Foto: Turismo Sergipe.
Reproduzida do blog: taniella.blogspot.com.br
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Museu da Gente Sergipana realiza 9ª Primavera dos Museus
Infonet > Cultura > Noticias > 21/09/2015.
Museu da Gente Sergipana realiza 9ª Primavera dos Museus
Programação especial na Primavera dos Museus
O Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo Déda realizará
de 22 a 27 de setembro a 9ª Primavera dos Museus. Através de uma programação
especial voltada para o tema 'Museus e Memórias Indígenas', o Museu da Gente
promoverá uma reflexão sobre a diversidade sociocultural dos povos indígenas,
importantes ícones na construção da identidade nacional e um dos maiores
patrimônios existentes no Brasil. A Primavera dos Museus é um evento coordenado
pelo Instituto Brasileiros de Museus (IBRAM) e que desde 2007 acontece em
instituições museais de todo o Brasil.
No Museu da Gente Sergipana, a semana contará com diversas
atividades relacionadas à temática. Haverá exibição e roda de conversa sobre o
filme 'O Povo Xokó', da produtora audiovisual Gabriela Caldas; apresentação
teatral dos espetáculos 'I-Juca Pirama' e 'Programa de Índio' seguidas de rodas
de conversa, com os alunos do curso de Teatro da UFS inseridos no programa
PIBID, sob a orientação da professora Letícia Andrade; Exposição 'Herbário
Xokó', composta por plantas medicinais utilizadas pelo povo Xokó de Sergipe,
com mediação dos educadores do museu; além da ação educativa 'O que eu pesco
com meu Jereré, jogo educativo sobre a memória e a cultura Xokó, também
realizada pelos educadores do Museu da Gente.
Toda a programação é gratuita e voltada para o público em
geral. Para participar da ação educativa 'O que eu pesco com meu Jereré' e
fazer visita mediada pela exposição 'Herbário Xokó' é necessário agendar a
participação dos grupos através do telefone (79) 3218-1551. O Museu da Gente
Sergipana está localizado na Avenida Ivo do Prado, 398, Centro, Aracaju-Se.
A Primavera dos Museus é realizada conjuntamente entre as
instituições museológicas de todo o país e o Ibram. A temporada de eventos
acontecerá em 393 cidades brasileiras, incluindo seminários, exposições,
oficinas, espetáculos, mesas-redondas, visitas guiadas, exibições de filmes,
dentre outros. Este ano, o tema escolhido em consonância com as políticas do
Ministério da Cultura possibilita reflexões sobre os museus como espaços
importantes para guardar e transmitir as histórias e memórias destes povos...
Fonte: Ascom Instituto Banese/Museu da Gente Sergipana.
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Apresentador e terapeuta floral Gélio Albuquerque morre aos 66 anos
Foto: arquivo pessoal.
Publicado originalmente no site G1 - SE., em 20/09/2015.
Apresentador e terapeuta floral Gélio Albuquerque morre aos
66 anos.
Gélio enfrentava complicações de saúde por causa da
diabetes.
Amigos lamentaram a morte do apresentador nas redes sociais.
Do G1 - SE.
Morreu neste domingo (20), um dia depois de completar 66
anos, o apresentador e terapeuta holístico Gélio Albuquerque. Ele enfrentava
complicações de saúde por causa da diabetes, e tinha amputado um das pernas há
um ano. Segundo informações de amigos próximos, o jornalista estava internado
em um hospital particular desde a última quinta-feira (17).
Vários amigos de Gélio Albuquerque lamentaram a morte dele
nas redes sociais. “Ensinou-me muito sobre televisão, a vida e as coisas da
vida. Da vida ele vivia unicamente cada dia e me dizia sempre coisas lindas
para que eu pudesse também perceber que aqui não temos validade, estamos de passagem”,
disse a jornalista Clécia Santos.
Gélio apresentou dois programas na TV Cidade, o Identidade e
o Jogo Duro. “O conheci bem antes de cursar jornalismo e depois tive o prazer
de trabalhar com ele na TV Cidade. Amigo para todas as horas”, ressaltou a
jornalista Elenildes Mesquita.
O corpo de Gélio foi enterrado no cemitério Santa Isabel,
Zona Oeste de Aracaju, na tarde deste domingo.
Texto e imagem reproduzidos do site: g1.globo.com/se/sergipe
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20 de Setembro de 2015 ás 12:17 - Infarto.
Gélio Albuquerque morre um dia após completar 66 anos.
Fonte: A8SE@A8SE.COM
Nas redes sociais muitos jornalistas e amigos de Gélio
Albuquerque fazem homenagens ao psicólogo que também trabalhava com
comunicação. Segundo informações de amigos, ele estava com a saúde fragilizada,
havia amputado a perna há um ano, devido a uma trombose.
Ele faleceu na manhã deste domingo (20), quando estava
conversando com a esposa, segundo informações de Amorosa, que é amiga pessoal
dele, ele teve um infarto fulminante.
Muitos se dizem surpresos com a notícia, já que haviam
prestado homenagens de aniversário no dia anterior. Nas mensagens, os amigos
elogiam o humor e a inteligência do profissional.
O velório acontece na Osaf e o enterro será no cemitério
Santa Izabel, neste domingo (20) às 16h.
domingo, 20 de setembro de 2015
Canhões do Museu Histórico passam por manutenção
Foto: Divulgação.
Infonet > Cultura > Noticias > 18/09/2015.
Canhões do Museu Histórico passam por manutenção
Medida visa dar melhores condições de preservação das peças
A Secretaria de Estado da Cultura (Secult), através da
Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), está
realizando um processo de manutenção dos canhões e balas do Museu Histórico de
Sergipe, localizado na Praça São Francisco, em São Cristóvão. Orientada pelo
Ministério Público do Estado, a medida visa dar melhores condições de
preservação das peças.
Esta semana, os 11 canhões e 12 balas do século XIX
começaram a receber um tratamento químico de conservação preventiva, que irá
amenizar os efeitos e desgastes do tempo. O processo começa com a retirada da
ferrugem, seguida da hidratação das peças e selagem com cerra de carnaúba.
“Cada peça leva um tempo específico para ser tratada, pois a
reação dos químicos usados na retirar da ferrugem, varia de acordo com o estado
de conservação e tempo de existência dos canhões, já que eles são de diferentes
períodos. Nossa expectativa é que todo o processo seja realizado em até cinco
meses”, informou o restaurador responsável pelo projeto, Henrique Braga.
O projeto também inclui a confecção de novas carretas de
madeira de maçaranduba, que servirão de suporte para os canhões. As peças
seguem o modelo das originais, mantendo uma uniformidade com as mesmas
características das carretas originais. “Além de contribuir com a conservação,
pois evita o contato direto das com o chão, as carretas facilitarão o manejo e
remoção dos canhões que são muito pesados”, acrescenta o restaurador.
Atualmente os canhões e as balas de munição estão
concentrados no pátio interno do Museu. Com a manutenção, as peças serão transferidas
para uma sala fechada, evitando exposição às variações climáticas.
Fonte: Ascom Secult.
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura
Jornalista João Oliva recebe título de Cidadania Aracajuana
Publicado originalmente no site Jornal do Dia Online, em
18/09/2015.
Jornalista João Oliva recebe título de Cidadania Aracajuana
O jornalista João Oliva recebeu ontem na Câmara de
Vereadores de Aracaju o Título de Cidadão Aracajuano. A iniciativa foi do
vereador Bertulino Menezes (PSB). Ao lado de familiares, membros da Academia
Sergipana de Letras, autoridades políticas, escritores, jornalistas e
intelectuais do Estado, o homenageado contou sua trajetória de vida, agradeceu
o honraria concedida pela CMA e destacou o amor que nutre por Aracaju.
"Muitas pessoas devem ter recebido esta homenagem por serem mais
merecedores do que eu. Porém, posso assegurar que ninguém deve ter ficado mais
feliz do que estou por recebê-lo", comemorou.
"Oliva tem prestado relevantes serviços ao
Estado", disse o autor da homenagem Bertulino Menezes, acrescentando que
João Oliva, ao longo da vida jornalística, sempre foi um "exemplo de
profissional sério, promovendo um jornalismo limpo, crítico, ético e que
valoriza o exercício da cidadania".
"João Oliva já era aracajuano de coração. Muitos dos seus
filhos já nasceram e cresceram em Aracaju, e à cidade ele dedicou mais da
metade de sua vida. Nada mais justo do que o intelectual receber este
reconhecimento, por toda a contribuição que ele vem dando para a cultura e para
o jornalismo da nossa capital", destacou a deputada Ana Lúcia, que
representou a Assembleia Legislativa de Sergipe na solenidade.
Aos 92 anos de idade, o jornalista viveu mais da metade de
sua vida em Aracaju, onde mora desde 1956. Nascido em 1922 em Riachão do
Dantas, João Oliva ocupa a cadeira 24 da Academia Sergipana de Letras, na vaga
do Bispo Dom José Brandão de Castro. Bacharel em Direito por formação e
jornalista por vocação, João Oliva é conhecido por seus textos que denunciavam
as desigualdades sociais e a opressão em Sergipe, sobretudo no interior do
Estado.
João Oliva iniciou sua vida pública como secretário da
Prefeitura de Riachão do Dantas. Ainda em sua terra natal, começou a escrever
artigos, enviando-os para jornais de Aracaju e outras cidades do interior.
Quando atuava como Agente de Estatística do IBGE, em Riachão e Estância, foi
transferido para Aracaju. "Aqui cheguei trazendo, acima de tudo, uma
vontade de vencer e, como bagagem de aprendizado apenas um diploma de ensino
primário", rememorou o homenageado.
Sua atuação nos jornais iniciou-se ainda em Riachão do
Dantas, de onde enviava artigos para veículos de comunicação da capital e do
interior. Foi repórter, redator-chefe e editorialista nos impressos Gazeta de
Sergipe, A Cruzada e Diário de Aracaju, além de ter produzido, escrito crônicas
para programas da Rádio Cultura de Sergipe. Foi ainda secretário de imprensa do
Governo do Estado na gestão Seixas Dória e assessor de Comunicação na
Associação Comercial e da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Na Associação
Sergipana de Imprensa (ASI), foi vice-presidente e exerceu temporariamente a
presidência.
Texto e imagem reproduzidas do site: jornaldodiase.com.br
Clean Up Day reúne voluntários para limpeza de praia
Foto: Portal Infonet.
Infonet > Cidade > Noticias > 19/09/2015.
Clean Up Day reúne voluntários para limpeza de praia.
Limpeza ocorreu na praia da Atalaia.
Dezenas de pessoas se juntaram à Fundação Mamíferos
Aquáticos (FMA) para a segunda edição do Clean Up Day, ou Dia Mundial de
Limpeza de Rios e Praias (DMLRP). A limpeza ocorreu na manhã deste sábado, 19,
na Praia da Cinelândia (Atalaia) e no calçadão da Orla com apoio do grupo
Patins Urbano. O objetivo é sensibilizar a sociedade quanto à importância de se
manter os rios e praias sem lixo, próprios para a fauna e flora se reproduzirem
em equilíbrio.
A voluntária da FMA e mestre em Desenvolvimento e Meio
Ambiente, Maira Araújo, conta que um dos objetivos da ação é mostrar à
população o impacto do lixo jogado nas praias. “Muitos dos animais que encalham
na praia porque tem lixo dentro deles. Mais um dado que temos que passar é que
lixo tem que ser jogado no lixeiro para ser reaproveitado e reciclado”,
explica.
Ainda de acordo com Maira, na última edição do Clean Up Day
em Aracaju, foram recolhidos 266 kg de lixo em apenas 4 km de praia. “O que
mais encontramos é copo descartável, embalagem de quentinha, bituca de cigarro,
colher e outros diversos materiais de plástico”, revela.
O professor e ambientalista, Anderson Gois, reforça a
importância da iniciativa, destacando que é importante buscar o equilíbrio
entre homem e meio ambiente. “Esse trabalho de formiguinha, de conscientização
e com ações pontuais fazem com que as pessoas tenham cada vez mais consciência.
Por mais que a gente faça uma série de críticas às pessoas que ainda não
defender o meio ambiente, estamos avançando muito no processo de preservação
porque a visão de desenvolvimento sustentável trouxe essa onda do meio
ambiente. As pessoas estão mais conscientes, o que é positivo. Agora é claro
que estamos muito aquém de onde devemos chegar na questão da relação do homem
com o meio ambiente”, opina.
A funcionária pública, Suzete Barros, conta que faz questão
de participar do evento. “Esta é a segunda vez que participo. Acho
importantíssimo para que possamos promover a sustentabilidade do planeta. Me
sinto feliz em contribuir e dar exemplo. E fico ainda mais otimista quando vejo
diversas crianças com seus pais aqui”, comenta.
Ação.
A FMA, que é parceira do evento, realizou as atividades em
Aracaju e também Pirambu, onde houve a exibição do curta ‘Resíduos Sólidos’ no
anfiteatro da reserva biológica (REBIO) de Santa Izabel, lanche coletivo e
coleta de lixo na Lagoa da Titara. Através de FMA, Barra de Mamanguape (PB),
Coqueiro (BA) e Piaçabuçu (AL) também receberam a ação.
Evento.
Com a missão engajar pessoas para mudar os comportamentos de
levam o “lixo” para os rios e oceanos, cerca de 500 mil voluntários, em mais de
100 países, se mobilizam sempre aos terceiros sábados de setembro para coletar,
catalogar e analisar os resíduos encontrados em praias, manguezais, costeiras,
margens de rios, represas e trilhas. Assim, é possível colaborar mais com a ONU
na construção de políticas públicas para redução de impacto de lixo nos
litorais e em especial no oceano, o maior lixão ‘não visível’ do mundo.
Depois que os resíduos forem coletados da praia pelas mãos dos
voluntários, serão tabulados em planilha oficiais do evento, compilados e
gerado um relatório anual. Este relatório oferece subsídios para a formulação
das principais políticas públicas globais sobre o tema.
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cidade
Galeria Zé de Dome Arte & Leilões realiza evento para aficionados por arte
Imagem: Assessoria.
Publicado originalmente no site a8se.com, em 17 de Setembro
de 2015.
Galeria Zé de Dome Arte & Leilões realiza evento para
aficionados por arte
No próximo dia 22 de setembro (terça-feira), a Galeria Zé de
Dome abrirá seu leilão online (e presencial), a partir das 20h. Acompanhando a
atual forma de se fazer este tipo de evento, o renomado leiloeiro público
oficial, Marcelus Fonseca comandará as ofertas usando a plataformas de Leilões
do Brasil (Leilões BR), o que garantirá total segurança a quem preferi
participar à distância, usando o computador para a compra das peças. A Galeria
Zé de Dome Arte & Leilões é coordenada por Morgana Vieira e está localizada
na rua José de Dome, n° 61, Bairro Farolândia, Aracaju/SE. Mais informações
através dos telefones: (79) 3041-4901/(79) 9962-6039.
De acordo com Marcelus, dois dias antes (20 e 21 de
setembro), será aberta uma exposição ao público na Galeria Zé de Dome,
mostrando os 100 lotes que serão arrematados no leilão.
“Estamos proporcionando aos amantes da arte, o conforto de
acompanhar e efetuar seus lances em tempo real sem sair de casa, mas, quem
gosta do mecanismo presencial poderá comparecer até a galeria Zé de Dome.
Começaremos às 19h30 com a leitura dos termos e na sequência
iniciamos os lances. Aderir ao formato online é uma forma de modernizar esse
processo de adquirir peças de artes. O mundo inteiro já trabalha assim e
estamos trazendo isso para Sergipe, através da nossa galeria. Dessa forma
poderemos expandir a Arte e os Artistas Sergipanos por todo o Brasil e
Exterior”, explicou Marcelus.
Para fazer parte do time de artistas, a Zé de Dome
selecionou para este leilão, apenas os nomes mais representativos do cenário
artístico local e estrangeiro. Confira a lista: Adauto Machado (SE), Adelson do
Prado (BA), Anselmo Rodrigues (SE), Ará (SE), Baltazar (SE), Bene Santana (SE),
Bruno Poconé (SE), Caã (SE), Claudio Vieira (SE), Cusquenho, Dionéa (SE), Edel
Friad (SE), Edivaldo Asis (BA), Eurico Luiz (SE), Fábio Sampaio (SE), Francisco
Carlos Bernard (RJ), J. Antonio, J. Aves (SE), José Fernandes (SE), J. Inácio
(SE), J. Lima (SE), Jenner Augusto (SE), João Bosco (SE), Jordão de Oliveira
(SE), José de Dome (SE), Joubert (SE), Judite Pimentel (BA), Laís (SE),
Leonardo Alencar (SE), Daniel (SE), Mabe (SP), Márcia Guimarães (SE), Marcos
Vieira (SE), Melciades (SE), Paulo Hora (SE), Pythiu (SE), Raymundo Vieira
(SE), Rodolfo Jara (Argentina), Vitor Fabiano (SE) e Wellington (SE).
Marcelus Fonseca.
Foi nomeado Leiloeiro Público Oficial pela Junta Comercial
do Estado de Sergipe (Jucese) em 2014, com o numero de matrícula 01/2014 -
sendo o 25° Leiloeiro do Estado.
Texto e imagem reproduzidos do site: a8se.com
Artesanato molda Santana do São Francisco/SE.
Foto: Noel Lino
Publicado originalmente no site f5news, em 08/04/2012.
Artesanato molda Santana do São Francisco/SE.
Cerca de 70% da população sobrevive dos trabalhos em
cerâmica.
Por Mirella Mattos
Quem vê a grande quantidade de placas indicando a confecção
de artigos de cerâmica na Rua São José, na cidade de Santana do São Francisco,
até se admira com tantas opções. Entretanto, o logradouro não é o único reduto
do artesanato local, uma vez, essa atividade se constituiu na maior fonte de
renda do município.
Conforme dados fornecidos pela secretária de Turismo, Paloma
Lima, cerca de 70% da população tira seu sustento da cerâmica e com maestria.
Prova disso é que todos os artesãos visitados pela equipe de reportagem do
portal F5 News quase não dispunham de peças em seus ateliês para a
comercialização, uma vez que já estavam destinadas às encomendas, tanto para
lojas de artesanato como para atravessadores.
Ao mesmo tempo em que a venda quase que total dos artigos é
vista como algo positivo, demonstra também as perdas sofridas pelos artesãos,
que acabam vendendo suas peças a preços incompatíveis com o trabalho, deixando
grande parte dos lucros para os intermediários.
Uma solução visada pelo prefeito do município, Ricardo
Roriz, a fim de diminuir as desigualdades e a desvalorização dos trabalhos, é
promover a profissionalização da atividade.
As barreiras atribuídas pelo próprio sistema parecem nada
significar para os profissionais que seguem a carreira em um misto de vocação e
necessidade. A trajetória da maioria deles é similar, começando a carreira em
ateliês de outros parentes através da função de ‘candango’, uma espécie de
aprendiz, até estarem preparados para gerenciar seus próprios negócios.
Foi assim que Wilson de Carvalho, mais conhecido na região
como Capilé, começou a sua trajetória. Hoje um dos artesãos mais requisitados
da área, é um dos poucos a fazer peças únicas, exclusivas, como também os
presépios em tamanho natural. “Comecei como candango dos meus primos e hoje
faço peças melhores do que as deles”, diz.
Questionado sobre os motivos que o levaram a se destacar na
arte, Capilé revela sempre ter tido essa busca. “O que me faz me destacar dos
outros artesãos é a minha determinação, minha procura por algo a mais. Todo
mundo aqui na comunidade se especializou em vasos e moringas, e tudo a um valor
irrisório. Eu vi na necessidade razão para criar algo diferente”, esclarece e
acrescenta que um presépio completo, a depender do tamanho e quantidade de
peças, pode custar até R$ 7 mil.
Cangaceiros
Outro que passou a investir em um nicho diferente do
experimentado pela grande fatia de artesãos foi José Soares de Melo, o
Juquinha. Atualmente ele se dedica quase que exclusivamente ao feitio de
cangaceiros. “Faço outras peças, mas a minha especialidade mesmo é o
cangaceiro. Fabricamos ao dia cerca de 20 dessas unidades”, declara.
Tradição
Exceção à regra, seu Nonô, que há 60 anos atua como artesão,
entrou no ramo já adulto e aprendeu o processo por observação. “Quanto tinha 21
anos me interessei por cerâmica depois de ver um vizinho meu fazendo”, conta.
O idoso afirma já ter mantido a meta de fazer 200 moringas
por dia durante anos, antes mesmo do advento do motor elétrico nos ateliês. “Já
fiz mais de 200 moringas por dia e vendia muito. Na época eu empurrava a roda
com o pé, hoje com o motor é mais fácil”, explica e garante que mesmo aos 81
anos tem disposição de sobra para trabalhar.
“Há pouco tempo eu caí tentando colocar umas peças no forno
e quebrei o fêmur. Fiquei mais de um mês na cama agoniado sem poder levantar e
agoniado por não poder trabalhar. Enquanto tiver condições vou continuar
trabalhando, não pretendo parar nunca”, finaliza.
Texto e imagem reproduzidos do site: f5news.com.br
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