sexta-feira, 21 de abril de 2023

Aracaju turística: conheça as principais opções










Publicação compartilhada do site da PMA, de 20 de aabril de 2023

Aracaju turística: conheça as principais opções de lazer e saiba o que fazer no feriado

Agência Aracaju de Notícias

Visitar a charmosa capital do Estado de Sergipe é ter muito o que vislumbrar e aproveitar, para além da praia e do mar. Aracaju chama atenção pela sua extensa e bela Orla da Atalaia, mas, também, se destaca nas regiões mais urbanas da cidade pela tranquilidade, organização, limpeza e segurança. A Prefeitura de Aracaju vem executando ações e obras importantes que estão reafirmando a cidade como a capital da qualidade de vida, do lazer e do esporte. 

Os turistas que tiverem optado por Aracaju para curtir um feriado prolongado poderão desfrutar de belezas naturais, tours históricos pelo Centro da cidade, uma gastronomia impecável e um descanso digno para recarregar as baterias. A cidade proporciona lazer de qualidade, inclusive com excelentes opções de bares e restaurantes, fácil trajeto e deslocamento entre os bairros. Confira abaixo as opções de lazer e como curtir Aracaju da melhor maneira. 

Orla da Atalaia 

Considerada um dos principais pontos turísticos da capital, a praia da Atalaia tem como ponto alto a sua orla. De uma ponta a outra, ela é repleta de equipamentos para quem busca momentos divertidos, aliados à segurança e tranquilidade. Para quem chega pela curva do bairro Coroa do Meio, se depara com o Farol da Orla, um monumento inaugurado em 1861. 

Para conhecer detalhadamente é preciso dedicar um tempo para caminhar pelo calçadão do local. Para quem gosta de admirar a arte local, a parada na Feira do Turista é obrigatória. São dezenas de lojas de artesanato para quem não deixa de levar um pedacinho representativo da cidade, seja um chaveiro, um quadro, uma bolsa, entre outras coisas. 

Caminhando pelo calçadão, algumas paradas podem ser feitas para admirar os monumentos de pessoas que foram importantes para a capital e para o Estado. Descendo um pouco mais no sentido sul da orla, o visitante poderá parar nos Arcos da Atalaia para garantir boas fotos, assim como o grande crustáceo, no início da Passarela do Caranguejo. 

Para surfistas, Aracaju não deixa nada a desejar, tendo como dois principais pontos de encontro da turma, a passarela do Havaizinho, que passou por uma revitalização realizada pela Prefeitura recentemente, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), dando maior conforto aos turistas e aracajuanos, e a praia da Cinelândia, ao final da Passarela do Caranguejo.

Endereço: Avenida Santos Dumont s/n, Atalaia, Aracaju

Orla Pôr do Sol 

Toda estruturada, com passarelas, rampas de acesso, bares e uma vista de tirar o fôlego, diante da calmaria do Rio Vaza-Barris, a Orla Pôr do Sol é o ponto de partida de diversas embarcações para passeios turísticos à beira rio, como a Crôa do Goré, Ilha dos Namorados, Praia do Viral. Também é possível aproveitar o espaço sem ter que, obrigatoriamente, fazer uma travessia. O local é ideal para a prática dos esportes náuticos que vão desde o stand-up a caiaque e canoagem. 

Endereço: Av. Dr. José Emídio do Nascimento, 218 - Mosqueiro ( Lot. Sao Domingos ), Aracaju

Parque da Sementeira 

Saindo da rota praieira e adentrando ao centro urbano da cidade, o turista poderá se surpreender com a área verde que compõe o Parque Governador Augusto Franco (Sementeira). Um espaço para o lazer e para o esporte, localizado no bairro Jardins, muito utilizado pelos próprios aracajuanos para a prática de caminhadas e corridas, e que poderá agradar também turistas que buscam este tipo de lazer com interação com a natureza. 

O espaço conta ainda com a Casa de Ciência e Tecnologia da Cidade de Aracaju (CCTECA), que proporciona visualização da lua e estrelas a partir de telescópios, entre outras atividades. Também é lá onde está instalado o Horto Municipal, onde são produzidas mudas para arborização e ornamentação da cidade, que também pode ser visitado. 

Endereço: Av. Jornalista Santos Santana, s/n - Jardins, Aracaju 

Horário de funcionamento: diariamente das 5h às 21h30

Parque Poxim 

Para os amantes da natureza, não falta opção de ponto turístico em Aracaju. Outra grande atração é o Parque Ecológico Poxim, localizado na avenida Tancredo Neves, no bairro Inácio Barbosa. O local é sinônimo de lazer e bem-estar, pois está inserido em uma área de preservação ambiental administrada pela Prefeitura de Aracaju. Por lá, além de maior contato com a natureza, também é possível encontrar parque infantil, quiosques, tirolesa kids, academia ao ar livre e um píer com vista para o rio Poxim e para contemplação do pôr do sol nos fins de tarde.  

O parque proporciona conforto a quem o frequenta, além de conscientizar a população sobre a importância de proteger o meio ambiente, a partir da preservação do ecossistema de manguezal existente na área, de modo a evitar o processo de ocupação territorial e de degradação.

Endereço:  Av. Pres. Tancredo Neves, 275 - Inácio Barbosa, Aracaju

Horário de funcionamento: das 6h às 18h

Mercados Municipais 

Todo bom turismo exige uma visita aos mercados centrais da cidade. Afinal, se trata de espaços que carregam não só a marca da gastronomia local, como também a cultura de um povo. Em Aracaju, são três mercados centrais administrados pela Prefeitura Municipal. Eles esbanjam cores, sabores, texturas e sons diversos que encantam, se consolidando como uma excelente opção de lazer para turistas. 

A começar pelo Mercado Municipal Maria Virgínia Leite Franco. O local chama atenção não só pela organização das bancas, com frutas e verduras milimetricamente expostas, como pela limpeza e segurança. Separado pela praça de eventos Hilton Lopes, palco de grandes eventos como o Forró Caju, realizado durante o período junino, estão os Mercados Municipais Thales Ferraz e Antônio Franco, que concentram alimentos, artesanato, além de bares e restaurantes para um bom café da manhã ou almoço. 

Endereço: os três mercados estão localizados próximos uns dos outros, no Centro de Aracaju

Horário de funcionamento: de segunda à sábado de 6h às 16h45, e domingo das 6h às 12h.

Colina do Santo Antônio 

Próximo ao Centro da cidade, o turista poderá incluir no roteiro uma visita à Colina do Santo Antônio, localizada no bairro Santo Antônio, o primeiro aglomerado urbano da cidade. Do alto, é possível ter uma vista panorâmica de Aracaju. É no topo da colina onde fica localizada a igreja do santo casamenteiro. Em sua proximidade, também está localizada a rua São João, marco histórico nos festejos juninos na capital.

Endereço: R. Cláudio Batista, 11 - Santo Antônio, Aracaju

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

REGISTRO notícia de 09/08/2006 > Prof. resgata 1ª. revista literária do Estado


Antiga Fachada do Gabinete de Leitura de Maruim.

Atual fachada do Gabinete de Leitura, reformada em 1953.

Legenda da foto: Uma das edições da Revista Literária.

REGISTRO de notícia publicada pelo Portal Infonet em 09/08/2006

Professora resgata primeira revista literária do Estado

Publicação compartilhada do Portal INFONET, de 9 de agosto de 2006

Ao estudar o Gabinete de Maruim para defender uma tese de Mestrado, a bióloga e pesquisadora Maria Lúcia Marques Cruz e Silva encontra a Revista Literária que foi publicada para divulgar o centro de leitura. Mesmo tendo sua primeira edição datada há 118 anos, a obra fala sobre temas atuais. Com colaboradores de outros países e idéias avançadas para a época, a revista chegava a vapor em 75 cidades por todo o país. Nesta entrevista ao Portal Infonet, a estudiosa relata os principais temas, os maiores autores e a importância histórica e cultural deste achado.

Portal Infonet – Por que a escolha do estudo do Gabinete de Leitura do município de Maruim?

Maria Lúcia Marques –Além de estudar Maruim há 25 anos, publicando o Inventário Cultural da cidade em 1994, sou filha da cidade. A intenção foi recuperar a história da imprensa sergipana, por Maruim ser considerado um centro livreiro. Maruim teve seis tipografias no século XIX e editou 21 jornais. Eu estudo Maruim há muito tempo, entro no Mestrado estudando o Gabinete e, nestas buscas, descubro que ele teve uma revista literária.

Infonet – Fale-nos um pouco da história deste Gabinete.

MLM – Este gabinete é de 1877 e é a única instituição do gênero que perdurou até hoje no Estado. Aracaju, Tobias Barreto e Laranjeiras, por exemplo, tiveram gabinetes literários, mas com vida efêmera. O de Maruim funciona hoje como uma biblioteca municipal. Segundo os estatutos, este gabinete nasceu como um espaço para recreio e instrução dos sócios. E diferente dos gabinetes portugueses de leitura de Salvador, onde o espaço era reservado aos portugueses, os que nasceram na segunda metade do século 19 são espaços de contestação da ordem, que era Monárquica e Escravocrata. Ele foi uma iniciativa de um grupo formado por pessoas com idéias político-liberais. Eles queriam levar a educação a todos e atingir as massas, que é todo um discurso dos ideais republicanos que eclodem com a República. O Gabinete de Leitura é tido como uma instituição popular. E em 24 de outubro de 1890 nasce a Revista Literária, com o propósito de divulgar o Gabinete e incentivar o gosto e amor às letras. 

Infonet – Além de um lugar para leitura, o Gabinete tinha outro fim?

MLM – Era um clube social fechado. Era tipo uma reunião de maçonaria. Uma sociedade fechada e tinha estatuto rígido. Com isso, sabe-se que não era para o povo. O estatuto dizia ‘Criar uma biblioteca para recreio e instrução dos sócios’ e os discursos dos oradores diziam que “queriam criar a biblioteca para difundir o gosto e o amor às letras por todas as classes sócias”. Mas o povo não tinha acesso, e há indícios de uma ligação com a maçonaria, porque a maioria dos sócios teve passagem por ela. Eu encontrei discursos e um signo tipográfico. São 26 sócios que aparecem numa moldura tipo corrente, característico de maçom. Encontrei a ata de fundação do Gabinete onde aparecem 60 sócios, mas na revista só aparecem 26 nomes como se muitos deles não a apoiassem.

Infonet – Quem estava à frente da Revista?

MLM – Não consegui achar um diretor, são vários editores e colaboradores. Todos do Estado de Sergipe. Da cidade de Maruim, consegui identificar o jurista Deodato Maia, que colaborou com poesias. Eles eram intelectuais na área jurídica, médica e empreendedores do açúcar, da indústria e do comércio. Um dos maiores colaboradores da revista foi N. Júnior, que escreveu textos políticos em uma coluna chamada ‘A lápis’, trazendo 23 artigos exclusivamente políticos. Como eles queriam levar um periódico que tivesse feição educacional, eles ‘batizaram’ a coluna de uma forma que driblasse a censura. Outro colaborador foi Nogueira Cravo, que era o chefe de redação e do telégrafo de Maruim, e Leonídio Porto, que era de Capela e escreveu nove artigos sobre Educação.

Infonet – Qual a periodicidade da Revista?

MLM – A revista era semanal e teve 34 edições, sendo 20 com um formato e 14 num tamanho menor. E a revista tem o cunho liberal político, mas também cultural, porque publicava muitos folhetins, poesias e literaturas. Isto para que ela não fosse censurada, já que a revista fazia oposição ao Governo de Deodoro da Fonseca. Cerca de 39% do corpo textual da revista é composto por poemas em folhetins, o que seria a nossa novela de hoje.

Infonet – Esta revista era comercializada? E chegou a ser vendida em outros Estados?

MLM – Sim, a assinatura mensal da revista custava 500 réis. Eu a rastreei e descobri que permutou com 75 jornais do país, inclusive a cidade de Uruguaiana, no extremo Sul do Brasil. Imagine a dificuldade de transportar esta revista via vapor para cidades como RJ, RS, SP e PA. Eu acredito que a revista foi uma estratégia para atrair o leitor ao Gabinete, porque os jornais ficavam à disposição do público nas mesas de leitura e traziam notícias recorrentes do país. E esta permuta com 75 jornais faz com que eu acredite que a obra não trouxe muito lucro. Percebe-se que ela passa por uma crise, porque nos primeiros 20 exemplares têm propaganda e nos outros 14 não têm, e diminui também de tamanho do papel da revista. Existem indícios que ela parou de ser publicada por causa da censura.

Infonet – A senhora encontrou algum motivo para o nome da obra ser Revista Literária?

MLM – Eu acho que este título era para mascarar a proposta política deles, porque ela nasce com a idéia para divulgar a instituição, mas pelo meu estudo eles só falam dela em somente 5% do corpo textual da revista. Falam 39% de poemas e folhetins, uma grande quantidade de política e temas gerais, mas o motivo da criação da Revista que era divulgar o Gabinete só é lembrado em 5% dos textos. Nela, a maioria dos textos são assinados, mas encontrei alguns pseudônimos.

Infonet – Qual o valor deste achado para a história atual?

MLM – Esta revista é subsídio para a história da imprensa em Sergipe, visto ser a primeira do gênero no Estado. A revista do Instituto Histórico de Aracaju é de 1913 e esta do gabinete é de 1890. A minha esperança é que o valor deste achado faça com que o Gabinete de Leitura seja recuperado. Pretendo recorrer a algumas instituições para ajudar a melhora do espaço que teve este passado tão importante na História Cultural de Sergipe. 

Infonet – Tem algum poema que mais lhe chamou atenção nestas 34 edições?

MLM – Tem uma poesia de Martins Jr. chamada ‘Receita’, que é uma das mais bonitas, e um folhetim chamado ‘Os Morangos’, de Emílio Zolar, que é encantador. Ele é tratado com uma literatura de época, em que a maioria das poesias é parnasiana, em que vemos a riqueza do poema. As obras deste último foram proibidas, porque ele escrevia folhetins e uma ‘moça de família’ não podia ler. Suas obras eram inspiradas em paixão, violência, trama de amor e isto podia corromper a moral e os bons costumes da época. E por isso o Gabinete era censurado e suas leituras não eram bem vistas pela sociedade, pelo Estado e pela Igreja.

Infonet – Qual a sua opinião sobre os temas das notícias abordadas nas 34 edições?

MLM – Esta revista está tão presente, que observamos que muitos dos temas são discutidos em jornais atuais. Em um dos textos, é discutida a importância de levar para o menino o trabalho manual já no primário e atualmente um ministro está propondo levar que os meninos tenham uma profissão ainda no primário. E este discurso está vivo na revista.

Infonet – Isso quer dizer que os discursos só se repetem?

MLM – É verdade. Os discursos se repetem e as providências são poucas.

Infonet – E para senhora, qual o sentimento de ter encontrado uma parte da história de Maruim?

MLM – Para mim, que venho estudando Maruim há tanto tempo, foi uma felicidade encontrar esta revista. Eu revirei a Biblioteca Epiphaneo Dórea e foi um presente de Deus, pois esta revista é a alma do Gabinete e ele é a alma da cidade. Eu estudo um pensamento, o ideal de um grupo que sonhava salvar a comunidade pelas letras, num discurso tão presente.

Por Raquel Almeida

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet com br

terça-feira, 18 de abril de 2023

Os sergipanos presos, torturados, mortos

Publicação compartilhada do site INFONET/BLOGS, de 22 de janeiro de 2023

Os sergipanos presos, torturados, mortos
Por Marcos Cardoso* (in blog Infonet)

O relatório da Comissão da Verdade revelou que três sergipanos foram assassinados pela ditadura militar. Muitos outros sofreram por terem lutado contra o regime de exceção e a favor da liberdade de expressão, ou simplesmente por discordarem do governo dos generais, imposto durante 21 anos a partir de abril de 1964. Alguns guardaram para sempre marcas indeléveis como um registro da coragem de se manifestar contra o arbítrio.

Desde sempre mal digerida pelas Forças Armadas, a Comissão Nacional da Verdade foi um colegiado instituído pelo governo de Dilma Rousseff para investigar as graves violações de direitos humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988.

O caráter reacionário da ditadura militar configurou-se em Aracaju no dia 1º de abril após a prisão do deputado federal Euvaldo Diniz e do delegado regional do trabalho, que ousaram se manifestar contra o golpe. Lideranças do Sindicato dos Ferroviários também foram conduzidas ao quartel do 28º BC. Mas na manhã seguinte todos foram liberados.

Mesma “sorte” não teve o governador João de Seixas Dória, que retornou do Rio de Janeiro na noite daquele “dia da mentira” e na madrugada do dia 2 foi arrancado do Palácio Olímpio Campos e deposto. Passou meses preso, boa parte do tempo em degredo no arquipélago de Fernando de Noronha. Esses foram os primeiros a sentir a mão pesada da nova ordem institucional.

O primeiro sergipano morto pela ditadura foi o sargento do Exército Manoel Alves de Oliveira, 30 anos incompletos, natural de Aquidabã. Pouco antes do golpe militar, ele foi candidato a presidente do Clube de Subtenentes e Sargentos do Exército, atividade política que certamente o condenou às torturas que sofreu no Regimento Andrade Neves – Escola de Cavalaria, localizado na Vila Militar do Rio de Janeiro, e consequente morte no Hospital Central do Exército (HCE), na mesma cidade, no dia 8 de maio de 1964. Pesquisas apontam que seu assassinato está inserido no quadro de repressão instaurado no país com a chamada “Operação Limpeza”, segundo o relatório da CNV.

A viúva Norma Conceição Martorelli de Oliveira, afirmou que Manoel foi detido em casa, por homens em trajes civis que o conduziram em um automóvel Kombi sem identificação oficial. Ele respondia a Inquérito Policial Militar e foi conduzido para um “interrogatório especializado”. Ao buscar informações junto ao I Exército a respeito do paradeiro, recebeu informações desencontradas. Apenas dois dias depois obteve a confirmação de que o marido estava no HCE. Após um mês de buscas, Norma conseguiu autorização para visitar o marido. Ao vê-lo, percebeu “que o seu corpo estava coberto de marcas, que mais tarde soube serem de ferro quente”.

Também assassinado, o sergipano de Laranjeiras Lucindo Costa, servidor público em Santa Catarina, onde militava no PCB, desapareceu após fazer uma viagem a Curitiba em julho de 1967. Ele tinha 48 anos, era casado e pai de seis filhos. Já havia sido preso duas vezes como subversivo. Posteriormente, a esposa Elisabeth Baader recebeu a informação de que ele morreu atropelado e foi enterrado como indigente. Era mentira, claro. Foi provavelmente detido, torturado e morto.

Preso anteriormente pelos órgãos da repressão, Lucindo mantinha contato com opositores da ditadura militar, como o major Cerveira, mais tarde morto pela repressão, e o professor Vieira Neto, militante do Partido Comunista Brasileiro. À época de seu desaparecimento, Lucindo morava com a família em Mafra (SC) e trabalhava no Serviço de Classificação de Rio Negro (PR), do Ministério da Agricultura.

Therezinha Viana de Assis

Também considerada assassinada pelo Estado brasileiro foi a aracajuana Therezinha Viana de Assis, economista que concluiu o curso na Universidade Federal de Sergipe em 1965. Mudou-se para Belo Horizonte, onde foi funcionária da Caixa Econômica Federal. Militante da Ação Popular (AP), Therezinha foi presa e torturada por agentes da repressão entre os anos de 1968 a 1972.

No início de 1973, ela exilou-se no Chile, onde fez um curso de pós-graduação na Universidade de Santiago. Passou a militar no Movimiento de Izquierda Revolucionaria (MIR). Após o golpe militar que depôs Salvador Allende, Therezinha buscou asilo político na Holanda. Morou inicialmente em Rotterdam e depois em Amsterdã. Cursou o doutorado em Economia e trabalhou, até setembro de 1977, na área de planejamento da prefeitura de Amsterdã. Therezinha Viana de Assis morreu em 1978, aos 36 anos de idade, naquela capital dos Países Baixos, como resultado das sequelas da tortura a que foi submetida.

Durante o período em que residiu em Amsterdã, Therezinha manteve correspondência com sua irmã, Selma Viana de Assis Pamplona, por meio de cartas. Em depoimento, Selma contou que, em 1977, Therezinha viajou por vários países da Europa. Em algumas correspondências, contou à irmã que se sentia perseguida, pois mesmo viajando para outros países via as duas ou quatro mesmas pessoas, que, segundo ela, estariam seguindo seus passos.

Nessa época em que Therezinha passou a se sentir perseguida, um de seus amigos exilados lhe recomendou que tivesse cuidado, pois sabia que policiais do Chile e do Brasil estavam perseguindo exilados em diversos países. Em setembro ou outubro de 1977, desconfiando que suas correspondências estavam sendo violadas e que suas ligações eram interceptadas, ela interrompeu a comunicação com a irmã.

Therezinha Viana de Assis foi encontrada agonizante no dia 3 de fevereiro de 1978, sobre a calçada do edifício onde morava em Amsterdã, e levada, ainda com vida, para o Academische Ziekenhuis da Vrije Universiteir, onde foi operada, mas não resistiu. Ela era irmã do político e empresário Antonio Fernandes Viana de Assis, que foi deputado estadual cassado pela ditadura e, posteriormente, entre os anos de 1988 e 1989, foi prefeito de Aracaju. Ele morreu em junho de 2010, aos 75 anos.

Deputados e estudantes

Viana de Assis (PR), Cleto Maia (PRT), Nivaldo Santos (PR) e Baltazar Santos (PSD) foram os deputados cassados um mês e meio após o golpe. Também foi cassado o deputado federal João Machado Rollemberg, da Arena. No recrudescimento da repressão, e já no bipartidarismo, em 1969 também foram cassados os deputados estaduais Gilton Garcia, Rosendo Ribeiro, Aerton Silva, Chico de Miguel, Edson Mendes de Oliveira, Santos Mendonça, Baltazarino Santos e Jaime Araújo.

Estudantes, quase todos militantes e oriundos da UFS, sofreram nessa fase do chamado novo ciclo repressivo iniciado após o AI-5. Principalmente Bosco Rolemberg, Ana Côrtes, Wellington Mangueira e Laura Marques, que penaram nas mãos de sádicos torturadores. João Augusto Gama, Benedito Figueiredo e o poeta Mário Jorge Vieira também foram presos.

Em fevereiro de 1976, na Operação Cajueiro, 25 sergipanos foram presos arbitrariamente no quartel do 28º BC, alguns foram torturados e 18 foram processados. Wellington Mangueira estava outra vez dentre estes, além dos ferroviários Antônio Bitencourt, Carivaldo Lima Santos, Pedro Hilário dos Santos e Virgílio de Oliveira, dos advogados Jackson de Sá Figueiredo, João Santana Sobrinho, Elias Pinho e Carlos Alberto Menezes, do estudante e bancário Antônio José de Góis, do comerciante Faustino Alves de Menezes, do jornaleiro Gervásio Santos, do funcionário público Marcélio Bonfim, do agrônomo Rosalvo Alexandre, do petroleiro Milton Coelho de Carvalho, que ficou cego, e outros.

O então deputado estadual Jackson Barreto, MDB e ligado ao PCB, sofreu a segunda prisão na Operação Cajueiro, foi logo liberado, mas respondeu a Inquérito Policial Militar.

Em maio de 2009, a Caravana da Anistia do Ministério da Justiça julgou, na sede da OAB em Aracaju, 34 processos de sergipanos que se declararam vítimas do regime militar: 22 processos foram deferidos, as vítimas declaradas anistiadas e o presidente da Comissão de Anistia, em nome do Estado brasileiro, desculpou-se pelo sofrimento causado a cada um desses cidadãos que ousaram lutar pela democracia. Dezoito anistiados tiveram reconhecido o direito de serem indenizados ou de terem corrigidas indenizações anteriormente conquistadas. Um deles foi Antônio José de Góis, o Goizinho, que foi torturado e permaneceu 21 dias encarcerado.

Em quatro processos, os requerentes ou familiares deles pediam apenas que o Estado declarasse reconhecer o sofrimento causado e os anistiasse. Dentre esses, processos do radialista e deputado estadual cassado Santos Mendonça e do poeta Mário Jorge, ambos falecidos. Também foram indenizados Jugurta Barreto, Agamenon de Araújo Souza, José Alexandre Felizola Diniz, Rosalvo Alexandre, José Côrtes Rollemberg Filho, Delmo Naziazeno, Antônio Vieira da Costa, Zelita Correia, Walter Oliveira Ribeiro, João Augusto Gama, Benedito Figueiredo, Wellington Mangueira e Milton Coelho.

* É jornalista.

Texto e imagens reproduzidos do site infonet.com.br/blogs

sábado, 15 de abril de 2023

Bombeiros de SE têm pela primeira vez uma mulher no posto de coronel

Legenda da foto: A ascensão ao novo posto vai acontecer a partir do próximo dia 21 - (Crédito da foto: CBMSE)

Publicação compartilhada do site do Portal INFONET, de 14 de abril de 2023 

Bombeiros de SE têm pela primeira vez uma mulher no posto de coronel

O Corpo de Bombeiros Militares de Sergipe (CBMSE) promoveu Maristela Xavier dos Santos ao posto de coronel. Ela é a primeira mulher a ser promovida ao posto de coronel na corporação que tem 102 anos de existência.

O decreto de promoção foi assinado nesta sexta-feira, 14, pelo governador Fábio Mitidieri, na edição nº 29133 do Diário Oficial. A ascensão ao novo posto vai acontecer a partir do próximo dia 21, data prevista no calendário de promoções de militares do CBMSE.

A nova Coronel

Maristela Xavier dos Santos é natural de Duque de Caxias/RJ e ingressou na carreira como cadete em 2001, tendo sido graduada em Ciências de Defesa Social (2001 – 2003) no Instituto de Ensino de Segurança do Estado do Pará.

Possui graduação em Direito – Universidade Tiradentes (2011), Publicidade e Propaganda – Universidade Tiradentes (2005), Pós Graduação em Direito Penal e Processual – Universidade Tiradentes, Curso de Especialização em Segurança Pública – Academia de Polícia Militar da Bahia/Universidade Estadual da Bahia (2012) e Curso de Gestão Estratégica em Segurança Pública – Academia de Polícia Militar da Bahia (2019).

Durante sua carreira profissional, atuou na Defesa Civil de Aracaju, foi comandante do 3º Grupamento de Bombeiros Militares (Itabaiana/SE), Diretora de Logística/Finanças do CBMSE e Assessora Técnica Institucional do CBMSE, dentre outras funções.

Por Beatriz Fernandes e Verlane Estácio com informações do CBMSE

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

Encontro Nordestino de Cultura



Crédito das fotos: Arthuro Paganine

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 14 de Abril de 2023

Governo de Sergipe lança edital de chamamento público do Encontro Nordestino de Cultura

Inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 30 de abril

O Governo de Sergipe divulgou o edital de chamamento público do Encontro Nordestino de Cultura/2023 para seleção de atrações artísticas sergipanas. O documento, publicado no Diário Oficial do Estado, regulamenta o processo de seleção de pessoas físicas, jurídicas e microempreendedores Individuais (MEIs) para comporem a programação do evento que será realizado entre os dias 1º de junho e 1º de julho.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até as 23h59 do dia 30 de abril, no site mapacultural.funcap.se.gov.br Podem participar do processo seletivo: trios pé de serra, filarmónicas, grupos folclóricos do período, quadrilhas juninas, artistas solo, bandas de forró, violeiros, repentistas e grupos de artes cênicas e atrações voltadas ao público infantil com temática junina. 

O edital tem como base a Lei Federal nº 8.666/93 e a Instrução Normativa - IN CGE 003/2023. A publicação especifica que o evento, promovido por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe, tem foco musical no gênero forró, em maior proporção, contemplando trios pé de serra, artistas, grupos e bandas de forró, oficineiros da área cénica, repentistas e violeiros com conteúdo nos saberes e fazeres juninos, quadrilhas juninas, grupos folclóricos e cordelistas. 

Valorização artística e cultural

Entre os objetivos do Encontro Nordestino de Cultura, destacam-se a valorização e promoção dos artistas locais, o que deve englobar também as manifestações culturais de popularidade ou histórico dedicado ao gênero forró. Para tanto, o projeto busca incentivar expressões musicais e artísticas que fortaleçam, a partir do seu trabalho, a identidade junina em Sergipe e descentralizar as políticas públicas culturais da Fundação Aperipê, incluindo referências e oportunizando um espaço multicultural com representações da capital e do interior sergipano.

O apoio e visibilidade aos agentes e grupos que preservam a identidade musical junina dos artistas sergipanos; a ampliação a visibilidade da produção cultural do setor; e a oferta para a população local e turistas de uma programação pautada em referências de identidade, popularidade e histórico dedicado ao ciclo junino também são metas estabelecidas no edital. Assim como, o destaque e premiação de referências do forró pelos serviços prestados e o estímulo ao debate sobre ações que incentivem a pesquisa em torno do gênero e seus agentes. O projeto deve, ainda, ressaltar por meio do Fórum Nacional de Música, a importância das referências de Sergipe e do Brasil.   

A presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), Antônia Amorosa, destacou que o Encontro Nordestino de Cultura alinha-se à visão do governo de fortalecer a cultura de Sergipe, promovendo, ainda, a integração entre os setores artístico, turístico e econômico. “O edital traz como proposta aumentar a participação do artista local na programação que é distribuída no Arraiá do Povo, Complexo Cultural Gonzagão, Centro de Criatividade, Rua de São João, além de espaços considerados como tradição. Das ruas enfeitadas às apresentações artísticas culturais e midiáticas, Sergipe avança com a cultura apostando em um novo tempo em favor da cadeia produtiva, que contribui com a economia e com o pertencimento da nossa gente”, ressaltou.

Categorias 

O edital contempla nove categorias artísticas, dentre elas atrações musicais no formato trios, contendo zabumba, triângulo e sanfona ou grupos tradicionais de até quatro componentes; artistas e grupos musicais com histórico artístico comprovado; artistas e bandas musicais renomadas em Sergipe e região Nordeste; grupos cênicos de teatro ou dança, oficineiros com temáticas juninas ou de sergipanidade voltados ao público infantil; cordelistas e repentistas; grupos de quadrilhas juninas com atividades desenvolvidas no estado; e filarmônicas com reconhecimento no município de origem ou no estado de Sergipe.

Cada categoria homenageia um artista que marcou a história do cenário cultural de Sergipe: Edgar do Acordeon; Marluce; Josa, o Vaqueiro do Sertão; Rogério; Paulinha Abelha; Mestra Iolanda; Mariano; e Maestro Rivaldo Dantas. 

Texto e imagens reproduzidos do site: se.gov.br

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Troféu Brasil de Ginástica Artística, em Aracaju/SE.




Jade Barbosa, com equipe do Clube de Regatas
do Flamengo. (Foto: Arquivo pessoal)




Jade Caroline Correia



Empresário Gildo Júnior e sua filha Sofia

Casal Nelcy Edna e Nilton Domingues




Técnico Thiago Ventura

Ricardo Resende, assessor especial da presidência da CBG 

Fotos de Sérgio Silva/Reproduzidas do site: aracaju.se.gov.br e de Igor Matias/Reproduzidas do site: se.gov.br

Texto publicado originalmente no site do GOVERNO DE SERGIPE, em 13 de Abril de 2023

Comunidade esportiva elogia estrutura sergipana durante Troféu Brasil de Ginástica Artística

Evento acontece em Aracaju entre os dias 11 e 16 de abril, com suporte do Governo de Sergipe e participação de mais de 60 atletas

Desde o último dia 11, Sergipe vem sendo o palco da Ginástica Artística em todo o Brasil. A capital Aracaju sedia, até o próximo dia 16, o Troféu Brasil de Ginástica Artística. O evento, que reúne mais de 60 ginastas de sete estados brasileiros, vem atraindo os olhares de profissionais e entusiastas pelo nível de sua estrutura. Esta organização conta com a participação do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Seel), em parceria com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).

Nesta quinta-feira, 13, o Troféu inicia a fase classificatória, aberta ao público. O recém-reformado Ginásio de Esportes Constâncio Vieira é o cenário da competição, que traz ao estado atletas como o campeão olímpico Arthur Zanetti, o campeão mundial Arthur Nory e a medalhista mundial Jade Barbosa, entre outros. Além de envolver a comunidade esportiva, incluindo atletas, árbitros, técnicos e outros profissionais, o Troféu Brasil também mobiliza a cadeia produtiva local e aquece o setor de serviços.

“Este evento reúne a nata da Ginástica brasileira. É um evento que mobiliza a rede hoteleira, restaurantes, serviços, e tudo isso gera emprego e renda para o público sergipano. E não seria possível realizar o evento sem a parceria do Governo do Estado e do governador Fábio Mitidieri, que é um apaixonado pelo esporte. Desde o início, quando a gente se propôs a sediar o evento aqui, ele colocou o Constâncio Vieira e toda a estrutura logística do estado à disposição para que os melhores atletas do Brasil tivessem a melhor condição para competir”, resume o assessor especial da Presidência da CBG, Ricardo Resende.

Para os profissionais que participam da competição, a estrutura oferecida na capital sergipana é um diferencial. Esta é a opinião do árbitro Robson Viana Pereira, que compõe a arbitragem na divisão masculina. “Aracaju sempre nos recebe muito bem. A estrutura que é montada aqui não perde pra nenhuma outra competição em nível nacional e até internacional. A parte de aparelhagem, por exemplo, é a mesma usada nos campeonatos mundiais e em Olimpíadas. Já vim para cá várias vezes. Se eu pudesse dar nota onze, eu daria, porque realmente é muito bom estar aqui”, ressalta.

A atleta Jade Caroline Correia, de 16 anos, que compete na categoria Adulto pela equipe do Instituto de Ginástica Artística Paranaense (IGAP/PR), visita Aracaju pela primeira vez. Ela também aprova a organização encontrada por aqui. “Estou conhecendo a cidade agora e estou achando a estrutura maravilhosa. Já participei de outras competições no Brasil e a estrutura aqui está em um nível bem parecido. Dá vontade de levar pra casa!”, pontua.

O técnico Thiago Ventura, que veio de Curitiba (PR) para participar do evento, concorda com a ginasta. “Já conhecia Aracaju e estive aqui no ano passado, nos Jogos da Juventude. A estrutura, como sempre, está impecável. Se a gente tivesse algum aparelho desses para treinar, seria ótimo. O solo é muito bom, o jeito que eles montaram está bem estruturado. Gostei também do lugar. Fomos bem recepcionados, todos respondem na hora quando a gente tem alguma dúvida. A organização está no nível dez”, classifica.

Oportunidade

O professor de Educação Física Éder Marinheiro integra a equipe do Centro de Excelência Doutor Augusto César Leite, de Itabaiana. Ele fez questão de oferecer uma nova experiência à sua turma, levando os alunos para assistir ao Troféu. “Quando surgiu a oportunidade, conversei com a diretora da escola e com o diretor regional para propor que os alunos viessem conhecer. É uma experiência única poder ver de perto uma competição em nível nacional. Estão todos animados, com grande expectativa. E a estrutura é ótima. Depois da reforma, o Constâncio ficou impressionante, podendo comportar qualquer tipo de competição de grande porte”, frisa.

O empresário Gildo Júnior trabalha no setor de transporte corporativo e esportivo, e fez o translado de uma das equipes participantes do Troféu. Além de trabalhar, Gildo aproveitou o dia para levar ao evento sua filha Sofia Lima, de nove anos. “Esses eventos movimentam a cadeia do turismo, do transporte, dos hotéis. É um evento que traz um estímulo comercial grande no setor de serviços”, enfatiza Gildo. “Fiquei interessada e pedi pra vir com meu pai. Já fiz Ginástica Rítmica, gosto de ver os atletas. Nunca tinha visto de perto, estou achando muito legal”, considera Sofia.

Os aposentados Nilton Domingues e Nelcy Edna Traughtzen vieram de São Paulo para prestigiar a neta Luiza, uma das ginastas participantes. Para o casal, que costuma acompanhar as competições das quais a atleta faz parte por todo o Brasil, a estrutura do evento em Aracaju merece elogios. “Estou achando muito boa mesmo, muito bem organizada e estruturada”, diz Nelcy. “A cidade também é muito bonita, limpa, com opções interessantes. Vamos voltar”, completa Nilton.

Texto reproduzido do site: se.gov.br

domingo, 9 de abril de 2023

Procissão do Fogaréu volta a reunir centenas de pessoas...

Fotos: Heitor Xavier





Mara Lima, professora

Legenda da foto: Sônia Freire, aposentada

Publicação compartilhada do site SÃO CRISTÓVÃO, de 7 de abril de 2023  

Procissão do Fogaréu volta a reunir centenas de pessoas e a iluminar ruas de São Cristóvão após quatro anos

Na noite de ontem (06), uma das celebrações religiosas mais importantes de Sergipe voltou a acontecer após uma pausa de quatro anos em razão da pandemia da Covid-19. A tradicional Procissão do Fogaréu, que é realizada no Centro Histórico de São Cristóvão, contou com a participação de aproximadamente 250 pessoas, responsáveis pela encenação que retrata os últimos atos da vida de Cristo.

A celebração teve início logo após a tradicional missa de lava-pés, que ocorreu na Igreja Nossa Senhora da Vitória. Em seguida, os olhares das centenas de pessoas que estavam na cidade ficaram voltados para os palcos montados na Praça São Francisco. Neles, os três primeiros atos da Paixão de Cristo foram encenados: Entrada de Jesus em Jerusalém; Discussão no Sinédrio; e a Santa Ceia.

Após esse momento, o ápice da celebração religiosa é realizada. Dezenas de homens de todas as idades saem em procissão pelas ruas escuras do Centro Histórico (que tem a iluminação desligada neste momento) segurando tochas e procurando por Jesus, simbolicamente. Eles vestem uma túnica comprida, traje semelhante aos dos penitentes da Era Medieval. 

Entoando cânticos, o grupo passa por locais como a Igreja do Rosário dos Homens Pretos, Praça do Carmo e Praça da Matriz, até retornarem à Praça São Francisco, local onde a procissão é encerrada e os dois últimos atos são realizados.

A Procissão do Fogaréu é uma tradição que foi trazida pelos portugueses e desde o século XVIII faz parte do calendário cultural do município de São Cristóvão, com uma pausa em 1963. A retomada aconteceu em 1978, e, desde então, a mobilização popular ocorria ininterruptamente. Desde 2019, no entanto, voltou a ser suspensa, por conta da pandemia da covid-19. 

Para Manoel Muniz, coordenador do G12, responsável pela organização do evento, retornar com a procissão após tantos anos é emocionante. “Esse é um momento muito importante para nós cristãos. Apesar de ser muito trabalhoso, é algo que nos dá muita satisfação, poder reunir tantas pessoas para mostrar essa mensagem religiosa”, destacou.

A celebração reuniu centenas de sancristovenses e visitantes que estavam ansiosos para acompanhar o evento após a longa pausa. A aposentada Sônia Freire, moradora do povoado Pedreiras contou que sempre buscou prestigiar a procissão, e apontou que “esse é um momento de muita alegria em poder ter esse evento na cidade, onde a gente pode assistir a essa encenação da Paixão de Cristo”. 

Pessoas de outros municípios também estiveram em São Cristóvão na noite da “Quinta-feira Santa” para acompanhar o evento. É o caso da professora Mara Lima, moradora de Aracaju. “Já estava sentindo falta dessa Procissão. É um momento muito lindo e emocionante onde podemos ter contato com o evangelho”, declarou.

Prefeitura no apoio à manutenção da tradição

Por entender que a Procissão do Fogaréu é um momento único que mobiliza toda a comunidade e atrai visitantes à Cidade Mãe de Sergipe, a Prefeitura de São Cristóvão não mede esforços no sentido de apoiar a realização do evento. A estrutura que conta com três palcos, iluminação e som é disponibilizada pela gestão municipal, que também mobiliza as equipes da SMTT para desobstruir as ruas e orientar motoristas e pedestres. 

“A Procissão do Fogaréu faz parte do calendário turístico religioso do município. Sabemos que neste evento, assim como acontece na Romaria de Senhor dos Passos e em Corpus Christi, nós teremos muita gente em São Cristóvão e isso movimenta a economia da nossa cidade, gera emprego e renda, e por isso nós ofertamos todas as condições necessárias para que essas tradições permaneçam vivas”, afirmou o prefeito Marcos Santana. 

texto e imagens reproduzidos do site: saocristovao.se.gov.br

Estado promove valorização profissional dos jornalistas...

Foto: ASN

Publicação compartilhada do site GOVERNO DE SERGIPE, de 7 de Abril de 2023

Estado promove valorização profissional dos jornalistas com a recriação da Secretaria da Comunicação

Neste Dia do Jornalista, Estado destaca participação do profissional que tem a missão de levar informação à sociedade

Nesta sexta-feira, 7 de abril, é comemorado o Dia do Jornalista, importante profissional que tem a missão social de levar ao conhecimento público os fatos e acontecimentos relevantes que impactam diretamente na sociedade. Nestes primeiros meses de gestão, o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, já tem demonstrado o destaque que a atividade desempenha para o seu governo, seja por meio da política de valorização dos profissionais que atuam no Estado, no combate às fake news, na transformação de Superintendência de Comunicação em Secretaria Especial de Comunicação e, também, por meio de encontros com os representantes de órgãos de imprensa e comunicadores de Sergipe.

A Secretaria Especial da Comunicação Social (Secom), que integra a Secretaria de Estado da Casa Civil (SECC), é considerada um órgão estratégico para a estrutura orgânico-administrativa do governo. De acordo com o governador, sua recriação tem o propósito de aproximar a administração e as organizações de imprensa, a fim de garantir informações mais precisas e transparentes à população.

"Um governo que quer implementar uma gestão transformadora, que quer de fato mudar a vida das pessoas, precisa ser transparente, participativo e, sobretudo, democrático. E esses princípios não se efetivam na prática senão por meio de uma política clara e efetiva de comunicação social. E foi esse o nosso principal objetivo ao recriar a Secretaria de Comunicação”, disse o governador Fábio Mitidieri.

Segundo o secretário Especial da Comunicação Social, Cleon Nascimento, a mudança demonstra uma visão ampliada e de valorização da comunicação e, consequentemente, dos profissionais que atuam na área, a exemplo dos jornalistas.  “A ideia é fazer uma gestão com uma comunicação forte e que atenda as necessidades da população. Por isso, estamos empenhados em desenvolver uma política de comunicação bem traçada, com regras e metas claras, focada no governo como todo”, frisou.

Desta maneira, ao invés do modelo de núcleos de comunicações, foi implantado o sistema de coordenações nas secretarias, que conta com assessorias de comunicação (Ascoms) e, pelo menos um jornalista, em cada pasta. Ao todo, são mais de 150 profissionais de Comunicação capacitados divididos entre secretarias e órgãos da administração indireta. 

Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor-SE), Milton Alves Júnior, mais do que enaltecer a transformação da antiga Superintendência Estadual de Comunicação em secretaria, é salutar destacar o elenco profissional constituído neste primeiro trimestre de 2023. “Nossa entidade sindical, em parceria com diretores da Federação Nacional dos Jornalistas, esteve presente no complexo da Secretaria Especial da Comunicação e ficamos felizes ao observar tamanha reestruturação positiva. Tendo como missão básica contemplar os cidadãos sergipanos com informações verídicas, bem como transparecer os atos do Poder Executivo Estadual, fortalecer o Jornalismo foi um dos atos louváveis, frise-se, anunciado pela atual gestão em dezembro do ano passado durante o processo de transição entre as gestões”, disse, ao destacar que outras pautas voltadas para o impulsionamento da valorização profissional estão programadas para serem discutidas.  “Diante de uma gestão disposta e aberta ao diálogo, acreditamos que os nossos dirigentes sindicais serão novamente bem-recebidos”, ressaltou.

Combate às Fake News

Além de investir na estruturação dos profissionais que atuam na Comunicação do Governo de Sergipe, a gestão estadual tem procurado operar no combate à divulgação de notícias falsas, e, para isso, a presença do jornalista se torna ainda mais primordial. Deste modo, vem promovendo um diálogo mais próximo com os comunicadores de Sergipe. Exemplo disso são os encontros, denominados ‘Café ponto Gov’, realizados com os jornalistas e radialistas, quando o governador e os gestores apresentam um balanço das ações do governo, apresentam propostas da gestão e projetos em andamento.

Nesse período de 100 dias de governo já foram realizados dois desses encontros, um novo formato de relacionamento com a imprensa que tem sido muito bem-recebido pelos profissionais e entidades representativas das categorias, como o Sindicato dos Jornalistas e Sindicato dos Radialistas. A ação envolve o balanço das ações de governo, mas também um espaço para tratar das demandas da imprensa e da sociedade.

"A informação é a ferramenta mais estratégica da gestão. Uma política de comunicação efetiva contribui não apenas para informar e esclarecer a população, como também para identificar fragilidades e nortear prioridades para a administração pública”, pontuou o governador Fábio Mitidieri.

Texto e imagem reproduzidos do site: se.gov.br

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Fim de tarde, visto da Atalaia nova, município da Barra dos Coqueiros


Fotos de Paulo Márcio 

'Recanto da Serra', no município de Tobias Barreto








Publicado originalmente no site PORTAL SERGIPANO, em 31 de dezembro de 2022

Recanto da Serra em Tobias Barreto 

Por Portal Sergipano 

O município de Tobias Barreto distante 130 km da capital sergipana é o destino certo para o turismo, a região que já teve diversas nomenclaturas como Rio Real de Cima, Campos do Rio Real e Campos passou a denominar-se como Tobias Barreto a partir da homenagem ao seu filho, o ilustre Tobias Barreto de Menezes (poeta, filósofo e jurisconsulto), consagrado nos mais altos meios culturais do Brasil e exterior.

A cidade também ficou conhecida por conta do artesanato e, em especial, o bordado e o richelieu que são ofertados em alguns estados brasileiros e em países como Espanha, Portugal, Chile e Nicarágua. Muitos destes produtos são encontrados na Feira da Coruja que acontece sempre na madrugada do domingo para a segunda e consegue atrair muitas excursões.

Recanto da Serra

Localiza-se na comunidade jacaré, no município de Tobias Barreto, a 23 km da sede. chega-se até lá, pela rodovia que liga Poço Verde a Tobias Barreto, nas proximidades do povoado nova Brasília.

É uma construção de taipa datada de 1932, que pertenceu ao tropeiro Antônio Rocha Meneses. Lá também foi pousada e passagem dos tropeiros que vinham do sertão com destino a Itabaianinha e boquim, onde pegavam mercadorias na estação ferroviária.

Desde 2008, o Recanto da Serra foi aberto à visitação pública. O visitante encontra o museu Dona Maria com objetos do tropeirismo, Bar e restaurante com comidas típicas, piscina adulto e infantil. Na trilha, o turista encontra a cova do tropeiro, a árvore cara de gente, a raiz gigante, a árvore furada, a barriguda e arvores em extinção. Diversão parque infantil reciclado, banho de bica, bodega do tropeiro, passeio de charrete e uma pequena quadra de areia.

Para quem quer repousar, o recanto dispõe de chalés rústicos, um verdadeiro paraíso, uma excelente opção para quem busca sossego e paz.

Agende sua ida ao recanto pelo: (79) 9 9805-2860

Texto e imagens reproduzidos do site: portalsergipano.com