Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 6 de outubro de 2021
Projeto realizado por sergipano é selecionado para competição da NASA
O Sistema Solar ganhou vida através das mãos do analista de sistema sergipano, Aurélio Barreto, 49 anos, e de sua colega Ana Lima, 19 anos, estudante do Instituto Federal da Bahia (IFBA)em um projeto 3D desenvolvido para a competição de Hackathon da National Aeronautics and Space Administration (NASA) denominada ‘International Space Apps Challenge 2021’. O objetivo é criar ferramentas didáticas para ensino de astronomia voltadas a crianças com deficiência visual.
“O nosso projeto trata-se de um jogo educativo voltado para crianças com deficiência visual. Por meio de materiais táteis, construídos por uma impressora 3D, fizemos alguns planetas do Sistema Solar, todos em alto relevo, para que pudéssemos dar a essas crianças a possibilidade de aprender sobre esse sistema”, afirmou o inventor Aurélio Barreto.
A dupla, que participou da primeira e segunda etapa de seleção do projeto em Salvador (BA), dita como a maior do país, tendo em vista a quantidade de participantes, ganhou em 1º lugar no ranking nacional e foi o 6º no mundial.
“A primeira etapa do projeto consistiu na escolha dos times e foi aí que conheci a Ana. Ela se interessou pelo projeto que eu tinha em mente e resolveu ser minha dupla. A segunda etapa foi a criação do projeto para apresentação em 48h”, explica.
O projeto, denominado de Space4blinds, irá competir com projetos de mais de 320 cidades sedes do mundo inteiro e irá selecionar os 10 melhores. Os ganhadores terão a oportunidade de apresentar seu projeto para os engenheiros da NASA, bem como participar de um evento astronômico como lançamento de um foguete em missão espacial.
Além das figuras representantes do Sistema Solar, a dupla criou dois jogos possíveis com os objetos. “Criamos o adivinha o que é, que consiste na identificação de qual planeja é, apenas tateando e colocando o objeto no lugar correto. Nesse a criança deve ler em braille o que há no objeto a sua frente e colocar o respectivo corpo no local indicado”.
Incentivo
Aurélio conta ainda que está ansioso para receber o resultado, mas que independente disso, tem um objetivo: apresentar o projeto nas escolas para estimular o jovem inventor que há nos alunos de cada instituição.
“Planejamos ampliar o número de objetos e fazer outros planetas porque minha vida é a ciência e eu quero mostrar aos jovens, que é possível sim criar e mostrar suas ideias, assim como ser reconhecido por elas. Meu próximo passo é levar esse projetos às escolas para que esses jovens possam ser estimulados a criarem, pois pretendo ver mais jovens sergipanos representando o estado no evento do próximo ano”, afirma Aurélio.
O foco de Aurélio é a medalha de ouro, mas a oportunidade já é uma realização. “Só de está competindo é uma felicidade muito grande. E eu sou grato, pois tudo isso tem um significado muito grande. É muito gratificante ser selecionado em uma competição no maior instituto de pesquisa do mundo. Eu estou realizado e quero ser inspiração para muito jovens”, finaliza.
O Hackathon
O hacksthon é um evento realizado por diversas instituições e empresas com a finalidade de buscar invenções criativas que proporcionem soluções para um determinado problema. No caso do promovido pela NASA, os projetos deveria possuir caráter mundial, ou seja uma solução mundial para determinada problema, como, por exemplo, Covid-19, saúde, educação, meio ambiente, dentre outros.
O International Space Apps Challenge da NASA foi criado em 2012 e se tornou o maior hackathon mundial do mundo, inspirando milhares de pessoas especialistas em tecnologia, ciência, designer, empreendedorismo, artes, dentre outras áreas do conhecimento, a utilizarem os dados públicos da NASA para criar soluções inovadores para vários desafios.
Por Luana Maria e Verlane Estácio
Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br
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