sábado, 29 de novembro de 2014

Sergipanidade é tudo o que fazemos e o que cultivamos


Sergipanidade é tudo o que fazemos e o que cultivamos. É o plantio do milho que cresce nos campos do sertão, é o banho gelado do Rio São Francisco, é comer caranguejo na praia. O sergipano tem o sorriso fácil, tem o amor pelo próximo, tem o espírito hospitaleiro que encanta a todo Brasil. A Sergipanidade está no coração de cada sergipano, ela faz parte da gente.

Texto e imagem reproduzidos:
Facebook/Fan Page/E-Sergipe Governo de Sergipe

A Praça São Francisco, em São Cristóvão

A Praça São Francisco, em São Cristóvão, não é só nossa, é Patrimônio Mundial. O monumento foi inscrito na lista da UNESCO em agosto de 2010 e enche o nosso peito de orgulho.

Foto e legenda reproduzidos:
Facebook/Fan Page/E-Sergipe Governo de Sergipe

São Cristóvão em óleo sobre tela: Charles Henrry

"Minha Terra"

Minha terra é uma criança
Sempre risonha, não chora
Encantada das belezas
Com que a natura a aflora
(…) A sombra dos adustos cajueiros
Aspirando o perfume de seu seio
Eu gozei dos anjos a harmonia
As aventuras do céu, que doce enleio!
(…) Tem uma serra orgulhosa
Invejada no Brasil
Ribeirinhos cor de prata
E um céu de puro anil
(…) Não tendo flores viçosas
Que te lance ao lindo colo
Aceita, mãe a saudade
Que colhi em estranho solo
Recebe a prova singela
Que te manda a filha ausente
Repara: - vai orvalhada
De um pranto ainda quente"

Poema 'Minha Terra': Etelvina Amália Siqueira.

São Cristóvão em óleo sobre tela: Charles Henrry

Texto e imagem reproduzidos:
Facebook/Fan Page/E-Sergipe Governo de Sergipe

Parafuso


Os parafusos nasceram também na época da escravidão, quando os negros roubavam as anáguas das sinhazinhas que estavam no quaradouro e depois de cobrirem-se até o pescoço com as peças, saíam pelas ruas celebrando a momentânea liberdade. Os brancos que estavam fora de casa pensavam ter visto fantasmas sem cabeça e com medo, não ousavam chegar próximo dos escravos, que corriam pelas madrugadas. Em Sergipe, os homens de Lagarto mantêm a tradição e se apresentam nos festejos folclóricos regionais.

Foto e legenda reproduzidos:
Facebook/Fan Page/E-Sergipe Governo de Sergipe

Ilha Croa do Goré, só fica disponível por seis horas por dia


Publicado originalmente no site G1, em 28/11/2014.

Ilha Croa do Goré (SE) só fica disponível por seis horas por dia
Para chegar na ilha, visitante precisa pegar um catamarã.

Vale descansar na areia e petiscar as delícias da culinária da região.

O Tô de Folga desta semana viajou para o Sergipe, mais precisamente para uma pequena ilha em Aracaju. A Croa do Goré só aparece na maré baixa e fica disponível somente por algumas horas do dia.

A estrada que leva até a Croa do Goré começa na SE-100. São 16 km, sem perder o mar de vista, até chegar ao Rio Vaza Barris. Depois, o visitante embarca em um catamarã. O passeio leva três horas e custa R$ 50. No caminho, bebidas frescas, vista para o rio que deságua no mar e até hidromassagem natural.

Depois de uma hora navegando pela foz do Rio Vaza Barris, é possível avistar a pequena ilha que surge rodeada por manguezais. É um banco de areia no meio do rio. A Croa leva o nome do morador ilustre, o Goré, primo do caranguejo, só que menor.

O paraíso só fica disponível por, em média, seis horas por dia. Isso porque quando a maré sobe, a Croa do Goré fica submersa. Por isso, a ordem é aproveitar cada segundo dessas águas tranquilas.

Vale também descansar na areia e petiscar as delícias da culinária da região. O principal petisco é caranguejo, custa R$ 6 a unidade.

Para se hospedar, Aracaju oferece 6.300 leitos de hotel. Para dormir, com vista para o mar e no meio da natureza, o turista paga em média R$ 249 por casal. De quebra, dá para se divertir com a visita dos charmosos moradores da região: os saguis.

Quem preferir almoçar, a opção é a mariscada. Um prato que mistura vários tipos de mariscos, que dá para uma pessoa e sai por R$ 40.

O passeio termina no fim do dia na orla pôr do sol. É possível caminhar e contemplar a paisagem. E quem quiser pode se aventurar em um esporte diferente: o stand up paddle. O passeio de uma hora custa R$ 50 por pessoa.

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com
Clique no link abaixo, para assistir ao vídeo da reportagem:

Catálogo de Renda Irlandesa é lançado em Aracaju com presença das rendeiras


Fotos: Priscila Reis/Secult

Publicado originalmente no site Sergipe Cultural, em 27/11/2014.

Catálogo de Renda Irlandesa é lançado em Aracaju com presença das rendeiras

O modo de fazer renda irlandesa em Sergipe é Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O título, concedido em 2008, só fez aumentar o interesse de pesquisadores culturais e da indústria da moda e do design pelo produto feito a mão por mulheres sergipanas. Para melhor divulgar essa arte e turbinar a economia nesses municípios, foi formatado um Catálogo de Produtos da Renda Irlandesa em Sergipe, lançado na noite de quarta-feira, 26, no Museu da Gente Sergipana.

O catálogo é uma iniciativa da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Sergipe, em parceria com o Instituto Banese, o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e outros órgãos, e da Prefeitura Municipal de Divina Pastora. “Trata-se de uma iniciativa no contexto Plano de Salvaguarda de Bens Registrados, que compreende ações de proteção a esses bens, organizadas em eixos e tipos pré-estabelecidos, com metas de curto, médio e longo prazo e resultados sistematicamente monitorados”, explica a superintendente do Iphan/SE, Terezinha Oliva.

Representando o governador Jackson Barreto no evento, a secretária da Cultura, Eloísa Galdino, parabenizou todos os envolvidos no projeto. “É uma iniciativa importantíssima, tanto do ponto de vista patrimonial quanto da economia criativa. São peças riquíssimas produizidas no interior do nosso Estado que estão ganhando o mundo da moda e do design. Quero aqui felicitar todos pela iniciativa, mas, especialmente, as rendeiras aqui presentes”, discursou Eloísa.

Dona Alzira Menezes, uma das rendeiras presentes, mostrou-se orgulhosa com o catálogo. “Estou muito feliz de ver o zelo que todos têm com o nosso trabalho e tenho certeza de que essa felicidade também está presente em todas as minhas amigas que aqui estão, pois vai aumentar o interesse de gente de todo o Brasil pelos nossos produtos”, declarou.

Sobre a renda irlandesa

O Modo de Fazer Renda Irlandesa, tendo como referência este ofício em Divina Pastora, no Estado de Sergipe, é relacionado ao universo feminino e vinculado, originalmente, à aristocracia. A partir, especialmente, da metade do século 20, a confecção da renda surgia como uma alternativa de trabalho, e hoje essa tarefa ocupa cerca de trezentas artesãs, além de ser uma referência cultural. O Modo de Fazer Renda Irlandesa, tendo como referência este ofício em Divina Pastora/SE, foi inscrito no Livro de Registro dos Saberes, em 2009.

Constitui-se de saberes tradicionais que foram re-significados pelas rendeiras do interior sergipano a partir de fazeres seculares, que remontam à Europa do século XVII, e são associados à própria condição feminina na sociedade brasileira, desde o período colonial até a atualidade. Trata-se de uma renda de agulha que tem como suporte o lacê, cordão brilhoso que, preso a um debuxo ou risco de desenho sinuoso, deixa espaços vazios a serem preenchidos pelos pontos. Estes pontos são bordados compondo a trama da renda com motivos tradicionais e ícones da cultura brasileira, criados e recriados pelas rendeiras.

O “saber-fazer” é a qualidade mais característica da produção da Renda Irlandesa, a qual é compartilhada pelas rendeiras sob a liderança de uma mestra reconhecida pelo grupo. As mestras traçam o risco definidor da peça, que é apropriado coletivamente. Fazer Renda Irlandesa é, portanto, uma atividade realizada em conjunto, o que permite conversar, trocar ideias sobre projetos, técnicas e pontos. Neste universo de sociabilidades, são reafirmados sentimentos de pertença e de identidade cultural, possibilitando a transmissão da técnica e o compartilhamento de saberes, valores e sentidos específicos.

A cidade de Divina Pastora se tornou o principal polo da renda irlandesa em razão de condições históricas de produção vinculadas à tradição dos engenhos canavieiros, à abolição da escravatura e às mudanças econômicas que culminaram na apropriação popular do ofício de rendeira, restrito originalmente à aristocracia. A renda irlandesa é um tipo de renda de agulha, dentre as muitas existentes no Brasil. Combina uma multiplicidade de pontos executados com fios de linha tendo como suporte o lacê, produto industrializado que se apresenta sob várias formas, sendo o fitilho e o cordão os mais conhecidos na atualidade.

Texto e imagens reproduzidos do site: cultura.se.gov.br

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Lançamento do livro 'Patrimônio Ambiental Sergipano'



Fotos: Assessoria de Imprensa e Portal Infonet

Infonet - Cultura - Noticias - 25/11/2014.

Lançamento do livro 'Patrimônio Ambiental Sergipano'
Livro será lançado hoje no Museu da Gente Sergipana

Uma publicação que propõe a contemplação das paisagens naturais e peculiaridades da fauna e da flora sergipana, aliado a um mergulho nas unidades de conservação e áreas de preservação ambiental existentes no estado. Esta é a proposta apresentada pelo livro de imagens “Patrimônio Ambiental Sergipano”, produzido pelo repórter-fotográfico Marcos Rodrigues (DRT 845/SE) e pelo jornalista Hugo Sídney Brandão (DRT 711/SE). A obra será lançada nesta terça-feira, 25, às 18h, no foyer do Museu da Gente Sergipana.

Contando com patrocínio da Alphaville e apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH), os profissionais reuniram o trabalho realizado em cerca de dois anos de pesquisas e prospecções nas unidades de conservação implantadas em Sergipe, a partir de 2007, e nas Áreas de Preservação Ambiental (APA’S) nas diversas regiões de Sergipe.

De acordo com Marcos Rodrigues, a obra busca envolver o leitor e os admiradores de livros de imagens nos cenários naturais de rara beleza existentes em Sergipe. “Esta é uma riqueza que precisa ser conhecida e reconhecida pelos sergipanos para que valorizem, apreciem e cuidem cada vez mais desse patrimônio”, destaca o autor.

“O livro é uma obra de fotografia e, parafraseando Mário Cravo Neto, a função da fotografia é como a de toda grande arte – unir os homens, aproximá-los de uma idéia comum. É como a poesia, a mais gestual das manifestações criadoras. Contém em si o sinal da cruz – o elo de ligação entre o céu e o inferno”.

Já para o jornalista Hugo Sídney, o livro representará um contributo ao trabalho de quem se dedica a preservação. “O brilhante trabalho de reconhecimento e preservação do patrimônio ambiental que temos em Sergipe é evidenciado nesta obra, que é fruto de uma necessidade que enxergamos de que a população sergipana conheça e se engaje nesse contexto de preservação. Sem o meio ambiente não há qualidade de vida, e dele depende nossa sobrevivência. Mostrando o que há de belo é que pretendemos sensibilizar para a necessidade de preservação”, aponta. O livro contém 149 páginas com as imagens de autoria de Marcos Rodrigues e textos explicativos de Hugo Sídney Brandão.

Fonte: Assessoria de Imprensa.


Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura
______________________________________________________________

Infonet - Cultura - Noticias - 25/11/2014.

Preservação ambiental em Sergipe vira tema de livro.
Os autores são Hugo Brandão e Marcos Rodrigues.

Por Helena Sader e Verlane Estácio.

O livro “Patrimônio Ambiental Sergipano” foi lançado nesta terça-feira, 25. E os autores do livro foram unânimes em afirmar qual é o sentido real da obra: manter a preservação ambiental no estado. O jornalista Hugo Sidney Brandão, em parceria com o fotógrafo Marcos Rodrigues, lançou o livro no Museu da Gente Sergipana. A obra reúne registros fotográficos e jornalísticos do patrimônio ambiental de várias partes de Sergipe.

Hugo Brandão fala que a proposta do livro é trazer registros do que vem sendo feito em Sergipe em se tratando de preservação ambiental. “A ideia é trazer uma narrativa visual do trabalho de preservação ambiental aqui. Muitos pesquisadores vêm pra cá pelas unidades de conservação que se tem em Sergipe”, disse o jornalista.

O autor fala também das formas de atingir a sociedade. “Nossa ótica é produzir um trabalho mais jornalístico e artístico para que a sociedade tivesse conhecimento disso. Para você ter noção da importância de uma coisa, nada melhor que conhecê-la e admirá-la”, explicou Hugo. “O livro foi feito com um olhar artístico, informativo, didático até. A partir do momento que você se sensibiliza com a beleza do meio ambiente, você passa a perceber o valor daquilo”, completou.

Os autores trabalharam juntos durante três anos até a conclusão do livro. O fotógrafo Marcos Rodrigues conta sobre o contato com a natureza. “Esse trabalho possibilitou a gente estar em contato maior e mais aprofundado com a natureza. Isso é muito gratificante”, disse.
O fotógrafo fez questão de relembrar a situação da preservação em Sergipe. “Todos os lugares que visitamos e registramos estavam muito bem preservados. O intuito é a gente divulgar isso, para que isso continue sendo feito”, disse Marcos. “Mostrar a beleza e fazer com que as pessoas sintam que essa beleza não pode ser agredida. Provocar essa emoção de tal forma que a preservação permaneça”, completou.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Roda de Capoeira passa a ser Patrimônio da Humanidade

Terezinha Oliva exibe a publicação (Foto: Portal Infonet)

Infonet - Cultura - Noticias - 25/11/2014.

Roda de Capoeira passa a ser Patrimônio da Humanidade
Decisão será divulgada pela Unesco nesta quarta, 26, em Paris

A Roda de Capoeira, antes considerada crime, hoje aparece como um dos principais elementos da identidade brasileira. E nessa reviravolta, a expectativa é de que na próxima quarta-feira, 26, a Roda de Capoeira seja contemplada com o título de Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade.

Isso porque o dossiê da candidatura apresentado pelo Instituto Histórico e Artísitico Nacional (Iphan), foi selecionado entre os 205 enviados por vários países à Unesco. “A Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira já são patrimônio cultural do Brasil desde 2008, mas agora trata-se da inscrição na lista representativa do Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade, feita através de um Comitê da Unesco”, afirma a superintendente do Iphan em Sergipe, Terezinha Oliva.

De acordo com ela, a seleção é muito rigorosa e já está sendo realizada na sede da Unesco em Paris, uma reunião para avaliar as candidaturas. “Mas já tem um parecer favorável à inscrição da Roda de Capoeira. Nesta quarta, 26, será o grande dia, certamente a Roda de Capoeira será Patrimônio Imaterial da Humanidade”, comemora.

Herança

Terezinha Oliva explicou que, como é um bem que praticamente está no Brasil inteiro, fruto da herança afro-descendente e fruto da escravidão, o Iphan convocou todas as superintendências estaduais a fazerem essa comemoração.

“Aqui em Sergipe fizemos no último sábado, 22 com a presença de vários mestres de capoeira, com praticantes de capoeira, um evento no Museu da Gente Sergipana, na programação do Dia da Consciência Negra. Na ocasião, eu expliquei o que significava a inscrição na lista representativa de Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade. Também exibimos um documentário feito pelo Iphan para divulgar a presença da capoeira no mundo, pois a prática está em 160 países”, diz.

A superintendente do Iphan em Sergipe destacou que no estado existe a Federação e associações de capoeira. “Uma das reivindicações da salvaguarda da capoeira é a divulgação cada vez mais ampla e o Dossiê da Unesco considerou que a Roda de Capoeira estimula o respeito mútuo, a relação entre as pessoas independente de etnia, de sexo, de cultura, porque ela está no mundo inteiro. Como patrimônio cultural é símbolo da resistência a opressão e da criatividade humana porque a Roda de Capoeira alia a luta à arte e à dança”, informa.

Terezinha Oliva enfatizou a conquista. “A presidente do Iphan, Jurema Machado vai estar presente nesse evento em Paris (França). É uma conquista muito importante porque houve tempo no Brasil em que a prática da capoeira era considerada crime e era caso de polícia praticar e hoje ela está num nível de um dos elementos da identidade brasileira”, entende.

Por Aldaci de Souza.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Orlando Lelo


Publicado originariamente no site Mais Carira, em 4/abr/2014.

A extraordinária arte do mundo reciclado de Orlando Lelo.
Por Iara Maria*

Embora muitos não sabem quem é Orlando Lelo, quem o conhece fica fascinado pelo seu trabalho de modalidade Assemblage mista. Há mais de 25 anos no ramo da arte, entre os oito filhos, somente ele voltou-se para o meio artístico, com mais de 5.500 obras, algumas dessas artes podem ser vistas em seu acervo no Centro Cultural, na Rua da Saudade, 333, na cidade de Carira.

Com 46 anos de idade, José Orlando de Oliveira, nascido em 07 de dezembro de 1967, natural na Baixa da Lama, no Município de Carira, Estado de Sergipe, há 112 km de distância da Capital Aracaju, possui apenas o ensino fundamental menor, o artista criado pelo pai, onde eram 5 irmãs e 3 irmãos, além de compor algumas músicas este orgulho carirense nos surpreende na diversidade cultural de seu trabalho.

Como tudo começou?

“Desde criança pro volta dos 7 anos de idade, quando ia para a roça com meu pai e meus outros irmãos, inconscientemente comecei a juntar sucatas, tampas de garrafas, latas, galhos torcidos, madeiras e não sei porque achava que aquilo um dia ia me servi carrinhos e tratores e máquinas que eu via no campos. Depois que vim morar na cidade procurava meus objetos nos lixões”.

De onde vem tanta criatividade?

Em São Paulo, recebi duas críticas à respeito do meu trabalho onde um dizia: Orlando você tem que focar sua arte em uma coisa só, mas uma segunda pessoa não concordou e disse: – Não se pode limitar a criação e Orlando é assim, tem que deixar ele criar, pois cada um tem seu estilo. Daí então eu fazia esculturas de cimento e a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi minha primeira grande criação, onde de uma promessa feita a Santa me senti na obrigação de fazer uma homenagem a mesma. Daí então não parei mais.

As pessoas encomendam sua arte?

Sim. Mas eu só vendo para colecionadores, pessoas que eu veja que realmente admiram meu trabalho, vejo se vale a pena, e prefiro expor meu trabalho para meu povo, muito mais que os de fora. Meu trabalho tem um valor sentimental, aos apreciadores eu vendo com muito gosto.

Um sonho não realizado?

Um museu para expor toda minha arte é o meu grande sonho a ser realizado e tenho certeza que ainda verei isso sendo concretizado.

Aqui deixamos nossos sinceros agradecimentos pela linda contribuição da modalidade expressiva e tamanha dedicação, carinho ao qual vimos nosso artista falar em suas obras, e ver que os restos deixados por uma sociedade foi transformada em belos trabalhos. Onde o bom senso, a sensibilidade e a paciência são exercidos de tão linda maneira. E de uma forma espontânea e natural com habilidades especificas e talento sem igual, parabéns pra você Orlando lelo, nosso rei da arte.

Iara Maria (Lic. Geografia-UFS).

Texto e imagem reproduzidas do site: maiscarira.com.br

Raimundo Carira


Publicado originariamente no site Mais Carira, 19/ago/2014.

Raimundo Carira: Artista Plástico é um Almanaque Vivo Da Brasilidade.

Nem só de poesia vive a terra do famoso escritor Casimiro de Abreu. Por lá, vivem também outros grandes talentos, como Raimundo Carira, artista plástico. Sergipano da cidade de Carira, que adotou como sobrenome, o artista começou a pintar aos cinco anos no armazém de seu pai.

Atualmente, aos 73 anos e esbanjando vitalidade, o pintor guarda em seu acervo pessoal centenas de telas que remete qualquer admirador, uma viagem no tempo e às mais variadas culturas.

Nos anos 70, Carira frequentou a Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de janeiro e foi um dos fundadores da Feira Hippie, em Ipanema, na década de 60. Ainda na década de 70, realizou a primeira exposição em Itatiaia, região serrana do estado. Já teve suas obras expostas na Casa de Cultura de Casimiro de Abreu e também em Zurique, na Suíça.

Para ele, os temas escolhidos para suas obras vêm de cada parte do Brasil. “Por onde passei fiz questão de deixar registrado muitos momentos em minhas telas. O nordestino tem uma alegria de viver contagiante e foi justamente isso que quis retratar em cada obra, além é claro que lugares fora do nordeste brasileiro”, explicou o artista, enquanto pincelava sua tinta óleo em mais uma tela.

O dom de pintar foi descoberto muito cedo e a partir daí, Carira começou a estudar para desenvolver melhor suas habilidades, entretanto, sentiu falta da liberdade de criar seu próprio estilo. “Os jovens que começam a estudar artes, por muitas vezes ficam presos a teorias, o que em partes, impossibilita um pouco o processo de criatividade natural. Eu estudei e depois decidi abrir a mente para ousar mais e ter a liberdade de pintar de acordo com meus sentimentos”, justificou, explicando que seu estilo se define como uma mistura de barroco, primitivismo, cubismo, com toques geométricos.

Carira apresenta uma característica bastante singular em suas pinturas, que são tomadas por cores vibrantes e alegria. Para ele, é importante transmitir uma riqueza de detalhes que certamente, fazem de suas telas, únicas e cobiçadas. “Gosto de expressar os cenários do nordeste, mosaicos bem trabalhados que remetem à cultura europeia, entre outros, mas principalmente, gosto de ver a alegria que transmito através da minha paixão, do meu dom. Fico feliz em abrir as portas da minha casa e receber pessoas que realmente admiram o meu trabalho e valorizam a cultura local”.

Texto e imagem reproduzidos do site: maiscarira.com.br

Município de Carira


Município de Carira/SE.

Carira é um município brasileiro do estado de Sergipe. Localiza-se a uma latitude 10°21’42” sul e a uma longitude 37°42’01” oeste, estando a uma altitude de 351 metros acima do nível do mar. O município está localizado na região oeste do Estado de Sergipe, limitando-se a norte com o município de Nossa Senhora da Glória, a oeste com o Estado da Bahia, a sul com Pinhão e Frei Paulo e a leste com Nossa Senhora Aparecida. Sua população estimada em 2010 era de 20.007 habitantes, possuindo uma área municipal de 634,6 km².

O nome do município é uma homenagem à índia chamada de Mãe Carira.

História.

Na primeira metade do século XIX, o território que compreende Carira pertencia às Matas de Itabaiana e localizava-se na fronteira com Jeremoabo/BA, no trecho onde hoje localizam-se os municípios baianos de Coronel João Sá e Pedro Alexandre.

A partir de 1850, a região próxima ao Rio do Peixe, afluente esquerdo do Vaza Barris, conheceu um certo aumento populacional. Nessa região viviam os Dantas, família influente na política do sertão baiano.

Os Dantas trouxeram para estas terras, o vaqueiro João Martins de Souza com os primeiros povoadores, que partiram das margens do Rio do Peixe, imediações de Bom Conselho (atual Cícero Dantas/BA).

Deve-se a João Martins o início do povoamento da região, que passou a ser conhecida mais tarde como Mãe Carira. Essa toponímia homenageia uma índia que chefiava uma tribo localizada entre o Tanque do Carira e Saco Torto.

Da aldeia de mãe Carira, a uma distância de dois quilômetros para o leste, João Martins edificou a primeira casa, em 1865. Em seguida, foram construídas as residências dos seus filhos Joaquim e Gonçalo.

A história de Mãe Carira confunde-se com a história do município. Segundo registros históricos, os moradores de Barra Larga (hoje, pertencente a Coronel João Sá/BA), fizeram uma grande roça de milho no território indígena. Os índios, sempre enxotados para mais distante de seu primitivo habitat, e se vendo sem suas terras para plantar, começaram a desfrutar secretamente da referida plantação. Os novatos ocupantes daquelas terras, notando os constantes desfalques, começaram a tocaiá-los. Mas, sem êxito, resolveram fazer um acampamento escondido no roçado.

Em 25 de novembro de 1865, os nativos, como de costume, foram buscar algumas espigas, e a velha cacique estava com eles. Quando cuidavam de colher as espigas, os donos do roçado incitaram cães ferozes sobre os índios, que fugiram em debandada. Os mais jovens conseguiram escapar, mesmo muito feridos. Foi terrível o corre-corre entre a caatinga cheia de plantas espinhentas, como macambira, mandacaru e outros. Mãe Carira, a mais velha da tribo, ferida e perdendo muito sangue, por causa das mordidas dos cães, caiu pesadamente próximo a um pé de Jequiri, ao lado da casa de João Martins. E foi naquele local que os cães a atacaram. O vaqueiro acudiu a índia, mas em conseqüência dos ferimentos, ela veio a falecer em alguns dias. A chefe da tribo foi sepultada por João Martins, no lugar em que tombou. Sobre sua cova, ele afixou um cruzeiro.

O Desenvolvimento.

Durante a guerra do Paraguai (1864 – 1870), muitos homens, para não serem recrutados, vieram se esconder nas terras desabitadas de mãe Carira. Já em 1870, à sombra do jequiri, ao lado da sua casa, João Martins iniciou aos domingos uma pequena feira que foi atraindo pessoas para o lugar nascente.
Cinco anos depois, Mãe Carira possuía um razoável número de habitantes e João Martins ergueu uma casinha de oração em volta da cova da Índia (onde hoje é a praça Martinho de Souza). Ali se reuniam os fiéis, com o cemitério ao lado. No início do século XX, o povoado passou a ser chamado apenas de Carira.

Aos 25 dias do mês de novembro de 1953, oitenta e oito anos após a morte de Mãe Carira, atingimos nossa almejada autonomia, com a elevação de Carira, pela Lei Estadual n.º 525A, a cidade e sede do Município de mesmo nome, com território desmembrado do Município de Frei Paulo. Essa data memorável diz respeito não só a Carira, mas também ao seguintes municípios criados pela referida Lei: Barra dos Coqueiros, Pacatiba (Pacatuba), Umbaúba, Poço Verde,Tomar do Geru, Itabi, Malhador, Pedrinhas, Poço Redondo, Curituba (Canindé do São Francisco), Macambira, Pinhão, Monte Alegre de Sergipe, Tamanduá (Graccho Cardoso), Camboatá (Santa Rosa de Lima), Cumbe, Amparo de São Francisco e Malhada dos Bois. Nossa primeira eleição foi em 3 de outubro de 1954, e a 6 de fevereiro de 1955, Carira foi elevada a Município autônomo, tendo como primeiro prefeito eleito Olímpio Rabelo de Morais, e como membros da Câmara de Vereadores: Nelson Dantas de Almeida (presidente), João Pedro Alves (João Gonçalo), Aduilson Simões de Almeida, Lameu Martins de Almeida e Gerino Paes da Costa...

Foto e trecho de artigo reproduzidos do site: maiscarira.com.br

Erivaldo de Carira


Publicado originariamente no site "Mais Carira", em 24/mai/2013.

Homenagem ao homem, amigo, sanfoneiro,
cantor e pai: Erivaldo de Carira – Viva São João!

O filho de “Manezinho” do Carira, sanfoneiro de oito baixos e de dona Julita, tornou-se uma das mais importantes referencias da música nordestina na região onde dedicou grande parte de sua carreira. Sergipe.

Neste pequeno espaço da região nordeste, sua sanfona e sua voz ecoam pelos quatro cantos, sem deixar de expandi-la por diversos estados brasileiros, onde os aplausos se confundem na sonoridade do seu forró autêntico, nas trilhas gonzaguianas, onde o show tem hora para começar e não tem para acabar.

Erivaldo de Carira começou a tocar sanfona aos dez anos de idade, vindo a ser conhecido com o sobrenome da sua terra Natal. A carreira solo foi consolidada aos dezoitos anos de idade e a partir daí, seu caminho foi uma construção permanente de história e dedicação a cultura nordestina.

Por quinze anos comandou o programa “No Pátio da Fazenda”, na Rádio Princesa da Serra; Antônio Poderoso conheceu seu talento e foi por ele incentivado a gravar seu primeiro LP “Forró a Brasileira” pela Fama Som Music do Brasil, sendo “Fazenda Velha” a música que se tornou carro-chefe desta obra. Na sequência de LPs que não pararam mais de serem gravados, vieram: “Mate Sua Sede” (Destaque para Sujo de Batom), “Mistura de Forró” de 1986 (Forró de Cabra Macho), participou no mesmo ano Forró a Brasileirade duas coletâneas do Forrozão da FM Sergipe 98, “Meu Forró é Assim” foi lançado em 1989, pela Polidisc, (Serra Pelada e Lua de Mel, se destacaram), Ainda Sou Bom Nisso de 1990 (destaque para Melancia), e na sequência mais uma participação no forrozão da FM 98 em 1991; de pai para filho foi lançado em 1995 pela Seleto (Foi ela a música de destaque), e o primeiro CD nasceu em 1997 “As Melhores de Erivaldo de Carira” e “Fazenda Velha” sempre se destaca como uma das principais músicas de sua carreira.

Seguindo sua trajetória de sucesso, participou de uma coletânea no CD São João de Pacatuba em 1998; Xenhenhem foi o CD de 1999, pela EDC, tendo como destaque a Música que traz o título da obra. “Aqui Ta Bom” destacou “Ô Saudade” e “Vivendo de Lembrança”, pela Mega Music. Quem emplacou a décima obra fonográfica de Erivaldo de Carira foi “Do Jeito Que Eu Gosto”. O próximo passo é o DVD já esperado pelo público que acompanha sua trajetória.

Além de cantor e compositor Erivaldo de Carira já dirigiu o consagrado Artista Josa “O Vaqueiro do Sertão” em 2006. Para Josa, Erivaldo de Carira é seu substituto na preservação da coroa dos reis que mantém fidelidade as nossas raízes musicais.Sua voz possante já se espalhou pela Bahia, Ceará, Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo sendo que em Sergipe seu nome está sempre presente nas principais programação dos festejos juninos do estado de Sergipe.

São 34 anos de estrada musical e sua carreira lhe trouxe grandes encontros ao lado de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Flávio José, Clemilda, Adelmário Coelho, Oswaldinho do Acordeom, Sivuca, Pedro Sertanejo, Mestre Zinho, Trio Nordestino, Antônio e Cecéu, Josa e tantos outros.Além disso, já mostrou a cara da sanfona em TV’s do nordeste e do sul do país e suas músicas são executadas em diversas regiões do Brasil e do exterior.

Como fruto bom, gera outros frutos ainda melhores, seus filhosErivaldinho, Mestrinho e Thais, seguem carreira artística com sucesso, sendo que os dois filhos são consagrados sanfoneiros da nova geração do Brasil.

Mas, a caminhada de sucesso não para por aí. Canta o rei nasce em 2007/2008 e lança forró do Gonzagão tornando-se o décimo segundo trabalho fonográfico e sexto CD solo.

Erivaldo de Carira é um dos poucos sanfoneiros do Brasil que consegue tocar a sanfona, com o fole fechado o que é considerado pelos sanfoneiros como uma raridade dada a dificuldade de execução.Erivaldo de Carira é sinônimo de talento, versatilidade, fidelidade as suas raízes, contribuição das mais positivas em favor do verdadeiro forró e um nome que faz parte da galeria dos mais importantes representantes da música nordestina brasileira.

Fonte: Forrozeiro de Carteira.

Texto e imagem reproduzidos do site: maiscarira.com.br

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sabor Sergipe - Café da Manhã

Foto reproduzida do Facebook/Fan Page/Sergipanidade.

Sabor Sergipe


 Caranguejos.
Cozido Sergipano.
 Macaxeira com carne do sol.
 Frutas na feira
Doce de Leite e Doce de Bolinhas de Queijo.

Fotos reproduzidas do Facebook/Fan Page/Sergipanidade.

domingo, 23 de novembro de 2014

Divulgação - Turismo

Agency: Teaser Propaganda
André Júnior - Gustavo Rocha

O que sobrou do mangue

Foto: Bruno Cardoso.

Publicado originalmente no Blog "Em Pauta UFS", em 08/04/2009.

O que sobrou do mangue

O termo manguezal é utilizado para descrever uma variedade de comunidades costeiras tropicais compostas por especies vegetais, arboreas ou arbustivas que conseguem crescer em solos com alto teor de sal

Por Ivo Jeremias.

Em Sergipe, o carangueijo não é apenas um elemento da culinaria. Ele é um dos principais simbolos da cultura sergipana. A própria palavra Sergipe que denomina o nosso estado é uma palavra de origem tupi que significa “rio dos siris”. Os manguezais que constituem o habitat destes crustáceos e de muitas outras espécies são ecossistemas localizados predominantemente no encontro dos meios maritimos, fluvial e terrestre, proximo a estuarios e bacias. No estado de Sergipe, os manguezais se encontramna foz dos principais rios e nos estuários dos rios Piauí , Real, Vaza-Barris e Sergipe.

Para muitas familias o manguezal representa uma importante fonte de renda,além de fornecer uma importante fonte de alimento e ser responsavel pela manuntenção do equilibrio ambiental. Fatos como estes mostram o porque é tão importante a preservação deste ecossistema, entretanto isto é algo que não está sendo feito. O manguezal é o ultimo ecossistema que restou da cobertura vegetal da mata atlantica em Sergipe. Em 1975, o estado contava com 555,7km² de mangues, de acordo com a EMPRAPA, em 1981, esta area foi reduzida para 468,7km². atualmente segundo a ADEMA, Sergipe tem aproximadamente 262 km² .

Um dos principais fatores que contribuem para a devastação do meio ambiente é o crescimento urbano desordenado das cidade. Em Aracaju , este é um fenômeno que acompanha historicamente o processo de formação da cidade. A capital Sergipana foi erguida em áreas de terrenos alagados e de manguezais. A cidade teve sua expansão realizada através de aterros e adensamentos das areas de mangue.

Nos ultimos trinta anos, segundo a EMBRAPA e ADEMA, a devastação ambiental foi se agravando principalmente a especulação imobiliaria em Aracaju e a Cacinicultura nos municipios interioranos. Em Aracaju bairros como a Coroa do meio, Lamarão, Santos Dumont, 13 de Julho ,Farolândia, Jardins e Atalaia são exemplos da destruição dos mangues, já que para a construção destes bairros muitas areas de mangue foram aterradas.

O bairro Jardins é o maior exemplo do desrespeito com que o meio ambiente está sendo tratado. No lugar deste bairro,antes existia a reserva ecológica Parque Tramandaí que foi quase totalmente destuida para a construção de uma nobre área residencial e de um shopping center. O que restou da reserva foi uma pequena faixa de manguezal , onde é despejado esgoto e todo tipo de lixo. E para ilustrar este triste cenário foi colocada uma enorme placa(quase do tamanho do intitulado Parque ecologico) com o nome : Reserva ambiental Tramandaí,afinal está na moda parecer corretamente ecológico nesta sociedade onde as pessoas parecem não ter a dimensão real da importância dos ecossistemas para o equilibrio ambiental.

A destruição dos ecossistemas é muitas vezes atribuída a falta de conhecimento sobre a necessidade de preservação do meio ambiente.”É preciso conhecer para preservar”, diz a professora Carmem R. Parisoto , coordenadora do projeto Atlas Digital, desenvolvido pela universidade Federal De Sergipe, através do Departamento de biologia.

O Atlas digital é um programa para internet com imagens e textos explicativos sobre os ambientes aquáticos sergipanos e da fauna associada a eles. O intuito do projeto é que através das informações disponibilizadas no site www.labec.com.br/biodigital seja possivel que o publico se torne capaz de reconhecer a fauna especifica do estado e que desenvolva uma consciência ecológica. Segundo a professora Carmem R. Parisoto o site deve servir como um instrumento para auxiliar no ensino de ciêncis e biologia nas escolas do estado, fornecendo elementos que tornem possivel uma aprendizagem contextualizada e fornecendo novos recursos tanto para professores como para os alunos.

O site tem como interesse facilitar o acesso à informação , enriquecer o processo educacional através de imagens , jogos e informações com uma linguagem mais descontraída em relação aos livros didaticos . Um dos obejtivos principais do projeto é desenvolver nos estudantes uma consciência ambiental para que as proximas gerações possam cuidar com mais carinho o pouco dos ecossistemas que ainda restam.

Texto e imagem reproduzidos do blog: empautaufs.wordpress.com

Círculo de Ogãs, Praça São Francisco, em São Cristóvão

Foto: Ascom Secult.

Infonet - Cultura - Noticias - 21/11/2014.

Círculo de Ogãs atrai bom público à Praça São Francisco.

Círculo dos Ogãs acontece até hoje na cidade de São Cristóvão

Com a temática “Mulheres Negras”, acontece na cidade de São Cristóvão, desde o dia 18 até 21 de novembro, o Círculo dos Ogãs. A quinta edição do evento teve seu ponto alto neste dia 20, data em que se comemora o Dia da Consciência Negra em todo país. A iniciativa é da ONG Sociedade para O Avanço Humano e Desenvolvimento Ecosófico (SAHUDE) com parceria da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) através do Museu Histórico de Sergipe (MHS).

A programação do dia ocorreu na Praça São Francisco e contou com intervenções culturais, shows, apresentações de capoeira e “Microfone aberto contra o preconceito”, momento em que o público pôde fazer intervenções poéticas e debater sobre o tema.

Segundo o diretor do Museu Histórico, Thiago Fragata, o Círculo dos Ogãs tem a proposta de discutir as questões étnico-raciais, colocando-as em evidência, disseminando assim a cultura afro no município, visto que, por vezes, ela fica restrita à periferia e aos povoados.

Thiago explica que a ideia do tema “Mulheres Negras” surgiu da necessidade de debater as questões raciais e de gênero, já que o preconceito com as mulheres negras no Brasil é ainda mais significativo. “O preconceito no país se concentra na mulher negra. No mercado de trabalho do Brasil, ela ganha menos do que o homem branco, menos que a mulher branca e menos que o homem negro, ou seja, ela está na base do preconceito. Ela é mãe, ela é matriz, ela é maternidade, como todas as outras mulheres, por isso nosso entendimento de fazer essa homenagem”, justifica.

Espectadores.

Rafaela Pereira, 26, mora em São Cristóvão e foi prestigiar o evento. Ela conta que já participou do Círculo em 2010 e 2011. Segundo ela, uma iniciativa como essa é importante por que “relembra e intensifica a cultura negra no Brasil”. Rafaela ainda diz que essa ação “vem pra quebrar um pouco do preconceito, e a realização no Dia da Consciência Negra épertinente”, fala.

Fernanda Chain, 33, é outra dos muitos visitantes que foram até a Praça para prestigiar o evento. Para ela, o Círculo dos Ogãs deste ano, além de proporcionar cultura aberta ao público, traz uma temática importante. “Eu acho fundamental falar da mulher, especialmente da mulher negra. Porque tem um movimento muito sutil de transformação, um processo em relação ao feminino. É outra postura que está sendo construída, é um resgate de potencialidades adormecidas, então trazer isso a tona, pôr em debate é fundamental”, fala.
Realizadores
A presidente da SAHUDE, Marcia Arévalo, também estava presente no local, e avalia como positiva a realização da quinta edição do evento. “É um evento importante porque é o principal da cidade que conjuga as escolas para debater questões raciais. Todo ano a gente traz um tema diferente e esse ano foi muito lindo, muito rico, a força das mulheres negras foi muito bem recebido e a gente está muito feliz com tudo isso”, fala.

O Círculo dos Ogãs.

O evento já se tornou data cativa na comunidade, principalmente pelas instituições educacionais e culturais da cidade que celebram anualmente a mais expressiva data de luta do povo afrobrasileiro. Por seu significado foi em 2013 contemplado com o Prêmio Abdias Nascimento, conferido pela Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe.A iniciativa tem o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN/SE), Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Unegro e Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Programação.

O V Círculo dos Ogãs teve início no dia 18 e vai até o dia 21, com a mesa redonda “Mulheres de Axé: O arquétipo da Grande Mãe e a liderança feminina nos terreiros de Candomblé”. A mesa será mediada por Martha Sales e Fernanda Cohim, e acontecerá no Auditório da ADUFS, que fica localizado na Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Fonte: Ascom Secult
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

sábado, 22 de novembro de 2014

Artesanato Sergipano - Município de Santana do São Francisco




Município de Santana do São Francisco/SE.

Visita as instalações das Olarias de Santana do São Francisco (antiga Carrapicho), onde se produz um dos artesanatos em argila mais importante do estado de Sergipe.

Durante a visita diversos artesãos explicaram todo o processo de produção, na maioria ainda rudimentar.

Foto e informação de legenda, reproduzidas do site: portaljovem.net.br

Santana do São Francisco, a cidade ribeirinha que molda formas

Em Carrapicho, cada casa uma pequena olaria.


Claudionor Filho, 31, herdou do pai o dom de moldar formas.


Dona Carminha é a responsável pelo acabamento
das peças que o filho produz.

O forno a lenha fica no próprio quintal das olarias.

Após moldadas, as peças ficam secando por
24hrs, para só então ir ao forno.

Mercado onde também são comercializadas as
peças produzidas na cidade
Créditos das fotos: Roberto Miranda.
Imagens e Legendas reproduzidas do site: aquiacontece.com.br

Publicado originalmente no site Aqui Acontece, em 23/11/2012.

SE: Santana do São Francisco a cidade ribeirinha que molda formas
Por Roberto Miranda.

A aspereza do homem nordestino em Santana do São Francisco, pequena cidade sergipana banhada pelo Rio São Francisco, com 6.800 habitantes, não corresponde à práxis. Das olarias, surgem através das mãos de homens rudes, expressivas obras de arte, criadas com o barro retirado do leito e dos antigos arrozais das margens do rio, conhecida como cerâmica de Carrapicho.

Carrapicho ou Santana do São Francisco, tanto faz. A cidade é conhecida pelos dois nomes, localizada no Baixo São Francisco na margem sergipana do rio, é também o lugar das olarias. Quem empresta o nome à cidade é a padroeira do lugar, Nossa Senhora Santana. Carrapicho é como a cidade era chamada no tempo em que era comarca de Neópolis. O local tem um ar bucólico, de que parou no tempo. Onde carroças de burro e parelha de bois ainda dividem espaço nas ruas com automóveis.

As olarias estão presentes por toda a cidade e a negociação das peças são realizadas ali mesmo nas calçadas que servem de vitrine. Cada casa é um pequeno comércio, e quem chega pode conferir no mercado de artesanato todo o trabalho moldado com técnicas do passado que ainda usadas no presente.

O turista ainda pode acompanhar todo o processo artesanal da modelagem de silhuetas. Pois as olarias são abertas à visitação e a compras. Como é o caso da pequena olaria familiar, que fica na Rua Berlamino Gomes. Lá trabalham o pai, Claudionor, 74, e os filhos, José, 48 e Claudionor Filho, 31. Isso revela o ritual de transmissão de um ofício de pai para filho, fenômeno observado nas mais diversas manifestações culturais.

O homem cria as peças e a mulher se encarrega do acabamento final, que é a pintura. Esse é o caso de dona Carminha, 58 anos. Ela explica que o filho produz as peças de barro e ela se encarrega da pintura em sua casa, que também funciona como atelier.

O processo: da oleiro ao acabamento.

A técnica de criação da cerâmica se inicia com o oleiro fabricando a peça, depois é colocada para secar ao sol por 24 horas. Em seguida, vai ao forno à lenha até atingir o ponto de cardeação, o que significa dizer: o ponto mais quente do forno, daí então, não se coloca mais lenha. Espera-se que o fogo apague por si e retiram-se as peças, quando frias, para a última etapa, que é realizada pelas mulheres, o acabamento e a pintura...

Texto e imagens reproduzidos do site: aquiacontece.com.br/

Diário Oficial

Publicado originalmente no Facebook, na Linha do Tempo
de Jorge Nascimento Carvalho, em 18 de novembro de 2014.

Além da função principal de produzir o Diário Oficial e dar autenticidade aos atos públicos, a Segrase também conta com a Editora Diário Oficial do Estado de Sergipe - Edise, que muito contribui com a divulgação da produção literária do Estado, ao editar e imprimir obras com um elevado padrão de qualidade, através de um tratamento criterioso na revisão, no design, nas ilustrações e no formato final.

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Jorge Nascimento Carvalho.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Clodomir de Souza e Silva

Publicado originalmente no Facebook, na Linha do Tempo de
Jorge Nascimento Carvalho, em 18 de novembro de 2014.

Clodomir de Souza e Silva presidiu o Diário Oficial do Estado de Sergipe nos anos 1917-1918. Foi jornalista, advogado, político, escritor e professor sergipano. Nasceu em 20 de fevereiro de 1892, na cidade de Aracaju. Fez os primeiros estudos no Colégio Atheneu e cursou a Faculdade de Direito do Recife. Iniciou a carreira de jornalista com 19 anos, escrevendo para diversos jornais sergipanos, entre eles Correio de Aracaju e Sergipe Oficial. Atuou como professor do Colégio Atheneu, advogado e deputado estadual por duas vezes. Foi um dos fundadores da Academia Sergipana de Letras, na qual ocupou a cadeira de número 13, diretor do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e membro da Loja Maçônica Cotinguiba. Publicou dois livros: Álbum de Sergipe (1920), em comemoração ao centenário da emancipação política do Estado, e Minha Gente (1926).

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Jorge Nascimento Carvalho.