terça-feira, 15 de janeiro de 2019

4ª Caminhada para Oxalá será realizada em Aracaju

Foto: Fórum das Religiões de Matrizes/Facebook 
 Divulgação

Publicado originalmente no site Expressão Sergipana, em 15 de janeiro de 2019

4ª Caminhada para Oxalá será realizada em Aracaju 

Por Luiz Fernando

A Caminhada para Oxalá chega a sua quarta edição com o firme propósito de construir novos diálogos com base no amor e no respeito para conhecer as religiões, esse é o caminho para superação do preconceito e do ódio.

Na próxima sexta-feira (18), á partir das 15h com concentração na Praça do Mini Golf será realizada a 4ª Caminhada para Oxalá – Pela Liberdade Religiosa por que “Caminhando a Gente se Entende”. Será um momento importante de mobilização e organização dos povos e comunidades de matriz africana e de terreiros, que irão ocupar as ruas para passar uma mensagem de paz plena, de conquistas e garantia de direitos. Para, além disso, considerando fundamental uma ampla unidade com os diversos movimentos sociais como estratégia e fortalecimento da luta por democracia.

A Caminhada para Oxalá leva a sociedade sergipana na sua quarta edição seu ideal principal que é a busca incessante pela paz plena entre os povos, uma paz que todos tenham liberdade de expressão e os seus direitos sejam respeitados. A caminhada para oxalá expressará isso nas ruas de Aracaju com uma temática: Tradição Alimenta, não violenta, vamos narrar a história e consciência do alimento sagrado para esses povos, dentro de uma analogia mitológica de Ogum o ferreiro que faz os instrumentos agrícolas para Oxaguian melhorar a produção de Inhame e alimentar seu povo na cidade de Ejigbô. Com isso, reafirmam a importância de defender a sacralização de animais ou o abate para fins religiosos e alerta, a comunidade para ficar mobilizada para a retomada em março pelo STF do julgamento do Recurso Extraordinário de numero 494601 e denunciar esse julgamento como uma violação aos direitos humanos desses povos a sua soberania alimentar. Irão também, apresentar para a sociedade as diversas violações que os povos de matriz africana têm sofrido em nosso Estado, a exemplo de: fechamento de terreiros, apreensão dos instrumentos sagrados (atabaques), queima de terreiro, apreensão de animais para sacralização, injurias e até de babalorixá ser proibido de deixar o estado.

“Por isso, precisamos permanecer unidos para preservação do axé, da vida e da paz. Pois, elas serão os esteios da nossa sobrevivência e resistência cotidianas principalmente diante das possibilidades de ataques aos direitos humanos, a liberdade religiosa, as diversidades, pluralidade e aos movimentos sociais” Afirma Irivan de Assis, do Forum Sergipano das Religiões de Matriz Africana.

A caminhada alerta a toda sociedade sergipana da urgência do agora, do respeito a cultura dos diversos povos, da importância de aplicação de políticas públicas para o fortalecimento das comunidades tradicionais e que a intolerância religiosa constitui uma violação ao Estado Democrático de Direito.

Texto e imagem reproduzidos do site: expressaosergipana.com.br

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