sábado, 6 de outubro de 2018

Especial FASC 2018: A história do Festival de Artes de São Cristóvão

Foto do primeiro FASC
 Arquivo pessoal de Ângela Ferreira.

Publicado originalmente no site da PMSC, em 05/10/2018

Especial FASC 2018: A história do Festival de Artes de São Cristóvão 

Nas ruas de pedras e espaços seculares da Cidade Mãe de Sergipe nascia em 1º de setembro de 1972, o Festival de Artes de São Cristóvão (FASC), em plena Ditadura Militar, como um espaço de vanguarda e liberdade. Embora tenha sido pensado enquanto um evento cívico, a partir da convocação do Governo Federal para que os estados e as universidades realizassem comemorações sobre os 150 anos da Independência do Brasil, o evento logo se tornou o maior núcleo cultural de Sergipe e um dos maiores festivais de artes do nordeste brasileiro.

“No ano 1972 houve um movimento nacional orquestrado pelo governo federal para homenagear e celebrar os 150 da independência do Brasil. O governo de Sergipe e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) foram convidados a pensar eventos que comungassem com esse movimento nacional. A universidade pensou em algo que celebrasse todas as linguagens culturais, como teatro, dança literatura, cinema. O FASC foi um hiato, um evento de vanguarda no Brasil da Ditadura Militar, embora tenha sido um evento vigiado, com algumas peças sendo censuradas. Os artistas queriam ousar para além de qualquer autoritarismo e o evento que surgiu como cívico, logo se tornou cultural”, destacou o historiador Thiago Fragata.

Com inspiração no modelo dos festivais de artes de outros locais, a exemplo do Festival de Marechal Deodoro, Alagoas, o reitor da UFS, na época, Luiz Bispo inaugurou o FASC tomando-o como forma de implantar a extensão universitária. A partir daí, a UFS buscou apoio com o Ministério da Educação e Cultura, Governo do Estado, governos municipais e com diversas instituições do cenário cultural e empresarial, que assumiram, conjuntamente, a realização da festa - estreitando assim a relação entre universidade e sociedade.

Divisor de águas

Exímio frequentador do FASC, Jorge do Estandarte contou como surgiu a sua relação com o Festival de Artes de São Cristóvão. “Na primeira edição do FASC eu estava no Rio de Janeiro e quando soube das notícias fiquei muito empolgado. Quando eu cheguei em São Cristóvão, para a segunda edição da festa, fui me envolvendo cada vez mais e nunca mais me afastei. O Festival de Artes era uma festa que movimentava o Brasil, foi um grande barulho na cultura do país. Eu me entreguei ao festival de artes e fico muito feliz que com a gestão do prefeito Marcos Santana o festival tenha florescido. Festival de artes é um doce na boca do sancristovense”.

Para o ex-vereador e imortal da Academia Sancristovense de Letras, Irênio Raimundo Santos, o FASC foi a grande oportunidade de apresentar o que de melhor nas artes e cultura era produzido no estado. “Através do Festival de Artes de São Cristóvão pudemos apreciar o que de melhor existia na cultura brasileira. Outras universidades se integraram ao evento, que foi uma grande novidade para o estado”, pontuou.

Realizado ininterruptamente, o FASC aconteceu durante 23 anos: de 1972 a 1995, sob tutela da UFS. Em seguida, com algumas interrupções, o festival aconteceu até 2005. Depois de um hiato de 12 anos, por iniciativa da gestão do prefeito Marcos Santana, através da Fundação de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fundact) e da Secretaria Municipal de Governo e Relações Comunitárias, o FASC ressurgiu em 2017 mantendo a parceria com a UFS, para celebrar a 34º edição, que aconteceu com sucesso de público e crítica.

Edição 2018

Este ano, a programação do 35º FASC prezou pela diversidade cultural. São mais 100 atrações nacionais e sergipanas, todas com representatividade artística para simbolizar o Brasil. Confira abaixo a programação completa do evento:

Quinta-feira (15 de novembro)

II Fórum Pensar São Cristóvão: (Organização da UFS - em breve divulgaremos a programação completa).

Palco Frei Santa Cecília (Praça do Carmo): Projeto Musical Breaktime Red Bull.

Salão de Literatura José Augusto Garcez (Largo da Matriz): Feira da Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”, Intervenção Musical Solo de gaita -  Matheus Santana, Oficina de Poesia e Fanzine com Clara de Noronha e Líria Regina, Intervenção poética “Extremamente barulhento; certos assuntos, por exemplo”, com Pedro Bomba; lançamentos de livros Edise e UFS.

Cine Trianon (Teatro Elic): Mostra de Filmes Franceses Documentário “Maio de 68, uma estranha primavera” - 90', debate sobre o documentário e as manifestações que aconteceram na França em 1968.

Salão de Artes Visuais Vesta Vianna: Exposição de Artes com os artistas: Edidelson Silva, Elias Santos, Wécio Santos, Beto Ribeiro, Naldo Teles, Jorge Luiz Barros, Fillippo Garrone, oficina de Grafitte com Buga, show com Danilo Duarte.

Beco do Amor (Largo do Amparo): Mostra Aliança Francesa - com finalistas do Festival da Canção Francesa.

Cortejo: Banda de Pífano de Aracaju, Caceteiras de Mestre Rindú, Samba de Pareia de Laranjeiras.

Casa do Folclore (exposição permanente durante todo o evento): Exposição 40 anos do Grupo de Teatro de Bonecos Mamulengo de Cheiros.

Sexta-feira (16 de novembro)

Palco João Bebe-Água (Praça São Francisco): Lira Sancristovense, Samba do Arnesto, The Baggios, Baiana System, DJ Vinicius Big John.

Palco Frei Santa Cecília (Praça do Carmo): Samba de Coco da Ilha Grande, Sergival, Luedji  Luna, Coutto Orquestra.

Salão de Literatura José Augusto Garcez (Largo da Matriz): Feira da Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”, Recital Garcez Literário com Gabriel Alves da Fonseca, oficina “Cordelistas na Peleja com Xilogravuras”, bate-papo Literatura Alternativa com Juliano Becker, Germana Araújo e Daniel Zanella (Jornal Relevo - PR).

Cine Trianon (Teatro Elic): Mostra Festivalzinho, Mostra Curta-SE Festivalzinho (Infantil), Ocupe Cidade - 20'; Ontem eu tive que morrer - 17'; Rural do Forró - 17'; Todas as cores em derredor - 23'; Dom Quixote Sergipano - 23'.

Salão de Artes Visuais Vesta Vianna: Exposição de Artes permanente, oficina de  lambe-lambe com Glasdston Barroso.

Palco Antônio Mariano (Praça da Bíblia): O Grande Circo Gentil: Cigari, Mãos que pensam, corpo que fala: Academia Só Dança, Aline Serze Vilaça.

Beco do Amor (Largo do Amparo): Vinícius Crispim, Dami Dória Quarteto, Bob Lelis e a Rural do Forró.

Cortejos: Samba de Coco da Mussuca, Parafuso, Afro Reggae, Oxalufã.

Igreja do Rosário: Renantique, DTabebuia Duo.

Sábado (17 de novembro)

Palco João Bebe-Água (Praça São Francisco): Orquestra de Atabaques de Sergipe, Quinteto de Metais Del Rey, Lenine, Céu, DJ Kaska.

Palco Frei Santa Cecília (Praça do Carmo): Samba de Moça Só, Casco, Banda Eddie, Kilodoinhame.

Salão de Literatura José Augusto Garcez (Largo da Matriz): Feira da Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”, Contação de histórias com Adriana Alencar, Oficina de Fanzine: Zé Luciano; Mulheres na Cena: Cordel e RAP com Izabel Nascimento e Bruxas do Cangaço, O Repente, com Vem Vem do Nordeste.

Cine Trianon (Teatro Elic): Mostra Festivalzinho; Mostra Curta-SE Festivalzinho (Infantil), Mostra Cinema Universitário UFS.

Salão de Artes Visuais Vesta Vianna: Exposição de Artes permanente, Sarapatel Filosófico.

Palco Antônio Mariano (Praça da Bíblia): Figo da Figueira: Grupo de Teatro de Bonecos, Mamulengo de Cheiroso, Cenário da Vida: CIA de Dança Nelson Santos.

Beco do Amor (Largo do Amparo): Voodoo Cigano, Arthur Matos, KombiSoul.

Cortejos: Reisado de São Cristóvão, Carimbó, Banda de Fanfarra Araceles, Banda de Afoxé Omo Oxum.
Igreja do Rosário: Vozes da Vitória Guga, Montalvão.

Domingo (18 de novembro)

Palco João Bebe-Água (Praça São Francisco): Orquestra Cajuína, Cidade Dormitório, Chico César, Mart’Nália.

Palco Frei Santa Cecília (Praça do Carmo): Anne Karol e Os Afrodrums, Patrícia Polayne, Rincon Sapiência, Papudo Gil e Banda.

Salão de Literatura José Augusto Garcez (Largo da Matriz): Feira da Prensa “Cordel e Imprensa Alternativa”, Cantoria para criançada com o espetáculo “Faz de Conta”, Guil Costa, Intervenção "Literatura e Mulheres Negras" com Coletivo Coralina Maria de Jesus de Pesquisa em Jornalismo e Cultura, Bate-papo com Euler Lopes sobre textos dramatúrgicos, Contação de estórias como mediação de leitura: Luiz Carlos Nascimento Hora, apresentação musical: Victor Hugo.

Cine Trianon (Teatro Elic): Mostra Festivalzinho; Mostra Curta-SE Festivalzinho (Infantil), Mostra Cinema Acessibilidade (para deficientes auditivos e visuais);

Salão de Artes Visuais Vesta Vianna: Exposição de Artes Permanente, Oficina Arte em Bordado com Naldo Teles, Batalha de Rap.

Palco Antônio Mariano (Praça da Bíblia): Evelise Batistel: Dança Cigana, O Auto da Compadecida: O Julgamento - Cia. Teatral Loucos por Loucos.

Beco do Amor (Largo do Amparo): Pífano de Pife, Luno Torres.

Cortejos: Samba de Coco da Paz, Taieiras de São Cristóvão, Afoxé de Preto.

Igreja do Rosário: Tríade BR, Grupo Chorinho Cidade Histórica.

Fotos da 34ª edição: Danielle Pereira/ Márcio Garcez.

Patrícia Polayne


Prefeito Marcos Santana


Julico da The Baggios


 Irênio Raimundo Santos 

Thiago Fragata

Seu Jorge


Pedrinho Mendonça

Texto e fotos reproduzidos do site: saocristovao.se.gov.br

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Thaís Bezerra ENTREVISTA Jouberto Uchôa

Foto: Divulgação

Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 3 de outubro de 2018

TB entrevista Jouberto Uchôa

O marco dos 40 anos de jornalismo sergipano praticado com ética, garra e responsabilidade neste caderno semanal rememora instituições genuínas do Estado que atuam com lisura, como a Universidade Tiradentes. Em 2018, a Unit comemorou 56 anos de história e vem se destacando cada vez mais pelo alto nível de qualificação do corpo docente e das modernas instalações. Vamos conhecer mais essa história pelo olhar de seu magnífico reitor, professor Jouberto Uchôa de Mendonça.

THAIS BEZERRA – A maioria das empresas contratantes de Sergipe já sabe que se o profissional for egresso da Unit, é sinônimo de mão de obra qualificada. Sempre foi assim?

JOUBERTO UCHÔA – Não foi sempre assim. Foi preciso muita luta e trabalho para que alcançássemos esse patamar. Tudo começou no ano de 1962, há 56 anos, com a criação do Colégio Tiradentes, que foi alçado à faculdade em 1972 e à universidade em 1994. A partir daquele instante, sabíamos que a responsabilidade com a qualidade do ensino só aumentaria, e passamos a ter atuação em quase todos os estados do Nordeste, com a consolidação do Grupo Tiradentes em Alagoas, Pernambuco e Boston, nos Estados Unidos.

TB – Como está estruturado o Grupo Tiradentes?

JU – Hoje, além da Universidade Tiradentes, o Grupo Tiradentes mantém a Faculdade São Luís de França, em Aracaju; o Centro Universitário Tiradentes, em Maceió (AL); e a Faculdade Integrada de Pernambuco, no Recife. Juntas, as instituições ultrapassam a marca de 55 mil universitários. Só na Unit Sergipe há mais de 38 mil alunos em mais de 60 graduações, MBAs e programas de mestrado e doutorado. Acredito que a partir de tantos esforços em prol da qualidade do ensino superior no Brasil e além-fronteiras, com a inauguração do Tiradentes Institute, em Boston, possamos contribuir cada vez mais na qualificação e globalização do cidadão.

TB – Como o senhor disse, a qualidade da Unit tem ultrapassado fronteiras e cada vez mais se posiciona no mundo. De que forma?

JU – Professores e alunos de graduação e pós-graduação da Unit percorrem o mundo, produzem ciência e tecnologia em parceria com renomados pesquisadores, das mais bem conceituadas instituições de ensino superior do mundo, em países como Estados Unidos; Canadá; Portugal; Espanha; França; República Tcheca; Bélgica; Suécia; Alemanha; Itália; Holanda; Colômbia; Peru e Chile. No mercado profissional, talentos formados pela nossa Unit atuam em multinacionais como Google, Volkswagen e Microsoft.

TB – Quais são os projetos relacionados à tecnologia?

JU – Atualmente, estamos com o Google for Education, investindo nos educadores do futuro, capacitando nossos alunos de licenciaturas para que se qualifiquem com o programa de formação Google (certificação internacional que os coloca em pé de igualdade com os de demais países). Estamos preparando ações de inovação como o Inovation Center, um grande empreendimento que em breve inauguraremos no campus Farolândia. A Unit busca colaborar com a história da transformação digital da educação superior. 

TB – A Unit oferece serviços de saúde gratuitos à sociedade e ensino básico a crianças e adolescentes do Bairro Industrial. Como?

JU – Nossos alunos aprendem em sala de aula e em laboratórios de alta tecnologia destinados a cada área de ensino e colocam todo conhecimento em prática em nossa estrutura de extensão universitária, compreendida por: Clínica de Psicologia; Laboratório Central de Biomedicina; Núcleo de Práticas Jurídicas e Centro de Educação e Saúde Ninota Garcia. São atendimentos de saúde gratuitos e de qualidade. Este último, registrado no Conselho Estadual da Educação de Sergipe, já foi destaque nacional na Provinha Brasil (MEC) e foi totalmente revitalizado em junho. Entendemos que a comunidade pode desfrutar desse conhecimento, supervisionado sempre por professores, com muita dignidade. Afinal, os estudantes aplicam, com muito carinho, na prática o conhecimento adquirido em sala de aula. É um orgulho!

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net/thais-bezerra

Curva do Girassol desperta o olhar de visitantes durante a primavera

A assessora técnica da Sema, Izabel Melo, 
foi quem teve a ideia de plantar as sementes de girassol
 para anunciar a chegada da Primavera, 
no Parque Augusto Franco

Os aposentados Valdice Nascimento 
e Methanias Colaço ficaram 
encantados com a Curva do Girassol 


 A funcionária pública Sheila de Melo visitou 
o lugar por incentivo da filha 

 Segundo o coordenador do Horto, Vitor Melo,
os girassóis fazem parte do calendário do Parque Augusto Franco


Fotos: Marco Vieira e Sílvio Rocha

Publicado originalmente pela Agência Aracaju de Notícias, em 04/10/2018

Curva do Girassol desperta o olhar de visitantes durante a primavera

Eles são vistos de longe e encantam pela beleza. Quando desabrocham o cenário resplandece. Não é à toa, a admiração de quem visita o lugar. Os aposentados Valdice Nascimento e Methanias Colaço são verdadeiros apreciadores da natureza. “Os girassóis são tão lindos quanto a nossa relação. Somos casados há 50 anos e nunca deixamos o romantismo se perder. Amamos a natureza e mais ainda os girassóis. Eles nos inspiram, proporcionam paz, harmonia e felicidade”, contou Methanias Colaço.

Há cinco anos, durante o inverno, sementes de girassol são plantadas no local para que floresçam na primavera. Esse espetáculo ocorre no lugar batizado como ‘Curva do Girassol’, no Parque Augusto Franco (Parque da Sementeira), administrado pela Prefeitura de Aracaju, através da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). É também no parque onde está localizado o Horto Municipal, de competência da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema).

Quem cuida de tudo isso é a engenheira agrônoma e assessora técnica Sema, Izabel Melo. Veio dela a ideia de plantar as sementes, de proporcionar esses momentos grandiosos.  “Eu sou apaixonada pela natureza e pensei em plantar algo para marcar a chegada da primavera, no Parque da Sementeira. Foi aí que surgiu a ideia do girassol. Utilizamos adubo orgânico para que as sementes pudessem germinar e produzir plantas mais saudáveis. Como o solo é muito arenoso, a gente irriga todos os dias”, explicou.

Visitação

O Parque Augusto Franco está aberto para visitação diariamente, das 5h às 21h45. De acordo com o coordenador do Horto, Vitor Melo, os girassóis fazem parte do calendário da Sementeira. As pessoas sabem que neste período, tem esse colorido especial. “O visitante vem e faz foto e avisa a outras pessoas. Fica bem movimentado por aqui. O girassol parece ter um ímã, ele puxa a pessoa. É muito interessante”, destacou.

A funcionária pública Sheila de Melo Santos mora no bairro São José. Ela foi à Sementeira depois que a filha Raíssa Melo mostrou registros da espécie que fez no fim do mês de setembro. “A minha menina chegou em casa falando dos girassóis. Eu fiquei muito curiosa e não hesitei. Já fizemos fotos para guardar de recordação. Estou impressionada com a energia que a planta nos traz. Valeu à pena vir até aqui”, afirmou.

Segundo a estudante Raíssa Melo, sentir a energia do girassol é uma sensação única. Por esse motivo, ela fez questão de convidar a mãe para conhecer o lugar. “Soube que quando anoitece, o girassol se fecha. Na luz, ele se abre. Isso daqui é maravilhoso. Eu fiquei encantada. Não tem como não achar perfeito esse presente de Deus. Tem coisas que realmente são difíceis de explicar”, colocou.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

João Costa, quilombola e concludente em Medicina pela UFS

Espero que este relato sirva de incentivo para 
aqueles que desejem realizar seus sonhos, 
por mais que pareçam impossíveis

  Primeiros anos do curso, aos 17 anos.

 No Pré-Seed de Simão Dias, ele entregou o convite aos
 professores e conversou com os alunos.

João com os professores do Campus de Lagarto, da UFS. 

João Costa com os avós, Rita Maria e Luis José. 

João está com os pais, Josefa Maria e Mário César. 
Fotos: Facebook

Publicado originalmente no site Fan F1, em 04/08/2018 

“A educação me levou a vencer uma batalha”, João Costa, quilombola e concludente em Medicina pela UFS

Por Célia Silva

Este mês de agosto será especial para João Santos Costa. No dia 28, ele estará colando grau em Medicina pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) com menção de louvor aos 24 anos de idade e com uma história de superação que compartilhou em uma rede social.

João Santos Costa é quilombola, filho de pais lavradores e de uma extensa família muito pobre composta por 11 filhos. Ele nasceu no povoado Sitio Alto, município de Simão Dias (SE), foi aluno de escola pública e ingressou na UFS pelo sistema de cotas, implantado em 2010, na Federal de Sergipe. Em conversa com o Fan F1, disse que pretende se especializar em cardiologia e trabalhar na região onde nasceu e estudou.

Confira o relato na íntegra:

Eu, João Santos Costa, negro, quilombola, filho de lavradores, nascido e criado na roça, filho do meio e integrante de uma família humilde composta por 11 irmãos e rodeada pela pobreza, chego ao fim de uma enorme batalha!

Atualmente com 24 anos de idade, sou oriundo da cidade de Simão Dias-Sergipe, nascido e crescido no povoado Sítio Alto, uma comunidade autodeclarada quilombola, formada por descendentes de escravos e que desde sua criação foi assolada pela pobreza e por precárias condições de vida e moradia. Desde criança já sabia que para poder melhorar a minha condição social e a da minha família teria que sair do paradigma que era comum onde eu morava (trabalhar na roça para prover o sustento) e me aventurar no mundo da educação e do conhecimento.

Confesso que não foi fácil nascer em uma família grande, pobre, que nem conseguia manter minimamente os filhos com itens básicos como alimentação e vestimenta e ainda conseguir estudar, principalmente para meus pais, analfabetos que mal conseguem assinar o próprio nome. Chegar na faculdade então? Uma utopia. Morava em uma comunidade em que poucos haviam chegado ao ensino médio, quiçá chegar à Universidade Federal.

Lembro-me que haviam momentos em que eu não sabia o que comeria no decorrer do dia, nem o que vestiria para ir estudar, nem se teria sapatos para calçar, mas eu nem pensava em faltar às aulas e muito menos em usar tais obstáculos como empecilhos para não buscar conhecimento e mudar de vida!

Mesmo estudando ainda assim trabalhava na lavoura, principalmente no período das férias escolares. Gostava muito de estudar e de frequentar a escola, porém o que prevalecia no momento era a vontade de sair da labuta desgastante, e mesmo assim louvável, que era a vida na roça. Outro ponto importante era a necessidade de poder proporcionar uma vida melhor e menos sofrida àquelas pessoas que tanto fizeram por mim e por meus irmãos: os meus pais.

Inicialmente sofri um pouco de resistência em virtude da situação familiar e das adversidades financeiras da época, mas me destacava cada vez mais na escola, pois sabia que a única opção para uma ascensão social e financeira era por meio dos estudos. Não desmereço a vida na lavoura pois foi graças a ela e aos esforços dos meus pais que cheguei aqui. Eles foram peças fundamentais para minha vitória! Muitas vezes os presenciei abdicando de suas refeições para proporcionarem o dejejum aos inúmeros filhos, para comprarem materiais escolares e proverem vestimentas, tudo muito simples, mas de coração. Não foi fácil!

Ao contrário de grande parte dos colegas de curso, estudei todo o meu ensino fundamental e médio em escola pública, com suas deficiências estruturais e de corpo docente. Porém, o importante é que nessa caminhada tive a sorte de encontrar pessoas compromissadas e que honraram a profissão. Agradeço de coração a cada um dos professores que conheci, que além de compartilharem seus conhecimentos científicos e materiais didáticos, compartilharam lições de cidadania, comportamento e empatia, e não menos importante, me prepararam para vida! Sem o apoio de cada um de vocês eu não poderia ter alçado meu voo e não teria chegado onde cheguei!

Estudei, estudei, estudei e os resultados chegaram! Aprovado com louvor no ensino fundamental e no médio! Até hoje tenho um amor enorme pelos professores e funcionários das escolas por onde passei.

Consegui meu primeiro emprego no último ano do ensino médio, uma época maravilhosa em minha vida. Vivia a dicotomia entre estudar para o ensino médio e trabalhar meio turno na Promotoria de Justiça de Simão Dias, estágio remunerado conseguido por méritos e fruto do meu desempenho acadêmico na escola estadual Dr. Milton Dortas, lugar onde eu estudava na ocasião. Percebi neste momento que se quisesse realizar o que tanto almejava teria que me esforçar cada vez mais e mais.

Apesar das dificuldades enfrentadas, como a falta de professores, matérias não dadas, calendário acadêmico atrasado e o estágio na promotoria, me aventurei no vestibular na tentativa de realizar meu sonho, que era entrar na universidade. Muitas vezes me questionava se seria possível, se eu era capaz. Recebi muitos comentários desencorajadores, de pessoas próximas inclusive, pelo fato de ser uma pessoa pobre, vindo da roça, negro e proveniente de escola pública. Conseguir cursar medicina? Muitos consideraram improvável! Mas Deus e o destino foram maravilhosos comigo, proveram pessoas que me apoiaram e me incentivaram, que acreditaram no meu potencial e que me instigaram a provar para mim e para os incrédulos que eu conseguiria, e eu consegui!

O ápice foi a aprovação aos 17 anos de idade, em terceiro lugar, no curso de medicina da Universidade Federal de Sergipe, campus de Lagarto; curso que estou terminando com louvor e colhendo os frutos da minha dedicação e empenho. A aprovação no vestibular foi “O marco” em minha vida! Muita coisa estava em jogo, não só o meu futuro, mas também o da minha família.

Hoje em dia as coisas estão um pouco melhores, mas a minha família ainda passa por dificuldades, já que o sustento ainda é provido pelo trabalho na roça e por benefícios sociais de distribuição de renda. Sabia que cursar medicina teria seus custos, mas não me deixei abalar, corri atrás dos meus direitos sociais e me inscrevi no programa de residência universitária disponibilizado pela UFS e na bolsa permanência disponibilizada pelo MEC. Tenho o orgulho de dizer que não estressei meus pais com despesas nesses anos longe de casa, pois sabia que eles não teriam condições de arcar e que eu estaria tirando recursos que poderiam ser utilizados na criação dos meus irmãos.

Foram seis longos anos cheios de experiências agradáveis e desagradáveis, além de quatro greves, pois nada na vida é fácil. Conheci pessoas fantásticas, professores maravilhosos e assimilei lições importantes. Apanhei muito, não fisicamente, mas mentalmente. Horas de sono perdidas, matérias infinitas, tutoriais complexos. Mas tentei sempre extrair o que de bom existia nas adversidades, pois sabia que o mais difícil era conseguir passar no vestibular.

No pouco que vivi aprendi que quando as dificuldades baterem na sua porta deixe-as entrar! Nada melhor que os desafios para instigar a evolução humana. Acredito que se eu não tivesse tantas dificuldades não estaria me graduando em medicina, curso ainda elitizado e estereotipado em nossa sociedade. Mas a vida apenas está começando, o aprendizado sempre continua e nada é como antes.

Consegui suplantar os entraves proporcionados pela pobreza e pelo preconceito e hoje tenho orgulho de dizer que graças aos meus esforços e ao apoio de pessoas maravilhosas o negro saiu da “senzala”, o pobre saiu da roça e o aluno de escola pública está se formando em medicina em uma Universidade Federal.

Espero que este relato sirva de incentivo para aqueles que desejem realizar seus sonhos, por mais que pareçam impossíveis. Muito obrigado a todos que fizeram parte deste caminho até aqui, sem vocês e sem Deus eu não conseguiria.

Texto e imagens reproduzidos do site: fanf1.com.br

Grupo Vocal Staccato celebra 30 anos com clássicos da trajetória


Publicado originalmente no site Fan F1, em 01/10/2018 

Grupo Vocal Staccato celebra 30 anos com clássicos da trajetória

Por Jessika Cruz

O ano foi 1987. Amantes da música vocal se reuniram, de forma independente, para criar um grupo com grande qualidade técnica e participar de festivais competitivos pelo Brasil. Assim nasceu o Grupo Vocal Staccato sempre se destacando e honrando o nome de Sergipe além-fronteiras.

Com 30 anos de inteira dedicação à interpretação de músicas de refinadas composições eruditas ou autêntico sentimento popular, o Grupo Vocal Staccato tem participado ativamente do movimento coral brasileiro, marcando presença nos mais importantes encontros e festivais do país, como os Festivais de Corais de Pernambuco – desde a 1ª à 6ª versão; 1º Concurso de Canto Coral da Funarte, no Rio de Janeiro; 1º Festival Internacional de Coros de Santa Catarina; •13º Internacional de Porto Alegre, entre outros.

Após um recesso de oito anos, o grupo reiniciou suas atividades, em 2017, tendo como objetivo principal comemorar, com um concerto, os seus 30 anos de existência, bem como participar de encontros e festivais pelo Brasil. O V Staccato em Concerto – 30 anos, acontece no próximo dia 19 de outubro, às 19h30 min, na Sociedade Semear, com entrada franca.

No repertório, o Staccato vai apresentar as músicas que fizeram parte do repertório ao longo dos 30 anos, entre elas renascenças e canções populares, sob a regência de Nádia Seixas. O concerto ainda terá a participação do Coral CantIFS, Grupo Vocal Vivace, Coral Vox Populi, Coro Sinfônico da ORSSE e o Grupo Vocal Plena Voce.

Texto e imagem reproduzidos do site: fanf1.com.br

Arquivo Público:obra prioriza acessibilidade e prevenção a incêndio

O Arquivo Público está recebendo investimentos 
de R$ 900 mil, custeados pela 
Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) 
Foto: Jorge Henrique/ASN

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 2 de outubro de 2018

Arquivo Público:obra prioriza acessibilidade e prevenção a incêndio 

As obras de recuperação do Arquivo Público de Sergipe, espaço público de responsabilidade do governo do Estado, está em fase de conclusão. Instalado num prédio de 1936, situado na Praça Fausto Cardoso, o Arquivo Público está recebendo investimentos de R$ 900 mil, custeados pela Centrais Elétricas de Sergipe (Celse) e com acompanhamento técnico das Secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da Infraestrutura (Seinfra).

Ao se instalar em Sergipe, o Governo e a Centrais Elétricas celebraram Protocolo de Intenções para promover ações de preservação do patrimônio cultural e histórico de espaços públicos que integram o meio ambiente cultural do Estado de Sergipe. O Protocolo tem duração de cinco anos e, através dele, a empresa assegurou fazer a reforma do Teatro Tobias Barreto, da Biblioteca Pública Epifânio Dória e do Arquivo Público de Sergipe.

O Arquivo Público é uma instituição que está encarregada de guardar, preservar e dar publicidade aos documentos produzidos pelo poder executivo ao longo da sua história.

Segundo o diretor do Arquivo Público de Sergipe, Milton Barbosa, a reforma demonstra a preocupação do governo do Estado com as gerações futuras, no acesso à informação. “O Arquivo Público abriga toda a documentação referente por exemplo, à educação. Então,  tudo que você imaginar sobre educação no estado de Sergipe, desde 1808 para cá, tem sido guardado dentro desse prédio”.

O Arquivo tem alimentado pesquisas, entre monografias de conclusão de curso, dissertação de mestrado, teses de doutorado, dentro e fora do estado, e até pesquisas de estudiosos de outros países.

“ A reforma irá contribuir para o melhor armazenamento do acervo. Para se ter uma ideia, o Arquivo Público possui uma escritura de compra e venda de uma propriedade rural de 1673.  Além disso, temos a coleção do pesquisador Sebrão Sobrinho digitalizada na íntegra, do jurista Gumercindo Bessa, de documentos do poeta Freire Ribeiro e do pesquisador e historiador Epifânio Dória, entre outros. Além de digitalizado todo o diário oficial impresso em Sergipe, desde a primeira edição em 1895, até o último circulado em formato impresso, em dezembro de 2012 ”, revelou Milton Barbosa.

Ainda segundo o diretor do Arquivo Público, a reforma possibilitará a preservação de um dos poucos prédios em Sergipe, que trazem características arquitetônicas da Arte Déco. “O prédio do Arquivo Público traz uma beleza arquitetônica antiga, além de dialogar com um todo um complexo histórico do Centro de Aracaju,  que compõe a Praça Fausto Cardoso, o Palácio Museu Olímpio Campos, entre outros prédios”, enfatizou.

Para o representante da Celse, engenheiro Fábio Pimentel, o protocolo foi focado na preservação de prédios culturais como o Arquivo Público, Biblioteca Pública e o Teatro Tobias Barreto.  “Aqui, no Arquivo Público, estamos trabalhando numa obra que é tombada. Então, a gente tem toda uma preocupação com a arquitetura e acervo. Com isso, a gente percebe o papel social da própria Celse na preservação da história e da continuidade cultural, através desse protocolo. Existe um olhar, todo especial, para essas obras culturais. A direção da Celse podia estar entregando outras coisas, mas justamente a parte cultural foi o nosso foco”, ressaltou.

Acessibilidade e prevenção de Incêndios

A reforma prevê a recuperação da estrutura física do imóvel, aquisição de máquinas e elevador, recuperação do auditório e pintura geral do imóvel, entre as principais intervenções.

Para o engenheiro responsável pela obra, Ricardo Rocha, o maior desafio tem sido adaptar o prédio às novas necessidades técnicas e preservar as características históricas. “Por se tratar de um prédio tombado, encaramos de cara um grande desafio. O Arquivo Público é um prédio muito antigo, com inauguração em 1936. Então, muitas coisas que a gente encontrou aqui, são de um método de construção do passado, que hoje não se constrói mais. E nós tivemos que considerar essas características e adaptar aos novos padrões, sem perder as características arquitetônicas. Fizemos a reforma de toda a estrutura, da pintura, que estava muito desgastada. Refizemos a instalação elétrica e hidráulica, já que não estava mais de acordo com as normas técnicas. Além disso, tivemos outro desafio, que foi a questão da acessibilidade, um ponto forte da nossa reforma”, explicou o engenheiro.

A obra priorizou as adequações referentes à acessibilidade e, desta maneira, a obra traz a instalação do piso táctil, barras de proteção e adequações dos banheiros e sirenes. A obra compreende também um elevador plataforma, com capacidade de para um cadeirante e mais três acompanhantes. Além disso, o auditório que é da década de 30, também está recebendo acessibilidade, com plataforma de elevação para cadeirantes e cadeiras para pessoas com obesidade.

“Do ponto de vista da acessibilidade, o projeto está tendo toda uma preocupação para que ninguém seja discriminado na hora de acessar os dados, que é dever do estado oferecer”, disse o diretor Milton Barbosa.

Outra característica importante na execução da reforma, foi com relação ao sistema de prevenção a acidentes. “Como o prédio é antigo, ele não estava adaptado à questão de prevenção de incêndio. Então, nós fizemos um novo projeto durante a execução da obra e encaminhamos ao Corpo de Bombeiros para aprovação. Com isso, o Arquivo atenderá a todas as normas de prevenção de incêndio, com detectores de fumaça, hidrantes de passeio, sirenes, sensores de alarmes e placas indicativas. Um projeto complexo, mas que atendeu todas as normas exigidas sem prejudicar as características de tombamento do prédio”, revelou o engenheiro Ricardo Rocha.

Sobre o Arquivo Público

O Arquivo Público de Sergipe (APES) tem sua origem na Seção de Arquivo da Biblioteca Pública Provincial, criada em 1848. No Governo de Mauricio Graccho Cardoso, em 1923, foi criado o Arquivo Público do Estado. Em 1926, o Arquivo volta à condição de Seção da Biblioteca Pública, mantendo-se nesta situação até 1945. O imóvel que hoje abriga o Arquivo Público, o Palácio Carvalho Neto, foi construído 1936 em estilo rococó, para abrigar a Biblioteca Pública e a secção do Arquivo Público. Em 1947 o Arquivo Público muda-se para o imóvel que hoje sedia a Escola do Legislativo (antiga Assembleia Legislativa). A situação permaneceu até 1974, quando foi construído um novo prédio para a Biblioteca Epifânio Dória, no bairro 13 de julho. A Biblioteca mudou-se e o Arquivo Público passou a ocupar sozinho o Palácio Carvalho Neto.

Fonte: ascom ASN

Texto e imagem reproduzidos do site:  infonet.com.br

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Artesãs recebem máquinas que facilitam produção de renda irlandesa

 Máquinas trançadeiras que foram entregues 

 Maria José de Souza, presidente da Asderen 

Katarina Aragão (à esquerda) e Kátia Bogéa ( à direita), 
apresentando à máquina
Fotos: Portal Infonet

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 2 de outubro de 2018

Artesãs recebem máquinas que facilitam produção de renda irlandesa

O Museu da Gente Sergipana foi cenário de um momento importante para a cultura do estado: a entrega de dez máquinas trançadeiras para produção do Iacê (um cordão achatado, sedoso e flexível que é matéria-prima essencial para as rendeiras). Durante o evento, na tarde desta terça-feira, 02, houve apresentações artísticas de grupos culturais dos municípios de Divina Pastora e Laranjeiras. Logo em seguida, ocorreu um cerimonial para entrega das máquinas.

Para a presidente da Associação para o Desenvolvimento da Renda Irlandesa de Divina Pastora (Asderen), Maria José de Souza, o momento celebra a independência no modo de  fazer o Iacê e, com isso, uma melhor qualidade no resultado das rendas. “Antes, dependíamos de uma fábrica do Rio de Janeiro que fazia como e quando queria. Não tínhamos autonomia nenhuma sobre nossa matéria-prima”, conta.

Com o empenho e atuação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi dado um passo importante para que as rendeiras pudessem retomar a qualidade dos seus produtos. “Foi através da salvaguarda do Iphan, que nós conseguimos as máquinas. Foi um trabalho de 10 anos. Agora nós detemos o poder de fazer o Iacê”, comemora.

Durante o cerimonial que antecedeu a entrega das máquinas, a presidente nacional do Iphan, Kátia Bogéa, e a superintendente do Iphan-SE, Katarina Aragão, relataram o o descaso da política em relação à cultura e a renda irlandesa, que é considerada Patrimônio Imaterial do Brasil desde 2009. “Nós estamos às vésperas de uma eleição e eu me dei o trabalho de ler o programa de governo de cada candidato. De todos, apenas quatro falavam levemente sobre à cultura. Alguns propunham inclusive a extinção do Ministério da Cultura (MinC). Nenhum falou sobre o patrimônio cultural brasileiro”, lamenta Kátia Bogéa.

Para a superintendente do Iphan-SE, Katarina Aragão, o trabalho ardoroso das mulheres artesãs alçou acultura sergipana ao grande reconhecimento. “Essas mulheres levaram o estado de Sergipe, através do modo de fazer renda, a ser reconhecido nacionalmente pela sua arte”, destaca.

O evento ainda contou com a reprodução de um vídeo protagonizado por mulheres rendeiras que contavam como suas histórias se entrelaçavam com o fazer da renda irlandesa.

Por João Paulo Schneider e Verlane Estácio

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

Parque da Sementeira - Espaço de convivência dos aracajuanos




 Alunos de uma escola particular comemoraram a 
chegada da primavera com um piquenique

 A Sementeira é um local que proporciona aos nossos 
alunos uma vivência diferente - Zilda Mendonça,
 coordenadora pedagógica

 Realizamos com frequência eventos no Parque da Sementeira,
 por ser um lugar com boa localização - Ilgo Max, 
coordenador de uma rede de academias

O parque tem uma estrutura ótima para eventos 
- Luciana Matos,  coordenadora do curso de Ciências Contábeis


 Dona Lygia Maynard, fundadora da Apada, 
elogiou a organização do parque

As ações de revitalização da Sementeira estão 
incluídas no Planejamento Estratégico da
administração municipal - Luiz Roberto Dantas, 
presidente da Emsurb

Para a realização de eventos, é necessário fazer a solicitação
 por meio de ofício, junto ao setor de Protocolo, localizado 
na portaria do parque - Maria Arcieri, coordenadora do parque
Fotos: Felipe Goettenauer

Publicado originalmente no site da PMA, em 03/10/2018

Parque da Sementeira se consolida como espaço de convivência entre os aracajuanos

Em Aracaju, a população conta com um espaço que reúne lazer e bem-estar, itens fundamentais para a construção de uma cidade mais humana. É o Parque Governador Augusto Franco, popularmente chamado de Parque da Sementeira, que disponibiliza cerca de 400 mil metros quadrados de área verde para aqueles que apreciam o contato direto com a natureza.

O local, que é administrado pela Prefeitura de Aracaju, através da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), vem se configurando, na gestão do prefeito Edvaldo Nogueira, como um dos principais espaços para eventos esportivos, culturais e que promovem a convivência em família. Segundo a coordenação do parque, nos últimos seis meses, o número de solicitações para eventos triplicou, saindo de 15 no mês de abril, para 67, somente no mês de setembro.

"O Parque da Sementeira já se consolidou como opção de lazer para os aracajuanos, por ser um local agradável e que possibilita a realização de eventos gratuitos. Para isso, é necessário reservar o espaço por meio de ofício, junto ao setor de Protocolo, localizado na portaria. Fazemos uma avaliação a respeito da estrutura que será utilizada pelos organizadores para que não danifique o parque e, somente após isso, concedemos a autorização", explicou a coordenadora do espaço, Maria Arcieri.

Os visitantes podem contar com uma estrutura com parque infantil, campo de futebol, quadra poliesportiva, área para a prática de vôlei de praia, oito quiosques, pista para caminhada ou corrida e píer em frente ao lago. Podem contemplar também mais de 110 espécies de árvores frutíferas, floríferas e nativas da Mata Atlântica, e ainda aves exóticas e pequenos animais.

Contato com a natureza

Promover uma manhã recheada de conhecimento e contato com a natureza. Este foi o objetivo de uma escola particular, localizada no bairro Jardins, ao realizar, nas dependências do parque um piquenique em comemoração à chegada da primavera para os alunos do ensino fundamental. " A Sementeira é um local que proporciona aos nossos alunos uma vivência diferente. Aqui eles sentem a liberdade e o contato com o meio ambiente. Fazemos vários eventos no parque devido à segurança e também à proximidade com a escola", comentou a coordenadora pedagógica, Zilda Mendonça.

Por oferecer um amplo espaço para atividades físicas, o parque também vem caindo no gosto dos organizadores de eventos com essa temática. "Realizamos com frequência eventos no Parque da Sementeira, por ser um lugar com boa localização e que estabelece o contato com a natureza", contou o profissional de Educação Física e coordenador de uma rede de academias da cidade, Ilgo Max. No próximo dia 27, a rede irá reunir mais de 100 alunos para um desafio de atividades que incentivam o bem-estar.

A ótima localização do parque também foi um dos fatores que levaram a coordenação de uma faculdade da capital à escolha pelo espaço. "Quando elaboramos o projeto para a caminhada em alusão ao Dia do Contador, no último dia 22 de setembro, pensamos de imediato no Parque da Sementeira. Lá tinha toda a estrutura que precisávamos para nosso evento: fácil acesso, estacionamento próprio, além do convívio com o meio ambiente. Foi um dia especial para nossos alunos", destacou a coordenadora do curso de Ciências Contábeis, Luciana Matos.

"Os aracajuanos precisam conhecer e desfrutar mais do Parque da Sementeira. É um local agradável para todo tipo de comemoração. Tão logo fiz a reserva do espaço, fui atendida pela administração do parque num curto espaço de tempo. Utilizei um dos quiosques e no dia do evento, encontramos tudo organizado e os banheiros em boas condições", falou satisfeita dona Lygia Maynard, fundadora da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos de Sergipe (Apada).

Melhorias

A revitalização do Parque da Sementeira está inserida no Planejamento Estratégico da administração municipal. “A ampliação da área de lazer do Parque faz parte do projeto 34 e já vinha sendo estudada por nós, uma vez que integra o Planejamento Estratégico. As principais premissas são a ampliação da área para esportes, aumento da área do Parque Botânico e do Horto, tornando o parque mais atrativo”, enfatizou o presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas.

Diariamente, uma equipe composta por 35 funcionários, coordenados pela Diretoria de Operações, realiza os cuidados nas áreas verdes e no gramado do campo de futebol, que foi recuperado. Além disso, no primeiro semestre deste ano, foi executada a troca de todas as lâmpadas queimadas dos postes de concreto e galvanizados na área interna do parque, dando mais segurança aos que utilizam do espaço no período da noite.

Os três módulos de banheiros de um dos pontos turísticos da capital também receberam reparos. Foi realizada a reposição das lâmpadas, revisão da rede elétrica, reforma no telhado, substituição de portas e demais acessórios sanitários que estavam danificados. As questões de acessibilidade também recebem atenção especial da administração do local e, por isso, um dos módulos está sendo adaptado para pessoas com deficiência física.

Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Jornal da Cidade ENTREVISTA Marcos Cardoso


Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 01 de outubro de 2018

Marcos Cardoso: “Estou disposto a enveredar por outros caminhos das letras”

Marcos maturou a obra por alguns anos e a tornou pública para despertar curiosidade, estimular a empatia e compartilhar ‘mensagem de esperança’.

Com mais de 30 anos de Jornalismo e o gosto pela literatura, o jornalista Marcos Cardoso lançou ontem, 28, o primeiro romance, ‘O Anofelino Solerte’, num novo encontro com as letras e a escrita. Cronista, poeta e sábio em informar a realidade em volta, Marcos maturou a obra por alguns anos e a tornou pública para despertar curiosidade, estimular a empatia e compartilhar ‘mensagem de esperança’. É um novo caminho em lidar com a literatura e ele se diz de mente fervilhando, pesquisas em curso e ‘caneta em punho’ (ou dedos ligeiros ao teclado!) para escrever um novo romance. É sobre o livro, inspirações e mais passos que o autor conversou com o JORNAL DA CIDADE. Boa leitura!
                                  
JORNAL DA CIDADE - Primeiro romance após mais de 30 anos dedicados a escrever sobre a realidade em volta, seja no jornalismo ou na atividade de assessoria de comunicação, foi um desafio prazeroso?

MARCOS CARDOSO - Muito prazeroso, mas de uma exigência muito grande. Há muito tempo eu gosto de lidar com literatura, escrevi poesias, crônicas e contos, e desde sempre desejava escrever um romance. As ideias ficaram martelando e crescendo na minha cabeça e nas anotações. Um dia, sentei e escrevi, quase de uma sentada. Mas quando acabei não tive coragem de publicar. A criação ficou maturando outros tantos anos até eu tornar pública.

JC - “O Anofelino Solerte” como escolha do nome do livro surgiu antes ou depois do texto escrito? Com ele você acreditou ser um convite à curiosidade do leitor pela obra ou pelo significado ‘aureliano’ de cada palavra?

MC - O título nasceu simultâneo à ideia da narrativa, porque tem relação com o protagonista. Parece estranho, mas é provocador e, pelo que tenho percebido, desperta curiosidade. Então, acho que tá (sic!) valendo. Para quem me pergunta o que significa, digo: tem que ler o livro para compreender.

JC - A obra chega como um ‘inseticida’ às dificuldades enfrentadas na vivência nossa de cada dia ou como um ‘bom ar’ à sobrevivência humana?

MC - É um romance de formação, que trata de crescimento e descobertas dos prazeres e dores da vida. Mas, a mensagem é de esperança.

JC - Ainda que fictício, o pequeno burguês tem inspirações reais no crescimento do autor, encontros e desencontros de amigos, colegas e tantas histórias que já noticiou?

MC - Uma obra de ficção também transpira as verdades do autor, suas experiências de vida, as sensações e sentidos que experimentou. Não é um livro biográfico, mas minhas verdades também estão ali.

JC - O gênero literário foi de bom aceite ao seu modo de expressar a própria escrita? E ele significa o primeiro passo para um caminho longo a percorrer?

MC - Espero que sim. Depois de mais de 30 anos dedicados quase exclusivamente ao Jornalismo, essa atividade tão bonita que pulsa nas minhas veias, estou disposto a enveredar por outros caminhos das letras. Quero mesmo me dedicar mais à literatura. Já estou até engendrando um novo romance. Tenho que fazer umas pesquisas e logo quero sentar para escrever.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Programação do 35º Festival de Artes de São Cristóvão


Programação foi divulgada nesta 
segunda-feira, 1 de outubro
Fotos do evento: Dani Santos/Heitor Xavier

Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 01 de outubro de 2018

Prefeito lança programação do 35º Festival de Artes de São Cristóvão

Na manhã desta segunda-feira, 1º, o Prefeito Marcos Santana lançou a programação oficial do 35º Festival de Artes de São Cristóvão (FASC) 2018. Com um café da manhã para a imprensa e convidados, no Paço Municipal, Centro Histórico, o gestor municipal contou todos os detalhes sobre a realização do evento cultural mais importante do Estado. Todo o secretariado municipal e os servidores da prefeitura prestigiaram o acontecimento, que contou também com as participações dos vereadores: Toni da Academia, Dito, Edson Pereira, Paulo Júnior e Vanderlan Nego. Confira a programação completa do evento.

“Não sei se todos compreendem a dimensão do FASC, mas para nós ele tem uma importância que não conseguimos mensurar. O nosso festival não é uma festinha do interior. É o maior evento cultural e artístico de Sergipe e um dos maiores do nordeste brasileiro, por isto o esforço extraordinário para realizá-lo. Com apenas 12 anos, em 1972, eu acompanhei o primeiro FASC e minhas memórias fazem com que eu persiga o objetivo de a cada ano superar as expectativas do público, com uma programação cultural mais abrangente. Lembro sempre da professora Aglaé Fontes, que certa vez disse que o FASC é um formador de plateias. É justamente isto queremos: fazer com que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer artistas, que elas sejam apreciadoras das manifestações artísticas e folclóricas de nosso estado, e que façam uma reflexão sobre o nosso papel neste contexto. É preciso pensar qual o legado cultural que queremos deixar para as próximas gerações”, destacou o prefeito Marcos Santana.

A secretária de governo e relações comunitária de São Cristóvão, Paola Santana comentou sobre as expectativas para o festival, que acontecerá nos dias 15,16,17 e 18 de novembro. “Esperamos dobrar o número de participantes e visitantes no evento. A programação está bem diversificada, inserimos mais artistas nordestinos e mais artistas femininas. A ideia é que o FASC também seja uma vitrine para artistas que estão começando, Serão mais 80 de artistas sergipanos, em várias modalidades, além disto o festival é uma oportunidade para fomentar a economia da cidade”, observou.

Concurso de Cartazes

Com o tema “Uma Cidade Onde a Cultura Impera, a Violência não Vira Espetáculo”, o concurso para o cartaz oficial do FASC 2018 foi aberto em agosto. Durante o lançamento da programação foi entregue o cheque no valor de R$ 3.000,00 ao ganhador. “Estou sempre na cidade, quando soube do concurso de cartazes busquei mais informações sobre as manifestações folclóricas, em particular das Caceteiras, fotografei os grupos e as imagens serviram de inspiração para a obra. No cartaz tentei contemplar todas as manifestações, misturando cores, mas sempre respeitando a identidade dos grupos”, frisou Canijan, que usou a técnica de aquarela para criar o cartaz.


Lauro Francis, baixista da Cidade Dormitório enfatizou a importância do grupo se apresentar mais uma vez no FASC, reiterando a importância de ser uma banda criada em São Cristóvão. “Nascemos no Grande Rosa Elze e estamos felizes de participar outra vez do evento, agora no palco principal dividindo a energia com um público muito maior. Cantar para o público da nossa cidade, do nosso estado é importante demais. Vamos mostrar músicas do nosso primeiro disco e algumas canções do novo disco, que estamos em gravação, tudo 100% autoral”, contou.

Parceria

Apoiando e endossando o FASC desde o lançamento, na década de 70, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) fará parte como parceira na organização do evento. Representando o reitor da Universidade Federal de Sergipe, Angelo Roberto Antoniolli, a pró-reitora de extensão Alaíde Hermínia enfatizou o papel da instituição dentro de São Cristóvão, enaltecendo a relação que vem sendo construída com a gestão do prefeito Marcos Santana. “O FASC é um grande momento que traz desenvolvimento para a cidade. Acompanhamos essa revitalização do festival, através da fomentação da economia criativa. O evento, que começou na UFS, hoje pertence a todos os sancristovenses e ao povo sergipano. Enquanto instituição, que está na realização do evento junto com a Prefeitura de São Cristóvão, pensamos o FASC o ano inteiro, através de trabalhos e ações dentro da universidade que darão suporte para os dias de evento. Estaremos no evento através de inúmeras ações ligando comunidade e universidade. A UFS é parceira de todos os projetos da Prefeitura de São Cristóvão e confiamos na gestão do prefeito Marcos Santana. Queremos que esta 35º edição seja maior e mais bonita de todas”, pontuou.

Compreendendo a importância do FASC para a cena cultural brasileira, a Red Bull aportará no festival trazendo um palco especial para atrações sergipanas. Segundo as embaixadoras da marca em Sergipe, Victoria Aragão Paes e Yasmim Alves esta será a primeira vez que a Red Bull fará uma ação tão grande dentro do estado. “A Red Bull está sempre presente em eventos culturais do Brasil e achamos a proposta do festival muito interessante, pois dialoga com o nosso Red Bull Music Breaktime Sessions, onde levamos artistas universitários para cantar em grandes palcos do País. Assim estaremos no FASC com um palco composto por cinco atrações sergipanas, escolhidas a partir do casting de artistas universitários do Red Bull Music Breaktime Sessions em Sergipe, fazendo assim um grande intercâmbio cultural”, disse Victoria.

Para Bruno Guimarães, coordenador pedagógico da Aliança Francesa de Aracaju apoiar o FASC faz parte das ações culturais da instituição. “O diretor da Aliança Francesa, Carlos Hermínio, observou que o festival será um grande momento cultural para Sergipe, sendo um difusor para diversos públicos. Estaremos no FASC através de exposições sobre a cultura francesa, o Maio de 68, além de um espaço para divulgarmos a língua francesa para o público do festival e também com apresentações das três atrações artísticas principais do Festival da Canção Francesa que acontecerá agora, dia 7 de outubro, no Centro de Criatividade, às 18h. O público do FASC vai conferir os nossos vencedores num show bem especial”, contou Bruno.

O FASC tem como patrocinadores: Stanza, Vitória Transportes e Jaguar Segurança e Iluminação. A Aliança Francesa de Aracaju e a Red Bull são apoiadoras do evento.

Fonte: Ascom Prefeitura de São Cristóvão

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br