Professor Cleber de Oliveira Santana pesquisa
as memórias
sonoras de Aracaju
Fotos: Portal Infonet
Presidente da Acla, Francisco Diemerson,
revelou que o evento visa conta a história de Aracaju
e valorizar os intelectuais que estudam o tema
Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 4 de março de 2020
Pesquisa de professor sergipano destaca memórias sonoras de
Aracaju
As memórias sonoras de Aracaju são foco de uma pesquisa que
está sendo desenvolvida pelo professor sergipano, mestre e doutorando em
História Social, Cleber de Oliveira Santana. A pesquisa virou tema de uma
conferência que ocorreu nesta quarta-feira, 4, em comemoração ao Aniversário de
Aracaju.
Na conferência organizada pela Academia de Letras de
Aracaju, o professor Cleber compartilhou as descobertas oriundas de suas
pesquisas voltadas às memórias sonoras de Aracaju entre século XIX e XX. “O que
pude investigar até agora é que a partir de 1856, com o primeiro código de
postura municipal, vários artigos já tratavam da proibição de fazer vozerias,
dar gritos e tiros na cidade e fazer sentinela em voz alta. Então, nestas
legislações venho encontrando o modelo que se quer para Aracaju, que é o modelo
de uma cidade silenciosa e moralista”, conta.
Na pesquisa, o professor também investiga, por meio de
jornais, o que diz a legislação e o que acontece no cotidiano. “Nem sempre
coincide o que a lei estabelece e o que há no cotidiano, pois tem as brechas,
as fugas e todas as maneiras de realizar uma prática cultural”, comenta o
professor.
Ainda segundo o pesquisador, a discussão sobre sonoridade é
antiga e persiste até os dias atuais com a lei do silêncio. “É um ato que vem
desde o século XIX e vem se repetindo em todos os códigos de postura até hoje.
Será que se faz necessário ou se consegue silêncio na cidade? A cidade por si
só é cheia de atividades culturais, políticas, sociais e econômicas. Então,
exigir silêncio da cidade é uma incongruência nesse sentido”.
Evento
O organizador do evento, Francisco Diemerson, que é
presidente da Acla, conta que a conferência foi realizada com o objetivo de
falar sobre a história de Aracaju e valorizar os intelectuais que estudam esse
tema. “Todos os anos, no mês de março, a gente realiza atividade sobre a
história da nossa capital. Já falamos sobre a história arquitetônica, história
política e agora vamos falamos sobre as memórias sonoras. Além de falar sobre a
nossa capital, a gente dá oportunidade para que os estudiosos mostrem seus
trabalhos e sejam valorizados”.
Por Verlane Estácio
Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br
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