domingo, 6 de fevereiro de 2022

Morre a anã mais velha de Sergipe

Publicado originalmente no site DESTAQUE NOTÍCIAS, em 6 de fevereiro de 2022 


Morre a anã mais velha de Sergipe 


Dona Aninha era muito querida pela comunidade de Itabaianinha 


Dona Aninha, 97 anos de idade e considerada a anã mais velha de Sergipe, morreu após se sentir mal em sua casa, em Itabaianinha, município que abriga uma comunidade de anões. A grande concentração de pessoas com nanismo – menos de 1,40 metro de altura – vem sendo estudada desde 1994, por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe. Dona Aninha era prima do vereador Zé Miúdo Anão (PSDB), comerciante muito conhecido naquela cidade. 


A maioria dos anões de Itabaianinha reside no povoado Carretéis, porém muitos moram na zona urbana, onde trabalham nas atividades mais diversas. Dona Aninha morava no bairro Conveniência: “Ela era uma pessoa muito querida pela população”, revela Zé Miúdo Anão, político que priva da amizade do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Em 2020, o parlamentar tucano viajou 121 km, de Itabaianinha até a Barra dos Coqueiros – na Grande Aracaju – para abraçar o amigo presidente, durante a festa de inauguração da Usina Termoelétrica Porto de Sergipe I. 


Estudo da UFS 


Com objetivo de descobrir a causa do nanismo e entender a mutação genética dos anões do município de Itabaianinha, um estudo vem sendo realizado há 28 anos por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS). De acordo com o especialista em endocrinologia genética, Dr. Manuel Hermínio de Oliveira, a pesquisa registra o papel do hormônio de crescimento no organismo humano verificando um grupo de pessoas que vivem com um número muito baixo desses hormônios. 


Iniciado em 1994, o trabalho científico analisa como ocorreu a introdução de um gene mutante de anões que viviam isolados próximo a Serra de Itabaianinha, nos municípios de Riachão e Tobias Barreto. Um dos principais objetivos do estudo é desvendar as causas da mutação no gene mais importante para a produção do hormônio de crescimento para o corpo humano. A pesquisa é feita em parceria com a Universidade John Hopkins, dos EUA. 


O estudo da UFS já comprovou que o nanismo se trata de um defeito genético, uma doença recessiva, onde é preciso do gene do pai e da mãe para que a criança nasça com a doença. Porém, se trata de uma deficiência isolada nos hormônios que é passível de tratamento com hormônios de crescimento, o medicamento é dado às crianças de quatro até os 18 anos de idade. Ainda segundo o pesquisador, quando o tratamento é realizado, é possível ficar com uma estatura normal. 


Por Destaquenotícias 


Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br 

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