terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Segrase celebra 120 anos da Imprensa Oficial de Sergipe

Foto: Portal Infonet.

Infonet - Cidade - Noticias - 04/12/2014.

Segrase celebra 120 anos da Imprensa Oficial de Sergipe
Encontro discutie as demandas relacionadas ao Diário OFicial

Representantes de 26 estados do país estão reunidos na 56ª reunião da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais (BIO). O objetivo do encontro é discutir as demandas relacionadas ao Diário Oficial de cada estado.

Na oportunidade, o retrato do professor e escritor Luiz Carlos da Silva Lisboa, primeiro presidente da Imprensa Oficial de Sergipe, em 1895, foi inaugurado e ficará exposta na entrada da (Segrase) Serviços Gráficos de Sergipe.

Texto/foto/vídeo reproduzidos do site: infonet.com.br/cidade

Confira o vídeo abaixo:

Lú Spinelli fecha escola de dança e fala de novo ciclo

Foto: Portal Infonet

Infonet - Cultura - Noticias - 04/12/2014.

Lú Spinelli fecha escola de dança e fala de novo ciclo
Professora e produtora concede entrevista* e fala de mudanças

Foram 56 anos dedicados à dança em Aracaju. Lú Spinelli chegou ao estado de Sergipe no ano de 1971 e trouxe na bagagem a Dança Moderna e Contemporânea. Com o intuito de implantar as modalidades em Sergipe, e também para quebrar paradigmas, a “operária da dança” como ela mesma se denomina, criou o Studium Danças.

O Studium formou professores e exportou talentos para outros estados e países. As realizações dos Festivais Anuais são marcas registradas do trabalho que desenvolveu no Estado.

Em entrevista ao Portal Infonet, Spinelli conta sobre o fim de um ciclo e dos novos rumos da sua carreira.

Texto/foto/vídeo reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

* Ver vídeo abaixo:

Coleção "Maria Nossa” de Ana Carolina Vieira

Exposição de Ana Carolina Menezes apresenta
versões sergipanas de Nossa Senhora.
Foto: divulgação

Infonet - Cultura - Noticias - 07/12/2014.

Exposição apresenta versões sergipanas de Nossa Senhora
A exposição Coleção Maria Nossa” é de Ana Carolina Vieira

Argila, Renda Irlandesa e referências religiosas imersas na identidade sergipana. Isso e muito mais poderá ser conferido na “Coleção Maria Nossa”, da artista plástica Ana Carolina Vieira Menezes, que será lançada no dia 9 de dezembro, às 18h, no Ateliê Matéria Prima, Av. Desembargador João Bosco de Andrade (rua do antigo Tequila Café), 1250. Bairro Atalaia. A exposição permanecerá na loja até o dia 19 de dezembro.

A exposição foi concebida em parceria com a arquiteta consultora Raquel Villas-Boas, do Ateliê Matéria Prima, a partir dos nomes das nossas senhoras que batizam seis cidades sergipanas: Lourdes, Aparecida, Socorro, Glória, Dores e Divina Pastora. As obras, que materializam cada uma das santas, se apropriam das referências da religiosidade e do catolicismo e trazem em si as expressões da identidade e do povo sergipano.

A mostra apresenta, entre outras obras, a premiada “Nossa Senhora Aparecida do Brasil”, que foi exposta na Fifa Fan Fest, exposição que integrou a programação oficial da Copa do Mundo no Brasil. A mostra, que apresentou a diversidade da cultura brasileira, congregou 90 artistas plásticos, artesãos e associações de todo o país.

Para apresentar uma versão de Nossa Senhora 'sergipanizada', a autora realizou uma pesquisa sobre três etnias predominantes no Estado: negra, indígena e ibérica. “O resultado das sobreposições destas etnias tão nossas, somadas às características que já venho desenvolvendo nas minhas criações são os traços das Marias, materializados num único rosto: o de Nossa Senhora”, contou.

A artista plástica ressaltou que, embora haja diferença entre cada versão da mãe de Jesus, ela é uma figura única que apresenta características próprias em contextos distintos. “Todas elas tem o mesmo traço, porque na verdade são uma só. O que as diferencia são as expressões corporais - em especial o marcante posicionamento das mãos - e a indumentária utilizada por cada uma delas no momento de sua aparição para o mundo”.

A figura humana já era um tema recorrente na estética da artista plástica, mas desta vez, Carolina abordou a temática de maneira diferenciada. “Sempre me identifiquei muito com a figura humana de uma forma geral. Mas agora o desafio foi sair da imagem da figura humana do meu imaginário, a qual estava mais habituada a produzir, e partir para um projeto que trabalhava uma figura humana histórica, cheia de identidade e simbolismo”, finalizou.

Matéria prima e inspiração: argila e renda irlandesa

Após feita a pesquisa iconográfica, Ana Carolina pôde mergulhar suas mãos e sua inspiração na sua matéria-prima favorita: a argila. Ela explica que primeiro foram elaborados protótipos com argila sergipana, posteriormente transformados com a introdução da argila profissional.

Buscando ser o mais orgânica possível, a escultora optou pelo uso de materiais naturais em todas as peças da exposição, desde os pedestais, confeccionados em madeira, até a argila, moldada e exposta ao natural, sem o uso de pinturas. “Usei as cores naturais da cerâmica”, explica. Para dar tonalidades distintas às obras sem o uso de tinta, Ana Carolina utilizou argila profissional nos tons branco levemente rosado, rosé, laranja e acastanhado.

A finalização da indumentária das santas fica por conta do uso de um elemento especial e muito sergipano: a renda irlandesa. “Todas as peças tem em alguma parte da indumentária a Renda Irlandesa”, revela. A matéria-prima já é recorrente nas obras de Ana Carolina, que é uma estudiosa das rendas sergipanas e já trabalhou com design de superfície introduzindo a renda irlandesa, inclusive em outras exposições.

Além das obras em si, será possível conferir na exposição os protótipos das peças. Assim, o espectador terá oportunidade de acompanhar o caminho percorrido pela artista no processo de produção, tendo acesso aos modelos originais e protótipos baseados nos estudos realizados.

Quem é Ana Carolina Vieira de Menezes

A artista plástica aracajuana Ana Carolina Vieira Menezes, 35 anos, começou desde cedo a aprender o ofício no ateliê da avó materna, Ivone de Menezes Vieira, pintora e artesã. Hoje, muito mais madura no campo das artes visuais, Ana Carolina tem aperfeiçoado seus conhecimentos, tendo se graduado em Turismo, especializado-se em Artes Visuais, estudado cerâmica, escultura e xilogravura.

A consolidação da sua carreira como artista plástica veio com a participação em diversas exposições individuais e coletivas, das quais se destacam: “Cantinho Cultural”, na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos de Aracaju, em setembro de 2007; Exposição individual denominada “Sentimento do tempo- escultura”, em 2007, no Espaço Cultural Djenal Queiroz, na Assembleia Legislativa de Sergipe; Exposição coletiva “Tribus Visuais”, em novembro de 2005, na Galeria Jenner Augusto (Aracaju-SE); Exposição coletiva “Petrobras Fertilizando o Brasil”, no Hall do Edifício Sede da Petrobras, em 2008 (Rio de Janeiro-RJ) e Exposição no Museu de xilogravura (Campos do Jordão- SP), em agosto de 2009.

Retoma em 2012 aos cursos de Cerâmica no Ateliê Matéria Prima e no Ateliê do Barro, quando, fascinada pelas máscaras, passa a ter neste elemento seu foco principal de trabalho. No mesmo período, passou também estudar e a ter nas rendas sergipanas fonte de inspiração.

Carolina é também a única sergipana presente na exposição Vitrines Culturais, no espaço Fifa Fan Fest, em São Paulo, durante a Copa do Mundo no Brasil. A exposição é fruto do edital de mesmo nome, realizado pelo Ministério da Cultura, que selecionou peças de arte e artesanato de todo o Brasil pata participar da Foram mais de mil e duzentos artistas concorrendo com Ana Carolina.

Fonte: Assessoria de Imprensa.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

Decoração natalina terá obras do Projeto Reciclart

Foto: Silvio Rocha.

Infonet - Cultura - Noticias - 05/12/2014.

Decoração natalina terá obras do Projeto Reciclart
Obras na decoração natalina da capital aracajuana

Obras das oficinas de papel da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Projeto Reciclart, serão inseridas na decoração natalina da capital aracajuana. São anjos, árvores de Natal e presépios, todos feitos de papel e garrafas peti, que ficarão expostos até o dia 12 de janeiro.

Através das ideias do coordenador voluntário do Projeto Reciclart, Murilo Alves, as obras foram concebidas. Para ele, no mundo de hoje é preciso trabalhar o máximo com a sustentabilidade. "Eu levei para a comissão de escolha das decorações essas ideias, e lá foram aprovadas", relata Murilo.

São seis anjos de três metros de altura, que serão colocados no calçadão do Centro comercial, 36 árvores de Natal, que serão distribuídas nos bairros e quatro presépios, montados em alguns pontos principais da capital. Essas obras foram produzidas em cerca de 20 dias por uma equipe composta por cinco oficineiras e cinco internos da Fundação Renascer.

"Eu consegui tirar da ociosidade cinco meninos que fizeram esses anjos. Foi através de um curso que fizemos na Fundação Renascer, eles gostaram daí os trouxemos pra cá e os aperfeiçoamos. Nós procuramos valorizar pra levantar a autoestima desses meninos", destacou o coordenador.

Segundo Murilo, de todas as obras, os presépios ganham mais destaque, por ser algo inovador. "Será um presépio nordestino, os animais serão compostos de bumba-meu-boi, os reis magos serão os marujos, o rei do cacumbi é São José, e Nossa Senhora é a rainha do reisado, então será um presépio cheio de chitas, candeeiros, espelhos, enfim, bem nordestino", enfatizou Murilo.

Para o coordenador, saber que os trabalhos do projeto seriam usados para decoração da cidade, foi muito gratificante. "Eu fiquei muito feliz, porque a gente precisa mostrar esse trabalho, e acredito que após essa exposição nós seremos reconhecidos e teremos mais apoio", enfatizou Murilo, esperançoso.

Eliane Rodrigues Nascimento é oficineira do Projeto Reciclart há 16 anos e, para ela, ter seus trabalhos expostos dessa forma é muito gratificante. "Saber que um papel que ia ser jogado no lixo, é transformado em peças decorativas, é muito bom. E a nossa principal técnica é a força de vontade", destacou a oficineira, orgulhosa.

Fonte: Ascom Emsurb.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Programação Natal da Gente inicia com cortejo cultural

Foto: Nucom Instituto Banese

Infonet - Cultura - Noticias - 06/12/2014.

Programação Natal da Gente inicia com cortejo cultural
O cortejo foi realizado pelas ruas do centro de Aracaju

Já é natal no Museu da Gente Sergipana, mas ‘Jingle Bells’ certamente não é a música mais cantada por lá. O que dá o ritmo ao natal especial preparado pelo Instituto Banese com o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura, são cantigas como ”Tirei a flor do lírio”, que ao som da zabumba, do triângulo e da sanfona revelam bem como se comemora o natal na cultura popular. E é isso que o Museu da Gente proporciona ao dar espaço às manifestações tradicionais de Sergipe no Natal da Gente Sergipana, aberto oficialmente na tarde desta sexta-feira, 05, com um cortejo cultural pelas ruas do centro de Aracaju.

A versão natalina dos cortejos culturais em que o Museu da Gente leva para as ruas do Centro de Aracaju manifestações tradicionais da cultura sergipana trouxe em 2014 os grupos culturais Reisado de Sabal, do município Pirambu; Pastoril de Forges, de Japaratuba; e Guerreiro Vitória da Mocidade, de Aracaju. O diretor de programas e projetos do Instituto Banese, Marcelo Rangel, define o momento como mágico e diz o quanto os grupos culturais abrilhantaram o cortejo. “É mágico ver as pessoas nas ruas se identificando com essa cultura que aparentemente está perdida da realidade. E diante do contexto do nascimento de Jesus esse cortejo se torna ainda mais mágico. Sem dúvida devemos isso aos grupos que deram vida a esse momento mostrando cada um do seu jeito essa forma incrível de comemorar o natal, um Natal que de fato é da Gente Sergipana”.

Os integrantes dos grupos culturais também comemoram a participação no cortejo. A coordenadora do Pastoril, Claudia Maria Ramos, reconhece a importância de se levar a cultura popular para as ruas e envolver as pessoas na tradição. “Pra gente é sempre muito importante mostrar o Pastoril e a importância que ele tem. E quando a gente se apresenta pra pessoas que nunca viram o Pastoril a alegria é dobrada. Agradecemos ao Instituto Banese por essa oportunidade de abrir o Natal da Gente Sergipana. É desse jeito que louvamos o nascimento do menino Jesus e queremos que todo mundo conheça isso”, afirma.

Seu Sabal, do Reisado, destaca a valorização que ações como o cortejo proporcionam aos grupos. “Esse cortejo é muito importante porque o natal é o tempo que o menino Deus nasceu e esse é um jeito bonito e alegre de comemorar o nascimento dele. Então, uma brincadeira original como o Reisado não pode se acabar. E não vai se acabar porque o povo gosta muito”. A tradição é tão forte que quem por um momento saiu de cena conseguiu voltar. É o caso do Guerreiro Vitória da Mocidade, que comemora no cortejo a retomada do grupo. “Tá sendo uma alegria imensa participar desse cortejo porque marca o retorno do nosso grupo de uma forma muito especial. Agradecemos pelo convite e pela oportunidade porque só assim conseguimos voltar a mostrar a nossa cultura depois de 20 anos parados”, comemora Luciano José da Silva, coordenador do grupo.

Quem acompanha o cortejo também comemora a iniciativa do Museu da Gente Sergipana. O professor de história Daniel Lemos aplaude essa exaltação à cultura popular. “O mais importante nesse cortejo é a valorização dessa cultura popular e a visibilidade que é dada aos grupos. Isso faz com que essas manifestações não se percam, afinal, um cortejo como esse estimula as pessoas a quererem conhecer mais essas manifestações”. E é justamente isso que Daniela Senger faz nesses oito meses morando em Sergipe. Natural do Rio Grande do Sul, ela declara que cada dia se encanta mais com a cultura sergipana, especialmente por iniciativas de valorização e disseminação dessa riqueza cultural. “É muito sensível da parte do museu trazer essas manifestações para as ruas e permitir que elas sejam experimentadas pela população. Pesquiso sobre religiosidade popular e estou muito feliz em acompanhar esse momento e ver a festa natalina sendo comemorada de um jeito tão especial”.

O Natal da Gente Sergipana continua na semana seguinte, durante os dias 10, 11 e 12. Todos os dias, às 19h, o público poderá assistir ao espetáculo ‘Tá Caindo Fulô: Auto do Deus Menino’, apresentado pelo grupo Imbuaça. Também nesses três dias será realizada a ‘Feirinha da Gente’, das 16 às 20h, onde os visitantes poderão comprar presentes para familiares e amigos, o que também faz parte das tradições do período natalino.

A música também estará presente através de diversos estilos. No dia 10, às 16h, o público poderá prestigiar a música tocada pelas tradicionais Liras, através do show de lançamento do CD ‘Liras Sergipanas’, que contará com a participação das filarmônicas que compõem o disco. Já no dia 11, às 16h, será a vez da música de concerto tocada pelo Grupo Renantique. No mesmo dia, às 20h, haverá apresentação do Coral Vozes do Banese e às 20h30 o Concerto Natalino com a Orquestra Jovem de Sergipe.

No dia 12, às 18h, o teatro de bonecos será atração no Museu da Gente com a abertura da exposição ‘Mamulengo de Cheiroso: A Magia no Teatro de Bonecos’. Às 20h, a Orquestra Sinfônica de Sergipe trará um Concerto Natalino com a participação especial da mestre de cultura popular Nadir da Mussuca e da banda The Baggios. Antes do concerto, às 16h, haverá oficina de Reisado, com Maurelina Santos e o Reisado da Mussuca, no átrio do Museu da Gente.

Fonte: Ascom Instituto Banese.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

sábado, 6 de dezembro de 2014

Museu Afro guarda parte da história negra de Sergipe




Infonet - Cultura - Noticias - 24/11/2011.

Museu Afro guarda parte da história negra de Sergipe
No museu, aspectos da religião e cotidiano são expostos.

Um prédio do século XIX que guarda antiguidades da cultura negra em Sergipe. Esse é o Museu Afro-Brasileiro, localizado na cidade de Laranjeiras, berço da negritude sergipana num prédio, que servia como comércio e residência da família Brandão.

Com peças que datam até do século XVII, distribuídas em salas que remontam da economia açucareira aos objetos de tortura, passando pela forte religiosidade dos afrodescendentes, o Museu Afro conta de forma particular parte da luta dos negros que viveram em Sergipe no período da escravidão.

O Museu Afro mostra de forma significante um capítulo importante da comunidade negra no Brasil. “No museu Afro é possível sentir através das suas peças a alma da cultura negra em Sergipe. Lá, nós podemos ter noção de como os afrodescendentes sofreram por um longo período da nossa história e de como eles lutaram pela liberdade”, destaca a secretária de estado da cultura, Eloísa Galdino.
Em cada sala, parte da história.

Ao adentrar o Museu Afro-brasileiro de Sergipe, o visitante recebe algumas orientações e começa uma visitação rica em história e busca pela consciência negra. A primeira passagem é pela sala de economia açucareira, um local onde é possível observar itens que serviram para movimentar a economia na época. Lá, é possível ver de perto moendas de cana, café e mandioca, pilões, carros de boi, entre outros utensílios.

Logo depois os visitantes são encaminhados à sala dos aparelhos de tortura, um local onde é possível sentir de perto o quanto os afrodescendentes sofreram no período de escravidão. Objetos como mordaças, palmatórias, chibatas, bolas de ferro e troncos remontam a história que é lembrada pelos estagiários que fazem as visitas guiadas.

Segundo a diretora do museu, Maria Helena, as peças encontradas na unidade vieram de várias partes de Sergipe, mas a maioria é proveniente dos antigos engenhos localizados em Laranjeiras. “Temos peças do Engenho do Povoado Varzinhas e da comunidade da Muçuca, ambos em Laranjeiras. Há também utensílios que remontam a religiosidade que vieram de dois conhecidos terreiros da cidade: o ‘Filhos de Obá’ e o ‘Oxosi Tauamim’. Vale lembrar que as peças de mobiliário vieram também de engenhos da cidade de Malhador”, explica.

A religiosidade é aflorada nas outras salas. O sincretismo religioso toma espaço e manequins vestindo belas indumentárias que já foram utilizadas em terreiros e retratam orixás como Exú, Yemanjá, Oxalá, Nanã, Iansã, Oxum, Oxumaré, Obaluyaê, Xangô, Ogum, Oxossi. Percorrendo um pouco mais as dependências do museu, os visitantes chegam a uma sala repleta de utensílios de cozinha, onde é possível ver objetos, móveis e até uma indumentária utilizados no século XIX também nos engenhos sergipanos. O Museu Afro-Brasileiro de Sergipe funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 17h.

Fonte: Asscom/Secult

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

XVI Confraternização dos Ex-Alunos do Atheneu (06/12/2014)



quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Artesãos em Santana do São Francisco


Publicado originalmente pelo site G1/Globo Reporter, em 28/11/2014.

Capital sergipana da cerâmica constrói em casa a tradição da cidade
Janelas, calçadas, tudo vira vitrine para o negócio dos artesãos em Santana do São Francisco. Famílias inteiras atuam nas linhas de produção caseiras.

Grandeza a perder de vista. O rio que leva o nome de um santo, faz milagre por onde correm suas águas. É o sustento de milhares de pessoas.

O Velho Chico sabe ser generoso com os ribeirinhos. Em tempos de cheia, o rio vai além das margens e forma lagoas. E foi assim, ao sabor das marés que nasceu a vocação de Santana do São Francisco. Lá, 70% dos moradores construíram em casa a tradição da cidade.

Vem do barro extraído das margens do rio o segredo do sucesso do pequeno município de 8 mil moradores. Nas ruas é fácil perceber porque a cidade e considerada a capital sergipana da cerâmica. As janelas as calçadas, tudo vira vitrine para o negócio dos artesãos, e é um trabalho que começa em casa e não vai muito longe não, continua na região.

Globo Repórter: Seu Antônio, seu negócio deu tão certo como o de muita gente aqui que o senhor teve que ampliar a sua casa?

Antônio Ramos, artesão: Comecei pequenininho e deu certo com a minha família, hoje está grande.

Globo Repórter: Seu Antônio, é peça demais, não para não?

Antônio Ramos: Aqui não para, não para não, é fazendo o forno tá lá, já tá secando as peças no forno para amanhã entregar as peças e fazendo mais, não pode parar, tem que continuar e eu quero que aumente.

Na linha de produção a família inteira. Filhos, genros, noras. Aos 65 anos, Seu Antônio é quem toma as rédeas do negócio. Hoje está aposentado, ele já foi agricultor, minerador, trabalhou na construção civil mas sempre acabava voltando para o artesanato. A chance de trabalhar em casa, ele nunca largou.

Globo Repórter: E é bom ser patrão de você mesmo?

Antônio Ramos: É bom demais.

Troca da enxada pelo trabalho em casa.

Histórias assim são comuns em Santana do São Francisco.

Em um piscar de olhos, a habilidade e o talento dão forma a peças pelas mãos de Capilé. No Nordeste, Capilé quer dizer menino curioso, destemido. O apelido que Wilson ganhou na infância, define bem o espirito desse artesão.

“E com muita persistência, porque eu fui sempre uma pessoa assim, persistente, aí eu consegui aprender a fazer peças pequenas, aí dali por diante eu fui tentando, tentando e conseguia uma, caia duas e não parava”, diz o artesão Wilson de Carvalho, o "Capilé".

Com planejamento, organização, as peças do Capilé ganharam um tamanho que nem ele imaginava que seria capaz de fazer. Como um dos muitos presépios que o Capilé confecciona. Os reis magos Belchior, Baltazar e Gaspar. Tradição católica retratada em tamanho gigante.

Há 15 anos ele trocou a enxada pelo trabalho em casa. Cansado da dependência da chuva e do sol, deixou para trás a roça de milho. Agora depende só dele.

Globo Repórter: Você não se arrepende de jeito nenhum de ter abandonado a lavoura?
Wilson de Carvalho, artesão: Deus me livre. Para mim foi muito importante porque aqui agora estou aqui tranquilo.

A pausa nas tarefas quem determina é Dona Fátima, a esposa. Morar em frente ao trabalho é só vantagem.

“Não tem melhor não, não tem melhor.”, afirma Capilé.

Regra cumprida à risca para o trabalho render.

Mas Dona Fátima não fica só nas tarefas de casa. Ela é responsável pela pintura das peças.
“Uma emoção de ver uma peça pintada pelas minhas mãos e o povo quando chega, gosta e compra”, conta Maria de Fátima de Carvalho, artesã.

Para o trabalho render, Capilé tem uma regra cumprida à risca;

“Planejamento. É a alma do negócio, se planejar. Todo o seu tostãozinho que arrecadar, que ganhar, planeje ele, pague suas coisinhas e deixe sempre uma reserva”, revela Capilé.
Assim, ele fez um pé de meia, e que pé de meia.

“Carro não comprei, porque eu não tenho muita vontade de comprar carro não, mas eu graças a Deus tenho minha casa própria, tenho outra casa ali, tenho outra casa que mora meu filho”, explica Capilé.

Conforto para família e realização pessoal. Foi o que Capilé conseguiu trabalhando em casa e aos 50 anos, o menino travesso nem pensa em parar.

Wilson de Carvalho, artesão: Eu quero que o pessoal me reconheça com um cidadão ribeirinho, aqui de Santana do São Francisco.

Globo Repórter: E feliz no que faz?

Wilson de Carvalho, artesão: Com certeza!

Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/globo-reporter

Clique no link abaixo para assistir vídeo da reportagem:

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O Escritor na Livraria


Última quinta-feira de cada mês, na Livraria Escariz do Shopping Jardins.
Imagens reproduzidas do Facebook/Antonio Francisco Jesus.

Feirão da Codevasf



Infonet - Cultura - Noticias - 29/11/2014.

Feirão: artesãos aproveitam o sábado vender produtos
O feirão foi promovido pela Codevasf, vai até o próximo dia 30

O artesanato e os produtos regionais produzidos no Baixo do São Francisco são tema principal de feirão promovido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Neste sábado, 29, os mais de 70 produtores e artesãos esperam vender bastante.

Já é a 14ª vez que a Codevasf promove o feirão e tem gente que tem passagem garantida por todas as edições. É o caso da artesã Maria das Graças, que produz e vende peças em tecido, dentre elas: fuxico, ponto cruz e bainha.

Maria das Graças faz crescer sua produção com a ajuda da família. “Minhas irmãs e cunhadas fazem tudo comigo. E estamos crescendo cada vez mais”, disse a artesã.

Também não é a primeira vez de Vania Santos no feirão. A representante comercial de uma marca de produtos orgânicos conta que o evento é uma oportunidade de divulgar a mercadoria. “Temos chás e temperos de Santana do São Francisco, mel de Japaratuba. É uma oportunidade de mostrar que se tem bons produtos orgânicos”, disse.

Mas o feirão também tem espaço para os novatos. Pela primeira vez, Maria do Carmo saiu do Carrapicho para expor suas peças de cerâmica de barro no feirão, e avisa ama o que faz.

“Meus filhos trabalham na produção comigo. Eu faço isso porque gosto, sou muito feliz. E hoje aqui estou esperando vender muito”, diz a artesã.

A feira ficará aberta ao público das 8h às 19h até o próximo domingo, 30. O evento é aberto ao público, com acesso gratuito às dependências da sede da Codevasf.

Por Helena Sader e Kátia Susanna.
Fotos: Portal Infonet.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura