Publicado originalmente no site Destaque Notícias.
Castanha torrada em Itabaiana é vendida em todo o país.
Itabaiana é o maior produtor de castanha torrada do país.
A preocupação com o meio ambiente é uma realidade no Povoado
Carrilho, em Itabaiana (SE), onde 90% da população trabalha com o
beneficiamento de castanha de caju. Num ato de auto sustentabilidade, ha muito
tempo os itabaianenses reutilizam a própria casca da castanha, após o
beneficiamento, para alimentar as fogueiras e torrar as 40 toneladas do produto
in natura que chegam semanalmente, da Bahia e do Piauí. Cada saco de castanha
torrada rende 11 quilos de casca.
Quarenta toneladas de castanha in natura rendem 8.800 quilos
do produto beneficiado. Esta produção semanal envolve a população do povoado
Carrilho, com menos de mil habitantes, dos quais: 90%, diretamente e 10%
indiretamente. Em quase todas as casas da localidade possuem trabalhadores do
beneficiamento de castanhas.
Na comunidade existe um total de 234 alunos do ensino
fundamental, dos quais 43 são alunos da pré-escola. O Programa de Erradicação
do Trabalho Infantil está presente no povoado, bem como o Programa Bolsa
Família. Há 14 anos foi fundada a Associação dos beneficiados e Vendedores de
Castanhas do Povoado Carrilho, visando uma melhor organização dos trabalhadores
e a melhoria da qualidade do produto para o acesso à economia formal. Em
Itabaiana existem outros dois povoados com a atividade: Dendezeiro e Taboca.
A produção de castanha torrada do município vai para a
Bahia, Rio de Janeiro, Alagoas, Brasília, São Paulo, Santos, Guarujá e outras
localidades do Sudeste do país. Para a produção a castanha in natura já é
adquirida pré-selecionada.
Assar castanha não é para qualquer um. O processo possui
três etapas. Depois da torrefação, o produto é descascado para, finalmente, ser
retirada a pela. O bom assador (Quem manuseia a castanha no fogo) leva cerca de
seis meses para aprender o ponto certo do produto, antes de ser descascado.
Cada grupo de trabalhadores (Um torrador, três descascadores e as
“despeladeiras”) pode chegar a produzir por dia, três sacos de castanha
beneficiada, o equivalente a 150 quilos.
Texto e imagem reproduzidas do site: destaquenoticias.com.br
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