos atrativos turísticos, a exemplo das lindas praias, do Cânion do Xingó [em Canindé de São Francisco], entre outros”, considerou.

SEGMENTO GASTRONÔMICO – Bares e restaurantes localizados na Orla da Atalaia aproveitam o evento para atrair mais clientes. É o caso do empresário Renato Lima de Araújo Junior, que pela segunda vez montou uma estrutura de camarote com a venda de mesas. Além disso, ele irá oferecer programação especial com a apresentação de bandas para o cliente que vai assistir à passagem dos trios e prefere curtir o Pré-Caju num ambiente mais fechado. “Praticamente todas as mesas foram vendidas. O Pré-Caju traz um grande fluxo, e é uma oportunidade para os turistas conhecerem mais da nossa gastronomia e da cultura”, ressaltou.

Os microempreendedores também encontram no Pré-Caju uma oportunidade para ampliar as vendas. Há dois anos, Daniel de Jesus Santos vende água de coco, refrigerante e cerveja em frente aos Arcos da Orla. Ele revela que, assim como no ano passado, já preparou o estoque de bebidas para vender no sábado e no domingo do Pré-Caju e, assim, garantir uma renda extra. 

“Ano passado, graças a Deus, as vendas foram excelentes. Não tive prejuízo nenhum! Essa festa é muito importante para nós, que trabalhamos como ambulantes, porque conseguimos um bom lucro nesses dias. E é um dinheiro que ajuda bastante a ‘desafogar’ as contas, nos organizar, comprar algo que desejamos. Posso até considerar que é como se fosse o nosso 13º salário”, exaltou.

Além desses, o segmento de transportes, com táxis e carros de aplicativo, é fortemente demandado durante o Pré-Caju, garantindo mobilidade aos turistas e também movimentando a economia. Autran Rodrigues, que trabalha há 43 anos como taxista, reforça o aumento do movimento durante a prévia carnavalesca, com muitas corridas nas áreas próximas ao evento.

“É um período de grande demanda, e a expectativa é muito boa. Trabalho em horário estendido, das 23h às 4h, em que o valor das corridas é maior. Também acontece de o cliente negociar o valor da corrida, e assim fica bom para todo mundo. Tomara que o Pré-Caju atraia muita gente como no ano passado e eu consiga uma boa renda”, almeja.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

08/11 (sexta-feira)

Camarote Aju

19h: Klessinha

20h30: Michele Andrade

22h: Durval Lelys

00h: Dennis DJ

02h: Parangolé

09/11 (sábado)

Camarote Aju

18h: Luanzinho

20: Netinho

22h: É O Tchan

00h: Felipe Amorim

02h: Timbalada

Blocos/Pipoca

14h: Ninha da Bahia (Pipoca Omo Oxum)

14h30: Cid Natureza (Pipoca)

15h: Bell Marques (Bloco Vumbora)

15h30: Ivete Sangalo (Bloco Com Amor)

16h: Xanddy Harmonia (Bloco Daquele Jeito)

16h30: Durval Lelys (Trio Verão Sergipe)

17h: Psirico (Pipoca Cajuranas)

17h30 Natanzinho Lima (Trio Arraiá do Povo)

18h: Julinho Porradão Pipoca da FM Sergipe

10/11 (domingo)

Camarote Aju

17h: Os Faranis

19h: Rafa e Pipo

21h: Alexandre Peixe

23h: Pedro Sampaio

01h: Heitor Costa

Blocos/Pipoca

13h: Banda de Frevo (Bloco do Papelão)

14h: Banda Reação (Pipoca)

14h30: Bell Marques (Bloco Vumbora)

15h: Aline Rosa (Trio Verão Sergipe)

15h30: Léo Santana (Bloco Vem com o Gigante)

16h: Luiz Caldas (Pipoca do Caranguejo Elétrico)

16h30: Tomate (Bloco Eu Não Vou Embora)

17h: Ramon e Randinho (Trio Arraiá do Povo)

17h30: Chicabana (Pipoca)

18h:Calcinha Preta (Pipoca da FM Sergipe)

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica com br/colunas

Sergipe é sinônimo de praias, passeios e caranguejo


Legenda da foto:  Em Aracaju se cultiva o hábito de "quebrar" caranguejo regado a vinagrete e cerveja super gelada

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 9 de novembro de 2024

Sergipe é sinônimo de praias, passeios e caranguejo

Aracaju não tem as praias mais badaladas do Nordeste, mas em compensação, capricha quando o assunto é infraestrutura, hospitalidade, variedade de passeios – os de barco pelos rios levam a belos cenários como a Croa do Goré e à Ilha dos Namorados – e preços: até mesmo na alta temporada os programas saem em conta.

Com ruas limpas e arborizadas, a cidade tem como principal cartão-postal a orla de Atalaia, repleta de atrativos. Ao longo de seis quilômetros reúnem-se quiosques, calçadão, ciclovia, quadras poliesportivas, fontes luminosas e um oceanário que encanta crianças e adultos. Por lá fica a Passarela do Caranguejo, um trecho tomado por bares e restaurantes que servem o melhor da cozinha regional – frutos do mar, carne-de-sol, pirão-de-leite e, claro, caranguejo.

Tradições mantidas

As tradições típicas são mantidas também nas cidades históricas de São Cristóvão e Laranjeiras, a menos de 30 quilômetros de Aracaju e que guardam jóias arquitetônicas coloniais, além de festivais folclóricos. Também nos arredores da capital fica um dos cenários mais bonitos do Estado – o cânion de Xingó, desbravado a bordo de escunas e catamarãs que cortam as águas verdes do rio São Francisco.

Para conhecer a fundo a rica história do estado, siga para o Museu da Gente Sergipana, inaugurado em 2012. Ocupando um prédio restaurado de 1926, o espaço celebra a identidade do povo de forma interativa. Festas, praças, personagens ilustres, culinária, ecossistemas: tudo é mostrado com muita tecnologia e criatividade. Diante de um espelho, trajes típicos se moldam perfeitamente ao corpo observador. No espaço dedicado aos repentistas, basta esperar a deixa e cantar a resposta sobre o tema proposto – e a gravação pode ser publicada na internet!

Fonte: Portal Férias Brasil

Texto e imagem reproduzidos do site: www destaquenoticias com br

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

“Memórias de um político”: para que a história não fique órfã de bom depoimento

Publicação compartilhada do site JLPOLÍTICA, de 1 de novembro de 2024

Coluna Aparte - “Memórias de um político”: João Augusto Gama lançará livro autobiográfico dia 19 de novembro

“Memórias de um político”: para que a história não fique órfã de bom depoimento

De primeiro presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Sergipe a prefeito de Aracaju. De jovem empresário a liderança entre os dirigentes lojistas de Sergipe. Da academia à gestão pública. Recordações pessoais de mais de meio século de militância política e vida pública.

Esse é o substrato do livro “Memórias de um político”, de João Augusto Gama da Silva. Inédita e autobiográfica, a obra é editada pela Criação Editora e será lançada no próximo dia 19 de novembro durante sessão de autógrafos do autor no Museu da Gente Sergipana, em Aracaju, a partir das 17h.

Amante das letras e das artes, João Augusto Gama conduz o leitor em uma viagem literária em que rememora o que viu e viveu no campo da política local e nacional. E viu muito, sem nunca ter batido continência para gestos de direita.

O autor esmiúça, numa narrativa fluida, recordações que vão desde a infância até os dias atuais. “É um relato em primeira pessoa contando diversas passagens da minha vida, mas restrito ao político”, explica.

“Nos últimos anos, tenho sido constantemente abordado para contar minhas memórias. Resolvi contá-las. Falo das minhas origens, estudo, formação, trabalho, mas, como o próprio título do livro diz, são memórias políticas”, completa o ex-prefeito de Aracaju.

Com prefácio do professor e escritor Jorge Carvalho do Nascimento e orelha escrita por Chico Varella, “Memórias de um político” chegará às livrarias em edição elegante e sofisticada, com projeto editorial assinado por Adilma Menezes. A revisão é de Ronaldson Souza e as ilustrações de capa são de Alberto Alcosa e Adriana Dantas.

Toda a renda obtida com a venda do livro será doada pelo autor para o SAME - Lar de Idosos Nossa Senhora da Conceição. “É uma forma de incentivar outras doações para organizações beneficentes e de ajudar uma entidade que faz parte da vida sergipana", afirma Gama.

SOBRE O AUTOR - Aracajuano, João Augusto Gama da Silva é militante político, advogado, empresário e gestor público.

Como acadêmico do curso de Direito da Universidade Federal de Sergipe, no fim da década de 1970, foi o primeiro presidente do Diretório Central dos Estudantes - DCE.

Ainda no movimento estudantil, foi preso político durante o regime militar. Participou da fundação do Movimento Democrático Brasileiro e se engajou ativamente na luta pela redemocratização do país.

Gama iniciou sua atuação como gestor público em 1984, quando assumiu a Presidência da Empresa Municipal de Obras e Urbanização de Aracaju - Emurb.

Em 1993, foi nomeado superintendente municipal de Transportes e Trânsito da capital e, no ano seguinte, passou a comandar a Secretaria Municipal da Administração.

Eleito prefeito de Aracaju em 1996, governou a capital entre os anos de 1997 e 2000. Foi também secretário de Estado do Turismo; do Planejamento, Orçamento e Gestão; e da Cultura, entre os anos de 2007 e 2018, sob Marcelo Déda.

Na área empresarial, fundou a Representações Gama Ltda e a Distribuidora Gama Ltda, e presidiu a Câmara de Dirigentes Lojistas de Sergipe - CDL.

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica com br/coluna-aparte

Museu da Gente Sergipana realiza homenagem a Aglaé Fontes pelos seus 90 anos







Fotos: Ascom Funcap

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 5 de novembro de 2024 

Museu da Gente Sergipana realiza homenagem a Aglaé Fontes pelos seus 90 anos

Evento aconteceu nesta segunda-feira, 4, na presença de várias personalidades do estado

Em comemoração aos 90 anos da professora Aglaé Fontes, celebrados no dia 2 de novembro, o Instituto Banese, através do Museu da Gente Sergipana e junto ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, realizou uma homenagem surpresa para celebrar sua vida, reunindo inúmeros admiradores da professora. Aglaé foi surpreendida ao fim de um evento no Museu na última segunda-feira, 4, e recebeu homenagens em forma de música, documentário e apresentações teatrais.

No evento, houve a exibição de um documentário com roteiro da jornalista Patrícia Cerqueira; apresentação de um jogral composto por amigos presentes na trajetória de Aglaé no teatro, educação, cultura popular e outros âmbitos de sua vida; e apresentação da Chegança e Lambe-Sujo de Laranjeiras. Ao final, houve a inauguração de uma escultura da professora, que passa a fazer parte do acervo do Museu da Gente Sergipana.

O superintendente do Instituto Banese, Ézio Déda, revelou parte da relação de Aglaé com a instituição e sua importância para todos. “Ela foi uma das pessoas que participou do processo curatorial de construção do Museu, e depois também como curadora do Largo da Gente Sergipana. É uma pessoa que além da importância, do legado que e da história de dedicação à cultura de Sergipe, também contribuiu muito em nossos espaços. Ela é uma pessoa que uniu o academicismo, com a força da identidade da cultura popular. Saiu dos muros da universidade e chegou perto dessas pessoas que estão no interior do estado sustentando o estandarte da nossa cultura”, detalhou.

Já para o presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), Gustavo Paixão, a historiadora é merecedora de todas as homenagens. “A professora Aglaé, aos seus 90 anos, é uma baluarte da cultura sergipana. Uma pessoa que teve sua vida dedicada à cultura, que tem como sua grande paixão o nosso querido Centro de Criatividade. Toda homenagem à ela é mais do que justa e merecida”, disse ele...

Mais homenagens

A estudiosa se emocionou durante toda a noite. Ao final, foi recebida com um caloroso canto de parabéns, entoado pelo cantor sergipano Lucas Campelo. Quem arrancou muitas lágrimas da aniversariante foi sua filha, Del Alencar, ao cantar as músicas da mãe, acompanhada do público. “Acho importante a homenagem em vida. Não esperava tanto carinho e emoção. Ela foi pega de surpresa e está muito feliz. E nós também!”, exaltou.

A amiga de longa data de Aglaé, Maria das Graças Barreto Souza, conhecida como Gracinha, esteve presente na homenagem e falou sobre a importância da professora em sua vida. “Eu hoje estou com 75 anos de idade e conheci a Aglaé com 5. A gente nunca mais se separou. Fui uma das primeiras alunas da escolinha de música dela, e o trabalho que exerci foi todo através dela. É muito bonito ver uma pessoa com 90 anos, com a capacidade criativa que ela tem”, pontuou.

A jornalista Patrícia Cerqueira, roteirista do documentário, contou um pouco sobre o que a historiadora representa para ela: “O compromisso de Aglaé com a educação e a arte me encantou. Sempre soube do peso do seu nome, do seu trabalho, mas o contato ainda mais próximo com parte das produções dela deixou ainda claro a importância dessa mulher para a história de Sergipe. Ela abriu caminhos para a arte aqui no estado”.

Já o artista visual Elias Santos, responsável pela escultura de Aglaé Fontes, explicou a essência do projeto. “Foi feito um ensaio fotográfico sem que ela soubesse que era para a escultura, e quatro meses de trabalhos para chegar no resultado. É uma escultura de resina e aço, com uma pátria em bronze, e a ideia era captar a intelectual de uma forma introspectiva e relaxada. Foi de uma responsabilidade imensa pela magnitude”, disse ele.

Aglaé Fontes

Aglaé d’Ávila Fontes é sergipana do município de Lagarto. Ela é professora, historiadora, folclorista, escritora, musicista, teatróloga, atriz e uma das maiores especialistas em cultura popular de Sergipe. Seu primeiro marco foi a sua ‘Escolinha de Música’, fundada em 1955.

A intelectual e mediadora cultural criou grupos de teatro, escreveu livros e peças teatrais. Foi produtora e apresentadora do primeiro programa infantil no rádio sergipano: ‘O gato de Botas’, na Rádio Cultura, e geriu importantes instituições e órgãos culturais, como o Centro de Criatividade, do qual também foi idealizadora em 1985; a Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju); e a Secretaria de Estado da Cultura.

Dedicada à literatura e ao ensino, Aglaé foi docente da Universidade Federal de Sergipe (UFS), é imortal da Academia Sergipana de Letras e da Academia Lagartense de Letras. Em 2018, assumiu a presidência do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, e em 2020 foi reeleita presidente da conhecida ‘Casa de Sergipe’.

Personalidade feminina de múltiplos saberes e fascinada em manter viva a cultura sergipana, Aglaé também traz em seu legado a fundação do Grupo de Teatro de Bonecos Mamulengo de Cheiroso, em 1978.

Texto e imagens reproduzidos do site: www se gov br

Aglaé Fontes recebe homenagens durante solenidade no Museu da Gente Sergipana

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

'Aglaé d’Ávila Fontes: os 90 anos de uma laboriosa', por Wagner Lemos

Artigo compartilhado do site ROACONTECE, de 5 de novembro de 2024 

Aglaé d’Ávila Fontes: os 90 anos de uma laboriosa.
Por Wagner Lemos

Muitas das antigas culturas definiam o nome próprio como uma espécie de destino, de desígnio divino a ser cumprido por aquele que o recebesse. O significado do nome seria a indelével marca que seu possuidor levaria pela  vida.

Não alvitro essa crença em uma régua inquestionável, mas, prudentemente, não a coloco em xeque. Mantenho-me esteiado no terreno daqueles que sabem que o mundo sempre há de nos desvelar suas belezas sutis.

Em 02 de novembro de 1934, nasceu em Lagarto, Sergipe, Aglaé d’Ávila Fontes. Há noventa anos, a parcela de Arte de que o mundo é dotado se ampliava e ainda ganharia novos contornos. Sua presença nos deu expressões de sensibilidade e talento patentes em todo o engenho em que pôs suas mãos.  Música, ensino em distintos níveis, radiofonia, TV, teatro, folclore, literatura infantojuvenil, gestão administrativa e produção cultural são áreas que testificam sua imprescindibilidade na cultura brasileira.

Nisso, retomo a força das palavras e os insondáveis caminhos  do batismo. Aglaé é nome de fundamento na mitologia grega. Trata-se da “glória”, um dos atributos da deusa Afrodite.

Há, no entanto, uma outra face pouco conhecida. Temos a existência de uma espécie de abelha cujo nome científico é “aglae”. A abelha “aglae caerulea” é, meu entendimento, uma metáfora bem ajustada à personalidade e vida da professora Aglaé d’Ávila Fontes. Quem com ela convive ou quem acompanha sua trajetória, sabe bem o quão laboriosa é essa multifacetada intelectual. Ainda hoje, na presidência do nosso Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, evidencia cotidianamente o incansável empenho que emprega em cada uma de suas atividades e o quanto elabora, reelabora e executa projetos montados em impecável caligrafia e acompanhados em dedos de prosa e um bom café.

Penso que, como escreveu o luso poeta, engenho e arte estiveram no desígnio em estreitar as duas laboriosas em um só nome.

Atuar ao seu lado no IHGSE deu-me régua, compasso e o privilégio de aprender a todo instante em que estou na sua presença. Em uníssono me somo àqueles que reconhecem a distinção de ser seu contemporâneo. Vida longa à nossa laboriosa Aglaé d’Ávila Fontes.

Texto e imagem reproduzidos do site: roacontece com br