Publicado originalmente no site da PMA, em 24 de março de
2021
Exposições do Festival Colora retratam artesanato, espaços e
personagens da cultura aracajuana
A irreverência, autenticidade e representação da cultura
local são os elementos que marcam duas exposições do Festival Colora que estão
acontecendo nos principais centros de compras de Aracaju. ‘Cerzinho o Barro’ e
‘Humanos e Urbanos Aracajuanos’, dos artistas Josy Mendonça e Edidelson Silva,
respectivamente, são trabalhos alusivos à programação especial no mês de
aniversário de 166 anos de Aracaju.
As exposições são viabilizadas pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), no rol de ações e projetos financiados pela Lei Aldir Blanc. Só no Festival Colora são aproximadamente 60 obras das artes visuais e urbana, trabalhos que têm promovido uma imersão artística e cultural por toda a capital, seja com as exposições nos centros de compras, ou com os novos painéis em grafite, tintura e colagens com lambes pelos muros da cidade.
Para o presidente da Funcaju, Luciano Correia, o aniversário de Aracaju, em 2021, mais uma vez foi celebrado de forma atípica, mas nem por isso deixou de ser comemorado. A cultura tem sido o norte das comemorações neste mês especial.
"Infelizmente tivemos que cancelar praticamente todas as entregas presenciais da Lei Aldir Blanc por causa da pandemia. Mas mantivemos essas exposições nos shoppings, que são lugares seguros e com rigoroso controle dos protocolos sanitários, além de locais de grande visibilidade e bom fluxo de público. Todas essas exposições são uma mostra da qualidade dos nossos artistas visuais, que não só receberam os recursos destinados pela Lei, como vão entregar para a sociedade uma maravilhosa contrapartida de suas produções. Um alento, nessa hora de tantas tristezas", frisou Luciano.
‘Cerzinho o Barro’, da arquiteta e designer de interiores Josy Mendonça, está em exposição no 2º piso do Shopping Riomar, no bairro Coroa do Meio, até o dia 2 de abril. Desde 2003 trabalhando como ceramista, a artista sergipana já realizou exposições em Miami, nos Estados Unidos, e em São Paulo-SP. Com a proposta de que seus conterrâneos conheça mais sobre a sua arte, ela trouxe elementos locais nas obras confeccionadas exclusivamente para esta exposição.
“A exposição veio com a ideia de unir a renda irlandesa, que faz parte do artesanato sergipano, com outro patrimônio cultural do Brasil, que é o barro, que também é uma tradição sergipana. No meu caso eu usei o barro branco, porque a renda irlandesa é uma peça fina, então o designer dela combina cerzindo o barro branco. Primeiro eu tentei colar a renda ao barro mas não tinha ficado tão legal, então veio a ideia de costurar esse barro. Tem agradado bastante as pessoas”, frisa a artista, que também é mestranda em Cultura Popular pela Universidade Federal de Sergipe.
Contemplada pelo edital Janelas para as Artes, da Funcaju, executado com recursos da Lei Aldir Blanc, a artista comemora o retorno aos trabalhos artísticos e promete reverter os benefícios para uma comunidade indígena. “Meu ateliê estava zerado, e com os recursos da lei, consegui renovar toda matéria-prima do ateliê para 2021, conseguindo realizar essa exposição. Com a renda daqui, vou doar 50% para os índios Kariri Xocós, que vivem do artesanato e hoje precisam de ajuda”, planeja Josy.
De forma simultânea, a exposição ‘Humanos e Urbanos Aracajuanos’, do artista plástico e cartunista Edidelson Silva, traz 14 obras em acrílico que fazem um passeio sobre os espaços arquitetônicos e culturais de Aracaju, e evidenciando o trabalho de feirantes, catadoras de caranguejo, lavadoras e brincantes da cultural local. A exposição segue até o dia 2 de abril.
“É um trabalho alusivo aos 166 anos de Aracaju, que já venho me debruçando há algum tempo. Nele destaco o papel dessas mulheres aracajuanas, seja no ofício do seu trabalho, ou curtindo nossas festas culturais. São obras que tratam também dos pontos turísticos da nossa capital, como os arcos da Orla e um apanhado de coisas inerentes à nossa cultura. Eu, particularmente, curto muito esses lugares de Aracaju, vivo muito sua cultura, e estou feliz por esse espaço”, comemora o artista.
Visitas
As exposições são gratuitas e podem ser visitadas durante os
horários de funcionamento dos dois shoppings. O acesso aos centros de compras é
feito mediante aferição da temperatura corporal e higienização das mãos com
álcool em gel. Nas exposições, é necessário manter o distanciamento entre as
pessoas. As exposições ficarão abertas para visitas até o dia 2 de abril.
Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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