quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Cachaça de Sergipe vendida até para Minas Gerais


Publicado originalmente no site Destaque Notícias.

Cachaça de Sergipe vendida até para Minas Gerais.

Sergipe vende cachaça para a Bahia, Alagoas, Pernambuco e até para Minas Gerais, terra que produz as melhores pingas do Brasil. A façanha é do empresário Martinho Miranda Barreto, proprietário da Fazenda Priapu da Feira, em Santa Luzia do Itanhy. Ali é feita a boa Reserva do Barão, cachaça artesanal com 41% de graduação alcoólica. Por um tempo, Martinho a exportou para a Alemanha, porém resolveu romper o contrato porque o parceiro europeu só tinha interesse na cachaça branca para produzir caipirinha: “A Reserva do Barão não é para ser misturada, como acontece com os aguardentes feitos para este fim”, explica o empresário sergipano.

Inaugurado há 12 anos, o alambique de cobre da Agro Indústria Priapu tem capacidade para produzir 100 mil litros de cachaça por ano, mas a sua produção atual é de 80 mil litros anuais. Toda a cana usada é da própria fazenda. Segundo Martinho Miranda, a produção da cachaça Reserva do Barão é controlada rigorosamente. “Não adianta ter uma cana de excelente qualidade, como a nossa, se a colheita não for feita com cuidado, ou se ocorrerem falhas durante o processo de fabricação”, ensina o empresário.

Em 2008, quando chegou a exportar para a Alemanha, a Fazenda Priapu da Feira descansava a cachaça branca por apenas seis meses em dornas de aço inox. Hoje só produz para envelhecer em barris de carvalho por quatro e seis anos. “Neste período, ocorre uma troca muito forte entre o a cachaça e a madeira, alterando a cor e o sabor do produto final”, explica Miranda.

O empresário diz ficar muito satisfeito com a aceitação da Reserva do Barão. Ele conta que resolveu implantar o alambique para resgatar uma antiga tradição do município, que sempre produziu boas cachaças. “A nossa fazenda pertenceu ao Barão do Timbó, antepassado de minha esposa Vera Lúcia Leite Barreto. Para se ter uma ideia, o primeiro alambique a chegar em Santa Luzia do Itanhy foi adquirido na Inglaterra em 1856 pelo Barão, que empresta o nome a nossa cachaça”, afirma Martinho.

(Cédito/mapadacachaca.com.br).

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

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