Nova logo do Centro Cultural de Aracaju que vira
Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto
Luiz Antonio Barreto: 13 anos silenciado, o que é uma big ingratidão
Paulo Corrêa: “Devemos lembrar que LAB foi quem
botou na ordem do dia a expressão sergipanidade”
Publicação compartilhada do site JLPOLÍTICA, de 23 de outubro de 2025
Governo de Emília Corrêa garante à memória de Luiz Antonio Barreto o que todo Sergipe nega há 13 anos: reconhecimento!
Por Jozailto Lima* (Coluna Aparte)
Ponto alto para a atitude da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, PL: através do Governo dela, a capital sergipana vai fazer homenagens merecidíssimas, mesmo que com atraso de mais de 13 anos, a uma das pessoas mais importantes do pensamento, da inteligência e da cultura sergipana, que foi Luiz Antônio Barreto.
Tudo começa com a elevação do Centro Cultural de Aracaju, a antiga Alfândega, ali na Praça General Valadão, à condição de Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto, a ser inaugurado no dia 31 deste mês, a sexta-feira da semana que vem - vindo com o bônus de uma estátua dele em tamanho natural. LAB, como chamavam-no os mais próximos, foi jornalista, escritor - um dos maiores pesquisadores e produtores de conteúdos sobre o folclore -, político sergipano e dono da melhor e mais generosa memória sobre sergipanidade e seus afetos e desdobramentos.
LAB foi secretário de Estado da Educação, da Cultura, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Estado de Sergipe, fundou encontros culturais memoráveis de Sergipe, como o de Laranjeiras, Foi pesquisador emérito da vida e da obra de Tobias Barreto e fundador e diretor do Instituto Tobias Barreto, entre tantas outras atividades.
Ele nasceu em Lagarto no 10 de fevereiro de 1944 e faleceu 17 de abril de 2012, como consequência de um diabetes que degradou-lhe o coração e as energias. Era uma das pessoas mais generosas sob o céu de Sergipe quando o assunto era compartilhar conhecimento num tempo em que os dados não estavam nessa grande biblioteca universal que é o google.
Apesar do peso e do alto significado dele, Sergipe agiu solenemente para silenciar Luiz Antonio depois da morte - ano passado teria feito 80 anos, e nada sobre ele. A Universidade Federal de Sergipe, por exemplo, nunca lhe reconheceu a importância e nunca lhe deu o título de Doutor Honoris Causa tão banalizado atualmente pela instituição, apesar de grupos sociais importantes terem recorrido a sucessivos reitores nestes 13 anos e todos meteram o rabo entre as pernas.
Para dizer que o silêncio não foi sepulcral, no Governo Déda foram repostos em catálogo os 11 volumes da obra de Tobias Barreto que houvera sido reeditada antes por ele - isso graças à ação do homem público, pesquisador e amigo Jorge Carvalho, que mesmo assim foi mal compreendido por oponentes falaciosos.
De modo que a atitude da Secretaria de Cultura do Município de Aracaju - Secult Aju –, a se materializar neste mês de outubro, se reveste de grande significação. A estátua dele foi concebida pelo artista Elias Santos, o que garante uma ótima simbologia diante da importância deste artista.
“Na verdade, aproveitando que estamos em outubro, o mês da sergipanidade, o Governo de Aracaju vai fazer três homenagens em uma à memória e à importância de Luiz Antonio Barreto, porque, para se fazer justiça, devemos lembrar que Luiz Antonio foi quem botou na ordem do dia a expressão sergipanidade, que tenta, com leveza, nos ressignificar diariamente. Isso aconteceria neste dia 25, mas não foi possível por causa da agenda da prefeita Emília Corrêa, e ficou para o diz 31, a próxima sexta-feira”, disse à Coluna Aparte Paulo Corrêa, secretário de Cultura do Município de Aracaju.
“Luiz Antonio Barreto foi um intelectual importante que partiu e nunca recebeu uma homenagem justa, e agora o Centro Cultural de Aracaju passará a se chamar Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto,com a devida aprovação da Câmara Municipal da cidade e a partir do dia 31 deste mês, quem estiver entrando neste Palácio-Museu, na Praça General Valadão, vai dar de cara, do lado direito, com uma estátua dele em tamanho natural”, reforça Paulo.
“Além disso, como uma terceira homenagem, teremos a “Exposição Vida e Obra de Luiz Antonio Barreto, o Senhor Sergipanidade”. Esta exposição tem a Salete Martins, diretora do próprio Palácio-Museu Luiz Antonio Barreto, como curadora geral. O professor Jorge Carvalho do Nascimento, amigo e uma espécie de cultor da obra de Luiz Antonio, foi convidado e escreveu uma sinopse biográfica que vai constar ao lado da estátua do escrito homenageado”, reforça Paulo.
Segundo Paulo Corrêa, o desembargador aposentado Artêmio Barreto, irmão de Luiz Antonio Barreto, foi convidado para ver os detalhes da homenagem e da estátua esboçada, que está em processo de tintura ainda, recebendo o bronze, e fez algumas observações. “Ele disse que achou perfeita”, diz Paulo.
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* Jozailto Lima - É jornalista há 42 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Com colaboração da jornalista Tatianne Melo.
Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica com br/coluna-aparte



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