REGISTRO de notícia publicada no dia 22/11/2021
Publicação compartilhada do site SEGRASE, de 22 de novembro de 2021
Fotografia Lambe-Lambe em Aracaju é Tema de Livro Publicado pela EDISE
A obra “Lentes, Memórias e Histórias: os fotógrafos lambe-lambes em Aracaju 1950-1990” é uma publicação da Edise
A fotografia lambe-lambe é tema de livro que será lançado pela historiadora e jornalista Cândida Oliveira, na próxima sexta-feira, dia 26, no Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda, em Aracaju (SE).
A obra “Lentes, Memórias e Histórias: os fotógrafos lambe-lambes em Aracaju 1950-1990” é o resultado da dissertação de mestrado em História de Cândida Oliveira, a obra será publicada pela Editora Diário Oficial de Sergipe (Edise).
A obra retrata o trabalho dos profissionais que, através da técnica do lambe-lambe, tornaram a fotografia acessível à maior parte da população no último século. Buscada principalmente por conta da revelação instantânea das imagens e para ser utilizada nos documentos, a fotografia era encontrada nos formatos 2x2, 2x4, 3x4, além de outros adequados para postais.
De acordo com a autora, a ideia de pesquisar sobre essa modalidade da fotografia surgiu ainda em sua graduação em Jornalismo. “Eu era estudante de Jornalismo e estava fazendo uma matéria para um jornal laboratório. Fui entrevistar o pesquisador Luiz Antônio Barreto (in memoriam) sobre a fotografia lambe-lambe, ele contou muitas histórias e fiquei encantada com o tema. Mas foi apenas na graduação em História que voltei ao assunto e estendi para o mestrado”, explica.
Cândida Oliveira relata que transformar a sua dissertação de mestrado em livro é uma maneira de destacar o trabalho realizado pelos fotógrafos que durante anos realizaram o trabalho com lambe-lambe, além de homenagear todos os fotógrafos sergipanos. “O start veio a partir do momento que entendi que mais pessoas precisavam conhecer essa história, saber por onde andam esses profissionais e também mostrar a versão profissional a partir deles, dar voz. Os fotógrafos lambe-lambes fazem parte da memória de muitas pessoas, então quando falo do tema, geralmente a pessoa lembra de algum fato marcante da vida”, aponta.
O diretor Industrial da Empresa de Serviços Gráficos de Sergipe, Mílton Alves, ressalta que a Edise enriquece o conjunto literário do Estado com mais esta publicação. “O livro imortaliza a riqueza da fotografia de Sergipe, quem conheceu os fotógrafos lambe-lambes sabe o que foi aquele tempo rico, uma fotografia amadora, mas rápida, diferente da velocidade da era digital. A publicação eu diria que é o ABC para compreender a fotografia hoje. Se conhecerá também a história da fotografia hoje a partir desta pesquisa”.
A pesquisa
Na publicação que é dividida em três capítulos, Cândida Oliveira relata o surgimento dos fotógrafos lambe-lambes em Aracaju na década de 1930, período que se iniciou o processo de democratização da fotografia, já que antes disso apenas as famílias com condições de pagar por fotos realizadas em estúdios tinham acesso. Também destaca o crescimento na procura por fotos instantâneas na capital nas décadas de 1950 e 1980.
A pesquisa lembra ainda as dificuldades enfrentadas pelos fotógrafos para encontrar um ponto fixo onde eles pudessem desenvolver suas atividades. Ainda traz o declínio da atividade a partir do surgimento da máquina digital. Além disso, ressalta ainda outra interessante característica: a diversidade do termo lambe-lambe. Na capital sergipana, esse tipo de fotografia também era conhecida como foto oiti. “Esse termo tem como enfoque a concentração destes [fotógrafos] era localizada sob as copas de árvores oitizeiros, nas quais eram presentes na praça General Valadão, no Centro comercial. Esta árvore produz o fruto denominado oiti, daí o nome de ‘Foto Oiti”’, explica na dissertação.
Para chegar ao resultado final, a autora realizou entrevistas com pessoas ligadas à temática, como fotógrafos e memorialistas. Alguns destes personagens inclusive estarão presentes no lançamento do livro. Também foram feitas consultas a materiais acadêmicos, livros, revistas e imagens.
Serviço
O que? Lançamento do livro “Lentes, Memórias e Histórias: os fotógrafos lambe-lambes em Aracaju (1950-1990)”, de Cândida Oliveira
Onde? Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda
Endereço: Avenida Ivo do Prado, 398, Centro - Aracaju (SE)
REGISTRO de notícia publicada no dia 26/11/2021
Publicação compartilhada do site SEGRASE, de 26 de novembro de 2021
Livro que conta a História da Fotografia Lambe-Lambe é lançado
O evento aconteceu no Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda
“Lentes, Memórias e Histórias: os fotógrafos lambe-lambes em Aracaju 1950-1990”, da jornalista e historiadora, Cândida Oliveira foi lançado na noite de sexta-feira, dia 26 no Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda.
A obra publicada pela Editora Diário Oficial de Sergipe (Edise), é fruto da sua dissertação de mestrado e retrata o trabalho dos profissionais que, através da técnica do lambe-lambe, tornaram a fotografia acessível à maior parte da população no último século. Buscada principalmente por conta da revelação instantânea das imagens e para ser utilizada nos documentos, a fotografia era encontrada nos formatos 2x2, 2x4, 3x4, além de outros adequados para postais.
O evento bastante prestigiado, contou com familiares e amigos e a declamação da pedagoga e poeta cordelista Izabel Nascimento, que fez uma homenagem a escritora. Em sua fala de agradecimento, Cândida Oliveira lembrou dos seus ancestrais, das mulheres da família, além de fazer um reconhecimento especial aos fotógrafos lambe-lambes, o memorialista Murilo Melins, ao pesquisador Luiz Antonio Barreto, ao seu orientador do Mestrado, Claudefranklin Monteiro, entre outros. “Nem sempre as palavras descrevem o que sentimos, então entre sorrisos emocionados e lágrimas de alegria, eu escrevi este agradecimento ciente de que, por muito tempo, continuarei agradecendo pelo que estamos vivendo hoje”.
O prof. Dr. Claudefranklin Monteiro ressaltou alguns aspectos, “primeiro dizer da alegria de ter conhecido Cândida a quase uma década quando ela me apresentou seu projeto de pesquisa, eu fiquei imediatamente encantado porque parte do principio que a memória, assim como faz com que a gente relembre as pessoas, porque muitas dessas pessoas são excluídas pela modernidade e invisibilizadas pelo tempo, o que Cândida faz na noite de hoje não é só dar voz a esses sujeitos que são sucumbidas pelas camadas diversas de memórias que passam a cidade, sobretudo a capital, que é Aracaju, mas tira essas pessoas da invisibilidade, mostrando suas importâncias seu legado como nós estamos vendo na noite de hoje, de tal sorte que eu quero agradecer pela oportunidade de ter orientado Cândida em duas ocasiões na graduação e na recentemente no mestrado em História e aqui cumprimento a minha coega professora Edna, poucos dias de operada, ela fez questão de estar conosco, foi a primeira que descobriu Cândida, eu não tive esse privilégio, na verdade quem descobriu Cândida foi a professora Edna e ela me passou de presente. Por todas essas coisas que eu falei, eu diria que Cândida não é mais uma promessa, Cândida é uma realidade e vocês vão ainda ouvir falar muito dessa moça, que tem o talento não somente de expressar a vida através dos fatos, mas também através das traiçoeiras camadas da memóiria história. Parabéns minha querida, avante você tem a minha benção e a benção dos seus ancestrais”.
O diretor Industrial da Segrase, Mílton Alves, lembrou do ex.governador Marcelo Déda, que fundou a Edise. “A cada livro que se lança pela Editora Diário Oficial do Estado, me vem sempre a memória a pessoa do ex.governador Marcelo Déda, que foi um amante da leitura, por gosto dele foi criada a Edise, e dizia ele “se abrem as portas para os escritores sergipanos que não tem acesso a outras editoras, por variados problemas, econômicos e sociais”, mas hoje, quando a Edise completa esse ano 12 anos de fundada nós festejamos 283 livros editados, impressos e no e-book, livros que tem uma variedade imensa de fatos, na história, na geografia, na política, na economia, livros que traduzem histórias”
Ele também elogiou o livro de Cândida Oliveira. “falar sobre Cândida é redundância, o livro por si só a traduz como mulher, jornalista, escritora, historiadora. Eu, aos 70 anos, me lembro de tantas as vezes que fui a praça General Valadão, no espaço que se chamava foto Oiti, tirar fotos para a carteira de identidade, estudantil, e viam-se inúmeras pessoas fazendo até fila para poder registrar naquela instantaneidade de 10 minutos e ouvindo sempre o grito do fotografo lambe-lambe “não se mecha, não bata os olhos, é preciso estar pronto para a foto” e assim hoje, sem bater os olhos, sem mecher a cabeça, festejamos o livro de Cândida, está de parabéns”, disse emocionado Mílton Alves.
Durante o evento, foi entregue as pessoas que contribuíram com a construção do livro o troféu ‘Fotografia Lambe-lambe’. O fotógrafo José dos Santos “Eliezer”, contou que a 50 anos trabalha com fotografia. “No passado era a fotografia lambe-lambe, hoje trabalho com todo tipo de fotografia e de eventos”. O fotógrafo Sérgio Santos, também compareceu ao lançamento do livro.
Durante a sessão de autógrafos, o grupo Pífano de Pife, comandado pelo maestro Pedrinho Mendonça animou a noite.
A pesquisa
Na publicação que é dividida em três capítulos, Cândida Oliveira relata o surgimento dos fotógrafos lambe-lambes em Aracaju na década de 1930, período que se iniciou o processo de democratização da fotografia, já que antes disso apenas as famílias com condições de pagar por fotos realizadas em estúdios tinham acesso. Também destaca o crescimento na procura por fotos instantâneas na capital nas décadas de 1950 e 1980.
A pesquisa lembra ainda as dificuldades enfrentadas pelos fotógrafos para encontrar um ponto fixo onde eles pudessem desenvolver suas atividades. Ainda traz o declínio da atividade a partir do surgimento da máquina digital. Além disso, ressalta ainda outra interessante característica: a diversidade do termo lambe-lambe. Na capital sergipana, esse tipo de fotografia também era conhecida como foto oiti. “Esse termo tem como enfoque a concentração destes [fotógrafos] era localizada sob as copas de árvores oitizeiros, nas quais eram presentes na praça General Valadão, no Centro comercial. Esta árvore produz o fruto denominado oiti, daí o nome de ‘Foto Oiti”’, explica na dissertação.
Para chegar ao resultado final, a autora realizou entrevistas com pessoas ligadas à temática, como fotógrafos e memorialistas. Alguns destes personagens inclusive estarão presentes no lançamento do livro.
Também foram feitas consultas a materiais acadêmicos, livros, revistas e imagens.
Texto e imagens reproduzidos do site: segrase.se.gov.br
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