sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Em busca das saudades sergipanas


Em busca das saudades sergipanas

A inquietação criativa do radialista Ludwig Oliveira tem rendido bons frutos aos amantes da chamada “boa música”. Aquela que, em qualquer época, nos encanta. Os músicos sergipanos têm encontrado na obstinada insistência de Ludwig, em criar espaços na mídia eletrônica para os nossos valores, um canal de interação com um público fiel, até então sem oportunidade de rever em seus ídolos as eternas canções que os remetam à memória de vivências passadas.

Ludwig vem se tornando uma espécie de mecenas para cantores e compositores sergipanos jogados ao ostracismo pelo servilismo da mídia aos modismos impostos pelo consumismo ignorante. Ele deu um passo adiante, reproduzindo no programa “Entre Amigos” uma modernizada atmosfera dos programas de auditório, proporcionando aos artistas o essencial encontro com o seu público, e ao público, a oportunidade de interação com os seus artistas.

Uma das suas ideias brilhantes foi a de desencavar do esquecimento bandas que fizeram história na cena musical sergipana e trazê-las ao presente para deleite nosso, tão saudosos delas. É o caso, para mim, da Banda “Os Comanches”, cujo “estado maior” se reunia na esquina da Rua Lagarto com Estância, onde, nos anos 70, homiziava-se uma boa turma de meninos rebeldes. “Os Comanches” resulta dessa agremiação contracultural, marginal e produtiva, e o seu sucesso muito nos orgulha.

O gênio inquieto de Ludwig propõe agora umas serenatas, que deveriam ser apoiadas pelas prefeituras interioranas, com o intuito de lavar as ruas sergipanas um belo resgate de um dos seus mais saudosos encantamentos: as simples madrugadas de companheirismo e prazer, no canto coletivo às namoradas.

Este registro precisava ser feito.

Amaral Cavalcante – 26/09/2013

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