Grupo dos Bacamarteiros de Carmópolis.
Cultura em 28/05/2015 > por Bareta.
Conselho de Cultura aprova registro do Grupo de
Bacamarteiros de Carmópolis como Patrimônio Imaterial.
O Conselho Estadual de Cultura aprovou a indicação de
registro do Grupo de Bacamarteiros do município de Carmópolis como patrimônio
imaterial de Sergipe. Participaram da reunião realizada nesta terça-feira, 26,
além dos membros do conselho o secretário de Estado da Cultura, Elber Batalha,
o secretário de Comunicação e cultura do município de Carmópolis, Cristiano
Mendonça, o vereador autor da solicitação, Alexandre Magalhães, e a
coordenadora do grupo dos Bacamarteiros, Cilleia Oliveira.
Responsável pela apresentação do projeto, o secretário
Cristiano Mendonça explicou que a aprovação da indicação é um passo importante
para a preservação da cultura do estado, visto que o grupo é uma das
manifestações culturais mais tradicionais de Sergipe. “É um grupo tradicional
que vem da herança dos escravos. Foi passada de pai para filhos, continua
mantendo suas tradições e é um grupo reconhecido não só em Sergipe, mas em todo
Brasil, com participação em festivais de folclore nacionais. Sentimos a
necessidade de torná-lo um patrimônio imaterial do estado”, relata.
O secretário de Estado da Cultura, Elber Batalha, ressaltou
que o grupo merece o reconhecimento devido o seu valor cultural. “É uma
manifestação cultural que é extremamente significativa, data de mais de 200
anos de existência e é um projeto que merece um reconhecimento pelo valor
cultural e histórico que esse projeto tem”.
Segundo o vereador Alexandre Magalhães, o grupo representa a
cultura do estado, e, por isso, a ideia de registrar o grupo dos bacamarteiros
como bem imaterial do estado é importante. “O Conselho Estadual de Cultura
solicitou os documentos, nós enviamos e fomos convocados para fazer a
apresentação de como é toda estrutura do grupo para que os conselheiros
apreciem e sejam levadas para a Assembleia Legislativa para que os deputados
possam votar”.
Tradição
Criado por volta de 1780, o grupo surge dos negros dos
Engenhos de cana-de-açúcar do Vale do Cotinguiba que brincavam samba-de-roda e
atiravam com uma arma artesanal conhecida como Bacamarte. Os instrumentos
musicais são fabricados com a madeira do jenipapo, couro de animais e sementes.
A tradição foi passada de pais para filhos tanto é que a
atual coordenadora do grupo de bacamarteiros de Carmópolis, Cilleia Oliveira,
que influenciada pelo seu pai, faz parte grupo há 29 anos. Para ela, a
aprovação irá promover a manutenção da cultura local. “É uma maneira de manter
a cultura do nosso estado viva, e, desta forma, o estado está promovendo a
manutenção dos grupos. Esse apoio é e de suma importância não só com nossos
grupos, mas com outros grupos do nosso estado”, acredita.
Texto e imagem reproduzidos do sitedobareta.com.br/cultura
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