Foto: Márcio Dantas/Ascom Grupo Banese
Publicação compartilhada do site do jornal CORREIO DE SERGIPE, em 10 de dezembro de 2021
I Corrida de Canoas Sergipanas promove o esporte e a cultura ribeirinha do estado
O estuário do rio Sergipe, em Aracaju, ficou ainda mais bonito na manhã e início da tarde da quarta-feira (8), com o colorido das velas de canoas vindas de diversos municípios do estado para participar da I Corrida de Canoas Sergipana. As 17 canoas e tripulações participantes competiram em duas categorias: embarcação até 8m, e embarcações entre 8 e 9 m.
O evento foi promovido pelo Banese, como parte das comemorações dos 60 anos do banco, em parceria com a Associação dos Pescadores e Amigos do Povoado Areia Branca (Apapab), a ONG Casa de Mar, Coletivo Anjos do Rio e Coletivo de Canoeiros e Pescadores.
Na categoria 7m, os vencedores foram as embarcações Falcão, do Bairro Industrial/Aracaju (1°); Abençoado, de Terra Caída/Indiaroba (2°) e Leste, da Barra dos Coqueiros (3°). Já na categoria 8m, os três primeiros colocados foram: Vasp, de Indiarioba (1°); Império, do Bairro Industrial/Aracaju (2°) e Águia de Fogo, Indiaroba (3°).
Os valores das premiações foram R$ 700, R$ 500 e R$ 300 para os três primeiros colocados de cada categoria, mas todos os participantes receberam prêmio de participação. Os prêmios foram entregues no Largo da Gente Sergipana, onde também aconteceu a apresentação do Samba de Coco do Mestre Dió, do povoado Mosqueiro/Aracaju.
“Vencer a corrida é uma sensação inexplicável. Meu pai é pescador, corria muito com as canoas e, através dele, minha família começou a se interessar também. Essa é a nossa missão: levar essa cultura cada vez mais longe, para outras gerações, e não deixar que ela morra”, declarou o mestre Jorge dos Santos, 35, comandante da canoa VASP, do município de Indiaroba, que conquistou o 1° lugar na categoria embarcações de 8m.
O vento forte, no momento da disputa, aumentou a dificuldade da competição, o que, segundo mestre Jorge, tornou a sintonia entre a equipe ainda mais decisiva para a vitória, sobretudo durante a troca de panos (velas). “Soubemos usar os panos corretos e graças a Deus deu tudo certo!”, afirmou.
Celebração da cultura
Para o vice-presidente da Apapab, mestre Marcos Nascimento, o dia foi de celebração de uma importante tradição secular, e de felicidade por ter visto como a I Corrida de Canoas Sergipana foi bem-recebida pelo público. “Estamos muito felizes por termos conseguido mostrar a importância e a beleza da nossa embarcação para as pessoas. E isso só foi possível graças à parceria maravilhosa do Banese, a quem somos imensamente gratos por estar sempre, ajudando a preservar a cultura de Sergipe”, enfatizou o pescador.
O gerente de Segurança Patrimonial do Banese e um dos organizadores do evento, Alexandre Maia, agradeceu a participação e empenho dos pescadores e mestres canoeiros, o que, segundo ele, fez com que a corrida fosse um grande sucesso de organização, participação e público.
“Quero agradecer a confiança que os pescadores e as entidades participantes depositaram no Banese, de nos delegar a nobre missão de promover a canoa sergipana, uma das identidades culturais dos ribeirinhos do nosso Estado. E para a nossa felicidade, ela agora é conhecida mundialmente, graças à presença de Martine Grael no evento”, enfatizou Alexandre Maia.
De Sergipe para o mundo
Graças a uma feliz coincidência, agora, a canoa sergipana é conhecida mundialmente. A velejadora e bicampeã olímpica, Martine Grael, esteve em Aracaju para participar do prêmio Brasil Olímpico 2021, realizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) na noite do dia 7, no Teatro Tobias Barreto. A convite do Iate Clube de Aracaju, ela foi conhecer a I Corrida de Canoas Sergipana, e se apaixonou pelo que viu. Conversou bastante com os pescadores, com mestres canoeiros e o público que estava na prainha do Iate, para acompanhar a largada.
Como uma desportista da água, amante de esportes náuticos, a atleta fez questão de velejar com algumas tripulações. “Foi uma coincidência muito feliz estar em Aracaju para o prêmio e poder participar da corrida. Dei uma voltinha na canoa sergipana e gostei muito, inclusive, parece demais com meu barco, que tem um pouquinho de escora. Isso aqui é um patrimônio cultural nacional, e temos mesmo que incentivar essa prática, porque a cultura tem que ser valorizada, preservada”, declarou a bicampeã olímpica.
Os professores aposentados João Liparotti e Pepita Luz Liparotti, curitibanos que desde 2015 residem em Aracaju, levaram as netas Amora e Violeta, para conhecer as canoas sergipanas. De presente, as meninas, que são apaixonadas por barco, ganharam atenção especial de Martine Grael. “A paixão delas começou por causa do filme Moana e, quando soubemos do evento, decidimos trazê-las. Gostamos demais”, frisou a avó.
Para João Liparotti, que também é apaixonado por esportes náuticos, a corrida não foi somente um resgate histórico, mas também uma forma de mostrar a evolução tecnológica da engenharia naval, feita por homens simples, com imensa sabedoria. “Agradecemos ao Banese por essa oportunidade. Estão de parabéns”, destacou.
Apoio
A I Corrida de Canoas Sergipana contou, ainda com o apoio da Capitania dos Portos de Sergipe, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe, SAMU, Ambientec, Coletivo de Mestres Canoeiros, Grupo Barlavento de Vela, e da ONG Sou+Rio Vaza Barris.
Fonte: Ascom Grupo Banese
Texto e imagem reproduzidos do site: ajn1.com.br
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