Publicação compartilhada do site do GOVERNO DE SERGIPE, de
224 de maio de 2021
Perímetro irrigado de Lagarto estima colheita de 1M de
espigas de milho verde até o São João
Produtividade média no perímetro administrado pela Cohidro é
de 20 mil espigas por hectare
Às vésperas do ciclo junino, os levantamentos prévios da
produção de milho verde no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, já registram
aumento. O incentivo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e
Irrigação de Sergipe (Cohidro), que fornece irrigação e assistência técnica
agrícola aos lotes durante o ano inteiro, tem repercutido na expectativa de
colheita de 663 toneladas de milho verde, de janeiro até o São João, auge da
demanda pelo produto. No comparativo com 2020, é possível verificar que,
somente a parcial de sete meses, já supera o resultado registrado no ano
passado quando foram colhidos 523.190 kg. O bom preço e a expectativa de um mês
junho mais aquecido para as vendas têm incentivado o aumento da produção entre
os irrigantes.
Renilson de Jesus, agricultor irrigante do perímetro Piauí,
conta que decidiu cultivar o milho verde pela rapidez da colheita e pelo fácil
comércio. Ele, como quase todo produtor com lote no perímetro irrigado de
Lagarto, cultiva uma parte da área com o milho, nem que seja para o consumo da
família durante as festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro. “Decidi plantar pela questão da agilidade.
São 75 dias para colher esse milho ‘feroz’ aqui. Posso colher de inverno a
verão e repassar para os compradores”, explica. O que anima bastante os
agricultores é o preço que eles estão conseguindo pelo produto: estão vendendo
a espiga, no campo, por R$ 0,40 a unidade.
Apesar da tradição do município ser o plantio da mandioca,
em que o cultivo pode ser feito todo sem irrigação, com a chegada do perímetro
irrigado em Lagarto, os agricultores têm mudado seus investimentos, como aponta
o gerente do Piauí, Gildo Almeida. “Hoje os produtores estão investindo mais na
rotação de cultura e, com a assistência técnica da Cohidro aqui no perímetro, o
milho verde está sendo produzido em grande quantidade no ano todo”, afirma o
gerente. Gildo destaca que, além da venda do milho para consumo, boa parte da
produção também é utilizada como silagem para alimentação animal. Dessa forma,
o risco que o produtor irrigante tem com o milho é mínimo. Se ele não conseguir
escoar a produção de espigas, pode vender os pés de milho – com ou sem espigas
– para servir de ração.
Para o agricultor Rafael Barbosa, que utiliza o sistema de
irrigação por gotejamento para produzir milho verde continuamente, no perímetro
Piauí, somente em seu lote, a previsão de produtividade gira em torno de 38 mil
espigas por hectare. “Com a irrigação, conseguimos manter a produção o ano
todo, mas para a época do São João o plantio deve ser feito em abril. Aí
conseguimos vender tanto para as cidades vizinhas quanto para fora do estado. E
o que sobra damos para o gado”, conta Rafael.
Mais eficiente, em comparação aos sistemas de aspersão, a irrigação por
gotejamento é localizada, só molhando o pé da planta, sem desperdiçar água - o
que também favorece o uso da fertirrigação, quando os fertilizantes são
diluídos na água da irrigação para adubar a planta automaticamente.
Segundo o gerente do perímetro Piauí, neste ano, o plantio
começou cedo. “No mês de janeiro já tínhamos áreas plantadas. A previsão é de
mais de 51 hectares plantados, dando uma estimativa de produção de mais de 663
mil kg de milho verde colhidos até o fim do mês de junho”, afirma Gildo
Almeida. Considerando a média de 20 mil espigas por hectare registradas no
perímetro irrigado de Lagarto, a produção esperada até São João é de 1.020.000
de espigas colhidas.
Fotos: Ascom/Cohidro
Texto e imagens reproduzidos do site: se.gov.br
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