quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Oficina de Papel: arte que contribui com o meio ambiente




É muito gratificante saber que meu trabalho 
contribui com a preservação do
meio ambiente - Dalvina Moreira, artesã

 Aqui eu me desligo do mundo, esqueço os problemas,
 e mergulho somente na 
minha arte - Tereza Ribeiro, artesã


 O trabalho de nossas artesãs já auxiliou na
 reabilitação de pessoas com algumas enfermidades,
 entre elas a depressão - Jacqueline Guimarães dos Santos,
 coordenadora da Oficina

Fotos: Ascom Emsurb

Publicado originalmente no site da PMA, em 21/08/18 

Oficina de Papel: arte que contribui com o meio ambiente

Impossível olhar e não se encantar com a criatividade embutida em cada peça. É no Parque Augusto Franco, mais conhecido como Sementeira, que as mãos habilidosas das artesãs produzem verdadeiras obras de arte utilizando como matéria-prima jornais e revistas que possivelmente iriam para o lixo. Esse trabalho é feito, há mais de 20 anos, pela Oficina de Papel, mantida pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), com o objetivo de promover a preservação ambiental e  servir como alternativa de trabalho e até mesmo terapia.

O processo de produção começa com o recorte dos jornais em tiras, que depois são enroladas em formatos de canudos para formar a base de qualquer peça. Em seguida elas recebem um um banho de cola, são pintadas e envernizadas. O verniz ajuda a conservar a dar brilho. As peças criadas no ateliê, geralmente são doadas para a decoração de outras secretarias. Os trabalhos são expostos em alguns eventos públicos e privados. Em 2017, mais de 800 obras foram criadas no local, e até julho deste ano o número já chega a 400 peças, fruto do trabalho de uma equipe de 11 profissionais, destes quatro artesãs.

Para a coordenadora da Oficina, Jacqueline Guimarães dos Santos, o projeto além de valorizar o trabalho das artesãs, tem servido como terapia ocupacional para muitos que visitam o espaço. “Algumas pessoas ao terem o primeiro contato com as peças ficam encantadas e logo o interesse em aprender essa arte tão criativa aparece. O trabalho de nossas artesãs já auxiliou na reabilitação de pessoas com algumas enfermidades, entre elas a depressão”, destacou.

A agilidade das artesãs impressiona, como demonstrou Dona Tereza Ribeiro, enquanto explicava sobre sua paixão pela arte. Para ela, a confecção dos objetos é uma terapia não somente para os visitantes. “Aqui eu me desligo do mundo, esqueço os problemas, e mergulho somente na minha arte, é uma verdadeira terapia. Me dedico bastante à produção das peças e também em passar os meus conhecimentos para aqueles que queiram aprender”, disse ela que integra a equipe há mais de 15 anos.

O sentimento de amor pelo que faz contagia mesmo aquelas que chegaram recentemente ao grupo. É o caso de Dalvina Alves Moreira, que está há pouco mais de um ano na Oficina. “Adoro o que faço, pois é muito gratificante saber que meu trabalho contribui com a preservação do meio ambiente. Sempre que chego aqui o meu dia fica mais feliz”, disse contente.

Inovação

A busca por uma maior diversidade de peças, resultou na criação de objetos empregando outros tipos de matérias-primas, a exemplo das garrafas PET e potes plásticos. “Nossa intenção é abrir o leque de opções utilizando outros materiais recicláveis. As artesãs estão empenhadas e com boa dose de criatividade”, enfatizou a coordenadora Jacqueline.

Doações

O material produzido é feito com jornais que são doados pela própria população, empresas privadas e órgãos estaduais e municipais. Quem tiver interesse em colaborar, pode entrar em contato com a gerência do Parque, por meio do telefone 3021-9918. A oficina está localizada  próximo ao Horto Florestal e está aberta para visitação de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário