Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 4 de Setembro de 2023
SecBanda completa 47 anos de tradição com esperado desfile no 7 de Setembro
Banda musical foi criada em 1976 e se firma como uma das mais tradicionais do país, com cerca de 180 componentes das diversas escolas estaduais do estado e músicos profissionais
Olhos vidrados nos gestos do maestro Antônio Rocha. Quando ele aponta para o alto, é sinal de que vai começar o desfile. O repique do bumbo inicia-se. As cornetas sopram os primeiros acordes. A postos, à frente, o pavilhão socializa para todos da avenida o nome da SecBanda. A tradicional Banda Interescolar da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) de Sergipe completará 47 anos de existência no dia 7 de setembro de 2023 e desfilará mais uma vez na avenida.
A SecBanda foi criada como Banda Musical de Marcha e Concerto por meio da Portaria n° 287/76, assinada pelo então secretário de Estado da Educação, professor Everaldo Aragão Prado. Em 4 de maio de 1994, a Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) aprovou o decreto n° 14.548, que instituiu efetivamente a SecBanda como a Banda de Música da Seduc.
“Lembro-me do primeiro desfile, em 1976, ainda com uma banda pequena composta por alunos. Em 1977, o maestro Rivaldo Dantas conseguiu que mais de 860 alunos iniciassem os estudos de instrumentos. Nos anos seguintes, a SecBanda cresceu e tornou-se uma respeitada banda. O segundo maestro foi Francisco, que continuou o trabalho”, contou o maestro Major Antônio Rocha, que é o terceiro maestro na história da SecBanda.
O maestro Rocha ainda lembra que, em 2022, recebeu do Governo de Sergipe a missão de recompor a SecBanda, para que no dia 1º de setembro daquele ano abrisse a Semana da Pátria. “Assim fizemos e, com a Banda de Música do Exército Brasileiro, abrimos a Semana da Pátria, desfilamos e abrimos mais seis desfiles nos bairros de Aracaju. A banda está pronta para mais um 7 de Setembro”, destacou o maestro, informando que já escolheu os quatro dobrados que serão executados no dia do desfile cívico-militar de 2023. Dobrados são um subgênero das marchas militares, muito populares entre as bandas militares do país, e que têm a finalidade de “puxar a tropa”.
Novos rumos
Composta por alunos de várias escolas da rede pública, a SecBanda tem processo seletivo simplificado para quem quer fazer parte do corpo percussivo e cumpre uma agenda de apresentações que dura o ano todo. O processo seletivo 2023 será aberto no fim de setembro e deverá ser publicado no site oficial da Seduc.
“São 180 alunos da rede pública estadual. A SecBanda, além de proporcionar à juventude estudantil do nosso estado um treinamento cívico aliado ao fazer cultural, é uma importante ferramenta de inclusão social”, explicou o diretor administrativo, Hélio Gentil, que compõe a banda desde que ela foi criada.
A formação da SecBanda compreende a "linha de frente", da qual faz parte o pavilhão nacional, composto de três ou quatro bandeiras: do país, do estado, do município e do brasão da SecBanda; à frente, o corpo coreográfico que faz piruetas com acessórios e utiliza uniformes com as cores do corpo musical e o distintivo de identificação.
Conquistas e prêmios
A SecBanda é uma unidade reconhecida e respeitada nacionalmente por ter participado e concorrido nos mais diversos campeonatos, com bandas de todos os estados brasileiros, tal como aconteceu em Minas Gerais, Alagoas e Pernambuco, além da capital federal, Brasília, entre outros.
No 1° Campeonato Nacional de Bandas e Fanfarras na cidade de Goiânia, em 1994, conquistou o troféu de campeã brasileira; na cidade de Guaratinguetá, em 1998, veio o bicampeonato; em 2000, na cidade de Brasília, conquistou o tricampeonato nas categorias Banda Musical de Marcha e Banda de Concerto, e seu último título, de tetracampeã, foi conquistado em 2002, na cidade de Ribeirão Preto, nas categorias Banda de Marcha e Concerto, promovidas pela Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras.
Primeiro maestro e fundador
Rivaldo Dantas é o nome do primeiro maestro e fundador da SecBanda. Ele nasceu em Maruim e, aos 11 anos de idade, ingressou no Instituto de Música e Canto Orfeônico de Sergipe na classe de violino. Aos 18 anos, foi morar no Rio de Janeiro, dando continuidade aos estudos musicais e participou da orquestra sinfônica da Guanabara, da Filarmônica da Escola Nacional de Música e da Orquestra Juvenil do Teatro Municipal, da qual foi fundador.
Em 1967, retornou a Sergipe e atuou em diversos corais. Em 1976, começou a trabalhar com alunos da escola pública e fundou a SecBanda. O maestro Rivaldo não demorou para receber o Prêmio Arthur Lakschevitz, maior prêmio outorgado pela Associação dos Músicos Batistas do Brasil, na categoria músico brasileiro. Também foi presidente da Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras (CNBF).
Texto e fotos reproduzidos do site: se gov br
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