segunda-feira, 9 de março de 2020

Mulheres sergipanas encontram na arte diferentes formas de contar a história...

Bordado

Publicado originalmente no site do G1 GLOBO SE, em 8 de março de 2020  

Mulheres sergipanas encontram na arte diferentes formas de contar a história do estado

Bordados, rendas, telas e diferentes tecidos manuseados pelas artesãs retratam os municípios de Sergipe.

Por G1 SE

Bordados, rendas, telas e diferente tecidos manuseados por artesãs sergipanas ajudam a contar a história dos municípios do estado através da arte. Inspiradas em um curso que trabalhou o conhecimento sobre o universo cultural de cidades como Aracaju, São Cristóvão, Laranjeiras e Canindé do São Francisco, atualmente elas movimentam a economia do estado através de seus trabalhos, apresentando a quem consome mais do que um produto, um pedaço da história.

"Fizemos uma pesquisa e percebemos que o turista sentia falta de um produto que tivesse a cara de Sergipe. Então procuramos grupos de artesãos em alguns municípios, partindo sempre do princípio da inovação da oferta, calcada na identidade cultural de cada um deles. Por exemplo, em São Cristóvão, que é uma cidade histórica, a quarta mais antiga do Brasil, a gente escolheu a arquitetura", explicou a consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Betânia Souza.

Segundo a consultora, cerca de 98% dos grupos são formados por mulheres.

Em Sergipe, de acordo com um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018, havia 1,199 milhão de mulheres em Sergipe e 99 mil delas atuavam por conta própria ou eram empregadoras.

Maria Gois Silva

Maria Gois Silva, 84 anos, diz que se encantou pelo bordado após se aposentar e criar os filhos.

“Comecei a fazer bordado aos 80 anos, idade que me senti realizada, pois estava aposentada, no meu canto e bordando. Eu bordo o sertão, os cânions do São Francisco, fazendas e muitos outros temas. O bordado em tela, com temas específicos estava morrendo, e agora eu faço de todos os tipos”, disse a artesã, que assina suas obras como Mago, e tem no currículo várias exposições e palestras, que expiram outras mulheres.

Vanúzia

Rendeira há 16 anos, Vanuzia Silva dos Santos, diz que se apaixonou pela arte das rendeiras após ver uma colega trabalhando. “Eu vi uma colega fazendo e me apaixonei. Fiz um curso e atualmente vendo minhas peças na casa de artesanato em Laranjeiras. Minha paixão é a renda inglesa”, disse.

Maria das Dores
Fotos: Joelma Gonçalves/G1

Já a artesã Maria das Dores de Jesus Santos Araújo diz que aprendeu a comercializar seus produtos e já está repassando o conhecimento. “Aprendi, passei para minhas filhas e ensino outras mulheres também”.

Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com/se

Nenhum comentário:

Postar um comentário