domingo, 5 de julho de 2015

Grupo de Bacamarteiros de Carmópolis, Patrimônio Imaterial

Grupo dos Bacamarteiros de Carmópolis.

Cultura em 28/05/2015 > por Bareta.

Conselho de Cultura aprova registro do Grupo de Bacamarteiros de Carmópolis como Patrimônio Imaterial.

O Conselho Estadual de Cultura aprovou a indicação de registro do Grupo de Bacamarteiros do município de Carmópolis como patrimônio imaterial de Sergipe. Participaram da reunião realizada nesta terça-feira, 26, além dos membros do conselho o secretário de Estado da Cultura, Elber Batalha, o secretário de Comunicação e cultura do município de Carmópolis, Cristiano Mendonça, o vereador autor da solicitação, Alexandre Magalhães, e a coordenadora do grupo dos Bacamarteiros, Cilleia Oliveira.

Responsável pela apresentação do projeto, o secretário Cristiano Mendonça explicou que a aprovação da indicação é um passo importante para a preservação da cultura do estado, visto que o grupo é uma das manifestações culturais mais tradicionais de Sergipe. “É um grupo tradicional que vem da herança dos escravos. Foi passada de pai para filhos, continua mantendo suas tradições e é um grupo reconhecido não só em Sergipe, mas em todo Brasil, com participação em festivais de folclore nacionais. Sentimos a necessidade de torná-lo um patrimônio imaterial do estado”, relata.

O secretário de Estado da Cultura, Elber Batalha, ressaltou que o grupo merece o reconhecimento devido o seu valor cultural. “É uma manifestação cultural que é extremamente significativa, data de mais de 200 anos de existência e é um projeto que merece um reconhecimento pelo valor cultural e histórico que esse projeto tem”.

Segundo o vereador Alexandre Magalhães, o grupo representa a cultura do estado, e, por isso, a ideia de registrar o grupo dos bacamarteiros como bem imaterial do estado é importante. “O Conselho Estadual de Cultura solicitou os documentos, nós enviamos e fomos convocados para fazer a apresentação de como é toda estrutura do grupo para que os conselheiros apreciem e sejam levadas para a Assembleia Legislativa para que os deputados possam votar”.

Tradição

Criado por volta de 1780, o grupo surge dos negros dos Engenhos de cana-de-açúcar do Vale do Cotinguiba que brincavam samba-de-roda e atiravam com uma arma artesanal conhecida como Bacamarte. Os instrumentos musicais são fabricados com a madeira do jenipapo, couro de animais e sementes.

A tradição foi passada de pais para filhos tanto é que a atual coordenadora do grupo de bacamarteiros de Carmópolis, Cilleia Oliveira, que influenciada pelo seu pai, faz parte grupo há 29 anos. Para ela, a aprovação irá promover a manutenção da cultura local. “É uma maneira de manter a cultura do nosso estado viva, e, desta forma, o estado está promovendo a manutenção dos grupos. Esse apoio é e de suma importância não só com nossos grupos, mas com outros grupos do nosso estado”, acredita.

Texto e imagem reproduzidos do sitedobareta.com.br/cultura

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