Bordado
Publicado originalmente no site do G1 GLOBO SE, em 8 de março de 2020
Mulheres sergipanas encontram na arte diferentes formas de
contar a história do estado
Bordados, rendas, telas e diferentes tecidos manuseados
pelas artesãs retratam os municípios de Sergipe.
Por G1 SE
Bordados, rendas, telas e diferente tecidos manuseados por
artesãs sergipanas ajudam a contar a história dos municípios do estado através
da arte. Inspiradas em um curso que trabalhou o conhecimento sobre o universo
cultural de cidades como Aracaju, São Cristóvão, Laranjeiras e Canindé do São
Francisco, atualmente elas movimentam a economia do estado através de seus
trabalhos, apresentando a quem consome mais do que um produto, um pedaço da
história.
"Fizemos uma pesquisa e percebemos que o turista sentia
falta de um produto que tivesse a cara de Sergipe. Então procuramos grupos de
artesãos em alguns municípios, partindo sempre do princípio da inovação da
oferta, calcada na identidade cultural de cada um deles. Por exemplo, em São
Cristóvão, que é uma cidade histórica, a quarta mais antiga do Brasil, a gente
escolheu a arquitetura", explicou a consultora do Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Betânia Souza.
Segundo a consultora, cerca de 98% dos grupos são formados
por mulheres.
Em Sergipe, de acordo com um levantamento feito pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018, havia 1,199
milhão de mulheres em Sergipe e 99 mil delas atuavam por conta própria ou eram
empregadoras.
Maria Gois Silva
Maria Gois Silva, 84 anos, diz que se encantou pelo bordado
após se aposentar e criar os filhos.
“Comecei a fazer bordado aos 80 anos, idade que me senti
realizada, pois estava aposentada, no meu canto e bordando. Eu bordo o sertão,
os cânions do São Francisco, fazendas e muitos outros temas. O bordado em tela,
com temas específicos estava morrendo, e agora eu faço de todos os tipos”,
disse a artesã, que assina suas obras como Mago, e tem no currículo várias
exposições e palestras, que expiram outras mulheres.
Vanúzia
Rendeira há 16 anos, Vanuzia Silva dos Santos, diz que se
apaixonou pela arte das rendeiras após ver uma colega trabalhando. “Eu vi uma
colega fazendo e me apaixonei. Fiz um curso e atualmente vendo minhas peças na
casa de artesanato em Laranjeiras. Minha paixão é a renda inglesa”, disse.
Maria das Dores
Fotos: Joelma Gonçalves/G1
Já a artesã Maria das Dores de Jesus Santos Araújo diz que
aprendeu a comercializar seus produtos e já está repassando o conhecimento.
“Aprendi, passei para minhas filhas e ensino outras mulheres também”.
Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com/se
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