Minha mãe é uma
pessoa de energia impressionante, de uma
jovialidade que chama a atenção", descreve Rodrigo.
Publicado originalmente no site do Correio Web, em 18 de novembro de 2014.
As lições de Teresa.
Por Tereza Rodrigues.
Quem é a mulher, filha de comerciantes pernambucanos, que
desbravou Brasília desde 1960. Ela cresceu com a cidade e, a despeito de todas
as desventuras da vida, consegue manter a família desmedidamente unida
“Pense numa pessoa de
sorte. Essa pessoa sou eu”, resume Teresa Sobral Rollemberg, que, aos 83 anos,
diz que sabe bem o que é felicidade. “Agradeço a Deus todos os dias pela
família que tenho, os amigos, a saúde, a paz”, completa a mãe do governador
eleito no Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
Ele é o oitavo de 15 filhos e agora se destaca em uma prole que já tem
110 membros, entre 42 netos, 18 bisnetos (sendo dois em gestação) e os
agregados – que são incluídos na lista só quando formalizam o relacionamento.
“Quando é namoro ainda não conta”, esclarece a matriarca.
Mas talvez sorte não seja a palavra certa para definir os
motivos que levaram dona Teresa a ter uma vida exemplar e servir de inspiração
para as dezenas de pessoas que convivem com ela todos os dias. Não é em destino
que ela acredita, prefere dizer que é feita a vontade de Deus. Mas
imediatamente concorda que, quando fazemos o bem, é o bem que retorna para nós:
“Eu penso que não precisava de tanto mandamento, tanta lei, constituição: a
principal é amar a Deus e ao próximo como a si mesmo”, diz.
A fé é, para ela, mais que uma virtude. É um direcionamento.
“As pessoas deveriam fazer mais por amor, praticar a solidariedade. Quem me
dera conseguir transmitir aos meus filhos o que eu sinto. É a coisa melhor do
mundo confiarmos em Deus.” Mesmo que talvez não tenha ideia da dimensão do
êxito nesta empreitada, sua parte ela faz, nas aulas de catecismo. Ela foi a
professora de todos os filhos, netos e agora ensina aos bisnetos. A igreja,
como instituição, não tem dúvidas de que ela instrui corretamente e reconhece a
preparação para a Primeira Eucaristia, que acontece uma vez por semana no
apartamento da família, na 206 Sul.
O netinho Renato Predrosa Rollemberg, de 9 anos, foi da
última turma e comungou pela primeira vez em agosto. “Os encontros não eram
chatos, não, eu gostava mesmo. A gente ouviu as histórias desde que Jesus
nasceu até quando ele foi para a cruz. Agora eu gosto mais de ir à missa,
porque entendo o que o padre fala”, conta. Na inocência de criança, quando é
perguntado o que mais ele aprendeu com a avó, a resposta vem logo: “Ela diz que
não posso brigar com os primos e que devo respeitar os mais velhos”. E
completa, com ar de maturidade: “Queria ter com os outros o mesmo carinho que
ela tem com a gente. Ela é muito legal.”
Os valores, dona Teresa diz que aprendeu com os pais. A
família de comerciantes de hábitos simples se criou em Aracaju e sempre foi
muito unida, apesar de bem menos numerosa que o núcleo que ela formou
posteriormente – são três irmãs e um irmão, já falecido. As duas mais velhas
moram em Aracaju e a mais nova em Brasília. Elas se visitam com frequência e
costumam viajar juntas para fora do Brasil. A caçula Fernanda Sobral tem 65
anos e diz que “Tetê” é a sua “irmãe”: “Nasci quando mamãe já tinha 47 anos, e
Tetê cuidou muito de mim, sempre foi presente e protetora, na medida certa. Os
meus dois filhos são como netos dela”, diz. Fernanda veio para Brasília em 1972
e só se mudou do apartamento da irmã quando se casou, cinco anos mais tarde.
O jeito agregador de Teresa não incomoda os fiéis
funcionários da casa, que já se acostumaram com o movimento. A cozinheira mais
antiga, Maria, está há 45 anos com ela. Marineuza, que está há 37, e Solange,
com 10 anos de casa, dividem-se nas faxinas. “Fazemos tudo do jeito que achamos
que precisa fazer, ela não chama a atenção, não coloca defeito nas coisas. É
muito educada”, conta Marineuza. Maria
tem fama de fazer milagre, já que os almoços servem 20 ou 40 pessoas, todos os
dias: “Ela não deixa faltar e muito menos desperdiçar, não sei como consegue
isso”, elogia a patroa. “Não tem segredo, vou vendo o movimento da casa. Sai
um, chega outro... eles vão comentando quem vai vir e eu faço um tanto que vai
dar para todo mundo”, resume Maria, que tem um fogão “comum” – só as panelas
são maiores do que as de casas pouco movimentadas.
O motorista Luiz Ailton dos Santos trabalha para a família
há 24 anos e diz que todos são muito bons e respeitosos com ele. E não reclama
de não parar quieto: “Busco um neto, levo um filho, vou atrás de uma encomenda
e acho muito bom. Tenho admiração por todos eles.” Hoje o carro é um Palio
Weekend, porque Teresa gosta de espaço – mas, como se vê, é bem modesta –,
entretanto, quando Ailton chegou, eram três veículos: Ailton dirigia um, ela
dirigia outro e o marido, dr. Armando, outro. “Não dava para levar todas as
crianças para o colégio em um carro só, seriam várias viagens”, diverte-se Ailton.
São muitas as histórias desde a infância em Aracaju até a
chegada a Brasília e dona Teresa adora contar os detalhes delas. “Eu sempre
quis ter muitos filhos. Mamãe dizia que nos meus desenhos vínhamos eu, o marido
e 12 filhos. E olha que vieram três de sobra!”, conta, às gargalhadas. “Lembro que já mocinha, terminando o curso
Colégio Sacre-Coeur, no Alto da Boa Vista, fui de férias para casa e falei:
‘Mamãe, reze para eu arranjar um marido, porque, se eu não me casar, vou fazer
um berçário aqui mesmo na sua garagem’. Era como uma meta”. Nas férias
seguintes, Teresa conheceu Armando Leite Rollemberg, de uma família de
políticos tradicionais em Sergipe, e nem quis mais dar continuidade aos
estudos: “Terminei o ginasial e parei, porque sabia que meu destino era outro,
era ser mãe”, conta.
Ao longo de um ano eles namoraram, noivaram e se casaram,
ela com 19 e ele com 29. E a diferença na idade nunca foi problema, mas os
ideais... quase. “Um dia eu contei que queria ter 12 filhos e ele ficou oito
dias sumido. Quando reapareceu, perguntou se eu tinha pensado direito naquilo.
Eu disse que sim, mas que não tinha mudado. Aí ele acabou se acostumando com a
ideia. Mas nunca me cobrou nada, justiça seja feita!”
Os primeiros seis meses de casamento, em meio à campanha
vitoriosa do marido para deputado estadual, foram uma eternidade para a mulher
que sonhava em começar a se perpetuar. Em uma viagem para o interior de
Sergipe, para acompanhar a contagem dos votos, ela confidenciou a uma tia que
achava que estava demorando a engravidar. Recebeu o conselho de fazer uma
novena para Santa Terezinha do Menino Jesus e ali mesmo começou a direcionar as
preces àquela que viria a ser sua santa protetora. “Eu não sabia que ela era
tão milagrosa e que, quando atende, o sinal é a pessoa ganhar uma rosa. Pois
você não acredita que um dia, no meio da novena, eu fui atravessar a rua e me
deparei com uma moça que me entregou umas flores dizendo que ia viajar e não
podia levar no ônibus. Não sei nem como eu tive pernas para voltar para a casa
de minha tia. Sabia que era o começo da realização do meu sonho. E não deu
outra. Saí de lá grávida, acredita?”, narra.
Dos 20 aos 40 anos, Teresa engravidou 15 vezes e todos os
partos foram normais. “O marido depois dizia para eu pedir a Santa Terezinha
para dar uma pausa”, diverte-se. Mas ela só parou quando teve uma hemorragia
forte e o médico disse que se ela não fizesse a ligadura das trompas, ele não
seria mais o médico dela.
Interessante que as dificuldades para criar uma família tão
numerosa nunca foram empecilho para ela acompanhar o sr. Armando nos projetos
de vida dele – o companheirismo e a cumplicidade eram mútuos. Quando ele foi
eleito deputado federal, todos se mudaram para o Rio de Janeiro e, mesmo não
gostando da “cidade grande”, Teresa não se queixou de morar lá por cinco anos.
“Cheguei com quatro filhos e saí com oito”, destaca.
“Quando Juscelino começou a anunciar que Brasília ia ficar
pronta, a gente já deslumbrava o paraíso para se criar família grande. Uma
cidade mais calma, com tudo perto, escolinha, supermercado. E isso aqui parecia
uma grande fazenda, mas com uma estrutura ótima. O apartamento é excelente até
hoje, olhe só! Fiquei apaixonada pela cidade e até hoje sou uma grande
admiradora de Juscelino, Lucio Costa e Niemeyer. Não me canso de dizer.”
E dona Teresa se lembra com vivacidade de quando Armando foi
nomeado pelo presidente João Goulart a ser ministro do Tribunal Federal de
Recursos, hoje Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Chegamos muito animados. O
baile de gala da inauguração da cidade foi inesquecível.”
Os 28 anos de serviço público do marido renderam conforto,
conta ela, mas luxo não: “Nós nunca precisamos disso, sempre fomos simples e
passamos isso para os filhos. Lembro que uma das coisas difíceis naquela época
era ter lençóis sempre limpos para tantas beliches e bicamas. E um dia chegou
uma encomenda para o Armando que resolvi abrir. Eram lençóis ótimos, de
algodão, e eu fiquei numa felicidade só. Lembro até do cheiro. Mas quando ele
chegou em casa, ficou admirado e guardou tudo de novo na caixa, disse que ia
devolver porque aquilo não era certo. Não gostava de receber presentes de quem
ele não conhecia.
Tempos depois, ele me mostrou no jornal um nome: o remetente
da encomenda estava sendo julgado e nós ficamos aliviados por não ter aceitado”. A fama de “durão” do sr.
Armando atravessou os tempos de ditadura e o acompanhou até sua morte, em 1994
– um duro golpe da vida para a mulher que se diz apaixonada por ele até hoje, e
por isso nunca deixa de vestir pelo menos uma peça de roupa preta para
simbolizar o luto.
A ética do pai é inspiração para todos, principalmente para
o filho Rodrigo, que a partir de 1º de janeiro estará no cargo mais alto do
governo do DF. Ele sempre contou com o apoio e os conselhos da mãe em sua
carreira política (leia mais na página 78) e, não por acaso, o QG da campanha
foi o apartamento dela, onde aconteciam reuniões, eram concedidas entrevistas
e, claro, havia sempre um almoço gostoso e quentinho (para ele e para quem mais
estivesse junto) qualquer dia da semana. “Minha mãe é uma pessoa de energia
impressionante, de uma jovialidade que chama a atenção. Vai fazer 84 anos em
janeiro e está sempre alegre, é festeira”, descreve Rodrigo.
Ele não se esquece da mensagem deixada por dona Teresa no
caderninho que circulou entre amigos na primeira campanha que participou, em
1990, para o cargo de deputado distrital. “A primeira escrita foi dela: ‘Quem
não vive para servir não serve para viver’. Vou carregar isso comigo para
sempre”, conta o político, qualificado como um “idealista” por uma mãe que não
gosta de falar em “poder”.
No dia em que Teresa foi à igrejinha de Nossa Senhora de
Fátima fora do horário da missa que frequenta todos os dias para fazer algumas
das fotos que ilustram esta reportagem, uma cena retratou bem seu pensamento em
relação à política. Uma conhecida lhe deu um abraço para felicitar: “O nosso
menino ganhou a eleição”. Ela agradeceu as orações que sabia que tinham sido
feitas e pediu que não baixasse guarda: “Agora vamos rezar para ele fazer um
bom governo.”
No começo da campanha, a mãe acompanhava tudo – lia as
notícias sobre Rodrigo, assistia aos programas na TV, vibrava e torcia para que
tudo acontecesse da melhor maneira possível. Mas na reta final ela decidiu não
assistir mais aos debates, nem se deixar envolver com o tom agressivo que o
envolveu. “Eu ficava numa ansiedade tão
grande... foi horrível”, resume. E logo já muda de assunto, arruma outra
história para contar.
De onde estiver, o sr. Armando deve estar acompanhando os
passos da família Rollemberg. É que ele é até hoje um confidente de tudo o que
dona Teresa sente, gosta, se preocupa ou deseja. Ela escreve para ele (“na
verdade, escrevo para mim mesma”, diz em seguida) quase que diariamente e já
está no 17º diário – que prefere chamar de “caderno”. O primeiro ela intitulou
Meus desabafos e atualmente escreve O que será que Deus quer de mim?. “Tenho um
compromisso de só dizer a verdade, de coração, registrar o que eu sinto naquele
momento. Porque senão eu esqueceria, né?”. De tempos em tempos, ela imprime
algumas cópias e distribui a familiares e amigos.
A neta Gabriela, de 31 anos, é uma que espera ansiosamente
para ler tais textos. “Eu adoro, porque me sinto mais próxima dela. Na correria
do dia a dia, mesmo que a gente se veja sempre, não dá para acompanhar tudo. E
é legal porque ela narra com uma fidedignidade incrível”, diz. Para a advogada,
um diferencial da avó é ser uma pessoa agregadora, já que ela consegue dar
atenção para todos, demonstrar que gosta, que todo mundo é especial: “Não é
fácil manter uma família deste tamanho tão unida.”
E não são poucos os “segredinhos” para conseguir tal feito.
Um deles é fazer o tradicional amigo-oculto de final de ano surtir efeito o ano
todo com um método que a família chama de “protetores e protegidos”. Eles
sorteiam o nome da pessoa que vão proteger ao longo do ano seguinte e têm de
dar uma atenção maior para ela em ocasiões especiais, como na Páscoa e no
aniversário, por exemplo. Com isso, alguns até desconfiam ser protegidos daquele
primo, ou da tia, ou do filho, mas na hora da revelação, no Natal, há sempre
surpresas e acaba virando um momento de festa e alegria.
A boa memória de dona Teresa também é sempre citada como um
caso fora da linha. De fato, ela não confunde nomes – como tantas avós na idade
dela –; guarda datas e locais em que fotos antigas foram tiradas; telefones das
pessoas mais próximas ela sabe de cor (quem consegue isso depois da
popularização dos celulares?) e os aniversários dos familiares nunca passam em
branco. “Ela sempre liga, dá presente, escreve cartão”, descreve Gabriela.
A modesta Dona Teresa diz que não é para tanto: “Eu anoto no
calendário e não gosto quando eles deixam para comemorar em outro dia da
semana, porque acaba embolando. Tem mês que é complicado, viu?”, ri. E conta
que há alguns anos decidiu dar de presente um certo “envelopinho colorido” com
quantias determinadas para cada idade que o aniversariante vai completando. “Eu
sempre ia na rua comprar presente, mas a moda vai mudando, os gostos das
pessoas também, e eu acabava errando. Aí decidi dar dinheiro e cada um compra o
que preferir. Quando é dos pequenos, eu entrego o envelopinho para os pais. E
tem também envelopes para festividades, como nascimento de um, casamento de
outro”, detalha.
A internet é hoje uma grande aliada e dona Teresa adora ter
notícias das pessoas que gosta por e-mail. Criou perfil no Facebook, usa o
WhatsApp para conversar com os filhos e paga todas as contas pelo computador. E
não se considera moderna, diz que é “prática”. Logo que ficou viúva, há 20
anos, ela precisou se inteirar de todas as responsabilidades antes assumidas
pelo sr. Armando: “No começo achei muito difícil, era muita coisa, mas depois
me adaptei”, responde, citando o nome do marido sempre que é perguntada sobre
as lições que a vida ensina.
Um compromisso que assumiu com gosto foi cuidar das terras
que a família tem perto de Formosa, a 74 km de Brasília. Junto com outras 14
pessoas (sócias), dona Teresa investiu há oito anos na plantação de tecas para
fazer o que chama de poupança verde. A árvore, que depois de duas décadas
atinge o preço de madeiras nobres, não requer grandes cuidados, mas dá a ela um
“prazer enorme” visitar os 70 mil pés rotineiramente. “Vou lá pelo menos uma
vez por semana, passo de carro entre as plantas e me inteiro com o gerente se
não está faltando nada na fazenda. Porque temos um gadinho também”, simplifica.
De lá, ela passa ainda no Vale das Palmeiras, outra propriedade da família, na
mesma região, para ver se não está faltando nada e para tomar seu tradicional
banho de ducha. “Temos uma água maravilhosa lá. Milagrosa. É muito raro eu
resfriar, mas, quando isso acontece, vou tomar banho no Vale das Palmeiras e
melhoro”, conta. Ninguém se assusta de ver uma senhora nesta idade embaixo da
água fria, no inverno ou no verão, porque, na verdade, tomar banho frio é um
hábito de dona Teresa. Para ela, este é, inclusive, um dos segredos da saúde de
quem não sente dores e não toma remédio nenhum, nem para dormir, e está sempre
de alto-astral. “Não faço previsão de quantos anos vou viver, mas quero que
ainda sejam muitos. E tem uma oração que rezo todos os dias para que, enquanto
eu tiver perna, braço e cabeça, Deus me deixe aqui. No dia que falhar uma
dessas coisas – nisso eu sou muito egoísta – me leve ligeiro. Basta falhar uma
e eu não vou mais querer viver.”
Os cuidados estão na alimentação (o leite é de soja, doces e
frituras são raríssimos e todos os dias ela come um ovo caipira cozido na água,
diversas frutas e pelo menos uma raiz pela manhã – macaxeira, inhame ou
batata-doce); e nos exercícios físicos. Teresa faz questão de caminhar 40
minutos todos os dias e, enquanto assiste ao Jornal Nacional, faz uma série de
ginásticas que ela aprendeu com as fisioterapeutas da Rede Sarah, enquanto seu
filho Ricardo esteve internado lá. “Em tudo eu aprendo alguma coisa boa para
mim”, cita, antes de entrar no assunto doloroso que é a perda de um filho.
Ricardo, o sexto descendente, sofreu um acidente de carro
quando tinha 17 anos e ficou internado por muitos meses. Teve uma recuperação
longa e difícil, mas, contrariando as previsões dos médicos, ficou bom. Veio a
falecer há dois anos, de leucemia. A outra perda irreparável desta mãe foi
quando morreu a bebê Tereza Cristina, que teve uma alergia ao remédio aplicado
depois de uma cirurgia. “Deus quis assim”, resume ela. Para compensar a dor, a
filha que gerou em seguida recebeu o mesmo nome e vestiu as mesmas roupinhas
até o batizado.
Ninguém costuma questionar as decisões de uma mulher de
tanta fibra e personalidade, como é o caso de Teresa Rollemberg. A irmã
Fernanda conta que nem nos momentos de dor ela fraqueja. “Tetê vê que todo
mundo precisa dela e então se fortalece. Isso nos aproxima muito”, diz. De
fato, ao redor da matriarca estão todos os 13 filhos vivos, e grande parte
deles faz vizinhança em um grande condomínio no Park Way. Poucos netos moram
fora de Brasília e praticamente a família inteira viaja junto logo depois do
Natal para as sagradas férias em Aracaju. Neste ano, no entanto, há consenso
entre os membros de que o descanso poderá vir somente depois de formalizar um
dos maiores desafios de toda a linhagem Rollemberg: a posse do oitavo filho de
dona Teresa e sr. Armando – Rodrigo tem a missão de não borrar a impressionante
história escrita até aqui.
Texto e imagem reproduzidos do site: sites.correioweb.com.br
Postagem originária da página do Facebook/MTéSERGIPE.