sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto

Nova logo do Centro Cultural de Aracaju que vira
 Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto

Luiz Antonio Barreto: 13 anos silenciado, o que é uma big ingratidão

Paulo Corrêa: “Devemos lembrar que LAB foi quem 
botou na ordem do dia a expressão sergipanidade”

Publicação compartilhada do site JLPOLÍTICA, de 23 de outubro de 2025

Governo de Emília Corrêa garante à memória de Luiz Antonio Barreto o que todo Sergipe nega há 13 anos: reconhecimento!

Por Jozailto Lima* (
Coluna Aparte)

Ponto alto para a atitude da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, PL: através do Governo dela, a capital sergipana vai fazer homenagens merecidíssimas, mesmo que com atraso de mais de 13 anos, a uma das pessoas mais importantes do pensamento, da inteligência e da cultura sergipana, que foi Luiz Antônio Barreto.

Tudo começa com a elevação do Centro Cultural de Aracaju, a antiga Alfândega, ali na Praça General Valadão, à condição de Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto, a ser inaugurado no dia 31 deste mês, a sexta-feira da semana que vem - vindo com o bônus de uma estátua dele em tamanho natural. LAB, como chamavam-no os mais próximos, foi jornalista, escritor - um dos maiores pesquisadores e produtores de conteúdos sobre o folclore -, político sergipano e dono da melhor e mais generosa memória sobre sergipanidade e seus afetos e desdobramentos.

LAB foi secretário de Estado da Educação, da Cultura, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Estado de Sergipe, fundou encontros culturais memoráveis de Sergipe, como o de Laranjeiras, Foi pesquisador emérito da vida e da obra de Tobias Barreto e fundador e diretor do Instituto Tobias Barreto, entre tantas outras atividades.

Ele nasceu em Lagarto no 10 de fevereiro de 1944 e faleceu 17 de abril de 2012, como consequência de um diabetes que degradou-lhe o coração e as energias. Era uma das pessoas mais generosas sob o céu de Sergipe quando o assunto era compartilhar conhecimento num tempo em que os dados não estavam nessa grande biblioteca universal que é o google.

Apesar do peso e do alto significado dele, Sergipe agiu solenemente para silenciar Luiz Antonio depois da morte - ano passado teria feito 80 anos, e nada sobre ele. A Universidade Federal de Sergipe, por exemplo, nunca lhe reconheceu a importância e nunca lhe deu o título de Doutor Honoris Causa tão banalizado atualmente pela instituição, apesar de grupos sociais importantes terem recorrido a sucessivos reitores nestes 13 anos e todos meteram o rabo entre as pernas.

Para dizer que o silêncio não foi sepulcral, no Governo Déda foram repostos em catálogo os 11 volumes da obra de Tobias Barreto que houvera sido reeditada antes por ele - isso graças à ação do homem público, pesquisador e amigo Jorge Carvalho, que mesmo assim foi mal compreendido por oponentes falaciosos.

De modo que a atitude da Secretaria de Cultura do Município de Aracaju - Secult Aju –, a se materializar neste mês de outubro, se reveste de grande significação. A estátua dele foi concebida pelo artista Elias Santos, o que garante uma ótima simbologia diante da importância deste artista.

“Na verdade, aproveitando que estamos em outubro, o mês da sergipanidade, o Governo de Aracaju vai fazer três homenagens em uma à memória e à importância de Luiz Antonio Barreto, porque, para se fazer justiça, devemos lembrar que Luiz Antonio foi quem botou na ordem do dia a expressão sergipanidade, que tenta, com leveza, nos ressignificar diariamente. Isso aconteceria neste dia 25, mas não foi possível por causa da agenda da prefeita Emília Corrêa, e ficou para o diz 31, a próxima sexta-feira”, disse à Coluna Aparte Paulo Corrêa, secretário de Cultura do Município de Aracaju.

“Luiz Antonio Barreto foi um intelectual importante que partiu e nunca recebeu uma homenagem justa, e agora o Centro Cultural de Aracaju passará a se chamar Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto,com a devida aprovação da Câmara Municipal da cidade e a partir do dia 31 deste mês, quem estiver entrando neste Palácio-Museu, na Praça General Valadão, vai dar de cara, do lado direito, com uma estátua dele em tamanho natural”, reforça Paulo.

“Além disso, como uma terceira homenagem, teremos a “Exposição Vida e Obra de Luiz Antonio Barreto, o Senhor Sergipanidade”. Esta exposição tem a Salete Martins, diretora do próprio Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto, como curadora geral. O professor Jorge Carvalho do Nascimento, amigo e uma espécie de cultor da obra de Luiz Antonio, foi convidado e escreveu uma sinopse biográfica que vai constar ao lado da estátua do escrito homenageado”, reforça Paulo.

Segundo Paulo Corrêa, o desembargador aposentado Artêmio Barreto, irmão de Luiz Antonio Barreto, foi convidado para ver os detalhes da homenagem e da estátua esboçada, que está em processo de tintura ainda, recebendo o bronze, e fez algumas observações. “Ele disse que achou perfeita”, diz Paulo.
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* Jozailto Lima - É jornalista há 42 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Com colaboração da jornalista Tatianne Melo.

Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica com br/coluna-aparte

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

'A tal da selfie', por Rian Santos

Legenda da foto: Três boêmios em uma Aracaju de sonhos: outra leitura

Artigo compartilhado do site JLPOLÍTICA, de 14 de outubro de 2025

A tal da selfie
Por Rian Santos

Em quarenta anos, quando um desocupado fuçar as nossas lembranças, encontrará algo diferente de tanta pose, as caras e bocas compartilhadas nas redes sociais? Desconfio que não, e temo pela brevidade das tais “selfies”, a imagem que resta do tempo presente.

Há algo de muito errado na sociabilidade contemporânea. Os amigos ainda se encontram, claro, falam alto e bebem com o mesmo entusiasmo de sempre.

A julgar pelo registro das melhores farras, contudo, não passamos de um bando de mariposas atraídas pelo brilho efêmero do flash. A mesma postura rígida, o mesmo sorriso paspalho na cara de toda a gente.

A consciência da imagem projetada em ambiente digital acabou com os brindes comovidos dos pinguços. Há exceções, naturalmente. Mas, via de regra, quem passa os olhos nos posts dos amigos encontra tudo, menos a vibração singular de um momento. 

As fotografias amareladas dos mais velhos ensinam um comportamento diferente. Em certa oportunidade, o poeta Amaral Cavalcante, amigo saudoso e também um tantinho saudosista, postou o instantâneo de um encontro ocorrido em mil novecentos e bolinha, fim dos anos 60, início dos 70, sabe-se lá onde, em uma Aracaju de sonhos, talvez. 

Ele, Sérgio Botto e Clínio Carvalho Guimarães. Nenhum dos três olha para a câmera, entronados em si mesmos, concentrados como estavam nas notas derramadas por um violão.

O ícone do Instagram é uma máquina fotográfica estilizada. Estilizados, no entanto, fomos todos nós - homens e mulheres simplificados, figuras de aspecto decorativo, um ser humano inteiro, amor e fúria, mudado em um contorno, reduzido em linhas gerais.

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* Articulista Rian Santos: É jornalista profissional. 

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolítica com br

'Tesouros de Sergipe', por Isabele Ribeiro

Legenda da foto: Temos uma civilização original à espera de nossas experimentações

Artigo compartilhado do site JLPOLÍTICA, de 22 de outubro de 2025

Tesouros de SergipeCompartilhar
Por Isabele Ribeiro *

Já não é novidade a minha paixão por Sergipe. Sou o tipo de sergipana que a qualquer oportunidade aproveita pra se gabar de como é bom morar num Estado que tem rio e mar juntos no meio da sua principal cidade ou como tudo fica a dez minutos de distância.

Mas nem Indiana Jones daria conta de tantos tesouros que esse pequeno Estado esconde e, o que me é um grande martírio, que os próprios sergipanos não sabem nem da metade das riquezas que seu próprio lugar guarda.

Foi em meados de 2016 que conheci uma das figuras mais diferentes e geniais que pude conhecer na minha breve jornada até ali: Saulo Barreto e os projetos do hoje chamado The Human Project, que constrói tecnologias sociais para resolver problemas com dois grandes aprendizados que trago comigo até hoje: pensamento à longo prazo, comunidade como co-construtora das soluções com olhar global com raiz local bem fincada.

Foi no povoado Crasto, na beira do mangue, em Santa Luzia do Itanhy, município no litoral sul do Estado, que pude visitar a Biblioteca Luminescência e a Casa do Cacete, uma pequena marca de camisetas ilustradas pelos sergipanos. A biblioteca com estantes recheadas de livros de arte, design e tecnologia. 

No meio do povoado. Vi meninos da comunidade se tornarem ilustradores de marcas como Osklen e Morena Rosa e empreendimentos como a Uca, que produz deliciosas geleias de mangaba com gosto de Sergipe. Mas isso não é nem um por cento do tanto da potencialidade que esses projetos geraram como resultado até hoje.

Há sergipano que talvez não saiba, mas a tal luminescência que citei é um fenômeno causado pelo fitoplâncton nas águas do mangue, com um brilho no escuro que encantaria a qualquer um. Em locais como a belíssima ilha de Boipeba, na Bahia, transformam o fenômeno em negócio com passeios noturnos para aventureiros que se arrisquem no caiaque.

Indo pro outro lado do Estado, no litoral Norte de Sergipe, para a minha e nossa esperança, alguns negócios ousados já enxergaram o potencial dos passeios no mangue e passeios de barco pra comer ostra com ribeirinhos, como é o caso do Paka Bangalôs, considerada a única pousada incluída no Roteiro de Charme do Estado com oito bangalôs muito aconchegantes, com detalhes de extremo bom gosto, música e comida boa pra relaxar. O melhor de tudo: fica há mais ou menos uma hora e meia de Aracaju.

Pacatuba é um desses ouros que precisamos desbravar. O que me deixa animada é que o Governo não só está de olho, como está em pleno movimento para sua potencialização turística, planejando boas novas por lá.

Quem sabe não é a nossa nova Praia do Forte, que está nas graças do sergipano como destino certo há anos pra relaxar nas pousadas baianas e o tradicional almoço com moqueca no final da tarde na vila?

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* Articulista Isabele Ribeiro: É arquiteta, urbanista e empreendedora à frente do Grupo Gambiarra. 

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica com br

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Escultura do Caju, monumento icônico da capital sergipana

Dia da Sergipanidade: GBarbosa restaura escultura do Caju,
 monumento icônico da capital 
 Foto: Divulgação

Publicação compartilhada do site CLICK SERGIPE, de 20 de outubro de 2025

Rede supermercadista celebra orgulho e regionalidade ao revitalizar a obra do artista plástico Eurico Luz, no bairro Coroa do Meio

Por Shirley Vidal

Aracaju, 20 de outubro de 2025 – No vai-e-vem da ponte Godofredo Diniz, entrada do bairro Coroa do Meio, em Aracaju, encontra-se o icônico Caju gigante, obra do artista plástico Eurico Luiz. Em forma de um caju e com símbolos da regionalidade ilustrados em sua parte central, o monumento é um dos marcos da capital sergipana e foi revitalizado pela rede supermercadista GBarbosa por meio de uma parceria público-privada com a Prefeitura de Aracaju. A entrega do monumento revitalizado à população será em uma data simbólica: no Dia da Sergipanidade, celebrado na próxima sexta-feira, 24 de outubro.

Feito de concreto aparente e com 8 metros de altura, o trabalho de restauração do Caju, que se encontrava em estado de degradação, foi liderado pelo artista visual Fábio Sampaio com a participação do artista Bené Santana e de uma equipe especializada. "A minha poética vem da rua e esse caju ensolarado de Eurico me levou a ver a realidade por outros caminhos, que me fizeram idealizar o ‘Cajucidade’ há 15 anos", conta Fábio. Foram necessários oito dias para revitalizar a escultura e preservar suas cores originais em respeito ao trabalho de Eurico Luiz.

Uma das maiores empregadoras do Estado e presente no dia a dia de milhares de pessoas, o GBarbosa fortalece sua regionalidade ao promover ações que valorizam a cultura local. "A restauração do Caju é o nosso presente a todos os sergipanos e para aqueles que se encantam com essa cultura forte e singular. Com cores vibrantes, a obra expressa a diversidade, as tradições e a alegria do estado que é a terra natal do GBarbosa, que muito nos orgulha e inspira todos os dias a entregar o nosso melhor”, ressalta Theodoro Tortoro, gerente de Marketing da rede.

Sobre Eurico Luiz

Natural de Araçatuba, São Paulo, o artista plástico Eurico Luiz viveu em Sergipe por 26 anos, deixando sua assinatura não apenas no Caju, mas em vários monumentos históricos da cidade, como as obras no entorno do Iate, a exemplo do Monumento Tropical, na Av. Ivo do Prado. Formado em Artes Plásticas pela Escola de Belas Artes do Estado da Bahia, sua arte retrata o sentimento de pertencimento às terras sergipanas. O artista faleceu em 9 de dezembro de 2014.

Sobre o GBarbosa

Fundada em 1955, a rede GBarbosa está presente nos estados de Sergipe, Bahia, Alagoas, Ceará e Pernambuco, reunindo mais de 200 unidades, entre super/hipermercados, farmácias, Eletro Shows. Desde 2007 integra a Cencosud Brasil, um dos maiores grupos supermercadistas do país.

Sobre Cencosud

A Cencosud, cujo propósito é Servir de forma extraordinária em cada momento, é uma das maiores e mais prestigiadas varejistas da América. Com operação em seis países, reúne mais de 120 mil colaboradores, 1.510 lojas e mais de 3,6 milhões de m² de área de vendas. Sua estratégia multiformato abrange Supermercados, Home Centers, Lojas de Departamento, Shopping Centers e Serviços Financeiros. Além disso, impulsiona linhas de negócio inovadoras como Cencosud Media e marcas próprias, integrando tecnologia para aprimorar a experiência do cliente. Mais informações: www cencosud com

Texto e imagem reproduzidos do site: www clicksergipe com br 

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

O torpedeamento do Araraquara em 1942, o Tenente Verçosa e a d. Alaíde Lemos

 Artigo compartilhado do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 15 de outubro de 2025

O torpedeamento do Araraquara em 1942, o Tenente Verçosa e a d. Alaíde Lemos
Por Marcelo Rocha *

Uma das revoluções do pensamento histórico ocorridas no século XX foi aquela capitaneada pela Escola dos Annales. Marc Bloch e Lucien Febvre em oposição ao foco nos jogos políticos e relações de poder entre autoridades e países, voltaram suas atenções à complexidade dos indivíduos e das sociedades, pois os tais jogos de poder são incapazes de demonstrar profundamente como é uma sociedade e seus integrantes.

Nesse sentido, muito falamos sobre os torpedeamentos em nossa costa em 1942 dentro de tais relações de poder, mirando assim a Segunda guerra e a Europa, pouco dando atenção aos eventos mais humanos, como saber mais detalhadamente sobre os sobreviventes, quem eram, como viviam e o que o destino lhes ofereceu naquele trágico evento. É a partir desse mote que nos atentaremos aqui as Histórias de Verçosa e Alaíde, que viajavam a bordo do Araraquara.

O Tenente de Intendência José Castelo Branco Verçosa viajava em companhia de sua família – esposa e filho, tendo se perdido deles na ocasião dos torpedeamentos, após dar na costa e levado à Estância e Aracaju, permaneceu por dias, dolorosa e implacavelmente, buscando sua família no nosso litoral. A sua imagem desolado, após o reencontro trágico, rodou o país.

“Em mar ou terra, o sofrimento não escolheu lugar. No canto esquerdo da foto, policiais sergipanos examinam despojos à beira-mar, já do outro canto, no direito, percebe-se um homem sentado na duna, isolado e cercado pela vegetação de restinga. Era o 1 o Tenente José Castelo Branco Verçosa, náufrago do Araraquara, usando calça comprida e camisa manga longa xadrez obtidas em Aracaju. Ele está desolado, pois se deparou com os cadáveres da sua esposa e filho na praia. Após dias de buscas no litoral de Sergipe, a verdade veio à tona. Com uma mão segura o chapéu e com a outra ampara a cabeça com o ar de desespero. Há um vazio no meio da imagem que parece gritar.”(Luiz Antônio Pinto Cruz, 2017)

Como se dizia à época, pouca lhe era a fortuna naquele momento, apensar de em algum momento saber de uma sobrevivente de nome Castelo Branco, o que talvez lhe dera alguma esperança, logo destruída, pois Vilma Castelo Branco não era a sua esposa. Essa sobrevivente, era uma atriz que viajara com o pai que infelizmente também sucumbira aos torpedeamentos.

Pouca sorte também tivera a sobrevivente Alaíde Lemos Lins Cavalcanti, que viajava em companhia do marido – o SubTenente Luiz Cavalcante, seus filhos pequenos e do irmão, o Sargento Valdemar Lemos. Alaíde esperava encontrar a família, pois o marido mandara salvar-se pois ele cuidaria das crianças, quando do ataque ao Araraquara. Alaíde muito sofreu até achar terra firme em Estância, após quase dois dias lutando pela sobrevivência nas águas, semidespida em uma baleeira danificada com outros náufragos.

Infelizmente não os reencontrou. Na sua tragédia pessoal, todos os seus familiares são tragados pelas águas do atlântico e, diferente do Tenente Castelo Branco Verçosa que dolorosamente encontra os corpos da esposa e filho, sequer lhe é dada a opção de enterrar os seus.

Vejamos aqui a trágica ironia inversa do destino, se o militar Verçosa perdeu a esposa, Alaíde perdeu o esposo militar.

Um outro militar entraria nessa história, apesar de não estar a bordo de nenhuma das embarcações afundadas naquele 1942, era o Sub Tenente Francisco Alves Pereira, que em Pernambuco aguardava a chegada da sua esposa e três filhos que viajavam no Araraquara.

Segundo Luis Antonio Barreto, Francisco ao saber do torpedeamento da Araraquara, chega a Aracaju e através das declarações dadas por Alaíde, descobre que sua família também não resistira ao ataque alemão. Pereira então voluntaria-se à FEB, indo lutar na Europa. Certamente pesara na decisão, além da questão de ser militar, a devastação causada Harro Schatch – comandante de U-Boat 507, ao torpedear o Araraquara e exterminar sua família.

Mas a vida, o destino, que intercruzara as duas Histórias de Castelo Branco Verçosa e Alaíde Cavalcante, ainda não cessara seus caprichos.

Em seu regresso, em 1945, Pereira reencontra Alaíde, com se casa logo no ano seguinte e, em 1950, estabelecem ambos moradia definitiva em Aracaju, onde morariam na rua Terêncio Sampaio. Luis Antonio Barreto acreditou na possibilidade de eles optaram por não ter filhos, diante da tragédia compartilhada por ambos. Viveram em Aracaju desde 1950, reservadamente, até a morte de ambos nos anos 80.

Apesar de toda a descrição, Alaíde e Pereira ainda foram homenageados por ocasião da inauguração da rodovia dos náufragos em fins de 1980.

O tenente Verçosa por anos continuou a prezar pela memoria dos seus queridos Ruth e Nilton, mandando celebrar missas naquele mesmo dia 15 de agosto. Dividiria seu estar entre as lotações militares e o Recife que nunca abandonaria. Era de tradicional familia militar, tendo como irmãos o Marechal do Ar Manoel Narciso Castelo Branco e o Brigadeiro Olegário Castelo Branco Verçosa, além do primo (e Marechal) o ex presidente Humberto de Alencar Castelo Branco. Seguiu sua carreira concorrendo promoções até ingressar na reserva remunerada em 2 de fevereiro de 1966 e efetivar sua reforma em 1974, era General de Divisão.

O nosso trágico naufrago não somente conseguiu seguir sua carreira, como também a vida. Ao que parece, refez a família casando-se com a Sra. Maria do Carmo Cruz Castelo Branco Verçosa, com quem logo teve um filho, Manoel Narciso Cruz Castelo Branco Verçosa, nome que homenageava não somente seu pai, mais seu irmão mais velho. Seu desenlace da vida deu-se em 26 de setembro de 1993, aos 87 anos.

Se Alaide e Pereira não tiveram filhos, o mesmo não houve com Castelo Branco Verçosa, pois além de Manoel Narciso, deixou mais 5 outros filhos. Três histórias dramáticas que se conectam primeiro pela tragédia e depois pelas ironias da vida. Certamente histórias, ironias e coincidências envoltas em amores familiares.

* É tenente coronel, membro da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço. 

Texto e imagem reproduzidos do site: www destaquenoticias com br

domingo, 12 de outubro de 2025

Longa metragem retratará ataques de submarino alemão à costa sergipana

Foto: Michele Becker

Publicação compartilhada do site INFONET, de 10 de outubro de 2025

Longa metragem retratará ataques de submarino alemão à costa sergipana

Locações já começaram e acontecem em Sergipe e no Rio de Janeiro

Novo filme do diretor Caco Souza e produção da WG Produções traz Olivia Torres, William Nascimento, Gabi Britto, Wagner Santisteban, Mina Nercessian, Daniel de Oliveira, Dalton Vigh, Domingos Antonio e Leonardo Medeiros no elenco principal

No último sábado, dia 04 de outubro, começaram as filmagens do longa-metragem brasileiro CORAÇÕES NAUFRAGADOS, produção da WG Produções, com direção de Caco Souza (“Atena”, “O Faixa Preta” e “Solteira Quase Surtando”) com roteiro e produção executiva de Cacilda de Jesus (“Memórias de um agosto sangrento” e “Velho Chico, a alma do povo Xokó”).

Contando um episódio pouco explorado da memória nacional: os ataques do submarino alemão U-507 à costa sergipana, em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, o filme traz em seu elenco nomes consagrados da TV brasileira como Olivia Torres (do vencedor do Oscar “Ainda Estou Aqui” e da novela “Totalmente Demais”), William Nascimento (da série “Anderson Spider Silva”), Dalton Vigh (das novelas “O Clone”, “Fina Estampa” e “O Profeta”), Daniel de Oliveira (“Aos Teus Olhos”, “Cazuza: O Tempo Não Pára” e das novelas “Cabocla” e “Passione”), Wagner Santisteban (“Desapega!”, “A Grande Família: O Filme” e das novelas “Sete Pecados” e “Sandy & Junior”), Mina Nercessian (“Solteira quase Surtando”), Leonardo Medeiros (“Kardec: A História por Trás do Nome”, “O Tempo e o Vento” e “O Cheiro do Ralo”), Gabi Britto (“A Divina Farsa”), Domingos Antonio (“João, O Maestro”) e Anne Samara (apresentadora do programa de TV “Giro Sergipe”), que se encontram em Sergipe para as primeiras cenas. Além deles, o filme conta ainda com grande elenco sergipano com mais de 40 atores da região.

“Dirigir este projeto é uma responsabilidade e uma honra. Estamos contando uma parte fundamental e ainda pouco explorada da história recente do nosso país. É gratificante poder fazer isso ao lado de um elenco poderoso e de uma equipe técnica extremamente talentosa.”, diz Caco Souza, diretor do filme.

Ambientada entre o Rio de Janeiro e Sergipe, a trama acompanha Lucinda Camargo (Olivia Torres), jovem jornalista que ousa revelar sua identidade após escrever sob pseudônimo masculino, e o Capitão Francisco da Silva (William Nascimento), oficial sergipano da Marinha e líder clandestino antinazista. Entre o amor e a resistência, o casal enfrenta a repressão política e a tragédia da guerra que ceifou a vida de mais de 600 civis brasileiros.

Filmado em locações históricas do estado de Sergipe, o longa não apenas lança luz sobre um capítulo esquecido da participação do Brasil no conflito mundial, mas também reafirma o estado como cenário e polo de produção cinematográfica de relevância nacional.

“Corações Naufragados é mais do que um filme. É um tributo à memória, ao afeto e à resistência de um povo que testemunhou de perto os horrores da guerra. Nosso objetivo é transformar essa dor em reflexão e identidade cultural”, afirma Cacilda de Jesus, roteirista e produtora executiva.

A produção já conta com recursos captados pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA/BRDE) e busca alcançar tanto os circuitos de festivais nacionais e internacionais, plataformas de streaming, ampliando o diálogo entre arte, história e sociedade. A estreia de CORAÇÕES NAUFRAGADOS nos cinemas brasileiros deve acontecer em meados de 2026.

Fonte: Assessoria de comunicação

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet com br

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Palácio de Veraneio recebe 5ª mostra CASACOR SE 2025 - Tema 'Semear Sonhos'


Publicação compartilhada so site A8 SE, de 9 de outubro de 2025

Palácio de Veraneio recebe 5ª mostra CASACOR Sergipe 2025 com o tema 'Semear Sonhos'

Visitantes encontram 31 ambientes que unem tradição, sustentabilidade e inovação

Por Redação do Portal A8SE, com informações da Assessoria de Imprensa

A sociedade sergipana terá a oportunidade de visitar uma das edificações mais emblemáticas do Estado, o Palácio de Veraneio do Governo de Sergipe será palco da 5ª edição da CASACOR em Sergipe a partir desta sexta-feira, 10 de outubro, até o dia 30 de novembro.

A mostra propõe uma imersão no tema “Semear Sonhos”, despertando o olhar para o futuro e para novas formas de viver, habitar e cuidar.

O percurso da CASACOR atravessa a casa-sede, os jardins e os espaços externos do Palácio de Veraneio, onde os visitantes encontram 31 ambientes que unem tradição, sustentabilidade e inovação.

Com projeto atribuído ao engenheiro alemão Hermann von Altenesch, o Palácio de Veraneio foi construído no período de 1939 a 1941 e está localizado na Avenida Gov. Paulo Barreto de Menezes, 2240, no bairro Farolândia em Aracaju. O prédio principal do Palácio abriga agora o futuro gabinete de despachos do governador e um memorial histórico-cultural do lugar, enquanto a área externa acolhe espaços dedicados ao morar, restaurantes e experiências sensoriais.

O acesso para visitação será pela rua lateral (Amaralina) e o local conta com estacionamento gratuito. A mostra estará aberta de terça a domingo, funcionando das 16h às 22h (terça a sábado) e das 15h às 21h (domingos). 

Os ingressos têm valores a partir de R$40 e estão à venda na bilheteria do evento e pelo link...

Programação gratuita:

O público também poderá viver experiências gratuitas, com ativações culturais e ações voltadas ao bem-estar e à sustentabilidade.

O visitante poderá desfrutar do Uçá Bistrô, do Sensi Deck Bar e do Café Doce Acaso, além de vivenciar experiências singulares nos jardins, na Galeria de Arte e na Casa do Artesanato, projeto da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (SETEEM) que coloca em evidência os saberes e fazeres da gente sergipana.

Texto e imagens reproduzidos dos sites A8 SE e Google

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Antigos Cartões Postais da cidade de Aracaju-SE.





Antigos Cartões Postais da cidade de Aracaju-SE.
Imagens compartilhadas do Google.

Academia de Letras de Aracaju celebra 10 anos com solenidade memorável



Post compartilhado do Facebook/Pascoal Maynard, de 1 de outubro de 2025

Academia de Letras de Aracaju celebra 10 anos com solenidade memorável

A Academia de Letras de Aracaju (ALA) celebrou, com brilho e emoção, seu décimo aniversário em uma solenidade que reuniu intelectuais, autoridades, artistas e admiradores da cultura sergipana. O evento, realizado em ambiente de grande elegância, reafirmou o papel da instituição como guardiã da memória literária e promotora da produção intelectual local.

Fundada em 2015, a ALA tem se destacado como espaço de diálogo, reflexão e valorização da literatura em suas múltiplas expressões. Ao longo da última década, consolidou-se como referência cultural, promovendo encontros, lançamentos, e ações educativas que aproximam a comunidade das letras.

Encerrando a solenidade, os presentes participaram de um coquetel festivo, onde as conversas literárias fluíram entre brindes e reencontros. Mais do que uma celebração, os 10 anos da Academia de Letras de Aracaju representam um marco na história cultural da cidade, reafirmando que a palavra escrita continua a ser instrumento de transformação, identidade e beleza.

Texto e imagens reproduzidos de post do Facebook/Pascoal Maynard

Abertura da exposição Ismael Pereira > 75 anos de Arte






Fotos Karla Tavares /SECOM PMA

Publicação compartilhada do site da PMA, de 1 de outubro de 2025

Prefeita Emília Corrêa prestigia abertura da exposição Ismael Pereira 75 anos de Arte

O Centro Cultural de Aracaju recebeu, na noite desta quarta-feira, 1º, a abertura da exposição “Ismael Pereira – 75 anos de Arte”, em homenagem aos 85 anos de vida do renomado artista sergipano. O evento contou com a presença da prefeita Emília Corrêa, do secretário municipal da Cultura, Paulo Corrêa e de amigos e familiares do artista. A mostra reúne uma seleção de obras que refletem a trajetória artística de Ismael Pereira, destacando seu talento e a contribuição para a cultura de Sergipe e do Brasil ao longo de décadas.

A prefeita Emília Corrêa comentou a importância de Ismael Pereira para a cultura local. “É uma grande alegria para Aracaju celebrar os 75 anos de trajetória artística de Ismael Pereira, um nome que honra a cultura sergipana e inspira gerações. Essa exposição é mais do que uma homenagem, é um reconhecimento à contribuição de um artista que ajudou a contar, por meio da arte, a história e a identidade do nosso povo.”

O secretário Paulo Corrêa destacou a importância da data por ser aniversário de vida do artista. “Para a nossa cultura, essa exposição tem um significado muito especial. Não poderia haver data melhor para abrir a mostra comemorativa dos 75 anos de arte de Ismael Pereira do que no dia do aniversário dele. Além disso, iniciamos o mês da Sergipanidade com essa homenagem, abrindo o espaço do Centro Cultural para celebrar um dos maiores artistas de artes visuais, não apenas de Sergipe, mas do Brasil. Ismael já realizou exposições em diversos estados e cidades do país, construindo uma carreira impecável e marcada pelo perfeccionismo. Estamos muito felizes de iniciar todos os festejos de outubro com a arte e a trajetória de Ismael Pereira.”

O filho do homenageado, Israel Melo, emocionou-se ao falar sobre o pai. “Agradeço por este momento tão especial e pela oportunidade de celebrar meu pai com todos vocês. Ele sempre semeou a verdade, o amor e a pureza em tudo que fez, e esta exposição reflete um pouco desse legado. Como filho, sou grato todos os dias pela dádiva divina de ter um pai como ele e por poder compartilhar com o público os 85 anos de sua vida e 75 anos de arte. Este momento nos inspira e nos lembra que, mesmo diante de dificuldades, é sempre possível viver com esperança e amor no coração.”

O homenageado Ismael Pereira também falou sobre a felicidade de completar 85 anos e ganhar essa homenagem. “Comemorando meus 75 anos de atividade artística e meus 85 anos de vida, posso dizer que me sinto um ser humano realizado e muito feliz, agraciado por Deus. Neste momento, celebrar meu aniversário com a presença de todos que estão aqui prestigiando este evento é o maior presente que eu poderia receber, e sou eternamente grato por isso. Comecei a pintar aos 10 anos de idade e, desde então, nunca parei. Esta exposição reflete toda a minha dedicação à arte ao longo de décadas, e fico muito feliz por poder compartilhar isso com o público. Se a pintura e a arte são dons, agradeço a Deus por ter me concedido esse dom e por permitir que eu viva a realização de expressar minha vida através da arte.”

A exposição fica aberta ao público, até o dia 21, no Centro Cultural de Aracaju – Praça General Valadão, Centro.

Texto e imagens reproduzidos do site: www aracaju se gov br