domingo, 26 de fevereiro de 2017

Bombeiros orientam banhistas sobre como evitar afogamentos em Aracaju


Publicado originalmente no site F5news, em 13/01/2016.

Bombeiros orientam banhistas sobre como evitar afogamentos em Aracaju.

Da Redação.

A faixa de praia que vai do que vai do bairro Coroa do Meio até as proximidades dos Arcos da Orla, na praia de Atalaia, zona Sul de Aracaju (SE), é considerada a região mais perigosa para os banhistas pelo corpo de Bombeiros de Sergipe. O especialista em salvamento aquático capitão Márcio Fábio Silva Caldas confirma que o local possui os maiores registros de afogamento na capital sergipana. Os mergulhadores dos Bombeiros já identificaram pontos com quase 30 metros de profundidade na área.

Para evitar os afogamentos, o Corpo de Bombeiros coloca bandeirolas vermelhas para indicar a existência de buracos e forte correnteza, mas muitos ignoram os avisos de perigo. Segundo o capitão Fábio Silva, o que torna essa faixa de mar tão perigosa é a forte influência do rio no comportamento da areia da praia. “A areia é transportada pelas águas que provocam aquelas “piscinas”, que são formadas quando a maré está baixa, onde as crianças geralmente ficam. Mas quando a maré está alta, aquela “piscina” se torna um perigo”, explica.

Além de princípio de afogamento, o número de crianças perdidas nas praias sergipanas também cresce consideravelmente no verão, segundo os Bombeiros. No ano passado foram 19 ocorrências desse tipo, 12 casos ocorreram entre setembro e novembro. Para evitar esta situação, desde o dia 1º de janeiro, o Corpo de Bombeiros está distribuindo pulseiras de identificação das crianças para os familiares.

Primeiros socorros.

O capitão Márcio ressalta que é muito comum um banhista querer ajudar alguém que está se afogando, sobretudo quando se tratam de idosos e crianças. “Contudo, solicitamos que os banhistas entrem em contato com o bombeiro porque sempre haverá uma dupla de guarda-vidas nos arcos da orla e na Coroa do Meio. Se algum banhista entrar para fazer o socorro de alguma pessoa, ele deve ter conhecimento para não se colocar em risco. Tem que saber nadar, conversar com a vítima para ela não entrar em pânico e precisa ter algum apoio como uma boia ou uma toalha para não ter contato direto com a vítima. No mais, se a pessoa não tiver nenhum tipo de conhecimento, é recomendado que não entre, pois poderá se tornar outra vítima”, orienta.

O capitão alerta que a falta de conhecimento para prestar socorro pode ocasionar sérios problemas e afeta até mesmo profissionais com larga experiência. “Já aconteceu comigo que sou experiente, mas eu tenho um bom preparo físico e soube controlar a situação, deixando a vítima me “afogar” e depois, peguei a mão dela, entrei em contato visualmente e falei: “olha, tenha calma. Você está segura”. Mas uma pessoa que não tem experiência pode entrar em pânico e se tornar outra vítima”, afirma.

Atendimento ao afogado.

Cerca de 90% das vítimas que são atendidas pelos bombeiros não precisam de atendimento médico porque foram resgatados no princípio do afogamento. “Normalmente, a vítima está falante, pedindo socorro e ele chega de imediato, seja pelos bombeiros ou por banhistas que estejam no local. Na maioria das vezes, as vítimas são crianças ou idosos. Como aqui os buracos estão próximos das margens, as pessoas que têm menos agilidade motora são as principais vítimas”, pontua o capitão.

Os princípios de afogamento sem óbito ocorrem, normalmente, nos finais de semana, pois há um grande fluxo de pessoas no entorno. Já os casos com afogamento fatais acontecem nos dias da semana. “São pessoas que normalmente não conhecem ou não respeitam a sinalização colocada no local e que entram mesmo assim. Como não há muitas pessoas na região, mesmo que a vítima solicite o socorro, provavelmente não será atendida, pois há poucas pessoas na praia”, enfatiza o especialista.

Treinamento.

Todos os dias são feitos treinamentos de natação com os bombeiros na piscina do Clube do Banese e na própria da Coroa do Meio para que os socorristas conheçam o local e saibam acompanhar a maré e utilizá-la a seu favor. Os bombeiros também fazem corrida funcional em toda extensão da praia. “Fazemos todo tipo de treinamento aeróbico para mantermos o físico da melhor forma possível”, acrescenta o capitão Fábio.

Cuidados que as pessoas precisam tomar quando vão à praia:

- Os responsáveis devem verificar o local onde vão ficar na praia.

- Nunca deixar as crianças sem supervisão e não ficar muito longe delas, pois elas podem ter o impulso de entrar na água se ocorrer um princípio de afogamento.

- Observar se há guarda-vidas no local. Se não houver, verificar se aquele local é propício para banho. Como? Entrando na água, de forma lenta, e observando.

- Existe um local onde as ondas se quebram, deixando aquela espuma branca. Mas, se você observar, existem locais onde não tem a quebra da onda. Esses locais são mais profundos que o restante ao redor”, conclui o capitão.

*Com informações da SSP/SE.

Texto e imagem reproduzidos do site: f5news.com.br

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