quarta-feira, 4 de março de 2015

Gicélia de Araújo Torres


Terça-feira de Carnaval. 4 de março de 1930. Em um jardim perfumado nascia GICÉLIA MENDONÇA DE ARAUJO fruto do amor entre Benilde Vieira de Araujo e Emérita Mendonça de Araujo. Foi menina peralta, todavia inteligente, aplicada, estudiosa. Foi uma filha muito querida, cercada de mimos e atenções. Tornou-se moça mui bela, culta, de alma musical demonstrada no dedilhar das teclas do seu piano. Amiga sincera, mulher,mãe, avó e bisavó. Em 9 de dezembro de 1949 casou-se com Antonio Torres Junior, quando adotou o nome GICÉLIA DE ARAUJO TORRES. Adulta, galgou os degraus da vida com muito trabalho, suor, determinação, sabedoria, honradez, humildade, e sobretudo amor. Nas horas mais difíceis vividas pela família, jamais arrefeceu diante dos entraves, e tudo entregava à vontade e direção de Deus, em quem sempre confiou. Permitia-se em todas as ocasiões a deixar escapar dos lábios o seu sorriso personalíssimo, como ela mesma dizia.Graduada em Contabilidade, atuou no setor contábil da Refinaria Jaspe, cujo proprietário era o seu pai. Licenciada em Língua Francesa, lecionou no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, Colégio Estadual Camilo Castelo Branco e Colégio Estadual Presidente Costa e Silva. Foi Diretora da Associação Cultural Franco-Brasileira, popularmente conhecida como Aliança Francesa, enquanto Professora de francês. Trabalhou no Arquivo Público de Aracaju. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal de Sergipe no ano de 1972. Juíza de Direito, atuou nas Comarcas de Neópolis, Propriá, Japaratuba, São Cristóvão, Estância e na Terceira Vara de Assistência Judiciária de Aracaju.Juíza dedicada e proba, gozava de elevado conceito nas sua Comarcas, tendo sido homenageada pelo Tribunal de Justiça de Sergipe e Governo Municipal de Salgado ao emprestar o seu nome ao Fórum da localidade. Deixou grandes marcas de seu caráter e personalidade nas comunidades onde exerceu a Magistratura, honrando o Judiciário do Estado de Sergipe e a justiça. Hoje, 4 de março de 2015, completaria 85 anos de vida, se vida ainda tivesse. Tornou-se saudade no coração dos amigos sinceros, e nos deixou um legado de dignidade, valentia, generosidade e solidariedade. Seus filhos, genro, netos e bisnetos são muito gratos pelo seu exemplo e ensinamentos.

Texto escrito pelo seu filho Angelo e genro Gil Ramalho

2 comentários:

  1. Merecida homenagem a esta importante mulher e magistrada de Sergipe.

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  2. Mulher íntegra! Nos momentos em que minha mãe esteve mais fragilizada, abandonada por muitos,Dra.Gicélia surgiu como um Anjo. Sem qualquer laço de amizade com minha mãe, ela chegou e, com gestos carinhosos, se tornou inesquecível! Humana, sensível, um Anjo!

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