quinta-feira, 25 de julho de 2019

Djenal Gonçalves Filho lança ‘O Tatu de Pirakê’ na sexta, 26, no Sebo Xique

Foto: Divulgação

Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 24/07/2019

Contos de quem cava a ficção e atocaia a realidade

Djenal Gonçalves Filho lança ‘O Tatu de Pirakê’ na sexta, 26, no Sebo Xique.

Distante das amarras acadêmicas e na contramão do esteticismo literário, o compositor e cronista Djenal Gonçalves Filho lança o primeiro livro no próximo dia 26, a partir das 17h, no Sebo Xique, localizado no JFC Trade Center. São mais de 20 contos ilustrados pela designer e artista visual Gabi Etinger, com o traço certeiro da ideia escrita por ele. Histórias de todo o lugar, de tantas as ‘gentes’, amigos e transeuntes; vivências daqueles que o cercam e também da própria existência compõem o ‘O Tatu de Pirakê’.

“É um livro para se divertir. Uma coisa que sempre combati foi de ser acadêmico demais, seguir uma estética pré-moldada. Quem me conhece e já leu o livro, me vê nele, a originalidade da coisa. Gosto de ler e sempre me identifiquei com os escritores alternativos, sendo vários os que me inspiraram, mas o jeito de falar e contar as histórias em ‘O Tatu de Pirakê’ é meu. A maioria são ficção e histórias que ouvi ou mesmo vivi”, explicou o autor.

Foi da escrita despretensiosa compartilhada com os próximos e com o incentivo de amigos leitores, que Djenal arrumou a toca para o ‘O Tatu de Pirakê’ chegar com a graça e leveza que o destacam em uma boa conversa e livro. “Já tinha uns contos guardados, alguns de muito tempo que eu passava para os amigos e o incentivo vinha deles. Fui juntando, mas tem coisas que fiz para o livro, a maioria, na verdade. Amaral Cavalcante, de quem sou muito fã, quando comecei a mostrar, ele me incentivou a fazer o livro. Então, fui me animando, até tentei participar de um concurso literário, corri, mas foi tanta da correria que acabei perdendo o tempo do concurso e fui aperfeiçoar os contos, trabalhando para ficar do tamanho e jeito que queria”, contou.

Inspirados no cotidiano, da conversa num encontro boêmio, acadêmico ou acompanhando as notícias do jornal fora de alguma fila, Djenal ressalta a liberdade de colocar em cada conto a forma sincera e criativa, sem estar preso à diversidade de opiniões, julgamentos e críticas. “Estou preparado para as críticas. Já tive medo dos comentários de algumas pessoas e elas amaram. Talvez não gostou e não falou. Mas, o livro é como comida, bebida ou filme, há quem goste e quem não goste. Em alguns momentos, as pessoas podem se sentir ofendidas por qualquer conto ou expressão nele presente. Em algum momento parei para refletir, ainda assim optei por não mudar, pois quem me conhece sabe que nunca tive problema com ninguém, não há nada de ofensivo. Ainda me perguntei: ‘Será que está politicamente incorreto?’. Então, ótimo”, declarou Djenal.

Outras tocas

Pensando em caminhar por Sergipe afora, ‘O Tatu de Pirakê’ começa na capital sergipana com o desejo latente de espalhar tocas pelo Brasil inteiro, bem como se fazer ‘tocaia’ para outras manifestações artísticas. “Quero que ‘o tatu’ caminhe. Vou lançar aqui, atingir o maior público e depois já tenho convite para lançar na Bahia, Alagoas, Brasília e São Paulo. Mas, onde conseguir levar, ele vai e depois vem e vai formando público. Além disso, já tem amigos que são da área do cinema que já demonstraram interesse em alguns contos para fazer curtas. É assim que quero que ‘o tatu’ se faça presente na música, no teatro, onde for”, afirmou.

Com um olho no ‘tatu’ e outro no lado de fora da toca, o escritor Djenal Gonçalves revela que já está na produção de um segundo livro. “Já estou escrevendo um novo livro. Mas, tudo no seu tempo e agora é o momento de ‘O Tatu de Pirakê’. Ainda sem pressão de ter que produzir, eu vou, no meu próprio tempo, tomando um vinho, compartilhando com amigos, fazendo estes lerem em voz alta para mim. Assim descubro o ritmo do texto e aí vejo se tem humor. Li alguma coisa de um escritor famoso que disse que é preciso ter amigos leitores para escolher o texto e eu tenho vários que leram o meu livro antes. A minha esposa Roberta Nascimento, assim como o biólogo e escritor Marcelo Cardoso; e o próprio Amaral Cavalcante”, disse.

Por Gilmara Costa/Equipe JC

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário