segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Padroeira de Aracaju, N. S. da Conceição inspira católicos e povos de terreiro na fé



A Catedral Metropolitana de Aracaju celebra 150 anos 
 Foto: Ronald Almeida/Secom PMA



Anderson Gomes, pároco da Catedral Metropolitana de Aracaju


Iyalorixá Angélica de Oliveira, organizadora 
da Lavagem da Conceição
 Fotos: Karla Tavares/Secom PMA

Adriano Oliveira, organizador da Lavagem da Conceição
Fotos: Karla Tavares/Secom PMA.

Publicação compartilhada da Agência Aracaju de Notícias, de 8 de dezembro de 2025 

Padroeira de Aracaju, Nossa Senhora da Conceição inspira católicos e povos de terreiro na fé

A celebração em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Aracaju, reúne todos os anos duas tradições que expressam a identidade cultural e religiosa da capital sergipana: o novenário católico dedicado à santa e a Lavagem da Conceição, realizada pelos povos de terreiro em reverência a Oxum. No sincretismo religioso, Nossa Senhora da Conceição é associada à orixá das águas doces, da fertilidade, da riqueza e do amor. Relação que, ao longo de décadas, moldou práticas, crenças e símbolos da cidade.

Na história da fé católica, a devoção local à Imaculada Conceição remonta ao período da transferência da capital de São Cristóvão para Aracaju, entre 1855 e 1860. Em 1875, foi concluída a Catedral Metropolitana, considerada a Igreja Mãe da Arquidiocese, consolidando a presença da santa como padroeira da cidade. Segundo o pároco Anderson Gomes, essa relação permanece profundamente enraizada. Para ele, a devoção acompanha a formação urbana e cultural de Aracaju, marcada pela presença da Catedral no centro da capital. “As pessoas que têm mais idade carregam uma devoção profunda à Nossa Senhora da Conceição, porque ela realmente fundou uma geração, uma cultura imbuída na fé católica”, ressalta. Mesmo com a expansão urbana e o distanciamento dos fiéis em relação ao centro da cidade, o padre destaca que, durante o período da festa, muitos devotos retornam à igreja para renovar suas orações e agradecimentos.

Ao falar sobre o significado da santa, o pároco reforça sua dimensão espiritual e seu exemplo para os fiéis. “Para nós, Nossa Senhora da Conceição é a Mãe de Deus, a mulher que acolheu o anúncio do anjo e nos inspira pela humildade, pela esperança e pela capacidade de acreditar. Neste tempo difícil, ela aponta para a luz e para o amor”, disse.

Ao lado da tradição católica, os povos de terreiro também celebram, no dia 8 de dezembro, a força de Oxum por meio da Lavagem da Conceição, que se tornou um dos rituais mais marcantes da capital. O cortejo sai da Colina do Santo Antônio em direção à Catedral, onde ocorre a lavagem das escadarias, gesto simbólico que une fé, resistência e ancestralidade.

Responsável pela cerimônia, a iyalorixá Angélica de Oliveira, da casa Humkpame Karê Le Wi Oyá Güilê Ginan, relembra a origem da celebração, iniciada em 1982 a partir da promessa de oito estudantes aprovados no vestibular. Eles atribuíram a conquista à intercessão de Nossa Senhora da Conceição e de Oxum e decidiram realizar um gesto de agradecimento. “Naquela época só existia a procissão. Terminava a celebração religiosa e a cidade se recolhia. Os estudantes quiseram pagar a promessa, mas foram impedidos de realizar a homenagem na frente da Catedral. Ainda assim, seguiram com a ideia, apoiados pelas tias de um deles, que guardaram o estandarte e o material de divulgação”, recorda.

Sem estrutura e com poucos recursos, os jovens improvisaram a primeira lavagem. “Fizeram tudo com o que havia na praça. Com um balde de água tirado de um espelho d’água. Não havia flores; tiraram das árvores do local. Fizeram buquês improvisados. A caminhada começou ali mesmo”, conta Angélica. O cortejo seguiu até as escadarias e marcou a história da celebração, hoje com 43 anos.

Para a iyalorixá, conviver com as duas devoções representa um aprendizado contínuo. Ela afirma que a fé demonstrada pelos participantes, seja por Nossa Senhora da Conceição ou por Oxum, alimenta a caminhada de todos. “Se a pessoa está ali, é porque confia nas duas. Isso é muito positivo para nós”, diz. A mãe de santo também reforça a importância de desmistificar preconceitos contra as religiões de matriz africana. “A nossa caminhada mostra que não é como ensinam nos livros ou na escola. A fé que levamos é construída com respeito, estudo e tradição”, completou.

O padre Anderson Gomes destaca que as duas celebrações caminham juntas no respeito mútuo. Para ele, reconhecer diferentes expressões de fé é essencial. “A dimensão da fé só é humana e profundamente mística quando respeitamos o modo do outro professar a sua crença. A cada ano, acolhemos a lavagem das escadarias com muito respeito. Onde houver um ser humano promovendo o bem, a paz e os bons valores, ali deve haver acolhimento”, frisou.

Programação

Católicos: Com o tema ‘Celebremos os 150 anos da Catedral, sob o patrocínio da Imaculada, Mãe da Esperança’, o novenário de Nossa Senhora da Conceição teve início em 29 de novembro e culmina nesta segunda-feira, 8. A programação inclui missa dos devotos às 7h; missa solene às 9h30, presidida pelo arcebispo Dom Josafá Menezes; celebração às 15h30 seguida da consagração; e, às 16h30, procissão pelas ruas da cidade, retornando à Catedral. Às 18h, será realizada a missa de encerramento, dedicada a agradecer os feitos atribuídos à intercessão da santa.

Povos de terreiro: Neste dia 8 de dezembro, às 8h, começa a concentração para a Lavagem da Conceição na Colina do Santo Antônio. A saída ocorre às 9h, com apresentação inicial sobre o tema escolhido para o ano, que aborda a missão dos iniciados como guardiões do sagrado. O cortejo segue pelas avenidas Simeão Sobral, João Ribeiro e Ivo do Prado (Rua da Frente), com parada no Mercado para homenagem das mulheres das flores a Oxum. No percurso, também são celebrados expositores que apresentaram obras inspiradas na lavagem. O grupo realiza ainda o tradicional encontro entre o rio e o mar na Ponte do Imperador, onde é entregue o balaio ritual. O cortejo segue então para a Catedral, encerrando com a lavagem das escadarias.

Texto e imagens reproduzidos do site: www aracaju se gov br

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

1ª sessão da Concorrência Pública > nova ponte Aracaju–Barra dos Coqueiros

Obra visa ampliar acesso a municípios, reduzir distâncias 
e gerar novas oportunidades e mais desenvolvimento

Publicação compartilhada do site JLPOLÍTICA, de 1 de Dez de 2025

Governo do Estado realiza 1ª sessão da Concorrência Pública da nova ponte Aracaju–Barra dos Coqueiros

Por Jozailto Lima (Coluna Aparte)

O Governo de Sergipe avançou mais uma etapa decisiva para tornar realidade uma das principais obras estruturantes do estado. Nesta segunda-feira, 1º, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura - Sedurbi - realizou a 1ª sessão da Concorrência Pública nº 01/2025, referente ao processo licitatório para a elaboração dos projetos básico, executivo e construção da nova ponte Aracaju–Barra dos Coqueiros. Conduzida conforme a Lei nº 14.133/2021, a sessão aconteceu no auditório da unidade sede da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural - Seagri -, em Aracaju, e ocorreu com total transparência, incluindo registro audiovisual integral de todas as fases, segundo a legislação federal.

A licitação, lançada em setembro deste ano pela gestão estadual, segue o modelo de contratação integrada, que contempla a elaboração dos projetos básico e executivo de engenharia, além da execução da obra. Para garantir um resultado final de alta qualidade, o processo utiliza o critério técnica e preço, pelo qual os consórcios participantes são avaliados a partir da sua experiência prévia na execução de empreendimentos de características semelhantes. Dois consórcios participaram da abertura do certame: Consórcio Coqueiros Aracaju, formado pelas empresas Construbase, Cidade, Paulitec e Heca; e o Consórcio Segunda Ponte composto pelas empresas A Gaspar, Arteleste e Via Engenharia.

O secretário da Sedurbi, Luiz Roberto Dantas, detalhou o andamento do processo. “Recebemos a documentação das empresas em quatro envelopes distintos, seguindo rigorosamente o que determina o edital: um contendo a proposta, o segundo com a documentação de habilitação, o terceiro a proposta técnica e o quarto a proposta de preço. A primeira etapa foi o credenciamento das licitantes, e todas as empresas foram consideradas aptas. Na sequência, analisamos as garantias de proposta, que também estavam em conformidade”, afirmou.

Conforme Luiz Roberto, a partir de agora será definida a data para divulgação do resultado da análise da documentação de habilitação, que ficará a cargo da Comissão de Licitação da Sedurbi, com o apoio de um grupo de trabalho instituído por portaria específica. "Essa equipe fará a avaliação detalhada e emitirá a pontuação necessária para determinar se as empresas estão habilitadas a seguir no processo. Após essa fase, agendaremos uma nova sessão para divulgação do resultado do julgamento de habilitação e abertura dos envelopes referentes às propostas de técnica e de preço”, complementou.

O secretário ressaltou ainda a relevância da iniciativa para o cenário nacional. “Trata-se de um investimento estruturante, capaz de transformar a dinâmica urbana e regional, reforçando o compromisso do Governo do Estado com a modernização da infraestrutura e o avanço sustentável de Sergipe. Eu ouso dizer que, neste momento, será a grande intervenção aguardada pelo mercado brasileiro. A maior obra do Brasil lançada pelo Estado de Sergipe”, afirmou Luiz.

A agente de Contratação da Sedurbi, Carmen Sueli Cruz Silva, presidiu a mesa e enfatizou o rigor e a transparência do processo. “Conduzimos todas as etapas com máxima responsabilidade e observância integral à Lei nº 14.133/2021. A sessão ocorreu de forma pública, com registro audiovisual completo, garantindo segurança jurídica e acesso igualitário a todos os participantes. É um momento importante para Sergipe, e nosso compromisso é assegurar que cada fase seja realizada com lisura e total conformidade técnica”, afirmou.

A nova ponte Aracaju–Barra dos Coqueiros nasce com o propósito de fortalecer a integração entre os dois municípios e reduzir a carga de tráfego sobre a ponte atual, que há anos opera acima de sua capacidade. Além da mobilidade urbana, a infraestrutura será fundamental para impulsionar o crescimento econômico, facilitar o acesso a serviços essenciais e atrair investimentos para a região.

Antes de lançar a licitação, o Governo do Estado promoveu audiências públicas com moradores de Aracaju e da Barra dos Coqueiros, apresentando o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental - EIA-Rima - e ouvindo as contribuições da comunidade.

Com a construção da nova ponte, a expectativa é de que todo o litoral norte sergipano, incluindo Aracaju, Barra dos Coqueiros e municípios vizinhos, experimente um ciclo de desenvolvimento econômico, social e turístico. A obra, considerada essencial e há muito reivindicada pela população, promete ampliar o acesso, reduzir distâncias e gerar novas oportunidades.

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica com br/colunas/aparte

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Perímetros irrigados... garantem produção de amendoim durante todo o ano






Fotos: Thiago Santos

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 1 de dezembro de 2025 

Perímetros irrigados do Governo de Sergipe garantem produção de amendoim durante todo o ano

Agricultores abastecidos pelo Perímetro Piauí, em Lagarto, estão no período de colheita e celebram bons rendimentos com o plantio

O amendoim é uma das culturas mais relevantes para a segurança alimentar em Sergipe, sendo um dos itens mais produzidos e consumidos no estado. Ao contrário do que acontece em outros estados do país, onde há maior produção e consumo em meses como maio e junho, em decorrência dos festejos juninos, em Sergipe, a produção é contínua, muito por conta da alta demanda. Para suprir essa necessidade, os perímetros irrigados administrados pelo Governo de Sergipe têm papel fundamental, tanto para o cultivo quanto para o apoio aos pequenos produtores que dependem dessa cultura. 

De janeiro a agosto deste ano, os perímetros de Jacarecica I (Itabaiana) e Piauí (Lagarto), por exemplo, colheram um total de 73,25 hectares de amendoim, 25,6% a mais que no mesmo período de 2024, produzindo 310 toneladas de vagens para cozimento, também 31% a mais, e a produção rendeu R$ 1.752.790 aos agricultores irrigantes, 27% maior que no mesmo recorte do ano anterior. 

No município de Lagarto, a produção continuada no Perímetro Irrigado Piauí, que existe desde 1987, tem sido essencial para os produtores. Para eles, sem esse abastecimento fornecido pelo governo, a produção ficaria comprometida, sobretudo do amendoim cozido, declarado patrimônio cultural e imaterial de Sergipe em 2021. 

No ano passado, nos cinco perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), foram cultivados 169,4 hectares de amendoim, o que equivale a 794,6 toneladas de vagens para cozimento. A produção rendeu R$ 4.475.772,00 aos agricultores irrigantes, somente com esta leguminosa. 

O diretor de Irrigação da estatal, Júlio Leite, explica que o cultivo do amendoim é incentivado nos perímetros por oferecer um conjunto de benefícios que vão além da produção. “Como a produção sergipana é praticamente toda destinada ao amendoim cozido, nos perímetros há sempre produtores que cozinham a sua e a produção dos vizinhos, agregando valor ao produto, que já sai do perímetro pronto para o consumo, gerando mais renda para a agricultura irrigada. Outra vantagem é que o amendoim é uma ótima cultura de transição, fixando nutrientes e conservando a qualidade do solo para a procura lavoura a ser plantado na mesma área”, enfatizou.

Bons rendimentos

Com a chegada do final do ano, produtores como Antônio Barbosa, de 22 anos, que administra com a família uma propriedade de 4,8 hectares, estão em período de colheita. “Tudo que tenho hoje, como carro e casa, eu tirei da roça. Aliás, minha família toda também construiu bens assim. Estamos no período da colheita para vender para a cidade porque os amendoins já estão maduros. Se fosse na época dos meus pais, quando não havia o perímetro, muito provavelmente a gente plantaria poucos dias antes do inverno e aguardaria a chuva”, declarou o produtor, que precisou contratar funcionários para ajudá-lo na colheita.

O lavrador lembrou, também, que antes do perímetro irrigado a população se restringia apenas às culturas de fumo e mandioca, em Lagarto, diferentemente do que ocorre hoje, quando uma mesma propriedade consegue trabalhar o ano inteiro com, pelo menos, cinco tipos de culturas diferentes. “Naquela época, além da cultura ser limitada, ainda tinha que esperar o tempo certo de plantar”, completou. 

Para implantar o perímetro irrigado, o Governo do Estado construiu a barragem, deu infraestrutura aos lotes, que é o ponto de água, e daí para frente o produtor assumiu a responsabilidade da produção, sempre com o apoio dos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse). “O perímetro irrigado modificou a economia da cidade porque deu para introduzir mais culturas, que podem ser produzidas o ano inteiro”, acrescentou Antônio.

O lavrador Raimundo Lisboa, mais conhecido como Cacá, também reconhece a importância da estrutura para os produtores, que, segundo ele, possibilitou o envio de seus dois filhos à faculdade. “Com o que produzi aqui, hoje tenho um filho policial militar e outro dentista”. 

Variedades de culturas

Sua propriedade de 2,1 hectares está no período de replantio de amendoim. “Já colhemos e estamos plantando novamente, mas temos outras culturas aqui também, inclusive milho. Com o perímetro irrigado, não estou restrito a um tipo específico de cultura, posso plantar a qualquer momento ao longo do ano. Normalmente cultivo uma tarefa [0,33 hectares] aproximadamente de amendoim. Na última colheita tive 237 medidas [baldes de 12 litros], o que me rendeu cerca de R$ 2 mil de lucro. O amendoim leva três meses para ser colhido, então é possível plantar novamente. Ou seja, não há um longo intervalo. Não há necessidade de alternar a terra”, relatou o agricultor de 60 anos de idade, que atua na região desde a implantação do perímetro irrigado em Lagarto.

Francisco Saturnino dos Santos, o Chiquinho de Neusa, segue a mesma lógica de Raimundo: sua propriedade abastecida pelo perímetro irrigado lhe rendeu bens e investimentos para a família. Apesar dos 82 anos de idade e já estar aposentado, ele segue com a produção junto de dois, dos cinco filhos. “Minha propriedade mede 25 tarefas [7,5 hectares] e aqui tem de tudo. O amendoim são meus dois filhos que estão plantando, mas continuo trabalhando com eles. Inclusive, o nosso amendoim já está bom de colher”, pontuou o produtor, que afirma tirar, em média, R$ 5 mil de lucro por colheita.

O agricultor Aguinobaldo José do Nascimento, o Badinho, também vive do que produz, e prepara o filho de 23 anos de idade para dar sequência ao legado da família. “Tenho duas tarefas [0,6 hectares] de terra dentro do perímetro. Como o amendoim já está maduro, devo colher, no máximo, em 30 dias. É uma cultura muito fácil porque dentro de três meses ele já está maduro e aparece logo gente para comprar. O perímetro irrigado foi uma das melhores coisas para o produtor. Se não tivesse irrigação, não teríamos como plantar. Só poderíamos plantar para colher no inverno, no São João. Mas nós plantamos para colher o ano inteiro”, garantiu. 

Perímetro irrigado

A Coderse gerencia o perímetro irrigado em Lagarto fornecendo água e assistência técnica, que inclui suporte para a aplicação de novas tecnologias como fertirrigação e plasticultura. O perímetro produz uma grande variedade de culturas, como milho verde, abóbora e tomate, e tem como objetivo fortalecer a economia local e estadual, gerando emprego e renda para os agricultores.
 
A produção agrícola no Perímetro Irrigado de Lagarto tem apresentado bons resultados. Em 2024, a produção total foi de 11 mil toneladas, um aumento significativo em relação ao ano anterior, impulsionada em parte pela melhora na infraestrutura do sistema, como a entrega de novas motobombas.

Atualmente, a Companhia administra seis perímetros: Califórnia (Canindé do São Francisco), Jabiberi (Tobias Barreto), Jacarecica I (ltabaiana), Jacarecica II (Malhador, Areia Branca e Riachuelo), Piauí (Lagarto) e Poção da Ribeira (Itabaiana).

Texto e imagens reproduzidos do site: www se gov br

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Lagoa dos Tambaquis é destaque nacional...

Publicação compartilhada do site INFONET, de 26 de novembro de 2025 

Lagoa dos Tambaquis é destaque nacional no programa Mais Você

Famoso atrativo turístico sergipano foi apresentado ao público por Ana Maria Braga

 A beleza natural da Lagoa dos Tambaquis, em Estância, ganhou projeção nacional nessa terça-feira, 25, ao ser destaque no programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga, na Rede Globo. O atrativo, já consolidado como um dos principais cartões-postais do litoral sul sergipano, encantou espectadores de todo o Brasil diante das águas cristalinas, cenários paradisíacos e experiência única do contato direto com os tambaquis que habitam a lagoa.

O destino, que recebe milhares de turistas ao longo do ano, voltou ao centro das atenções pela singularidade e impacto positivo no turismo regional. Turistas de diversas regiões do país buscam o local para vivenciar momentos de lazer, relaxamento e interação com a natureza, uma combinação que faz da Lagoa dos Tambaquis um dos atrativos mais procurados do estado. Além da beleza cênica, a lagoa impulsiona setores como bares, restaurantes, transportes, além de estimular a movimentação de turistas em outras cidades próximas, fortalecendo toda a cadeia produtiva do turismo na Região Sul de Sergipe.

O secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, destaca que a presença constante de Sergipe na mídia nacional reforça o trabalho estratégico de promoção do destino e amplia a visibilidade do estado para novos públicos. Segundo ele, a Lagoa dos Tambaquis é um exemplo do quanto Sergipe possui atrativos singulares e de grande potencial turístico.

“Ver nossas belezas naturais em evidência em programas de alcance nacional, como o Mais Você, é fundamental para fortalecer a imagem do destino. Temos praias, o quinto maior cânion navegável do mundo, cidades históricas e experiências únicas que vêm sendo mostradas em programas, minisséries e novelas, o que projeta Sergipe como um destino diverso, encantador e cada vez mais desejado pelos brasileiros. Seguimos trabalhando para que nossos atrativos estejam sempre em destaque e para que mais turistas descubram tudo o que o nosso estado tem a oferecer”, declarou.

Paraíso sergipano

Durante o programa Mais Você, a apresentadora Ana Maria Braga destacou a tranquilidade, paisagem exuberante e interação com os peixes como grandes atrativos da lagoa, sugerindo o destino como uma ótima opção para as férias. Segundo ela, além de reforçar a vocação turística da região, a Lagoa dos Tambaquis simboliza como ações simples podem transformar e valorizar o patrimônio natural local. “É um verdadeiro paraíso sergipano. Sergipe está de parabéns por este lugar lindo”, resumiu Ana Maria Braga.

A Lagoa dos Tambaquis chama a atenção por ser o lar de grandes peixes que emprestam o nome ao local. A cada ano, atrai milhares de visitantes e turistas que vão em busca de tranquilidade e lazer em contato com a natureza. Na reta da Praia do Abaís e a cerca de 60 quilômetros de Aracaju, a lagoa nasceu com a água da chuva, e os moradores da redondeza se encarregaram de habitá-la com tambaquis – que são peixes de água doce –, com o objetivo de mantê-la limpa. Antes chamada de Lagoa Azul, foi rebatizada com a chegada dos peixes.

Oferecendo pequenas porções de ração, como num gesto de amizade, os tambaquis se aproximam e se deixam acarinhar, desde que sejam tocados apenas nas laterais deles. Importante: não se deve aproximar a mão da boca dos peixes, pois a pessoa corre o risco de acidentalmente levar uma mordida e se machucar.

Fonte: ASN

Texto e imagem reproduzidos do site infonet com br

Conservatório de Música de Sergipe celebra 80 anos






Primeiro corpo docente do CMSE | Fotos: Ascom Seed

Publicação compartilhado do siteGOVERNO DE SERGIPE, de 26 de novembro de 2025 

Conservatório de Música de Sergipe celebra 80 anos de legado artístico e educacional

Integrante das 318 escolas da Rede Estadual de Ensino, instituição comemora oito décadas de formação musical, difusão cultural e contribuição à história da educação em Sergipe

Há 80 anos, o Conservatório de Música de Sergipe (CMSE) vem escrevendo uma importante história, que contribui para a evolução cultural do estado. Integrante da Rede Pública Estadual de Ensino, a instituição nasceu com a missão de democratizar o acesso à formação musical e, desde então, tornou-se referência na descoberta de talentos, preservação de tradições e promoção da arte como caminho de transformação social. Suas salas e palcos guardam memórias de gerações que encontraram na música um espaço de aprendizado, expressão e pertencimento.

O CMSE foi fundado em 1945, pelo professor e maestro Genaro Plech, com o nome de Instituto de Música e Canto Orfeônico de Sergipe, fruto da identificação ideológica de seu fundador com a metodologia do Canto Orfeônico, amplamente difundida pelo Maestro Heitor Villa-Lobos na época. Com o tempo, a instituição ganhou sede própria, mudou de nome e hoje é o Conservatório de Música de Sergipe, uma das 318 escolas públicas da Secretaria de Estado da Educação (Seed), que há oito décadas forma músicos, professores e amantes da música em Sergipe.

Até os dias de hoje, o Conservatório se consolida como principal referência em ensino musical profissionalizante em Sergipe, atendendo a mais de mil estudantes em uma ampla variedade de cursos. Entre eles, destacam-se os de Formação Inicial e Continuada e os cursos técnicos profissionalizantes em Canto e Instrumento Musical, este último ofertado em 18 habilitações. A instituição mantém ainda o importante curso de Musicalização Infantil, além de cursos rápidos e oficinas diversas, todos completamente gratuitos ao público interessado.

Em sua história recente, a unidade passou por uma ampla reforma pedagógica, conduzida pelo professor e atual gestor Heitor Mendonça, que promoveu uma modernização significativa no fazer educativo. Como resultado, o Conservatório vem registrando recordes de procura em seus processos seletivos, alcançando, no último ano, mais de três mil inscritos em busca de uma vaga, um indicador que reafirma sua excelência e a relevância do ensino musical ofertado pela instituição.

“Estamos em um dos melhores momentos dessa história de 80 anos, com mais de mil alunos matriculados na escola, ampliação da oferta de cursos e procura crescente por nossos processos seletivos. Tivemos também investimentos na ordem de mais de R$ 3 milhões promovidos pelo governador Fábio Mitidieri, para trazer de volta a Sala de Concertos Villa-Lobos, totalmente reformada e modernizada, além de uma iniciativa de extrema importância do secretário Zezinho Sobral, que, após mais de duas décadas, traz de volta o concurso público para professor efetivo do Conservatório de Música, resolvendo um problema antigo da instituição e preparando a escola para as próximas décadas”, destaca Heitor Mendonça, a respeito da fase próspera em que a instituição se encontra.

Em 5 de março de 2024, data que marca o aniversário do Maestro Heitor Villa-Lobos, a histórica Sala de Concertos nomeada em sua homenagem foi totalmente renovada e reaberta ao público. Reconhecida como um dos auditórios com melhor acústica do Brasil e da América Latina, a sala permaneceu fechada por 15 anos. Para reverter essa situação, o Governo de Sergipe destinou R$ 3.794.248,20 à execução de uma ampla obra de engenharia no prédio do Conservatório. O projeto contemplou adaptações de acessibilidade, modernização das instalações e melhorias no sistema hidrossanitário e pluviométrico, um antigo desafio da instituição, que possui um engenhoso sistema de drenagem subterrâneo.

Na memória daqueles que já passaram pela instituição, o CMSE segue ocupando um espaço de referência, refletindo na forma como a música se insere em suas trajetórias.

“O Conservatório teve um papel fundamental na minha vida, pois foi onde eu tive o pontapé inicial para minha formação como músico, principalmente na parte teórica. Tenho certeza de que milhares de outros músicos que passaram por lá têm esse mesmo sentimento e esta é a importância do Conservatório para o estado: iniciar o processo de formação de músicos que posteriormente movimentarão a cultura de Sergipe”, compartilha Erick Gustavo Freitas, ex-aluno da instituição nos períodos de 2014 a 2015 e de 2020 a 2021, formado no Curso Técnico Profissionalizante em Piano.

“Fico com saudade, mas não deixo de endeusar o período em que estudei o piano. Foi maravilhoso em minha vida, estudando à noite no Conservatório, em frente à Catedral. Hoje eu já não me atrevo mais a tocar, porque meus movimentos estão muito limitados, mas até hoje, quando eu vejo um piano, me dá aquele negócio gostoso e eu quero tocar”, relata Acaciamaria da Conceição, que, aos 89 anos de idade, ainda recorda com carinho os bons momentos vividos na instituição, quando tinha apenas 15, no ano de 1951.

Para os que frequentam a escola até os dias de hoje, a instituição segue representando um ambiente de acolhimento, excelência e incentivo ao desenvolvimento artístico.

Texto e imagens reproduzidos do site: www se gov br

sábado, 22 de novembro de 2025

'Livros, discos e nostalgia' por André Brito

Foto compartilhada do instagram e postada pelo blog, 
para ilustrar o presente artigo.

Artigo compartilhado do site SÓ SERGIPE, de 8 de novembro de 2025 

Livros, discos e nostalgia
Por André Brito (*)

Dia desses fui até o JFC, aquele prédio de vidro azul, de imponência celeste tal qual céu sem nuvens. O bicho é bonito. Eu fui lá fazer umas compras, olhar uns sapatos e trocar o celular. Nessas andanças, eis que me deparo com um sebo. Você sabe o que é um? Pequenas lojas que vendem livros usados (e novos também!) e outros produtos.

Pois bem, e não era qualquer sebo, era o Sebo Xique. Lá me encantei com uma quantidade de autores, CDs, LPs (sabe o que é?). Senti um doce enlace com o lugar, que me remeteu a um tempo em que as horas passavam no movimento da leitura ou da rotação do disco de 45 RPMs.

Pude trocar uma ideia com Clóvis Barbosa, o dono, e beber um pouco do seu vasto conhecimento. Folheei livros, variantes de Dostoiévski a Manuel Bandeira; bebi café espresso (se escreve assim), comi bolachinha de goma, vi rádios antigos. Queria comprar tudo.

Disco de vinil

Olhei disco por disco. Nacionais e internacionais. Comprei um de música gaúcha. Queria todos, para ouvi-los em um fim de semana. Muito melhor que passar horas me deprimindo em séries da “Netflaikes”.

O fluxo do dia a dia nos deixa muito distantes da singeleza das coisas importantes. Viajei sem sair do lugar. O Sebo é Xique e ganhou um admirador. Vou lá buscar os discos que separei junto com as minhas lembranças.
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André Brito é jornalista e professor

Texto reproduzido do site: sosergipe com br

domingo, 2 de novembro de 2025

Obra biográfica e ficcional do artista Véio

Foto: Julia Rodrigues

Publicação compartilhada do site INFONET, de 31 de outubro de 2025

Obra biográfica e ficcional do artista Véio é lançada no Museu da Gente

A obra é biográfica e ficcional, produzida pelas filhas de Véio

Bonecos de pau – a felicidade de Véio, esse é o título do livro recém lançado em parceria com a renomada editora Martins Fontes, sobre a história de vida do artista sergipano Cícero Alves dos Santos, o Véio. A obra é biográfica e ficcional, produzida pelas filhas de Véio, Júlia Katiene e Katiuscia Santos, em que elas contam a história de vida do artista numa linha do tempo que vai desde o início de suas produções em cera de abelha até os dias atuais.

No livro, para cada passagem do tempo Véio criou uma obra, totalizando em 30 obras inéditas.

De acordo com uma das autoras e filha do artista, Bonecos de pau não fala apenas do artista e de arte, fala de resiliência , limites, aridez ( humana), loucura e velhice. “A nossa ideia foi prestar uma homenagem à painho em vida, bem como trazer ao público a sua história de vida sob a nossa ótica. O público leitor irá se deparar com a arte rasgando e poetizando tudo o que é doloroso, e muito mais”, disse Júlia Katiene.

Bonecos de Pau teve o seu lançamento realizado na noite de ontem, dia 30 de outubro, no Museu da Gente Sergipana, para um público restrito. Porém, a obra já está disponível para a venda através da editora Martins Fontes e conta também com uma versão em inglês para o público internacional que acompanha e prestigia o sergipano mundo afora. “Antes do artista, apesar de ter começado muito novo, tem um ser humano por trás, e quando esse ser humano virou homem mesmo, veio uma família por trás, então nós quisemos trazer a beleza da arte, mas também com a aridez da luta, porque esse conjunto forma algo completo. Era um desejo nosso, como se faltasse nos livros biográficos que já foram escritos, então nós fizemos uma biografia romanciada”, destacou Katiuscia Pereira.

O homenageado da obra também colaborou com ela e sentiu-se honrado e emocionado com a versão sobre ele contada por suas filhas. “Esse foi um trabalho em equipe, mas partiu delas. E hoje, estou muito feliz, cercado pelas pessoas que eu gosto e que valorizam meu trabalho, família, amigos, colecionadores, e feliz também em ver as minhas obras, que estão aqui expostas no Museu, que foram feitas a partir da produção do livro, em uma exposição tão bonita”, celebrou Véio.

O livro está disponível para venda na editora Martins Fontes e a exposição “Bonecos de pau, a Felicidade de Véio”, está sendo exibida no Museu da Gente Sergipana, de terça a domingo, das 10h às 15h, até o dia 23 de novembro.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet com br

Centro Cultural Palácio Museu Luiz Antônio Barreto


Elias Melo, responsável pela confeccção da 
escultura de Luiz Antônio Barreto

Prefeita Emília Corrêa sanciona lei que 
homenageia Luiz Antônio Barreto


A viúva Raylane Navarro Barreto ficou emocionada com
 o reconhecimento da prefeitura de Aracaju

Irmão do homenageado, Artêmio Barreto

Paulo Amado é amigo de longa data de Luiz Antônio Barreto

Fotos: Karla Tavares/Secom PMA

Publicação compartilhada da Agência Aracaju de Notícias, de 1 de novembro de 2025

Prefeita Emília Corrêa sanciona lei que homenageia Luiz Antônio Barreto

Em uma solenidade marcada pelo reconhecimento à cultura sergipana, a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, sancionou, nesta sexta-feira, 31, a lei que denomina o espaço do Centro Cultural de Aracaju como Centro Cultural Palácio Museu Luiz Antônio Barreto. A cerimônia, realizada na Praça General Valadão, contou com a presença dos vereadores Isaac Silveira, autor do projeto da homenagem, Alex Melo e Lúcio Flávio, além de secretários municipais, familiares do homenageado, artistas e representantes da sociedade civil.

A prefeita destacou a importância de preservar a memória e valorizar personalidades que contribuíram para a cultura de Sergipe. “É emocionante transformar o Centro Cultural em Palácio Museu Luiz Antônio Barreto. Aqui vamos respirar cultura, como ele sempre defendeu. Essa homenagem é justa e reconhece o valor de quem fez tanto por Aracaju e por Sergipe. Transformar o Centro Cultural em Palácio Museu Luiz Antônio Barreto é algo emocionante. Aqui, no marco zero da nossa cidade, essa é uma homenagem mais que justa. É um gesto de justiça e de gratidão, que reconhece o valor de quem fez tanto por Aracaju e por Sergipe.”, afirmou Emília Corrêa.

O secretário municipal da Cultura, Paulo Corrêa, explicou que a homenagem nasceu de um compromisso da atual gestão. “Desde o início, a prefeita enfatizou a importância de Luiz Antônio Barreto e decidiu que faríamos essa homenagem, com o Centro Cultural levando seu nome e a instalação de uma estátua para que todos possam sentir sua presença simbólica”, disse o secretário.

A viúva do homenageado, Raylane Navarro Barreto, destacou a sensibilidade e a justiça do reconhecimento."Eu considero a homenagem, além de bela, justa, nobre e muito merecida. Luiz Antônio foi, em vida, um exemplo de como cultivar e valorizar a cultura local, preservando um acervo que guarda a história do nosso Estado. Essa homenagem é justa justamente por ser muito merecida. A prefeita está de parabéns; é de se esperar sensibilidade de mulheres, e ela honrou o gênero ao fazer com que essa homenagem saísse do papel. Só tenho a agradecer. Essa é uma homenagem que nos permite reconhecer nossas expressões culturais e garantir que as gerações futuras possam também conhecer e preservar esse legado. Luiz Antônio representa bem aqueles que fizeram e continuam fazendo pela cultura sergipana”, destacou Raylane.

O irmão do homenageado, Artêmio Barreto, também ressaltou a importância do gesto.“Hoje eu vejo o primeiro reconhecimento do poder público. Os amigos sempre reconheceram, a imprensa também, mas agora isso vem de forma institucional. Fico feliz de ver meu irmão sendo lembrado com justiça e respeito”, disse emocionado.

Amigo de longa data de Luiz Antônio, o escritor Paulo Amado relembrou o legado do intelectual. “Conheci Luiz Antônio em 1965. Ele foi um grande sergipano e merece todas as homenagens”, declarou.

O artista Elias Melo, responsável pela escultura inaugurada, falou da emoção de retratar o amigo. “Conheci Luiz Antônio nos anos 80, e foi um prazer enorme trabalhar na obra. Finalizei em cerca de dois meses”, contou.

A programação contou ainda com apresentações culturais do Grupo Parafusos e do artista Pedrinho o Cara, além do descerramento da estátua. O evento foi encerrado com o show da Banda Água Viva, animando o público presente.

Texto e imagens reproduzidas do site: www aracaju se gov br

sábado, 1 de novembro de 2025

Centro Cultural de Aracaju, hoje > Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto



Texto publicado originalmente no site da PMA, em 24 de outubro de 2025 

Centro Cultural de Aracaju passará a se chamar Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto

Secult Aju

A Câmara Municipal de Aracaju aprovou o Projeto de Lei nº 362/2025, de autoria do vereador Isac Silveira, que denomina o prédio onde funciona o Centro Cultural de Aracaju como Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto. A proposta, será sancionada pela prefeita Emília Corrêa, em evento festivo, que vai acontecer no Centro Cultural no dia 31 de Outubro, fechando as comemorações do mês da Sergipanidade. Com o ato, o Executivo Municipal reconhece a relevância intelectual, artística e histórica de um dos maiores expoentes da cultura sergipana e o espaço cultural passará oficialmente a ostentar o nome de Luiz Antonio Barreto, em justa homenagem à sua trajetória marcada pela dedicação à arte, à educação, à pesquisa e à preservação da memória sergipana.  

Para o secretário municipal da Cultura, Paulo Corrêa, a homenagem demonstra o compromisso da gestão com a valorização dos grandes nomes da cultura local. “Já era urgente que os órgãos culturais do nosso estado e da nossa cidade prestasse homenagem a esse grande historiador, professor e agitador cultural que foi Luiz Antonio Barreto. O ‘Senhor Sergipanidade’ como ele era conhecido por todos os seus estudos relacionados ao pertencimento do nosso povo, poder prestar essa homenagem neste mês tão significativo para o nosso povo sergipano, é de grande valor cultural para nossa cidade.” 

 Além do ato de sanção do PL, o evento contará com uma programação cultural especial. Será montado na praça General Valadão um palco para apresentações do Grupo Parafusos, de Pedrinho O Cara, finalizando o evento com o show da Banda Água Viva. Ainda para homenagear Luiz Antonio Barreto o Centro Cultural irá fixar uma estátua de bronze em tamanho real feita pelo artista plástico Elias Santos. A mudança de nome para Palácio-Museu Luiz Antônio Barreto simboliza, além do reconhecimento ao legado do pesquisador, o fortalecimento da identidade cultural de Aracaju e o compromisso da Prefeitura em manter o espaço como um ambiente vivo, aberto à arte, à educação e à memória do povo sergipano. 

 Centro Cultural  

O Centro Cultural de Aracaju, administrado pela Secretaria Municipal da Cultura (Secult) e pela Funcaju, é um dos mais importantes equipamentos culturais da capital. O local, que é o marco zero da capital e o prédio mais antigo da cidade, abriga exposições de arte, mostras fotográficas, espetáculos e ações formativas que estimulam o diálogo entre tradição e contemporaneidade. Instalado em um prédio histórico, o centro se tornou um ponto de encontro entre artistas, pesquisadores e o público, reafirmando diariamente o papel da cultura como instrumento de identidade, pertencimento e desenvolvimento social. 

 Luiz Antônio Barreto

 Nasceu em Lagarto, Sergipe, em 10 de fevereiro de 1944, filho de João Muniz Barreto e Josefa Alves Barreto. Ainda que nascido no interior, grande parte de sua trajetória foi construída em Aracaju e outros centros culturais do estado.  

Na juventude, Barreto buscou formação diversificada: cursou Direito em Aracaju e no Rio de Janeiro, e estudou música e literatura, o que o dotou de uma base intelectual ampla para suas investigações culturais.  Essa versatilidade também se refletiu no modo como ele abordava o tema da cultura, não apenas como algo erudito, mas como um fenômeno vivo, que pulsa nas tradições populares, no folclore, nas festas populares, nas memórias locais. 

 Barreto foi jornalista, escritor, pesquisador e gestor público. Dirigiu a Galeria de Arte Álvaro Santos (1971–1973), foi Secretário Municipal de Educação e Cultura de Aracaju (1979–1981), Secretário de Estado da Cultura (1995–1997) e Presidente da Academia Sergipana de Letras (1981–1983). Publicou 29 livros e atuou com destaque na imprensa e em instituições como a Fundação Joaquim Nabuco e o Centro de Pesquisas de Sergipe (PESQUISE). Faleceu em Aracaju, em 17 de abril de 2012. 

Texto reproduzido do site: www aracaju se. gov br

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto

Nova logo do Centro Cultural de Aracaju que vira
 Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto

Luiz Antonio Barreto: 13 anos silenciado, o que é uma big ingratidão

Paulo Corrêa: “Devemos lembrar que LAB foi quem 
botou na ordem do dia a expressão sergipanidade”

Publicação compartilhada do site JLPOLÍTICA, de 23 de outubro de 2025

Governo de Emília Corrêa garante à memória de Luiz Antonio Barreto o que todo Sergipe nega há 13 anos: reconhecimento!

Por Jozailto Lima* (
Coluna Aparte)

Ponto alto para a atitude da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, PL: através do Governo dela, a capital sergipana vai fazer homenagens merecidíssimas, mesmo que com atraso de mais de 13 anos, a uma das pessoas mais importantes do pensamento, da inteligência e da cultura sergipana, que foi Luiz Antônio Barreto.

Tudo começa com a elevação do Centro Cultural de Aracaju, a antiga Alfândega, ali na Praça General Valadão, à condição de Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto, a ser inaugurado no dia 31 deste mês, a sexta-feira da semana que vem - vindo com o bônus de uma estátua dele em tamanho natural. LAB, como chamavam-no os mais próximos, foi jornalista, escritor - um dos maiores pesquisadores e produtores de conteúdos sobre o folclore -, político sergipano e dono da melhor e mais generosa memória sobre sergipanidade e seus afetos e desdobramentos.

LAB foi secretário de Estado da Educação, da Cultura, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Estado de Sergipe, fundou encontros culturais memoráveis de Sergipe, como o de Laranjeiras, Foi pesquisador emérito da vida e da obra de Tobias Barreto e fundador e diretor do Instituto Tobias Barreto, entre tantas outras atividades.

Ele nasceu em Lagarto no 10 de fevereiro de 1944 e faleceu 17 de abril de 2012, como consequência de um diabetes que degradou-lhe o coração e as energias. Era uma das pessoas mais generosas sob o céu de Sergipe quando o assunto era compartilhar conhecimento num tempo em que os dados não estavam nessa grande biblioteca universal que é o google.

Apesar do peso e do alto significado dele, Sergipe agiu solenemente para silenciar Luiz Antonio depois da morte - ano passado teria feito 80 anos, e nada sobre ele. A Universidade Federal de Sergipe, por exemplo, nunca lhe reconheceu a importância e nunca lhe deu o título de Doutor Honoris Causa tão banalizado atualmente pela instituição, apesar de grupos sociais importantes terem recorrido a sucessivos reitores nestes 13 anos e todos meteram o rabo entre as pernas.

Para dizer que o silêncio não foi sepulcral, no Governo Déda foram repostos em catálogo os 11 volumes da obra de Tobias Barreto que houvera sido reeditada antes por ele - isso graças à ação do homem público, pesquisador e amigo Jorge Carvalho, que mesmo assim foi mal compreendido por oponentes falaciosos.

De modo que a atitude da Secretaria de Cultura do Município de Aracaju - Secult Aju –, a se materializar neste mês de outubro, se reveste de grande significação. A estátua dele foi concebida pelo artista Elias Santos, o que garante uma ótima simbologia diante da importância deste artista.

“Na verdade, aproveitando que estamos em outubro, o mês da sergipanidade, o Governo de Aracaju vai fazer três homenagens em uma à memória e à importância de Luiz Antonio Barreto, porque, para se fazer justiça, devemos lembrar que Luiz Antonio foi quem botou na ordem do dia a expressão sergipanidade, que tenta, com leveza, nos ressignificar diariamente. Isso aconteceria neste dia 25, mas não foi possível por causa da agenda da prefeita Emília Corrêa, e ficou para o diz 31, a próxima sexta-feira”, disse à Coluna Aparte Paulo Corrêa, secretário de Cultura do Município de Aracaju.

“Luiz Antonio Barreto foi um intelectual importante que partiu e nunca recebeu uma homenagem justa, e agora o Centro Cultural de Aracaju passará a se chamar Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto,com a devida aprovação da Câmara Municipal da cidade e a partir do dia 31 deste mês, quem estiver entrando neste Palácio-Museu, na Praça General Valadão, vai dar de cara, do lado direito, com uma estátua dele em tamanho natural”, reforça Paulo.

“Além disso, como uma terceira homenagem, teremos a “Exposição Vida e Obra de Luiz Antonio Barreto, o Senhor Sergipanidade”. Esta exposição tem a Salete Martins, diretora do próprio Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto, como curadora geral. O professor Jorge Carvalho do Nascimento, amigo e uma espécie de cultor da obra de Luiz Antonio, foi convidado e escreveu uma sinopse biográfica que vai constar ao lado da estátua do escrito homenageado”, reforça Paulo.

Segundo Paulo Corrêa, o desembargador aposentado Artêmio Barreto, irmão de Luiz Antonio Barreto, foi convidado para ver os detalhes da homenagem e da estátua esboçada, que está em processo de tintura ainda, recebendo o bronze, e fez algumas observações. “Ele disse que achou perfeita”, diz Paulo.
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* Jozailto Lima - É jornalista há 42 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Com colaboração da jornalista Tatianne Melo.

Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica com br/coluna-aparte