Publicado originalmente no blog Eduardo Bastos, em
16/10/2012.
PEDRA DA ARARA - Aqui a natureza dá o espetáculo
A população de lagarto sempre se ressentiu da falta de áreas
de lazer, e de outros locais propícios ao ecoturismo. Poucos são os habitantes
de nosso município que se dão conta de que Lagarto possui lugares como o
Sabueiro e a Pedra da Arara. E muito mais raro ainda é encontrar pessoas que se
interessam em visitar esses locais para testemunhar o quanto a natureza é capaz
de esculpir obras de beleza inigualável.
Dia 20 de abril de 2012 aconteceu minha segunda visita à
Pedra da Arara, junto com um grupo de amigos. Na ocasião, fiquei sabendo que o
lugar recebeu essa denominação devido às aves do mesmo nome, que enchem com
seus gritos toda a extensão do rio Vaza-barris, e que podem ser vistas nos
ninhos e locais de moradia que as mesmas constroem nas fendas abertas nos
paredões.
A Pedra da Arara tem a forma de um grande cânion, está
localizado a cerca de 27 km da cidade de Lagarto, e marca a divisa entre
Lagarto e Macambira. O grande paredão que margeia o rio Vaza-Barris (lado
esquerdo para quem chaga de Lagarto, e lado direito para quem retorna à cidade)
se constitui numa obra natural de feição notável, esculpida durante milhares de
anos, a partir da ação das chuvas, do correr das águas do rio, da inclemência
do sol causticante, do soprar dos ventos, e do trânsito ininterrupto dos
animais.
A Pedra da Arara se constitui numa área de patrimônio
biológico de exuberância sem igual. A região é campo fértil à promoção de
estudos e pesquisas, que tenham não apenas o proposito de gerar conhecimento,
mas também de contribuir para proteção dos afluentes, da fauna e flora da
região.
Vale a pena visitar a Pedra da Arara! As estradas que dão
acesso ao lugar são esburacadas, sinuosas e traiçoeiras, denunciando que o
poder público do nosso município em nenhum momento se preocupou com a região.
Não obstante, toda a aventura de se chegar e de se sair da Pedra da Arara
(atravessando quatro vezes por dentro do Vaza-barris – inclusive com água na
altura do peito em duas das quatro travessias), acaba sendo compensada com um
mergulho em uma das piscinas naturais existentes ao longo do rio. Nesse momento
o corpo relaxa, a mente vagueia e somos confrontados com nossa pequenez diante
da grande obra esculpida pela mãe natureza.
Fotos e texto de Eduardo Bastos.
Colaborador: José Santana.
Imagens e texto reproduzidos do blog:
edubastos.blogspot.com.br
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