sábado, 28 de março de 2020

Teatro Atheneu celebra 66 anos de contribuição à cultura sergipana

Muitos espetáculos, oficinas, shows, workshops 
e outras ações tiveram destaque por meio das inúmeras
apresentações que ali entraram em cena 
Foto: Funcap/SE

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 27 de março de 2020 

Teatro Atheneu celebra 66 anos de contribuição à cultura sergipana

O mais antigo espaço da cultura sergipana em funcionamento. Trata-se do Teatro Atheneu que neste sábado, 28, celebra 66 anos e, em especial, no fomento às artes cênicas. Inaugurado em 1954, o local que inicialmente faria parte do colégio de mesmo nome ganhou visibilidade com a passagem dos anos, além de ter contribuído na potencialidade de projetos de vários artistas. Muitos espetáculos, oficinas, shows, workshops e outras ações tiveram destaque por meio das inúmeras apresentações que ali entraram em cena.

“Temos até hoje o privilégio de usufruir do mais antigo teatro em atividade do Estado. Muitos profissionais da arte já passaram por ele, inclusive talentosos artistas sergipanos iniciaram sua vida profissional no Atheneu. Também tenho recordações especiais, pois fiz parte do grupo Expressionista da Universidade Federal de Sergipe que desenvolveu lindas apresentações naquele palco. E, em nome da Fundação de Cultura e Arte Aperipê parabenizo um dos espaços culturais mais respeitados de Sergipe”, comenta a presidente da Funcap, Conceição Vieira.

A atriz, bailarina e diretora teatral, Tetê Nahas, se mostra grata pelas experiências vivenciadas no teatro. “O Atheneu é a minha casa. Meu primeiro palco, ou seja, foi ali que tive a certeza do que queria fazer: ser artista, bailarina ou atriz, ou até diretora como sou. Foi no Atheneu que vivi momentos áureos e marcantes da minha infância até os dias atuais. Toda vez que entro lá é uma emoção especial. Um festival de lembranças, alegrias e uma renovação de forças para seguir em frente pelos novos tempos que ainda tenho na vida. Feliz aniversário, meu Atheneu”, comemora.

De acordo com a coordenadora do teatro, Salete Martins, o Atheneu até hoje sedia grandes celebrações. “Com muito orgulho estou há oito anos à frente do teatro. Ele faz parte da nossa história, do povo sergipano e principalmente da vida dos artistas. Local onde muitos realizaram seu primeiro show, sua primeira apresentação teatral, como também, muitos artistas nacionais e internacionais subiram ao palco. Aproveito para compartilhar a opinião de diversos artistas no qual, falam do ambiente ser muito aconchegante e o sentimento de estar em casa pela proximidade com o público, permitindo sentir o calor da plateia com mais intensidade”, ressalta.

Para a cantora Amorosa é a casa da cultura sergipana. “Ele guarda em seu interior grandes momentos da nossa história cultural, ou seja, é símbolo de resistência e superação aos modelos posteriormente criados. Assistir um espetáculo no Atheneu para mim é como andar de um corredor para outro, como sendo a extensão da nossa casa. Vida ainda mais longa ao nosso amado teatro”, afirma a artista.

Lucas Macedo também não esconde a satisfação ao falar do Atheneu. “O lugar sempre esteve presente na minha vida e em vários momentos diferentes. A minha primeira lembrança é na formatura do ABC que ganhou um brilho ainda maior por ter sido vivenciada nesse palco. Dezesseis anos depois, estagiei na Secretaria de Cultura e pude sentir de perto toda a magia das artes cênicas, através dos espetáculos. Hoje, continuo sendo um frequentador assíduo da casa com muita admiração”, diz o estudante de jornalismo.

História

Inaugurado em março de 1954, o Teatro Atheneu é o mais antigo espaço cênico de Sergipe. Foi concebido como auditório para atividades complementares do Colégio Atheneu Sergipense,no entanto, ganhou identidade própria fruto do crescimento da cena cultural de Aracaju.

Durante décadas, o Atheneu foi o único teatro da capital. No seu palco, já pisaram grandes nomes do cenário artístico brasileiro e a realização de espetáculos internacionais, como o ballet Imperial da Rússia. O espaço cultural também foi cenário de importantes manifestações políticas nas décadas de 70 e 80.

Fonte: Funcap/SE

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

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