terça-feira, 29 de setembro de 2015

Feira da Leitura e do Livro de Sergipe será em novembro.

Foto: Ilustrativa.

Infonet > Cultura > Noticias > 28/09/2015.

Feira da Leitura e do Livro de Sergipe será em novembro.

A Pré-Flise será realizada no dia 17 de outubro, às 9h.

A Pré-Flise será realizada no dia 17 de outubro, às 9h, é uma prévia da Feira que homenageia o poeta nascido em Riachuelo, Santo Souza. A roda literária contará com a presença do pesquisador Jackson da Silva Lima e da neta do homenageado, Ilmara Souza, que contarão um pouco da história do sergipano.

Gessica Souza, integrante do Lite, explica que as rodas literárias são realizadas mensalmente no auditório que tem o nome do autor, por isso nada mais justo um encontro que trate da obra de Santo Souza. “Nosso objetivo é mostrar aos jovens que a leitura de obras literárias independe de idade. No encontro mesclaremos as obras de Santo Souza com um autor clássico, para que essa leitura estimule os jovens leitores”, falou.

A prévia da Flise tem com objetivo aproximar o público intelectual de Sergipe, promovendo as instituições culturais de nosso estado, valorizando assim os intelectuais locais. Estima-se que mais de 15 eventos sejam realizados antes da Flise, como forma de estimular a difusão da leitura e do livro em nosso.

A Pré-Flise será realizada entre os dias 03 de outubro, abertura oficial com a presença de Dado Vila Lobos no Teatro Tobias Barreto, seguindo até a véspera da Flise, em 05 de novembro.

Flise

Idealizada pela neta do poeta Santo Souza, Ilmara Souza, a feira tem como intuito democratizar o acesso as obras literárias, incentivando os sergipanos à prática da leitura e aos autores um espaço dedicado à promoção das obras.

Ilmara explica que o livro é a porta de entrada para o conhecimento e é através dele que a educação e a cultura se faz presente de forma ativa. “Nós temos a intenção de criar através da Flise um público leitor em Sergipe de maneira mais forte e evidente”, concluiu.

A Flise será realizada nos dias 06, 07 e 08 de novembro no Parque da Sementeira e contará com 53 estandes de editoras nacionais e sergipanas, arena dos autores climatizada, espaço kids, praça de alimentação, casa do Cordel e palco para apresentações culturais com entrada gratuita.

Fonte: Secom PMA.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Exposição do Corredor Irmão abordará cultura indígena

Foto: Ascom Secult.

Infonet > Cultura > Noticias > 28/09/2015.

Exposição do Corredor Irmão abordará cultura indígena.

Tela de J. Inácio irá compor a mostra.

“Em Terras do Cacique Serigy” é o tema da nova exposição do Corredor Cultural Irmão, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), que será lançada nesta sexta-feira, 02 de outubro, às 11 horas. A personalidade homenageada desta mostra será a escritora, pesquisadora e professora sergipana, Beatriz Góis Dantas.

Mestra em Antropologia Social e professora emérita da Universidade Federal de Sergipe, Beatriz Góis Dantas é membro da Academia Lagartense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. Pesquisadora nas áreas de folclore, cultos afro-brasileiros, etno-história indígena e artesanato, Beatriz publicou vários livros como “A Taieira de Sergipe” (1972), “Vovó Nagô e Papai Branco: usos e abusos da África no Brasil” (1988), “Rendas e Rendeiras no São Francisco: estudos e documentos sobre a renda de bilro de Poço Redondo” (2006) e “Mensageiros do lúdico” (2013).

Desta vez, sete artistas participam da exposição que reuni telas, esculturas, fotografias entre outros, com curadoria do diretor de Formação Edição e Memória da Secult, Mário Britto. Na abertura da exposição, haverá a apresentação Toré, ritual de dança indígena do povo Xokó que também participa da mostra com artesanatos característicos das tradições da tribo. A exposição “Em Terras do Cacique Serigy” segue aberta ao público até o dia 03 de novembro.

Corredor Irmão

Inaugurado em junho deste ano, o Corredor Cultural Wellington Santos (Irmão), tem como objetivo a valorização do artista sergipano e o fomento para a subsistência das manifestações artísticas. Mensalmente um novo artista, de todas as áreas da cultura, pode expor sua obra no Corredor, devendo, os interessados, requerer junto à equipe técnica da Secretaria de Estado da Cultura pelo telefone (79) 3179-1916.

Serviço:
Exposição: Em Terras do Cacique Serigy
Homenageada: Beatriz Góis Dantas
Lançamento: sexta-feira, 02 de outubro de 2015
Horário: 11 horas
Local: Corredor Cultural Wellington dos Santos “Irmão”, Secult
Endereço: Rua Vila Cristina, 1051 - Treze de Julho, Aracaju - SE.

Fonte: Ascom Secult.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Turistas se encantam com lagoas e praias de Pacatuba


Publicado originalmente pelo site G1 - Jornal Hoje, em 10/10/2014.

Turistas se encantam com lagoas e praias de Pacatuba (SE)
Destino é um oásis com lagoas de um lado e mar do outro.
O destino é conhecido como Ponta dos Mangues.

Carla Suzanne
Pacatuba, SE.

O Tô de Folga... visita o litoral norte de Sergipe para conhecer as lagoas de água doce e o mar das praias do município de Pacatuba. O destino, conhecido como Ponta dos Mangues, é bem rústico e perfeito para quem quer surfar, andar de barco ou simplesmente relaxar contemplando a natureza.

Em Pacatuba, a 70 km de Aracaju, a ordem é esquecer a correria, deixar para trás a rotina e seguir a estrada de terra. É por um caminho de paisagens rurais, que se chega a um recanto do litoral de Sergipe ainda pouco conhecido.

O caminho de areia traçado pelo vento, revela 20 km de dunas douradas que se movimentam o tempo todo. Os guias são moradores da região e levam os turistas a lugares no meio das dunas cobertos pela vegetação nativa, onde é possível ver o descanso de um belo lagarto. O passeio, com três horas com um guia, custa R$ 50.

As dunas na região ficam em uma área de preservação permanente e, por isso, buggys não são permitidos, mas também não fazem falta, porque os caminhos são fáceis de percorrer e o melhor de tudo é a visão que se tem quando se chega ao topo: pelo menos 30 lagoas que se formam entre os morros de areia, uma atrás da outra.

O visitante pode conhecer todas as lagoas de caiaque. O passeio para duas pessoas, por duas horas, custa R$ 40. A dois quilômetros das lagoas, fica a vila de pescadores. Quem chega até o local pode aproveitar o rio e o mar, separados por um banco de areia.

O visitante pode alugar barcos pequenos para conhecer um pouco mais esse pedaço do litoral norte de Sergipe. Três horas de passeio sai por R$ 40. Seguindo no passeio de barco, surgem imensos bancos de areia, que se formam com o movimento das marés, e a beleza dos manguezais preservados.

Um pouco mais a frente fica a praia do Termas, ainda pouco explorada, de muitas ondas, que virou refúgio de surfistas. "Quem quer surfar bem vem pra aqui”, diz o surfista Bruno dos Santos.

Também vai para a praia do Termas quem quer aproveitar cada pedacinho da natureza e da tranquilidade do lugar. “Uma paz incrível, um recanto pra o sossego onde você pode vir descansar, refletir, pensar melhor na vida", relata o professor Elenilson Passos.

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/jornal-hoje

Engenhos que teimam em contar histórias


Fotos: André Moreira

Publicado originalmente no site Jornal da Cidade.Net, em 27/08/2012.

Engenhos que teimam em contar histórias.

Construções imponentes encravadas em Santa Luzia contam a história do ciclo da cana-de-açúcar.

O ciclo da cana-de-açúcar teve grande importância para a economia sergipana e hoje parte desta história sobrevive nas edificações remanescentes no município de Santa Luzia do Itanhi. Reconhecendo essa importância, percorremos o município em busca de alguns de seus antigos engenhos que ainda nos contam histórias de outrora.

O primeiro deles encontramos à margem direita da rodovia que corta Santa Luzia, em direção à Linha Verde. O Engenho Castelo, atual Fazenda Castelo, construído no século XIX, chama atenção pela sua imponência e beleza. Some-se a isso suas duas chaminés, sendo uma delas de dimensões monumentais. Embora a fazenda se imponha ao visitante como de atividade pecuária, seu conjunto em perfeito estado de conservação, inclusive em seu interior, é um exemplar do que foram as grandes propriedades produtoras de açúcar em Sergipe.

Seguindo pelo mesmo caminho chegamos ao Engenho São Félix, tombado pelo Estado, em janeiro de 1984, uma das maiores e mais preservadas construções do gênero em Sergipe. Além do tamanho e da conservação, chama a atenção à facilidade de acesso e a receptividade dos encarregados de cuidar da propriedade, que abriram as portas da casa-grande para que pudéssemos apreciar seu interior. Nele, a sensação é a de que voltamos no tempo e nos tornamos personagens de uma história construída ao longo dos quase quatro séculos de existência do São Félix.

A nossa busca continuou e desta vez embrenhamos pelas estradas de piçarra da zona rural de Santa Luzia. Distando apenas dois quilômetros da rodovia, no caminho entre o Castelo e o São Félix, está o Engenho Antas. Segundo Loureiro (2005, p.49) no passado “o conjunto arquitetônico era composto pelo engenho, uma capela e três casas”. Lá chegando, vimos a grande chaminé e ao lado uma edificação em evidente processo de arruinamento, mas com uma beleza perceptível em detalhes. Dos itens principais ainda resistem a casa-grande e a capela erguida sobre uma pequena colina. Uma primeira observação, ainda que a distância denota que interferências descaracterizaram as edificações, mas, ainda assim, o que restou do conjunto e a paisagem bucólica onde ele se encontra, estão impregnados por uma atmosfera que nos remete às memórias daquele lugar.

A decepção desse roteiro ficou por conta do Engenho Cedro. À sua casa-grande, Loureiro (2005, p.46) se refere como “uma relíquia sergipana de um dos raros exemplares da arquitetura brasileira de casa-grande associada ao engenho, integrados num único edifício”.

Certamente a casa do Cedro é, de todas por nós visitadas, a que guardava com mais fidelidade suas características originais. Atualmente ela está em ruínas, pois foi demolida por estar ameaçando desabar. Fato semelhante ocorreu alguns anos antes com a chaminé do engenho, que também foi derrubada antes que ruísse. Restou da casa-grande do Cedro, parte da sua história sob escombros. Contudo, se houver algo que possa ser feito, remanescem do conjunto as casas mais modestas no entorno da construção principal, que abrigam trabalhadores da atual fazenda, o curral e os restos do maquinário do engenho anexo a casa.

Pessoas que habitaram e fatos que ocorreram nos, ou ligados aos engenhos sergipanos, podem ser conhecidos por meio da leitura de obras de pesquisadores da História de Sergipe. Maria Thétis Nunes, Orlando Dantas, Armindo Guaraná, Clodomir Silva, Fernando Soutelo, Terezinha Oliva, dentre outros que deixamos de citar, não pela injustiça do esquecimento, mas pelos limites deste espaço. Como ainda temos histórias para contar, vamos retornar ao nosso ponto de partida, para que possamos explorar melhor o potencial arquitetônico do Vale do Cotinguiba. Vamos a Maruim, Riachuelo, Divina Pastora e Laranjeiras, encerrando nestes municípios o nosso roteiro de turismo histórico de Sergipe.

* Colaboração: Danielle Virginie Santos Guimarães- Mestre em Educação e professora substituta do Núcleo de Teatro da UFS.

Texto e imagens reproduzidas do site: jornaldacidade.net

Passarela do Caranguejo, Orla de Atalaia, em Aracaju/SE.





Fotos reproduzidas do site: farturagastronomia.com.br

sábado, 26 de setembro de 2015

Blitz educativa com crianças, em Aracaju

Crianças participam de conscientização a motoristas.
Blitz educativa com crianças, chamou a atenção dos motoristas
que passavam pela avenida Beira Mar, em Aracaju/SE.
Foto reproduzida do site: jornaldodiase.com.br

Exposição marca os 49 anos da Galeria Álvaro Santos

Foto: Funcaju.

Infonet > Cultura > Noticias > 25/09/2015.

Exposição marca os 49 anos da Galeria Álvaro Santos
Exposição Visitando o Passado segue até o fim de outubro

Em 26 de Setembro, há 49 anos, o Prefeito Godofredo Diniz inaugurava a Galeria de Arte Álvaro Santos (GAAS). A primeira Galeria de Arte oficial do Estado de Sergipe foi patrocinada pelo poder público do município e vinculada à Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). E para comemorar essa data foi aberta na noite de ontem, 24, a exposição intitulada de "Visitando o Passado". Composta por obras de artistas consagrados no cenário das artes plásticas, perpetuando assim a memória de nomes como Jota Inácio Horácio Hora, Antonio Maia, François Hoald, entre outros.

O diretor da Galeria, Luiz Adelmo, falou sobre a importância da unidade da Funcaju para Sergipe em todos esses 49 anos de existência. "Desde a sua criação a Galeria tem o dever de ser vitrine dos artistas sergipanos, aqui é o local onde eles encontram a oportunidade de mostrar o que desenvolve em seus ateliês. Sendo uma instituição do poder público, não é um local de venda, mas sim uma ponte entre o artista e o comprador. E essa comemoração de hoje é uma oportunidade de mostrar ao público jovem um pouco do que já se passou por aqui".

A professora de artes visuais, Lizandra Oliane, parabeniza a galeria e fala do incentivo que ela dá aos novos e velhos artistas. "A Álvaro Santos é um espaço muito acolhedor, onde ocorrem encontros dos consagrados e dos iniciantes artistas. Como professora, percebo que os alunos ficam estimulados a também produzir para poder expor aqui. Além, de formar futuros curadores, os estagiários que passam por aqui tem a oportunidade de aprender a montar exposições e isso nos da a certeza de continuidade".

Andres Santos, que já frequenta a Álvaro Santos, veio prestigiar a noite a convite de uma amiga e ficou encantada com as obras que encontrou. "A GAAS sempre nos da à oportunidade de conhecer os melhores do nosso Estado, tantos os que estão surgindo como os que já são consagrados e essa exposição em comemoração aos 49 anos de existência é a prova disso. Hoje podemos fazer um passeio na história artística de Sergipe e estou muito feliz em poder fazer parte dessa comemoração", diz.

O espaço realiza com frequência exposições de artistas locais, nacionais e internacionais, incluindo também lançamento de livros, exposições de telas e esculturas, além de debates e saraus.

A exposição seguirá até o final de outubro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e nos sábados das 9h às 13h, na Galeria de Arte Álvaro Santos, localizada na Praça Olímpio Campos, centro de Aracaju. Mais informações pelo fone: (79) 3179 - 1308.

Fonte: AAN.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Academia de Letras de Aracaju é instalada

Foto: Ascom.

Infonet > Cultura > Noticias > 25/09/2015.

Academia de Letras de Aracaju é instalada
Tem como presidente o professor, escritor e poeta Gustavo

A cultura sergipana ganhou um novo espaço de difusão na última quinta-feira, 24, com a instalação da Academia de Letras de Aracaju (ALA). A cerimônia, realizada no Auditório da Sociedade Semear, contou com a presença de importantes nomes dentro do Estado.

Fundada oficialmente em 18 de abril de 2015, a ALA tem como presidente o professor, escritor e poeta Gustavo Aragão. Segundo ele, a academia busca manter o vínculo imprescindível com a cultura, almejando a autenticidade, o movimento, a integração e a harmonia. “Apesar de conservar princípios tradicionais, a Academia pretende ser dinâmica, interligando saberes numa atmosfera de plena paz entre seus membros. Além disso, a ALA tem como patrono um dos mais renomados poetas de Sergipe, o saudoso Santos Souza”, relatou.

Dois diretores da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) estão entre os 20 membros fundadores da Academia, que é composta por escritores, artistas, professores, historiadores, poetas e jornalistas. O diretor de Fomento e Política Cultural, Lindolfo Amaral tem como patrono o ator Mariano Antônio e o diretor de Formação Edição e Memória, Mário Britto, tem o artista plástico, Jenner Augusto.

Segundo Lindolfo Amaral, participar da Academia de Letras de Aracaju é uma honra, na medida em que divide espaço com vários outros colegas das letras e das artes. “A pluralidade é o que compõe essa Academia. É uma honra estar ao lado de nomes como Ilma Fontes, Mario Britto, Antônio da Cruz, e tantos outros”, contou.

Da mesma forma, para Mário Britto, fazer parte do seleto grupo que integra a Academia é uma honra, ainda mais por ter como patrono o artista plástico Jenner Augusto. “A Academia tem o objetivo de congregar. Quando você tem um projeto e ele é levado para um espaço como este, você realiza com muito mais garra. Então estar hoje como membro da Academia é motivo de muita satisfação pessoal e quero colocar esse meu tempo, a minha dedicação para a cadeira que ocupo, a cadeira de Jenner Augusto”.

Patrono da Academia

Numa reunião realizada no dia 17 de julho, com a presença dos membros fundadores, onde foi definida a data para instalação solene e pública, e os nomes dos patronos das primeiras 20 cadeiras foram indicados e aprovados, definiu-se o poeta Santo Souza como o patrono da Academia.

Para a Secretária Geral da ALA e neta do patrono, Ilmara Cristina, a Academia de Letras de Aracaju vem para somar e para fomentar ainda mais a cultura dentro da Capital e de Sergipe. “Nós estamos trazendo para as cadeiras da academia nomes maravilhosos que vem trabalhar para sociedade sergipana, para fomentar ainda mais a cultura. É uma alegria para mim como neta do poeta Santo Souza estar dentro da academia e ele ser o patrono da academia, é algo inigualável, não dá nem para mensurar a alegria deste momento”.

Fonte: Ascom Secult.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A Trajetória da Atriz e Bailarina Tetê Nahas

O Diabo de " Auto da Barca do Inferno" 
é um dos personagens mais lembrados da Atriz.

Urânia de " Antonio Meu Santo" 
é a personagem mais popular da Atriz.

 Tetê também é bailarina e cantora.

 Ela participou de diversos grupos como o 
" Imagem" dirigido por Cícero Alberto.

Publicado originalmente no blog Pedro Carregosa, em 14/12/2010.

A Trajetória da Atriz e Bailarina Tetê Nahas
Por Osmário Santos/Jornal da Cidade.

Valdelice de Matos Santos nasceu em Aracaju, no dia 20 de outubro de 1966. Ela foi a sexta filha do casal Jonas Xavier dos Santos e Valderez de Matos Santos. Desde pequena recebeu o nome de Tetê Nahas.

O pai, Jonas Xavier, era de Maruim, de uma família bastante humilde, com dez filhos. Vieram tentar a sorte em Aracaju e Jonas foi trabalhar no comércio, mas não gostava do trabalho. Ao invés de vender, procurava passar o tempo lendo. Foi quando se tornou pescador. Homem rude e ao mesmo tempo sábio, passou para os filhos muitos valores de honestidade e ética.

Aos 18 anos Jonas Xavier se apaixonou pela menina Valderez, conhecida como “Cedinha”. Valderez era a única menina em uma casa com oito filhos, ajudava a mãe com os afazeres domésticos. Aos 13 anos de idade, estudante do Colégio Augusto Ferraz, ela se casou com Jonas Xavier. Aos 14 deu a luz ao primeiro filho, Givaldo de Matos Santos, falecido neste ano de 2010. Para ajudar o marido a criar os filhos, foi trabalhar para uma família onde permaneceu por mais de 30 anos.

Do pai, Tetê diz que herdou muito o temperamento, o gosto pela leitura e a forma de ver a vida. “Papai era sábio. Aquele homem não nasceu para viver nesse tempo. A casa era cheia de crianças e jovens que vinham de toda a vizinhança para ouvi-lo falar. Culto, educado, dava verdadeiras aulas. Era meu porto seguro, meu ar, meu chão” afirmou Tetê.

Já da mãe ela diz que herdou a aptidão artística e o amor pelas crianças. “Enquanto Papai era minha consciência, minha segurança, mamãe é meu impulso. Mulher guerreira, atrevida, lutadora. Mãe na essência nos deu e nos dá ate hoje um amor incondicional. Amor como o que ela tem eu nunca vi na vida. Ela é minha força, minha coragem, minha luta e minha fé na vida.Quisera ter um terço da força que ela tem”, acrescentou a atriz e bailarina. Tetê também traz uma tia paterna, Catarina Xavier, como referência. “Titia me adotou e somos muito parecidas, ela parece muito no jeito com papai. Ajudou muito na minha criação. por causa dela me tornei uma tia e uma irmã presente para a minha família”, afirma.

As primeiras letras ela aprendeu na vizinhança, em uma escolinha de uma professora do bairro Santo Antonio, onde nascera. Foi a própria que a levou para estudar. Depois ela entrou no Colégio Castelo Branco, onde ficou muitos anos. Lá se destacou nos estudos, nas artes e também nos esportes. Tetê fez atletismo e ganhou diversas medalhas na época.

Um fato interessante na escola, ela nunca respondia a chamada porque não chamavam nenhuma Tetê, mas Valdelice, seu nome. Tetê foi registrada como Valdelice de Matos Santos, conforme vontade da mãe, mas desde pequena é chamada de Tetê Nahas. O pai dela, senhor Jonas, queria que o nome fosse Tetê Nahas, segundo ele Tetê significava pele e Nahas na raça e na força. E, de fato, desde pequena, Tetê demonstrou ser dona de uma forte personalidade. Foi nas festas da vizinhança, enquanto dançava e aprontava, que ela foi descoberta para as artes.

O ator Douglas, vizinho de Tetê, levou-a para fazer um espetáculo em que precisavam de uma criança. “Douglas foi um irmão mais velho, aliás, a família dele me acolheu como se eu fizesse parte dela e fiz. Somos irmãos, amigos, primos, escolhidos pela vida”, agradece Tetê. E foi assim que a atriz começou suas atividades aos cinco anos, na peça “As aventuras de Jujuba e Teteca”, de autoria do falecido diretor Bosco Scaffs, com produção do Grupo Grifacaca, ainda nos anos 70.
Depois, seguiu no grupo teatral Check-up, onde era a mascote, participando de espetáculos e principalmente recebendo todo o legado do mestre Bosco Scaffs.

Então, desde pequena que Tetê se envolveu nas artes e logo cedo começou a viajar para os festivais e se envolver com a cena artística. Como tinha um tipo físico forte, todos pensavam que ela tinha mais idade. Bosco Scaffs fazia espetáculos ousados como Assinax e Inri “O ato da iluminação”,

“Eu era menor de idade e ainda tinha censura, então, na época em que os censores iam fazer os ensaios eu me escondia. Mas em cena, ninguém acreditava que eu tinha 15, 16 anos”.

Sobre o mestre Bosco Scaffs, a palavra é gratidão: “Devo a Bosco e a Douglas o que sou. Quem eu me tornaria se Douglas não tivesse me enxergado ali em uma festinha e me levado a Bosco?

E ele, que tanto me ensinou, sobre o artista completo, sobre a vida, sobre liberdade, sobre arte. Bosco Scaffs foi uma das melhores pessoas que eu conheci, devo tudo a ele, absolutamente tudo, eu o amo”.
Paralelo ao teatro, Tetê passou a fazer dança. “Bosco sempre dizia que devíamos ser completos, ele dançava muito bem e dava noções para a gente, mas a gente precisava, segundo ele, se aperfeiçoar. Só que me apaixonei pela dança e pelo teatro e me tornei bailarina também. Sempre fui muito tímida, então o teatro e a dança juntos, era a forma de expressar aquilo que não conseguia falar, sentir”.

Como bailarina, participou de diversos grupos de dança, entre os quais o Grupo Raça Real e o Balé Municipal de Dança Contemporânea de Aracaju. “Foi uma época muito rica em termos de cultura, a cena era crescente, eram vários espetáculos, tínhamos prêmios, incentivos, festivais, era maravilhoso, qualquer jovem se empolgava e seguia na arte, pois tínhamos oportunidade”, explica.

Foi como bailarina que Tetê entrou na Prefeitura de Aracaju. Foi lotada para a Escola Municipal de Artes e até hoje dá aulas de teatro. “Nunca imaginei que fosse me tornar professora, mas é algo
que também me realizo muito. Absorvi tudo o que pude de Bosco Scaffs e tento, como ele, 
transformar a vida de algumas pessoas através da arte”, disse Tetê. E lá se vão mais de 25 anos como professora.

Ainda nos anos 80, Tetê integrou o Grupo Imagem. O grupo tinha a proposta de unir a dança, teatro e música e foi idealizado por Cícero Alberto, também ex-integrante do Grupo Check-up, de Bosco Scaffs. “No Imagem foi uma experiência fantástica, dançamos, pintamos e bordamos. É um dos grupos de teatro mais importantes do Estado, fiz meu primeiro personagem marcante, a Mona Lisa, em ‘Salve-se quem puder’, saudades…”, relembrou a atriz.

Paralelo ao Imagem, Tetê participou ainda do grupo Asas de Teatro. O Asas foi dirigido pelo baiano Paulo Barros. No grupo, a artista ganhou um prêmio como iluminadora por “A Floresta do Alinhamento”. Ela utilizou apenas duas lanternas para fazer o espetáculo e se destacou pela ousadia e criatividade.

Aliás, essa é uma marca presente no trabalho da atriz. Ousada, criativa, intensa, bastante dedicada. De 1988 até 1990 se dedica mais à dança e à música. Participa então da banda Zé Yeddo, que cantava músicas folclóricas. “Valfran de Brito me convidou a fazer parte desse projeto e acabei me envolvendo muito com a música. Além dele participavam Itamar Freiras e Eliude, Passos, pessoas queridas”, relembrou. Ela também foi backing vocal do cantor Tonho Baixinho.

Foi em 1991 que foi convidada para o Grupo Imbuaça. “Rivaldino Santos, muito meu amigo, tinha trabalhado comigo em outros grupos. Foi ele o portador do convite do Imbuaça. O grupo já era célebre e eu tinha uma carreira já consolidada. Aos 25 anos decidi me dedicar a essa nova fase de minha carreira, fazendo teatro de rua, com literatura de cordel, uma linha de atuação mais popular” lembra.
Foram 17 anos e seis meses no Grupo Imbuaça. “Fiz muitos trabalhos e personagens marcantes, aprendi muito, viajei, conheci outros países. O Imbuaça me deu muitas oportunidades. Jamais esquecerei de minha Filismina de A Farsa dos Opostos, Das Mulheres de Eurípedes, do Diabo, de O auto da Barca do Inferno e de Tereza, de Além da Linha D’água, escrita especialmente para mim. Foi nesse espetáculo que nós, do Imbuaça, contracenamos com Marília Pêra. Isso sem falar, claro, daquela que não me abandona, Urânia de Antônio Meu Santo”, afirma a atriz, que deixou o grupo em 2008 para se dedicar mais a família.

Urânia fez tanto sucesso que Tetê, a convite do produtor Fernando Petrônio, desde 2003 grava uma participação especial no São João da Gente, da TV Sergipe. Em 1992, como muitos atores sergipanos, participou de Tereza Batista, minissérie da Rede Globo. Em 2007, gravou o filme “Orquestra dos Meninos” dirigido por Paulo Thiago.

A estreia como diretora com o Espetáculo “Conto ou Não Conto”, em janeiro de 2001, baseado no livro “Contos de Vida e de Morte”, de Carlos Cauê. Não parou mais. O infantil “No Reino do Encantamento”, com a Companhia de Teatro da Fundação Pedro Paes Mendonça, marca a estreia como diretora em espetáculos infantis. Depois vieram os espetáculos “Andantes (2002)”, da Companhia Usina de Teatro, Decadência (2005), da Companhia de teatro Rota, “Sete noivas para sete irmãos (2003)”, da Companhia de Teatro da Fundação Pedro Paes Mendonça. Tudo isso sem falar de “Nunca é Tarde(2006)” do grupo Troteatro de Espetáculo e de “Viva, A vida em um ato” monólogo de Carlos Cauê interpretado por Luís Carlos Reis. Um espetáculo marcante para a atriz a “Paixão de Cristo (2000), realizada todos os anos no povoado Serra do Machado em Ribeirópolis, que é uma produção encenada por mais de 60 atores. A atriz também dirigiu o primeiro espetáculo infantil do Grupo Imbuaça. “O Natal da floresta dos Ursinhos (2006)” e fez a assistência de direção e as coreografias do espetáculo “Desvalidos (2004). Recentemente montou os musicais “Saltimbancos”, e “O Mágico de Oz” para a Nossa Escola, o espetáculo contou com um elenco composto por mais de 200 alunos.

“Sou muito família. Amo meus cinco irmãos, fui tia aos 12 anos e tentei ser o mais presente possível na vida dos meus sobrinhos, que também amo de paixão. Mas ter um marido e um filho é algo indescritível. Realmente a gente muda os valores, os pensamentos, toma decisões mais acertadas. Agora me sinto completa”. Afirmou a atriz e bailarina que no fim do ano se forma em artes cênicas pela UFS.

Texto e imagens reproduzidos do blog: pedrocarregosa.wordpress.com

Bosco Scaffs foi ator, diretor, escritor, compositor, astrólogo e artista plástico.

 Bosco Scaffs

 Bosco Scaffs viveu apenas 40 anos mas teve trrajetória marcante.

 O grupo check up, criado por Bosco Scaffs, 
fazia laboratórios em vários espaços.

 Os atores bailarinos de Bosco Scaffs foram até 
a manguezais para fazer laboratórios.

Bosco Scaffs em " O dia que sergipe se tornou independente"
no Teatro Popular de Aracaju.

Publicado originalmente no blog Pedro Carregosa, em 14.01.2011.

Bosco Scaffs, Uma trajetória de talento!
Por Tetê Nahas*

Falar de Bosco Scaffs é como falar de mim mesma. Foi este homem, este jovem na época, que me acolheu menina como uma filha, e muito me ensinou sobre dança, teatro e música. Sou de origem humilde, mas graças a ele consegui vencer na vida fazendo arte.

Ele soube extrair o melhor de mim e me estimulou dando respostas. É o meu mestre. Fui testemunha dos ensinamentos de Bosco Scaffs nos anos 70 até 1984, quando ele voltou ao Rio de Janeiro. Comecei a trabalhar com ele ainda pequena, por volta dos seis ou sete anos de idade, e isso durou até os meus 18 anos. Nesse tempo, participei de montagens, mas não atuei em todas, por causa da idade, porém aprendi com ele muito do que sei como atriz, bailarina e cantora – artista. Além desse testemunho, fiz entrevistas com o diretor Cícero Alberto, o os atores Izete Oliveira, Fernando Petrônio e Antônio Vieira, pessoas que trabalharam com Bosco Scaffs e que me ajudaram na construção dessa memória. Também contatei a sua irmã Maria Helena Mendonça e a sobrinha, Juliana Mendonça que me passaram informações importantes.

Por não conseguir classificar a obra de Bosco Scaffs, há uma tendência nossa, herdeiros dele, de afirmar que ele possuía uma linguagem própria. Temos a certeza do vanguardismo dele diante de tudo o que foi feito. O teatro de Sergipe nos anos 70 seguia uma tendência ao clássico, aos cenários grandiosos e textos de autores consagrados como por exemplo, Gean Francesco Guarnieri e Maria Clara Machado.

O grupo Imbuaça trouxe a proposta inovadora de fazer teatro na rua em versos de cordel e mudou a história do teatro ergipano, passando a influenciar outros grupos. Por sua vez Bosco Scaffs revolucionou o teatro sergipano, ao discutir os problemas sociais, sem seguir as regras daquele momento. Ele criava as próprias regras. Apesar de chocar, ele não tinha essa intenção. Na verdade Bosco Scaffs queria chamar a atenção. Ele gostava de discutir mostrando novas formas de pensar os temas e os assuntos.Tanto o Imbuaça quanto Bosco Scaffs estiveram à frente do seu tempo e mudaram as tendências pré-estabelecidas. Por isso ambos podem ser considerados de vanguarda em Sergipe.

Bosco Scaffs é o nome artístico de João Bosco de Mendonça que nasceu na cidade de Aracaju, em 25 de março de 1950.Segundo sua irmã, Maria Helena Mendonça e a sobrinha Juliana Mendonça ele foi o oitavo em uma família de 10 filhos. O pai era o açougueiro, Pedro Francisco de Mendonça, e a mãe, a dona de casa Helenita Ribeiro de Mendonça. A irmã conta que desde pequeno o Bosquinho, como era chamado pela família, demonstrou tendências artísticas. Ele foi criado no Bairro São José, próximo ao centro da Capital e assim que terminou o Ensino Médio foi estudar na Bahia, onde freqüentou a Escola de Belas Artes da UFBA. Em 1979, começou a lecionar dança e teatro no Colégio Estadual Atheneu Sergipense – um dos principais colégios públicos do Estado, responsável pelo ensino considerado de melhor qualidade na época e responsável também por formar importantes intelectuais sergipanos

Em suas produções Bosco Scaffs sempre se destacou por sua irreverência e formidável dom artístico, criando diversos textos para o teatro como ‘Assinax’, ‘As Aventuras de Jujuba’, ‘Teteca’ e texto em Cordel, entre outros. Possuía uma postura na arte de ensinar, um brilhante ofício de representação que encantava os alunos, colocando-os no caminho da descoberta e do desafio estimulante.

Segundo informações do diretor Cícero Alberto ele criou o grupo Check up no SESC – Serviço Social do Comércio e o dirigiu durante algum tempo.

Entre os espetáculos de Bosco no Grupo Check Up, ‘INRI – O ato da iluminação’ e ‘Assinax’ foram os que causaram maior repercussão, nos anos de 1982 e 1983. Naquela época havia censura e os espetáculos tinham que ser mostrados aos fiscais, então, nós fazíamos um ensaio para a censura, mas no momento que o espetáculo estreava, colocávamos mais coisas que não tínhamos mostrado. Eu tinha 15 anos, e muitas vezes precisava me esconder para que os censores não vissem que uma adolescente estava participando de peças tão ousadas. Cícero Alberto comenta as peças:

Suas peças ‘INRI – O ato da iluminação’, ‘Original até certo ponto’ e ‘Assinax’, geralmente eram uma colagem de quadros que ele alinhavava e conseguia dar uma unidade sem que fosse necessária a preocupação em estabelecer os princípios de começo, meio e fim.

Ainda de acordo com a entrevista de Cícero Alberto, já citada, concedida à TV Sergipe, na peça ‘INRI – O ato da Iluminação’, Bosco Scaffs contava a vida de Jesus Cristo à própria maneira. Jesus Cristo aparecia em uma mesa de bar, jogava sinuca e dançava com Maria Madalena. A Maria Madalena, então, se transformava em uma Pombagira. Depois disso, Bosco Scaffs colocava os atores interpretando todos os Orixás em meio a Jesus Cristo. E no momento da crucificação, Jesus Cristo desiste da cruz e fica em dúvida se vai para a câmara de gás ou para a forca. E finalmente Jesus Cristo se envolve em diversos novelos e morre.

Na concepção desse espetáculo Bosco Scaffs recorreu ao Novo Testamento, que descreve Maria Madalena como uma discípula proeminente de Cristo. Ela é uma das mulheres descritas como acompanhando Jesus na sua missão terrena depois de Ele ter expulsado dela sete demônios. (Mc.16:9, Lc.8:1-3).

Já a Pombagira, é descrita como uma entidade espiritual que assiste apenas a trabalhos de Kimbanda, (o que nas versões européias da bruxaria, corresponde à magia negra), ao passo que muitos afirmam que Pombagira assiste tanto á linha Umbanda (que no esoterismo europeu corresponde à magia branca), como Kimbanda.

Izete Oliveira na mesma entrevista, afirma que ‘Assinax’ é uma missa, e que ele resolveu nesse espetáculo contar a missa em várias línguas, várias regiões, áreas e países. Eu me lembro que para ter acesso a esse espetáculo as pessoas eram obrigadas a passar por debaixo de uma escada e muitos desistiam de assistir por causa disso. Izete Oliveira lembra ainda que depois que as pessoas entravam no hall do Teatro Atheneu eram obrigadas a passar por cima de uma pessoa que estava deitada. Cícero Alberto diz que no hall do teatro vários templos, católicos, budistas e espiritualistas eram montados e a peça já começava a partir do momento que o público entrava. Tinha também um enfermeiro tratando o público como se ali fosse um grande hospício. De fato, Bosco Scaffs sabia como incomodar as pessoas e trazer a tona assuntos que não se queriam discutir. E o espetáculo era resultado daquilo que ensaiávamos. Ele não fazia oficinas, mas os ensaios da peça, já eram verdadeiras aulas.

Em 1984, com o fim do Check Up, ele passou nova temporada no Rio de Janeiro. Segundo entrevista, com seu amigo Antônio Vieira, Bosco foi para o Rio de Janeiro estudar na Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena. Disse Antonio Vieira:

Na ocasião teve aulas com o ator Carlos Vereza, dentre outros, e foi colega de alguns conhecidos atores como por exemplo, Kadu Moliterno. Conheceu e conviveu com atores do grupo do teatro de vanguarda ‘Asdrubal trouxe o trombone’ que na época iniciava a carreira com a peça ‘Trate-me Leão’ no Teatro Rival, que era o QG dos jovens artistas da época.

No retorno a Aracaju criou o Teatro Popular de Aracaju (TPA), vinculado à Prefeitura Municipal, em uma época de muita luminosidade do teatro sergipano. Ele foi convidado por Lânia Duarte, então Secretária Municipal de Cultura. Em entrevista para esse trabalho, Izete Oliveira descreve:

O TPA – surgiu em 1987, quando Lânia Duarte era Secretária de Cultura do Município (atual FUNCAJU), através do projeto da divisão de artes cênicas cuja diretora Izete Souza, disse que o teatro estava ligado ao departamento de difusão e intercâmbio cultural. O principal objetivo era o teatro de rua, com o objetivo de levar um espetáculo “não só se distração, mas de conscientização, abordando temas atuais e de interesse geral”. O grupo contava com a participação de 19 integrantes, a maioria funcionários da secretaria. O TPA não foi criado

para competir com outros grupos, e sim para dar oportunidade aos artistas que trabalhavam no órgão, e que normalmente, (na maioria das vezes), deixavam a vida artística de lado por falta de tempo. O TPA foi uma alternativa para os artistas que trabalhavam na secretaria não perderem seu vínculo com a arte. A direção artística do grupo ficou a cargo de Bosco Scaffs, ator, diretor e autor. Todos os trabalhos apresentados pelo grupo foram criação do referido diretor.

Além de diretor, era ator, bailarino, compositor, escritor e poeta. Ainda segundo seu amigo Antonio Vieira:

Bosco Scaffs estudou astrologia por conta própria, tornando-se um astrólogo autodidata. Guardava diversos compêndios sobre astrologia e por algum tempo teve como hobby fazer mapa astral para os amigos. E acertava sempre. Era mais um dom que ele tinha. Era espiritualista, acreditava em reencarnação e na existência de outras dimensões. Foi durante longo tempo simpatizante do Espiritismo Kardecista, sem no entanto, tornar-se seguidor do credo. Tinha uma religiosidade própria.

Faleceu com complicações decorrentes do vírus HIV em 02 de Janeiro de 1991. O TPA foi o último trabalho do diretor.

Bosco Scaffs foi homenageado pela Câmara de Vereadores de Aracaju, que atribuiu seu nome a antiga Rua 6, do Loteamento Parque Beira-Rio, através da Lei 2329/95, sancionada pelo então Prefeito José de Almeida Lima em 1995.

Também foi agraciado pelo SESC – Serviço Social do Comércio, que em 1998, instituiu o troféu Bosco Scaffs, para premiar os melhores do teatro naquele ano.

No Memorial do Teatro Sergipano, localizado no Complexo Lourival Batista existe uma placa em sua homenagem, de onde foram extraídas parte das informações acima.

(* Atriz, bailarina, diretora, coreógrafa e professora de teatro e dança).

Texto e imagens reproduzidos do blog: pedrocarregosa.wordpress.com

Artesanato sergipano, Mercado Antônio Franco, Aracaju

Foto/Legenda: Tanit Bezerra.
Reproduzida do blog: cartao-postal-tanitbezerra.blogspot.com.br

Artesanato Sergipano

Foto: César Oliveira/Acervo Emsetur.
Reproduzida do site: rcaturismo.com.br

Artesanato Sergipano

Foto: César Oliveira.
Reproduzida do site: aracaju.se.gov.br

Tito Garcez exibe fotografias inspiradas no folclore de SE

Gabriele, brincante de Reisado de Itaporanga d'Ajuda.
Crédito - Tito Garcez em Laranjeiras (2014).

Infonet > Cultura > Noticias > 23/09/2015.

Folclore sergipano é tema de exposição na Argentina
Tito Garcez exibe fotografias inspiradas no folclore de SE

O fotógrafo e turismólogo sergipano Tito Garcez iniciou na última segunda-feira, 21, a exposição de imagens "Sergipe: los rostros de su folklore" (Sergipe: os rostos de seu folclore) em Córdoba, na Argentina. A iniciativa, que faz parte da programação da Semana Cultural Brasil em Córdoba, foi inspirada no Encontro Cultural de Laranjeiras e exibe 25 fotografias de grupos do interior de Sergipe. Até o dia 26 de setembro o material ficará exposto no Centro de Enseñanza de Portugués para Extranjeros (CEPE), realizador do evento junto ao Consulado do Brasil.

De acordo com o fotógrafo, a ideia da exposição é proporcionar que os visitantes, sejam argentinos ou brasileiros, possam conhecer mais um aspecto da cultura do Brasil. “O objetivo é que mudem um pouco a imagem sobre nossas manifestações. E nada melhor do que mostrar o rosto de sergipanos que ajudam a manter a mais tradicional cultura popular do estado. Para mim, a sensação de expor é ótima. É bom fazer com que as pessoas conheçam coisas novas e que saibam da existência de algo tão rico, mas que muitas vezes não é valorizado dentro do próprio país”, declarou Tito Garcez.

A exposição conta com fotografias dos grupos: Reisado Dançando com Arte, da Barra dos Coqueiros; Reisado Santo Antônio, de Itaporanga d'Ajuda; Batalhão São Pedro, de Santo Amaro; Guerreiro Magia do Viver, também de Santo Amaro; e Guerreiras Negra do Quilombo Patioba, de Japaratuba.

O projeto de fotografia deve estar presente em outros eventos não só na cidade de Córdoba, como em outras províncias argentinas. “A fotografia é uma das formas de divulgar qualquer cultura. Sendo assim, vejo que esse é o melhor modo de fazer com que as pessoas sejam atraídas pelo colorido e alegria das manifestações folclóricas sergipanas. E a partir do momento que conquisto a atenção delas, posso falar mais sobre o tema”, pontuou.

Tito Garcez fotografa desde a adolescência e mantém um arquivo extenso de imagens relacionadas à Sergipe, outros estados brasileiros e ainda algumas localidades da Argentina e do Chile. Alguns de seus trabalhos contemplam o registro fotográfico da Lagoa Redonda, em Pirambu, Parque dos Falcões, na Serra de Itabaiana, e também as cidades históricas de São Cristóvão e Laranjeiras.

Fonte: Assessoria de Imprensa.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Paisagismo no Centro marca o Dia Mundial Sem Carro



Fotos: Portal Infonet.

Infonet > Cidade > Noticias > 22/09/2015.

Paisagismo no Centro marca o Dia Mundial Sem Carro
Os pedestres puderam circulam livremente pelo local

As Ruas José Prado Franco e Travessa Hélio Ribeiro no entorno da praça General Valadão, situado no centro da cidade, ficaram fechadas para a passagem de veículos. A iniciativa é da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) em alusão ao Dia Mundial Sem carro.

Na ocasião, as ruas do centro foram ornamentadas com plantas, gramas e um banco, tomando o lugar dos automóveis e os pedestres puderam circulam livremente pelo local.

Quem passou pela rua se surpreendeu com o que viu e aprovou a iniciativa. Um deles foi o estudante Siloe Sostenes. “Não estava sabendo o que era e parei para tirar foto. Achei muito diferente e muito importante porque aqui é um centro comercial com passagem de pedestres. Seria bom se ficasse isso aqui mais tempo”, avalia.

No local, serão realizadas apresentação do grupo de Teatro “Os cones” da SMTT, oficinas e palestras abertas a toda a comunidade.“Convidamos escolas do município. A gente humaniza as ruas para que as pessoas sintam o prazer de circular por aqui", conta a supervisora da SMTT,

O superintendente da SMTT, Nelson Felipe diz que o objetivo é conscientizar a população para o não uso do carro. “A importância é mostrar que é possível viver sem carro e que existem outras formas de viver sem o veículo, ou então, de se reduzir o uso do automóvel”, conta.

Por Aisla Vasconcelos.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/cidade

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Aldeia Indígena Xokó: 36 anos de uma conquista

 Manifestações culturais.

 Ruínas do antigo convento.

 Cacique Bá.

Crianças também participaram da comemoração.

Publicado originalmente no site Sergipe Cultural, em 11/09/2015.

Aldeia Indígena Xokó: 36 anos de uma conquista

Há 36 anos aquela que é atualmente a única tribo indígena reconhecida em Sergipe obteve uma conquista histórica. No dia 09 de setembro de 1979 a tribo Xokó retomou o território da Ilha de São Pedro, que fica localizada no município de Porto da Folha, no Sertão sergipano. Em comemoração à data, a aldeia realizou na manhã da última quarta-feira, (09), uma série de festejos como reafirmação da cultura local.

A tribo Xokó é resultante de uma miscigenação de vários grupos étnicos, que se encontraram ao longo do tempo, tanto por remanejo imposto pela Igreja, como também, por índios refugiados do sistema escravista e que se agruparam a outros coletivos. Após terem desaparecido por cerca de um século, mas que a partir do apoio de antropólogos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), representantes da igreja católica, movimentos estudantis e sociais, o grupo conseguiu reafirmar sua identidade.

A comunidade conta atualmente com cerca de 90 grupos familiares, resultando num total de 450 indígenas que habitam a Ilha de São Pedro, localizada às margens do Rio São Francisco. Apesar de ter perdido com o tempo parte das suas tradições, principalmente a produção da cerâmica, uma referência que ainda identifica o Povo Xokó, algumas das manifestações culturais ainda sobrevivem. É o caso da dança do Toré e do Ritual Sagrado Ouricuri.

Representando a aldeia desde os seus 20 anos, o cacique Bá explica que uma das principais dificuldades encontradas para perpetuar as tradições, foi a chegada de instrumentos tecnológicos à tribo. Para ele, aquilo que deveria auxiliar às vezes atrapalha. “A tecnologia por um lado é importante para gente, por conta da televisão, internet e celular, mas por outro é preocupante, pois os jovens agora já não têm tanto interesse em seguir com os costumes locais, mas nós ainda estamos tentando manter e passar para eles”.

A data

A primeira tentativa de retomada da Ilha de São Pedro aconteceu em 1978, mas os Xokó acabaram expulsos do território. Em 09 de setembro de 1979, a Tribo contou com a ajuda de diversos movimentos, retomando assim, o local que ainda é conhecido por muitos como Caiçara. Segundo o cacique, esta é a data mais importante para comunidade. “Nós comemoramos o dia 09 de setembro porque ela representa a retomada do nosso território”.

Igreja de São Pedro

Tombada pelo Governo do Estado de Sergipe desde 1984, e construída em alvenaria de pedra, a sua história retrata o início da colonização da região no século XVII. Restaurada em 2011, pelo Governo do Estado, a igreja tem ao seu lado uma ruína daquilo que teria sido o antigo convento de frades, também construída em alvenaria de pedra da região.

Para historiador e diretor de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, Marcos Paulo, o monumento é uma representação histórica para a comunidade. “A igreja é um patrimônio que faz parte da história da missão implantada pelos capuchinhos franceses na aldeia. É importante que haja um processo de educação patrimonial na comunidade para que ela seja mantida e bem cuidada”.

Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.se.gov.br

Folclore Sergipano

.Foto reproduzida do site: pousadaabais.com.br

Folclore Sergipano.

Foto: Edosn Araújo.
Reproduzido do site: infonet.com.br/cultura

Folclore Sergipano

.Foto reproduzida do site: jornaldacidade.net

Folclore Sergipano

 Grupo Cacumbi.

 Guerreiro
Fotos: César de Oliveira.
Reproduzidas do site: infonet.com.br/verao/2012