sábado, 11 de agosto de 2018

Exposição Manifestações Culturais em Sergipe...


 Vania Aquino

 Maria Goes

 Mario Dias

 Chico Só


 Bruno Andrade

Fotos: Lucas Oliver

Publicado originalmente no site da PMA, em 10/08/18

Exposição Manifestações Culturais em Sergipe é inaugurada no Centro Cultural de Aracaju

Em comemoração ao mês que celebra o folclore, a Fundação Cultural Cidade de Aracaju, em parceria com a Associação dos Artistas Plásticos de Aracaju (Aaplasa), abriu nesta sexta-feira, 10, a exposição ‘Manifestações Culturais de Sergipe’. A mostra reúne, no Centro Cultural da capital, 27 obras de 25 artistas sergipanos que contam e resgatam a história dos grupos folclóricos de Sergipe.

O curador da mostra e presidente da Aaplasa, Chico Só, destacou o apoio cultural recebido da Funcaju. “É maravilhoso ter uma fundação que incentiva as manifestações culturais, populares e tradicionais do estado. O resultado dessa união é o reconhecimento e a preservação dos seus saberes populares para as novas gerações. Além, é claro, de estimular e valorizar os artistas plásticos da terra”.

O coordenador do Centro Cultural de Aracaju, Mário Dias, acrescentou que este é um dos pilares desenvolvidos pela Funcaju. “Dialogar com a cultura é reconhecer esses artistas plásticos que preservam nossa cultura através de suas obras. Estamos contentes com a realização dessa exposição, pois aqui o visitante poderá fazer uma viagem cultural pelas esculturas que homenageiam os diversos grupos folclóricos existentes em Sergipe, como por exemplo: Parafusos, Cacumbi, Reisado, entre outros”.

O funcionário público Bruno Andrade comentou que é a primeira vez que participa de uma exposição que aborda as manifestações culturais de Sergipe. “Estou achando muito interessante conhecer o nosso estado através da arte de cada artista. Espero que esse apoio cultural perdure muito, pois é a primeira vez que participo e irei recomendar a várias pessoas”, afirmou. 

Segundo a bordadeira e expositora na exposição, Maria Goes, retratar a cultura através da visão do artista é gratificante. “Contar a história do barco de fogo de Estância por meio do meu bordado é algo extremamente especial e recompensador”, comentou. Já o artista plástico Dutra Xavier explicou que quando recebeu o convite para participar da mostra pensou na musicalidade do pífano. “Quis mostrar algo que não estamos vendo diariamente e que é peça importante da história sergipana”, ressaltou.

Para a representante comercial e apreciadora da arte, Vânia Aquino a exposição é também uma oportunidade de conhecer novos artistas plásticos. “Todos os envolvidos estão de parabéns. A exposição está belíssima e de um bom gosto incrível. Além de apreciar as obras, estamos valorizando o nosso folclore”, afirmou.

Programação

A exposição ‘Manifestações Culturais de Sergipe’ segue aberta ao público até o dia 11 de setembro. Escolas interessadas em realizar visitas guiadas ou outras atividades no Centro Cultural de Aracaju, podem entrar em contato pelo telefone 3214-5387. O Centro Cultural de Aracaju fica localizado na praça General Valadão, no Centro da capital. O funcionamento é de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 13h. Entrada gratuita.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Overland Amaral: soldado do tempo

 A situação do sertanejo levou Overland a estudar o clima.

Centro de Monitoramento completamente automatizado.
Fotos: Vieira Neto

Publicado originalmente no site do Cinform, em 07 de agosto de 2018

Overland Amaral: soldado do tempo
     
Por Henrique Maynart

Fazia sol na primeira manhã de agosto, o painel do Sistema Meteorológico de Sergipe estava cheio de razão, começar a reportagem com o pé direito nunca é demais. Centro de Monitoramento Climático e Meteorológico, nove horas e trinta e oito minutos. Quatro monitores repletos de dados, dosagens, nuvens em constante movimento num balé rápido e confuso, seguidos por um grande painel que monitora o céu nordestino em tempo real. O funcionário responsável pela Tecnologia da Informação, em destaque solitário na ponta da sala, nos explica todo o processo automatizado que justifica aquela quantidade de máquina sem gente. O futuro está previsto.

Overland Amaral, coordenador do 
Centro de Meteorologia de Sergipe. 
Foto: Vieira Neto

Encontramos o funcionário mais antigo do Centro de Meteorologia de Sergipe no Quartel General da previsão do tempo, às dez horas e oito minutos daquela quarta-feira, tapeando as férias que gozou até o início desta semana que vos fala. “Bem vindo de volta Overland”, cumprimenta a funcionária da Secretaria de Meio Ambiente, “ não não, só volto na semana que vem, marquei uma conversa com o pessoal do jornal”, responde apressado com o dedo estirado em direção à reportagem do CINFORM.  De óculos escuros em plena sala fechada, Overland Amaral segue em fala pausada e levemente rouca, munido de uma xícara de café que leva à boca com leve tremor a goles curtos. “Bebida de intelectual”, descontrai.  O senhor da previsão do tempo está a postos.

POR SER DE LÁ DO SERTÃO

“Toda a minha vida foi dedicada à meteorologia no serviço público, aos estudos dos fenômenos de ordem atmosférica”, afirma o gloriense de 66 anos de vida e quase quatro décadas de serviços ligados ao setor. Por ser de lá do Sertão de Nossa Senhora da Glória, Overland observava a migração provocada pela seca com tristeza e inquietação. “Desde menino eu não suportava ver período de seca, aquela coisa que expulsava tanta gente, ver tanta gente migrar para o sul do país, sempre fui me perguntando, estudando, e aos poucos fui entendendo este lado social da consequência climática. A extensão da seca tem um fenômeno social muito maior, este foi o grande motivo daminha vida”.

Devidamente casado, Overland pica a mula para a capital sergipana aos 21anos e começa a trabalhar na área como estagiário, enquanto cursava Geografia na Universidade Federal de Sergipe. “Fui fazer um trabalho da faculdade na Codise, os serviços de meteorologia estavam lotados lá nesta época, e surgiu o convite para estágio. Concluí o curso, fui contratado e estou aqui até hoje (risos)”. Efetivado em 1984 pelo Núcleo de Estudos Naturais e Climatológicos da Secretaria de Estado do Planejamento, ele seguiu pautando todos os seus estudos na área. Ao longo das décadas, seu trabalho envolveu a criação do Centro de Estudos e Pesquisas Espaciais , na década de 90, o envolvimento com a pasta de Recursos Hídricos “tanto no excesso quanto na falta”. Atualmente os trabalhos de meteorologia e assuntos correlatos estão lotados na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

NA CADEIRA DO GOVERNADOR

Figurinha carimbada da mídia sergipana, o coordenador do Centro de Meteorologia do Estado de Sergipe concedeu, ao longo de sua carreira, centenas de entrevistas e depoimentos acerca dos eventos climáticos mais diversos, de secas a enchentes, de estiagem a toró que cai de sopetão. Um evento que lhe marca a memória foi o grande período de chuvas que ocorreu entre abril e maio de 2010, quando o Centro notificara a Defesa Civil para a possibilidade do “evento de chuva”.

Chamado para dar explicações no Palácio de Veraneio, Overland foi inquirido diretamente pelo ex-governador Marcelo Deda: “você acredita mesmo nisso aqui?”, respondeu de bate-pronto: “poxa Deda, eu dei toda a minha vida por isso, eu acredito sim, fui eu que fiz este alerta”. A partir dali fora montada uma força-tarefa com uma série de secretarias e entes do poder público para conter e minimizar os efeitos daquele “evento”. O toró dá o ar da graça em Sergipe apenas cinco dias depois do aviso. Chamado novamente ao Palácio, ouviu diretamente do ex-governador: “rapaz, realmente, você é um soldado na frente de batalha e eu vou me aliar a você… quero dizer que é você quem deveria estar sentado na cadeira do governador neste momento”, afirmou em tom de brincadeira. Naquele momento houveram eventos parecidos em Alagoas e Pernambuco. “Houve um grande evento, houve destruição e prejuízos materiais, mas nenhuma vida foi ceifada. E esse é o nosso lema, é informar para defender o cidadão.”

Memes fazem sucesso na internet. (Vieira Neto)

O SENHOR DOS MEMES

“Não acredite em políticos, acredite em Overland Amaral”, “Overland para presidente em 2018: este não mente”, estas e outras frases encharcam as redes sociais dos sergipanos, sobretudo em tempos de fortes chuvas ou estiagens, além dos períodos eleitorais. Ele confessa que se diverte bastante com a brincadeira e fica até feliz em poder dar alguma alegria em um momento político eivado de descrédito e desconfiança.

“Eu acho divertido, aquilo é uma válvula de escape da população. Me utilizam de uma forma que todo mundo se diverte, de tornar mais relaxada essa vida política e social. Eu me divirto com isso, se eu puder colaborar com o bem-estar das pessoas, com a liberdade das pessoas eu vou colaborar. Além de me preocupar com a defesa do cidadão, me preocupo com o bem estar e a gente precisa cultivar toda essa liberdade, esse lado também me sensibiliza.”

LEGADO

Aos 66 anos de idade, o coordenador do Centro de Meteorologia está com a aposentadoria marcada para daqui a 4 anos. Atualmente, não há nos quadros no efetivo do Estado de Sergipe que possa substituir o seu trabalho, acumulado por décadas de esforço. “Entrei aqui ainda sem cabelos brancos, olhe só como está agora” (risos).  Em tempos de automação computadorizada, exemplificada pela própria solidão da sala em que ocorre a entrevista, Overland fala das dificuldades quanto aos recursos humanos do setor.

Quase quarenta anos dedicados à meteorologia no estado. 
Foto: Vieira Neto

“Olha, em termos de Recursos Humanos a gente é muito limitado. Aqui no setor temos: eu, o responsável do TI e um estagiário. Nos anos 90 eu cheguei a ter uma equipe numerosa, mas a tecnologia de sensores e softwares não estava como está hoje. Mas a demanda por recurso humano é sentida aqui, espero que haja avanços não só na parte de aquisição de um radar específico para Sergipe, que haja concurso público para o setor. Gente capacitada em Sergipe pra isso, tem”.

Ao final da conversa, a pergunta derradeira: “mas vai chover no final de semana, Overland?”. Entre risos, retruca: “olha no portal do Sistema Meteorológico, é público e aberto”. A reportagem se despede com o gosto e a certeza de que poderia ter saído sem essa, vida que segue. O final do inverno meia-boca que assola o litoral nordestino oscila entre o calor satânico, a nublagem abafada e os torós que despencam de sopetão. Tempo bom, tempo ruim, a vida segue sem estação definida pelos arredores de Sergipe.

Texto e imagens reproduzidos do site: cinform.com.br

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Mês das Culturas da Gente 2018 começa amanhã

Foto: André Moreira/Equipe JC

Mês das Culturas da Gente 2018 começa amanhã

Programação conta com apresentações, bate-papo e cortejos até o Largo da Gente Sergipana.

Durante o mês de agosto o Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda será palco de uma programação que exalta a cultura popular. Realizada pelo Instituto Banese, a programação tem o objetivo de difundir e valorizar as expressões populares tradicionais e suas releituras e reinvenções, além de oportunizar ao público experimentar e ter contato com as culturas da gente sergipana.

A edição 2018 do Agosto Mês das Culturas da Gente, que acontecerá nos dias 8, 15, 16, 22 e 29, contará com bate-papo e cortejo com grupos culturais; lançamento de livro e documentário; ações educativas e show musical. Além disso, este ano a programação do mês dedicado à cultura popular, em virtude do Dia do Folclore, comemorado em 22 de agosto, se estenderá ao Largo da Gente Sergipana, um espaço de extensão do museu e que exalta diversas manifestações culturais do Estado de Sergipe.

Amanhã, 8, às 14h, haverá ação educativa ‘Um dia de brincante’, com o Reisado Estrelinha, bate papo e cortejo até o Largo da Gente Sergipana. No próximo dia 15, quarta-feira, às 15h, será realizada a ação educativa ‘Contos e Lendas’ com apresentação teatral. No dia 16, quinta-feira, às 17h, será a exibição do documentário ‘Zé, um sergipano do Brasil’ e lançamento do livro ‘José Fernandes’.

Já no dia 22, às 14h, tem mais ação educativa ‘Um dia de brincante’, dessa vez com o grupo Parafusos, bate papo e cortejo até o Largo da Gente Sergipana. No mesmo dia, às 19h, no Deck do Café da Gente, acontecerá o show ‘Vozes da Restinga – Um tributo às Catadoras de Mangaba, com a cantora Patrícia Polayne. E para finalizar, haverá no dia 29, às 15h, mais uma apresentação teatral da ação educativa ‘Contos e Lendas’.

A programação é totalmente gratuita e para o público em geral. Mais informações, entrar em contato com o Instituto Banese através do telefone (79) 3218-1551.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Filho de lavradores e quilombola, o médico sergipano João Costa


Filho de lavradores e quilombola, João será médico do seu povoado

Quilombola, filho de lavradores, nascido e criado na roça... Médico.

Por Redação RPA

Quilombola, filho de lavradores, nascido e criado na roça… Médico. João Costa é uma razão para acreditar que as adversidades são passageiras quando não falta empenho e dedicação para superá-las.

Ele acaba de concluir a faculdade de Medicina e será o novo médico do Povoado Sítio Alto, em Simão Dias, no Sergipe. A formatura acontece no próximo dia 28 de agosto, na primeira turma de Medicina do campus de Lagarto da Universidade Federal do Sergipe (UFS), informou o site Lagartense.

“Negro, quilombola, filho de lavradores, nascido e criado na roça, filho do meio e integrante de uma família humilde composta por 11 irmãos e rodeada pela pobreza, chego ao fim de uma enorme batalha!”, declarou João.

Desde muito novo, ele sabia que a única forma de melhorar a condição de vida dele e de sua família era através dos estudos. João provou que é possível realizar sonhos que não cabem no “paradigma que era comum onde eu morava (trabalhar na roça para prover o sustento) e me aventurar no mundo da educação e do conhecimento”.

Filho de pais analfabetos, ele teve uma infância difícil, pois faltavam itens básicos, como roupas e alimentos. Entrar para uma universidade federal, então, era quase uma utopia. No melhor dos cenários, ele chegaria ao ensino médio.

João dividia seu tempo entre o trabalho na lavoura e os estudos. Com as notas boas que tirava na escola, o sonho de proporcionar uma vida melhor à família ganhava força.

“Me destacava cada vez mais na escola, porque sabia que a única opção para uma ascensão social e financeira era por meio dos estudos”, lembra ele.

Aprovado com louvor no ensino fundamental e médio, ele conseguiu o primeiro emprego no 3º ano do ensino médio – antes ele só tinha trabalhado com pais na roça. Era um trabalho de meio período na Promotoria de Justiça de Simão Dias.

Mas, João não queria parar por ali. O sonho dele era entrar na universidade, e para isso teve que lutar contra a inveja e o preconceito.

“Muitas vezes me questionava se seria possível, se eu era capaz. Recebi muitos comentários desencorajadores, de pessoas próximas inclusive, pelo fato de ser uma pessoa pobre, vindo da roça, negro e proveniente de escola pública. Conseguir curar Medicina? Muitos consideraram improvável! Mas, Deus e o destino foram maravilhosos comigo.”

Aos 17 anos, João passou em terceiro lugar no curso de Medicina da Universidade Federal do Sergipe, campus Lagarto. Foram seis longos anos de estudo, superando uma dificuldade atrás da outra, “já que o sustento [da família] ainda é provido pelo trabalho na roça e por benefícios sociais de distribuição de renda”.

Nesse período, o estudante recebeu o benefício do programa de residência universitária disponibilizado pela UFS e uma bolsa permanência disponibilizada pelo MEC.

Às vésperas da colação de grau, o novo médico de Sítio Alto tem um conselho para dar:

“No pouco que vivi aprendi que quando as dificuldades baterem na sua porta deixe-as entrar! Nada melhor que os desafios para instigar a evolução humana. Acredito que se eu não tivesse tantas dificuldades não estaria me graduando em Medicina, curso ainda elitizado e estereotipado em nossa sociedade.”

Texto e imagens reproduzidos do site: razoesparaacreditar.com

Jovem autor lança livro pela Edise

Foto: Divulgação

Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 07/08/2018

Jovem autor lança livro pela Edise

Criativo e entusiasmado, Breno Ilan escreveu a obra, criou capa e diagramou o texto.

‘Ravnir - O Enigma da Guerra’ é a nova obra publicada pela Editora Oficial do Estado de Sergipe (Edise). O livro do jovem autor Breno Ilan, 28 anos, apresenta ao leitor o mundo fictício de Nebrária, onde existiam cinco grandes continentes. A publicação será lançada hoje, 7, na Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe (Fanese).

Ravnir, situado no extremo leste do continente Norte, considerado um dos grandes impérios desse continente, tinha muitas conquistas, relíquias e territórios, além de grandes áreas de exploração. Ravnir e outros quatro impérios viveram em guerra a maior parte do tempo. Após a segunda grande guerra, um Tratado de Paz foi assinado, porém, nenhum dos impérios confiava plenamente no outro. O tratado evitava que a guerra acontecesse, mas muitas outras coisas acabavam acontecendo.

A obra, que tem uma história envolvente, está disponível para compra na Segrase, na plataforma Amazon pelo sistema de publicação independente via E-book e na Livraria Escariz. De acordo com Breno Ilan, o E-book é uma forma de todos terem acesso ao livro antes do lançamento impresso. “Busquei facilitar o acesso em outra plataforma para que as pessoas pudessem ler antes do lançamento. Foi à maneira que encontrei para diminuir a ansiedade de todos que querem saber o que apresento no livro, uma espécie de spoiler”, contou. Criativo e entusiasmado Breno Ilan, não se conteve apenas em escrever a obra, criou capa de seu livro e diagramou o texto.

Breno Ilan começou a escrever nas horas livres como hobby, e assim despertou um talento até então desconhecido por ele, criar histórias fictícias. Nos confidenciou que ninguém ao seu redor dava crédito ao que ele escrevia, mas ainda assim, não desistiu. “Disponibilizei a obra na plataforma da Amazon, no sistema de publicação independente e para minha surpresa ultrapassei em números de acesso o livro Harry Potter, cheguei ao Top 1, então, fiquei confiante e decidi preencher quatro formulários para as editoras Novo Século, Rocco, Vênus e Leya e assim, submeter meu trabalho para análise. Fiquei sem acreditar quando recebi sinal positivo das quatro editoras, todas interessadas em publicar minha história”, relatou.

Como a distância das grandes editoras é grande, Breno Ilan deu preferência à Edise. “Com a Edise o contato é pessoal, com as outras editoras seria impessoal, apenas por telefone e e-mail e aqui eu também tive a liberdade de editar meu livro, além disso, preferi dar crédito a uma editora da minha terra [ele é sergipano]”, afirmou.

Para o presidente da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe -Segrase, Ricardo Roriz, essa publicação é motivo de orgulho para a Edise. “Breno, além de inteligente, é um grande profissional. Apesar de ter recebido proposta de outras editoras, nos escolheu para publicar sua primeira obra”, pontuou.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

sábado, 4 de agosto de 2018

José Fernandes

Foto: Álvaro Bonfiglio

José Fernandes 

Além de ilustrar a belíssima exposição "Sergipanidade", que se encontra em cartaz na galeria "M Depósito de Arte", no bairro 13 de Julho, o icônico artista plástico sergipano, 'José Fernandes', também é a inspiração do escritor 'Marcelo Ribeiro', que está assinando o seu mais novo livro intitulado 'José Fernandes', a ser lançado pela "Editora Oficial do Estado de Sergipe - Edise", no dia 16 de agosto, às 17h, tendo como espaço o "Museu da Gente Sergipana".

A publicação trata da vida de um dos maiores artistas plásticos do nosso Estado, José Fernandes Alves dos Santos, nascido no município de Lagarto, interior de Sergipe, no ano de 1959. A obra não apenas relata os 40 anos de carreira profissional desse grande desenhista e pintor, mas também fatos sobre a sua vida boêmia. Além do livro, na mesma ocasião será lançado o documentário ‘Zé um sergipano do Brasil’, de 'Paulo Lobo' e 'Álvaro Bonfiglio'.

As obras de 'José Fernandes' sempre mantiveram o seu foco voltado aos temas regionais e à valorização por corpos e rostos femininos, feiras, mercados e tudo que engloba esse cenário, como pescadores, peixes, cavalos e galos, além das suas pombas, marca registrada do artista, onde ele as define como "símbolo universal da paz, do amor, da harmonia e da fraternidade”.

Algumas das suas pinturas estão presentes em coleções particulares de figuras públicas a exemplo dos cantores 'Caetano Veloso', 'Cauby Peixoto' e 'Ângela Maria', da atriz 'Arlete Sales', do humorista 'Tom Cavalcanti', além de tradicionais espaços como o "Museu de Arte Moderna de São Paulo", e o "Museu de Arte de Brasília". Fora da nossa terra brasileira, suas obras também estão presentes em países como a Alemanha, Japão e Estados Unidos. Salve!

Texto e imagem reproduzidos do site: bacanudo.com

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Museu Histórico de Sergipe promove Semana de Ações Didáticas

Projeto visa a inclusão da comunidade
nas atividades do museu 
Foto: secult

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 03 de agosto de 2018

Museu Histórico de Sergipe promove Semana de Ações Didáticas

Desde o dia 30 de julho está acontecendo o Projeto Educação para a Conscientização, realizado através da parceria entre o Museu Histórico de Sergipe e a Universidade Federal de Sergipe, que segue até o dia 7 de agosto. Várias rodas de conversa, palestras, atividades e exposições estão sendo realizadas no Museu Histórico de Sergipe em São Cristóvão, com tema principal ‘Ações Didáticas no Museu’ visando à discussão de estratégias para inserção dos museus no cotidiano das comunidades em geral.

Na última quarta-feira, 01, foi realizada uma Roda de conversa com a professora María Teresa Becerra Traver, da Universidade de Extremadura (UEX), na Espanha, estiveram presentes também representantes de museus, a coordenadora do Sistema Estadual de Museus, Marta Soraya e a professora do Colégio de Aplicação da UFS, Silaine Maria Gomes Borges.


Durante o encontro foram colocados em pauta diversos tópicos e a desconstrução da ideia de museu como lugar de coisas velhas, além da promoção do histórico da cidade, pois há um déficit de participação e engajamento da comunidade com o museu, e os participantes ressaltaram que é preciso desenvolver formas de mostrar para as pessoas que o museu é delas, é a casa da cidade, o berço histórico daquele lugar e das pessoas que o habitam.

Para Silaine Borges, o museu deve agir com ações provocativas perante a comunidade local para despertar a curiosidade deles em visitar e conhecer o museu. “Nós não podemos esperar as datas comemorativas, por exemplo, o dia da Praça São Francisco, para convidar a população e realizar atividades no museu, tem que agir frequentemente porque é difícil ter incentivo para sair de casa, do ambiente conhecido, da comodidade, mas é nosso dever proporcionar e cultivar essa curiosidade neles para que os mesmos encontrem no museu a sua própria história”, relatou.

Esse desafio está ligado também com a noção de pertencimento, outro tópico abordado durante a discussão, para que haja o engajamento entre os dois lados e a ideia de que museu é apenas para turista e não serve para nada seja desconstruída e dê espaço para o entendimento de que é um lugar de aprendizado e conhecimento. A professora María Teresa Becerra Traver, destacou que é relevante a fomentação de debates como esses. “Sem dúvida o enriquecimento cultural é sempre muito positivo para todos, é ótimo conhecer outros pontos de vista outras necessidades e poder discutir e contribuir com o planejamento em geral”, afirmou.

Fonte: Secult

Texto e imagem reproduzido do site: infonet.com.br

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Praça São Francisco completa oito anos de reconhecimento cultural

População se reuniu no local para comemorar 
o título da praça (Fotos: Portal Infonet)

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 01 de agosto de 2018 

Praça São Francisco completa oito anos de reconhecimento cultural

Há oito anos, a Praça São Francisco, no município de São Cristóvão, foi reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Nesta terça-feira, 1º de agosto, a população se reuniu no local para comemorar o título.

A praça foi fundada junto com a cidade, em 1607

No seu entorno, há construções também centenários. “O chancelamento é um reconhecimento internacional que a Unesco possibilita a partir de dez características. A praça, junto com seu conjunto está inserido em duas dessas: que são os traços urbanísticos e arquitetônicos e sua particularidade da época em que a Coroa ficava sob a égide de Portugal e Espanha”, explicou a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Katarina Aragão.

“Quando a gente se apropria desse título, 
acaba contribuindo para a perenidade dele”, 
diz Marcos Santana

Para o prefeito Marcos Santana, esse é um momento de felicidade e reflexão. “A praça tem nos dado visibilidade, e não apenas para Sergipe e São Cristóvão, como para o Brasil. Então esse é um momento de alegria, mas também de refletir. Nós, o poder público, assim como a população precisamos cuidar da praça. Quando a gente se apropria desse título, acaba contribuindo para a perenidade dele”, disse o gestor.

Fragata: “O que é a arquitetura sem a vida de quem cuida?”

De acordo com o historiador Thiago Fragata, a praça é o centro das atenções dos eventos, mas isso só é possível por causa da comunidade. “Quando a gente pensa em patrimônio, pensa na arquitetura. Mas o que é a arquitetura sem a vida de quem cuida, de quem preserva?”, refletiu.

Elízio Pereira participa do movimento cultural 
desde os 21 anos

Integrante do Caceteiras de Rindu, o são cristovense Elízio Pereira Dias, de 64 anos, não escondeu a felicidade em participar das comemorações. “Hoje é um dia de festa. A gente luta pelo amor da cidade”, diz. Desde os 21 anos, o idoso dança para fortalecer a cultura. “Todo ano eu danço e sempre vou dançar”, garantiu.

Durante todo esta terça, a Prefeitura de São Cristóvão promove atividades em comemoração ao aniversário da Praça São Francisco. Confira:

14h – Apresentação do grupo Renantique (Música Medieval & Renascentista).
– Solenidade da Academia Sancristovense de Letras e Artes (ASCLEA) – Posse de novos membros e homenagem ao Prefeito Marcos Santana e Mestre Passos.
Local: Museu de Arte Sacra de São Cristóvão

15h00 – local: Museu da Polícia Militar
– Exposição Traços e Retratos – Artista Gladston Barroso

17h – 10ª Mostra de Artes Visuais, com participação de Júlio Andrade (Banda The Baggios). Local: Museu Histórico de Sergipe.

Além disso, durante a tarde acontecerão visitas guiadas às igrejas e museus, com mobilização do Estado e Municípios e de 30/07 a 09/08, das 8h às 12h acontecerá a oficina: “Ações Didáticas no Museu”. Local: Museu Histórico de Sergipe.

Por Jéssica França

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Jozailto Lima ENTREVISTA Henrique Menezes

Henrique Menezes: “Minha dedicação durante a 
vida toda foi pensando em Sergipe”

Publicado originalmente no site JLPOLÍTICA, em  28 de Julho de 2018

“Sou feliz. Estou com 80 anos, mas corro atrás como corria aos 50”

Há 90 anos, as marcas e produtos ligados a ele literalmente rodam por Sergipe - são carros de umas nove diferentes montadoras, pneus, álcool, açúcar. Essas marcas e produtos que ele viabilizou ao longo de 90 anos geram hoje 3,3 mil empregos diretos e contribuem com o maior índice de ICMS de um grupo genuinamente sergipano. Ele é Henrique Brandão Menezes.

Não é o fundador, mas foi o impulsionador número um do Grupo Samam e hoje, juntamente aos quatro filhos e uma série de colaboradores de primeira linha, é o seu mantenedor principal. Vivíssimo, apesar de as 13 empresas que compõem seu mix estarem sob o guarda-chuva de gestões dos quatro filhos. Mas como assim há 90 anos, se Henrique Brandão Menezes ainda vai fazer 80 nesta terça-feira, 31 de julho?

Bem, por trás desses 90 anos do Grupo Samam está o pai dele, Seu Manoel Aguiar Menezes, homem de braço forte, fundador da Casa das Louças em 1928, e que viu nesse filho um perspicaz empreendedor capaz de levar avante uma tradição que começara com o pai dele, Manoel Aguiar Botto de Menezes, lá em Japaratuba, num armazém de secos e molhados e na distribuição de água mineral do começo do século passado.

O que não faltou em Henrique Brandão Menezes em 65 anos de vida dedicada ao trabalho - grande parte disso ao lado do pai, que faleceu no dia 10 de junho de 2000 - foi olho amplo para mirar os horizontes e expandir tudo ao ponto de ser o que é hoje: uma referência clássica na economia sergipana e nordestina.

Muito do que são hoje ele próprio e o Grupo Samam, Henrique Brandão Menezes debita, com deferência, na conta afetiva do pai. Foi ele quem lhe deu régua e compasso, e o estimulou que avançasse. “Papai não foi só meu pai. Ele foi meu grande companheiro. Ele foi meu amigo. Tínhamos uma intimidade muito grande no trabalho e na vida”, define Seu Henrique.

“Eu estava no Rio de Janeiro estudando no melhor colégio do lugar, que ele pagava para mim. No quarto ano, ele perguntou o que eu ia fazer da vida. Eu disse que queria fazer Engenharia. Ele disse que estava sozinho na labuta, que não estava bem, que ia vender tudo e ia embora, morar com a gente no Rio. Foi passando o tempo, ele sempre escrevendo para mim, até que um dia eu falei com meu tio, Godofredo Diniz, que ia embora. Que ia voltar para Aracaju, para que meu pai não terminasse o negócio dele. E assim o fiz. Não me arrependo. Não tivesse procedido assim, talvez não tivesse hoje o Grupo Samam e os seus mais de 3,3 mil empregos, que muito me alegram”, diz ele.

Henrique Brandão Menezes garante que esta cumplicidade pai-filho que ele e seu velho Manelito Aguiar desenvolveram, ele tentou - e teria conseguido - replicar sobre os quatro filhos que tivera com Carmen Vieira Menezes, a Dona Carmita. “Eles sabem de tudo isso, de como foi a minha formação e dou total confiança a eles. Hoje são eles que dirigem tudo no Grupo Samam”, diz Seu Henrique.

Apesar de serem eles, como diz esse executivo, “que dirigem tudo no Grupo Samam”, nenhuma análise honesta do empreendedorismo e da economia sergipana deixa pode deixar de reconhecer os mérito e capacidade pessoais de Henrique Brandão Menezes para os negócios, para o relacionamento do tipo abarca-gente. Ele é um galanteador de mão cheio, no sentido de cativar pessoas e fazê-las parceiras de seus empreendimentos. 

Henrique Brandão Menezes criou os filhos com um apego profundo ao trabalho. “Continuo passando para eles a minha história, para eles verem que é tudo pelo trabalho. Eu não tenho outro assunto. Só falo em trabalho. Nas reuniões em minha casa não se fala em vida dos outros, e sim em trabalho. Eu eduquei eles assim. Creio que fiz certo”, diz.

Provocado por uma pergunta, Henrique Brandão Menezes chega a desenhar como desejaria ver as empresas do Grupo Samam 80 anos à frente - especificamente em 2100. “A vida é bola pra frente sempre. Eu gostaria que o plano de hoje continuasse em evolução. Diversos ovos, diversos cestos: empurra daqui e dali e não deixa a peteca cair. E nunca num negócio só. Não se meta num negócio só, único, que não dá certo”, diz ele, naquele seu jeito alargado.

Aliás, o cidadão e o empreendedor Henrique Menezes é senhor de um entusiasmo incurável, onde não resta espaço, mínimo que seja, para qualquer tipo de pessimismo. “Eu sempre fui otimista. Isso desde moço. O otimismo sempre andou comigo. Eu achava tudo possível, maravilhoso, alcançável”, diz. Para ele, “é mais do que fundamental” se pensar assim. A idade não lhe mudou nisso? “Em nada. Sou sempre o mesmo e um pouco mais de mim”, responde. Ele perde um pouco a serenidade - e numa causa justíssima, quando se refere à corrução do Brasil. “A metade do dinheiro do Brasil é jogada pelo esgoto, com roubo, safadeza, picaretagem”, protesta.

EMPREENDENDO POR AMOR A SERGIPE

“Minha consciência e a minha dedicação durante a vida toda foram pensando em Sergipe. Abri empresas em SP, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, fiz negócios e ganhei dinheiro em todos esses lugares. Mas voltei para o meu Sergipe”

Mas do alto do entusiasmo e do manifesto otimismo dele frente a tudo, Henrique Brandão Menezes desenvolveu uma interessante tese, segundo a qual o trabalho, além de gerar o bem-estar e o progresso materiais, é a maior das profilaxias no campo da saúde humana.

“Por que, admito, o trabalho é uma beleza. Digo isso aos meus filhos todos os dias: eu estou vivo por causa do trabalho. Se não, não teria vencido três cânceres. Quem venceu o câncer não fui eu. Foi o trabalho. A minha cabeça estava nos negócios e não estava na doença. A doença entreguei ao médico e lhe disse: “O senhor trate daí, que vou tratar de cá”, teoriza ele. Então o trabalho cura doença, Seu Henrique? “Cura, sim. E me curou. Foi ele, o trabalho, que me curou. O trabalho potencializa em mim a vontade de viver”, reforça.

Por todas essas visões de vida, pelo que fez e pelo que faz, pela data especial de 31 de julho, é que o Portal JLPolítica escolheu o empresário Henrique Brandão Menezes para ser o entrevistado desta semana. É o de número 78 desde que começou esta série de entrevistas em fevereiro de 2017. Ele é filho Manoel Aguiar Menezes e de Helena Brandão Menezes, e é casado com Carmen Vieira Menezes, com quem teve quatro filhos e os viu desdobrarem-se em dez netos e sete bisnetos. Vale a leitura.

IMAGEM DE UM GERADOR DE EMPREGOS

“Acredito que minha imagem para o povo de Sergipe é a de uma pessoa e uma empresa que trabalham e geram empregos para outras pessoas. Uma imagem de dedicação absoluta à empresa, ao Estado e às pessoas com as quais nos relacionamos há 90 anos”

JLPolítica - Que tipo de exemplo empresarial o senhor acha que passa para Sergipe e os sergipanos?
Henrique Menezes - Muito interessante a sua pergunta. Minha consciência e a minha dedicação durante a vida toda foram pensando no Estado. Pensando em Sergipe. Abri empresas em São Paulo, em Alagoas, em Pernambuco, na Paraíba, fiz negócios e ganhei dinheiro em todos esses lugares. Mas voltei. Voltei para a minha terra, para o meu Sergipe. Por que? Porque é por aqui que eu quero tanto bem. Essa é uma demonstração cabal do que eu penso sobre Sergipe. Por isso eu acredito que a minha imagem para o povo de Sergipe é a de uma pessoa e de uma empresa que trabalham e que geram empregos para outras pessoas. É uma imagem de dedicação absoluta à empresa, ao Estado e às pessoas com as quais nos relacionamos há 90 anos enquanto grupo empresarial iniciado por meu pai, continuado por mim e pelos meus filhos. Penso que se você se dedica a uma empresa, se dedica, também, ao Estado na qual ela está inserida. Portanto, é uma imagem boa.

JLPolítica – Como é que foi a sua relação com o poder e os poderosos, com os governos de Sergipe, nestes 65 anos de trabalho e empreendedorismo?
HM - Sempre foi uma relação muito respeitosa. Sempre me comuniquei bem com todos eles, a começar pelo ex-governador, o dr José Rollemberg Leite, que foi um homem notável, a quem fui pedir ajuda e ele me deu na hora. Foi a única ajuda pública que pedi mesmo na minha vida. No final dos anos 70, pedi a ele uma apresentação para o governador de Minas, Aureliano Chaves, e para obteremos a concessão da Fiat Automóveis para Sergipe.

JLPolítica - Essa história é interessante. Como é que foi de fato ela?
HM -Eu queria trazer a Fiat Automóveis para o Estado Sergipe. A fábrica dela estava sendo construída no município mineiro de Betim. O governador era o Aureliano e o presidente do Brasil, o Ernesto Geisel. Foi José Rollemberg Leite quem fez o acerto com Aureliano Chaves e o presidente da Fiat.

JLPolítica – O senhor conhecia alguém no Governo de Minas Gerais?
HM - Eu não tinha relacionamento nenhum nesse meio. O pessoal da Bahia estava em cima, pedindo uma representação baiana da Fiat para Sergipe. Conversei com papai em casa e ele me aconselhou a falar com Zé Leite. Aí eu pedi uma audiência com ele, que me atendeu logo, em 24 horas.

JLPolítica – Como era a figura de Zé Rollemberg Leite?
HM – Ah, era um grande homem, mas não deixava ninguém à vontade. Era muito austero, tinha o sistema dele. Era muito retraído e não ajudava em nada na hora da conversa. Eu falei do que se tratava. Ele não estava sabendo de nada disso. Expliquei que a fábrica dos italianos estava vindo e que, em Minas, 50% da empresa eram da Fiat e os outros 50%, do Governo do Estado mineiro, que tinha dado prédio, terreno, dinheiro, tudo que podia. E falei que estava na hora de ele pedir por Sergipe.

RELAÇÃO COM O PODER PÚBLICO

“Sempre foi muito respeitosa. Sempre me comuniquei bem com todos, a começar pelo ex-governador José Rollemberg Leite, que foi um homem notável. No final dos anos 70, pedi a ele uma apresentação para o governador de Minas, Aureliano Chaves, para obteremos a concessão da Fiat Automóveis para Sergipe”

JLPolítica - Qual a reação dele?
HM – De pronto, me disse: “Não podemos perder isso”. E falou que era amigo do governador de Minas Gerais e que faria uma carta nos recomendando - me arrependo tanto de não ter tirado uma cópia desta carta. Mas me lembro como se fosse hoje. Ele pegou um cartão e escreveu: “Meu caro colega Aureliano Chaves, estou recebendo de um amigo meu, filho de outro grande amigo, a solicitação para a concessão da Fiat em Sergipe. E ele me disse que você é o homem que pode resolver o problema. Sei lhe dizer que a firma deles é de primeiríssima, é séria, de gente trabalhadora. O que há de melhor em Sergipe eu estou mandando para você”.

JLPolítica – E como foi esse desdobramento?
HM – De posse desta carta de Zé Rollemberg, no dia seguinte peguei um avião para Minas Gerais. Uma felicidade: nunca tinha ido a Belo Horizonte. Chegando lá, fui para a Casa Civil, onde o governador Aureliano Chaves atendia. Mas ele não estava. Quem estava era o cunhado. Me apresentei e expliquei que tinha uma carta de dr Zé Leite para o dr Aureliano. Ele pediu para ler e quando viu a intimidade, ligou para o cunhado. Ligou, explicou a minha presença ali, disse em nome de quem eu estava e leu a missiva do govenador de Sergipe para Aureliano, que de pronto autorizou a concessão. O resultado é o que os sergipanos conhecem hoje como Samam Fiat.

JLPolítica – Por essa e outras histórias, o senhor passa a impressão de um homem aferrado ao otimismo. O senhor teria ido tão longe empresarialmente se tivesse se dividido entre otimismo e pessimismo?
HM – Não, nunca, jamais. Eu sempre fui otimista. Isso desde moço. O otimismo sempre andou comigo. Eu achava tudo possível, maravilhoso, alcançável.

JLPolítica - É fundamental pensar assim?
HM – Sim. É mais do que fundamental.

JLPolítica - A idade não lhe mudou nisso?
HM - Em nada. Sou sempre o mesmo e um pouco mais de mim.

FIAT DE SERGIPE PODERIA TER IDO PARA OS BAIANOS

“O pessoal da Bahia estava pedindo uma representação baiana da Fiat para Sergipe. Papai me aconselhou a falar com Zé Leite. Pedi uma audiência, me atendeu em 24 horas. E Aureliano de pronto autorizou a concessão. O resultado é o que os sergipanos conhecem hoje como Samam Fiat”

JLPolítica - A idade não lhe mudou nisso?
HM - Em nada. Sou sempre o mesmo e um pouco mais de mim.

JLPolítica – Qual a importância de Manoel Aguiar Menezes, seu pai, na sua vida pessoal?
HM - Papai não foi só meu pai. Ele foi meu grande companheiro. Ele foi meu amigo. Tínhamos uma intimidade muito grande no trabalho e na vida. Eu estava no Rio de Janeiro estudando no melhor colégio do lugar, que ele pagava para mim. No quarto ano, eu sempre um bom aluno, ele perguntou o que eu ia fazer da vida. Eu disse que queria fazer a faculdade de Engenharia. Ele disse que estava sozinho na labuta, que não estava bem, que ia vender tudo e ia embora, morar com a gente no Rio. Nessa época, José, meu irmão, nem havia nascido. Pedi calma a papai. E foi passando o tempo, ele sempre escrevendo para mim, até que um dia eu falei com meu tio, Godofredo Diniz, que ia embora. Que ia voltar para Aracaju, para que meu pai não terminasse o negócio dele. E assim o fiz. Não me arrependo. Não tivesse procedido assim, talvez não tivesse hoje o Grupo Samam e os seus mais de 3,3 mil empregos, que muito me alegram.

JLPolítica - Ele sempre lhe deu liberdade para trabalhar junto com ele?
HM - Sempre me deu liberdade total e plena.

JLPolítica – E isso é importante na formação de um líder futuro?
HM – É muito. Eu me metia numa série de coisas que todo mundo achava ruim. Mas veja que ótimo: papai achava bom. E me incentivava.

JLPolítica - O senhor copiou isso e repassa para os seus filhos?
HM – Sim, passo sempre. Eles sabem de tudo isso, de como foi a minha formação e dou total confiança a eles. Hoje são eles que dirigem tudo no Grupo Samam.

JLPolítica - O senhor se dá por feliz e contemplado em 100% com a opções e os desempenhos, pessoal e profissional, dos seus quatro filhos?
HM – Dou-me, tranquilamente. Me sinto satisfeito com os quatro filhos. Henrique vai muito bem, Manelito nem se fala. Célia está muito ótima, com a empresa dela arrumada, e Kátia também.

NUNCA SE DIVIDIU ENTRE OTIMISMO E PESSIMISMO

“Jamais. Eu sempre fui otimista. Isso desde moço. O otimismo sempre andou comigo. Eu achava tudo possível, maravilhoso, alcançável. Sou sempre o mesmo e um pouco mais de mim”

JLPolítica - O senhor acha que passou bem a lição empresarial para eles?
HM - Não só passei ao longo das nossas existências como passo todo dia. E continuo passando para eles a minha história, para eles verem que é tudo pelo trabalho. Eu não tenho outro assunto. Só falo em trabalho. Nas reuniões em minha casa não se fala em vida dos outros, e sim em trabalho. Eu eduquei eles assim. Creio que fiz certo.

JLPolítica – Se o senhor pudesse ver o futuro do Grupo Samam lá no ano 2100, o que gostaria verdadeiramente de visualizar?
HM – Eu gostaria que o plano de hoje continuasse em evolução. Diversos ovos, diversos cestos: empurra daqui e dali e não deixa a peteca cair. A vida é bola pra frente sempre. E nunca num negócio só. Não se meta num negócio só, único, que não dá certo.

JLPolítica - O senhor acha que essa sua “visualização” vai ocorrer?
HM - Vai ocorrer. Quem não fizer isso, vai se liquidar. Se não abrir o cesto, não se chega lá. Tem que ter ovos novos.

JLPolítica - Nunca lhe despertou cobiça, ou o interesse, em ser um líder de classe, um presidente da Federação das Indústrias de Sergipe, da Fecomércio, ou de algo nacionalmente na sua área?
HM - Não, nunca. Não sei se estava certo, mas eu achava que era tempo perdido. Que eu não teria tempo para o meu negócio, porque era eu sozinho - os filhos pequenos. Meu pai já estava velho. Eu tinha que me virar, trabalhar dia e noite, não podia ser presidente da Acese, do Rotary. Aí, eu pedia para me botarem como vice. Não era omisso. Continuo pensando assim.

JLPolítica – Qual foi o significado da amizade na sua vida? O senhor colheu muitos frutos em nome dela?
HM - Não. Amigos, eu tive poucos. Mas inimigos também não os tive. Só se forem gratuitos, secretos, que eu nem me lembre. Mas de ter feito mal, não o fiz a ninguém.

DA IMPORTÂNCIA DE MANOEL AGUIAR MENEZES, O PAI

“Papai não foi só meu pai. Ele foi meu grande companheiro e meu amigo. Tínhamos uma intimidade muito grande no trabalho e na vida. Sempre me deu liberdade total e plena. Me metia numa série de coisas que todo mundo achava ruim. Papai achava bom. E me incentivava”

JLPolítica - Para que serve um inimigo?
HM - Não presta para nada. Deve servir para atrapalhar. Nunca tive esse problema.

JLPolítica - Qual é traço número um imprescindível para se ser um empreendedor?
HM – Ah, a indispensável disposição para o trabalho. Para ser um empreendedor, tem que amar o trabalho. Viver o trabalho. Sentir o trabalho. Por que, admito, o trabalho é uma beleza. Digo isso aos meus filhos todos os dias: eu estou vivo por causa do trabalho. Se não, não teria vencido três cânceres. Quem venceu o câncer não fui eu. Foi o trabalho. A minha cabeça estava nos negócios e não estava na doença. A doença entreguei ao médico e lhe disse: “O senhor trate daí, que vou tratar de cá”. 

JLPolítica - O trabalho cura doença, Seu Henrique?
HM – Cura, sim. E me curou. Foi ele, o trabalho, que me curou. O trabalho potencializa em mim a vontade de viver.

JLPolítica – Olhando para os 90 anos do Grupo Samam, o senhor sente falta de ter feito algo mais até aqui?
HM – Olha, creio que não. Não me arrependo de nada que deixei de fazer ou que faria novamente.

JLPolítica - Não há uma atividade na qual o senhor gostaria de ter atuado mais?
HM - Não. Porque tudo que eu vi e tive vontade, eu fiz. Até em usina de açúcar eu entrei.

CONTEMPLADO COM O DESEMPENHO DOS FILHOS?

“Dou-me, tranquilamente. Me sinto satisfeito com os quatro filhos. Henrique vai muito bem, Manelito nem se fala. Célia está muito ótima, com a empresa dela arrumada, e Kátia também”

JLPolítica - Não há uma atividade na qual o senhor gostaria de ter atuado mais?
HM - Não. Porque tudo que eu vi e tive vontade, eu fiz. Até em usina de açúcar eu entrei.

JLPolítica – Por falar nisso, que tipo de prazer lhe proporciona o agronegócio, sua atividade caçula?
HM - Ah, o agronegócio para mim é um grande prazer. Primeiro, eu evoco sempre a força de Deus, que faz você plantar um caroço de milho e ter um baita pé, um bichão de dois metros com várias espigas. Isso não é uma coisa linda? É um poder sobrenatural que vem do campo e que vem de Deus. Por isso eu digo que o campo é a base de tudo.

JLPolítica - O senhor se arrepende de ter ficado tanto tempo com uma fazenda de pecuária?
HM - Não. A conversão da pecuária foi no tempo certo. Primeiro a pecuária, depois a agricultura.

JLPolítica - O senhor acha que o negócio do álcool poderia ser melhor tratado?
HM - Sim, e o Governo já está corrigindo os erros do álcool.

JLPolítica - O que o senhor acha dessa ideia de os produtores poderem vendê-lo direto aos postos?
HM - Eu acho uma atitude correta. Eu quando fiz a indústria, era para vender a todo mundo. Mas foi proibido. Felizmente, o Senado já aprovou com expressa maioria a autorização para esta relação direta entre usineiros e postos. Todos ganharão.

JLPolítica - O senhor teme pelo futuro do automóvel no mundo, tipo desaparecer nesses moldes que conhecemos hoje?
HM – Não temo. Sempre vai ter o lugar do automóvel. O automóvel é o precioso meio de locomoção. O que a gente pode ter sem automóvel? Nós vamos voar, então? Só se for isso. E acho que nesses 100 anos, isso ainda não vai acontecer.

O QUE PENSA PARA O GRUPO SAMAM DE 2100?

“Gostaria que o plano de hoje continuasse em evolução. Diversos ovos, diversos cestos: empurra daqui e dali e não deixa a peteca cair. A vida é bola pra frente. E nunca num negócio só. Não se meta num negócio só, único, que não dá certo”

JLPolítica - É desconfortável ou lhe alegra a responsabilidade sobre 3,4 mil pessoas e suas famílias que trabalham nas suas empresas?
HM – Ah, isso me alegra muito. Entro nas salas, vou na cozinha, abraço uma, abraço outra. Me mostram as conquistas deles.

JLPolítica - Qual é a importância de um funcionário?
HM - Toda. A gente tem que viver com eles. Eu sou próximo deles. Tenho um relacionamento respeitoso e total.

JLPolítica - O senhor tem funcionários antigos, de décadas, em suas empresas?
HM – Tenho. Há colaboradores de 40 a 50 anos de casa. São amigos, companheiros, pessoas em quem confio muito. E creio que é recíproco.

JLPolítica – Para além da produção de álcool e de açúcar, o senhor imagina descendente seus enveredando mais pela atividade industrial no futuro?
HM - Acho que sim. Creio que a indústria é uma área que vai desenvolver mais, e vejo isso na açucareira, por exemplo, tem muito valor. Veja que daquele vapor que sobra da atividade industrial açucareira faremos uma fábrica de tecido. O vapor é energia sobrante. Isso já está se desenhado. Creio que uma parte dos meus vai seguir avançando pelo comércio. Mas uma outra pela indústria, aproveitando esse vapor das fábricas de açúcar que temos. Vapor é força para movimentar máquinas. É energia de sobra.

JLPolítica – Ao chegar aos 80 anos, a tecnologia lhe assusta ou mais alegra?
HM – Mais me alegra. Não me assusta. Me alegra porque, através dela, as coisas estão ficando mais práticas. Mais fáceis. Isso me ajudou pra chuchu.

O PODER DA AMIZADE NA VIDA

“Amigos, eu tive poucos. Mas inimigos também não os tive. Só se forem gratuitos, secretos, que eu nem me lembre. Mas de ter feito mal, não o fiz a ninguém. (Inimigo) não presta para nada. Deve servir para atrapalhar. Nunca tive esse problema”

JLPolítica - O senhor não tem medo da tecnologia?
HM - Não, não tenho.

JLPolítica – O senhor chega a sonhar com Seu Manelito Menezes, seu pai?
HM - Não. Nunca sonhei com ele.

JLPolítica – O que teria sido da sua vida, não fosse a presença de dona Carmen Vieira Menezes, a Dona Carmita, sua esposa?
HM – Ah, nem imagino isso. Ela é uma boa companheira. Eu escolhi muito. Eu pude escolher, tive esse direito. Escolhi uma moça com tempo, com gosto, vendo as virtudes das moças de primeiríssima do meu meio e da minha época. Mas eu precisava escolher uma que desse no meu temperamento, e deu Carmita.

  JLPolítica – Se o senhor pudesse botar o Brasil num torno, numa forja, e remodelá-lo, gostaria que nascesse dessa transformação que tipo de país?
HM – Ah, eu o melhoraria muito, sim. Principalmente no campo da seriedade, que está faltando muito nesta hora. E a cada dia piora mais, com essa estranha mania de se levar vantagem. Há no país um jogo onde todo mundo quer levar vantagem. Isso que atrapalha danosamente o desenvolvimento dos negócios.

JLPolítica - E isso serve a quem?
HM - Somente ao malandro. Ao esperto. E o que não falta é gente assim.

PRINCIPAL TRAÇO DE UM EMPREENDEDOR

“Ah, a indispensável disposição para o trabalho. Para ser um empreendedor, tem que amar o trabalho. Viver o trabalho. Sentir o trabalho. Por que, admito, o trabalho é uma beleza”

JLPolítica -  O mundo seria mais justo e as pessoas mais felizes se não houvesse tanta corrupção nas nações e nos negócios?
HM – Ah, sim exatamente - é isso que acabei de dizer. A corrupção entrou na cabeça das pessoas. E vezes por atitudes simples, como num presente que você dá pleiteando já levar vantagem. É uma bola que você dá ao rapaz da repartição. Isso está errado.

JLPolítica - O senhor acha que se o Brasil tivesse um ambiente de negócios melhor seria um país mais rico?
HM - Ah, com certeza, e muito mais rico. A metade do dinheiro da Brasil é jogada pelo esgoto, com roubo, safadeza, picaretagem.

JLPolítica - Se lhe fosse dado o direito de repetir, o senhor faria tudo do mesmo jeito ou mudaria algo no roteiro?
HM – Eu faria tudo do mesmo jeito. Sou um homem feliz, e a cada dia continuo correndo atrás. Estou com 80 anos, mas corro atrás como corria aos 50.

JLPolítica - O que é a morte para o senhor, e a teme?
HM - A morte é uma passagem e não tenho nenhum medo dela. Ela pode chegar a hora que bem quiser, que eu quero acertar as contas lá em cima com o chefe.

JLPolítica - O senhor acha que está em dia com Ele?
HM - Estou mais ou menos (risos).

O TRABALHO COMO FONTE DE VIDA

“Digo aos meus filhos todos os dias: estou vivo por causa do trabalho. Se não, não teria vencido três cânceres. Quem venceu o câncer não fui eu. Foi o trabalho. A minha cabeça estava nos negócios e não na doença. A doença entreguei ao médico e lhe disse: “O senhor trate aí, que vou tratar de cá” 

JLPolítica - O que é Deus para o senhor?
HM - É tudo. É meu companheiro e guru para tudo.

JLPolítica - Do ponto de vista da seriedade, do acordo entre pessoas, qual a diferença da época em que o senhor era um jovem caixeiro viajante para agora?
HM - Quando eu era vendedor, levava o progresso para o interior, que não tinha televisão, por exemplo. Eu levava as novidades. E hoje a venda é feita pela televisão, pela internet. Mas está tudo bem.

JLPolítica - Para o senhor, o que caracteriza um bom vendedor?
HM – A simpatia pessoal, que vem do berço. É preciso ter o dom para as vendas. Um bom vendedor precisa ter carisma. Você nasce com ele.

JLPolítica - E o que é o cliente para o senhor?
HM – Ele é tudo. Minha vida é baseada nos clientes. Sem eles não há negócio e nada existia.

JLPolítica - O Grupo Samam tem clientes cativos e antigos?
HM – Ah, tem. Tem de 10 anos, 20 anos, 30 anos. Cliente que comprava a xícara, o prato, o penico, depois o caminhão, o carro.

O PODER DE DONA CARMITA NA VIDA DELE

“Ela é uma boa companheira. Eu escolhi muito. Eu pude escolher, tive esse direito. Escolhi uma moça com tempo, com gosto, vendo as virtudes das moças de primeiríssima do meu meio e da minha época. Mas eu precisava escolher uma que desse no meu temperamento, e deu Carmita”

JLPolítica - Que tipo de gratidão o senhor tem por eles?
HM – Toda. Imensa gratidão e carinho. Cliente bom merece tudo, porque ajuda a empresa. Por que é a razão de ser dela.

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica.com.br