segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

'Peneirou Xerém' mantém viva uma tradição sergipana

 Grupo é composto por 36 mulheres e dois homens.

 Josefa coordena o grupo há 20 anos.

 Sertanejas...

Casal Nunes está junto nessa tradição.
Créditos - Portal Infonet.

Infonet > Cultura > Especial > 22/08/2008.

'Peneirou Xerém' mantém viva uma tradição sergipana.

Cantigas de roda do grupo sergipano levam alegria a quem vê e a quem faz parte dessa tradição

Os cabelos brancos evidenciam a idade, mas as flores coloridas na cabeça revelam um alegre grupo de jovens senhoras, que transformam em samba de roda suas histórias de vida. Com uma peneira na mão, cantiga decorada e gingado no corpo, o grupo 'Peneirou Xerém' dissemina a cultura do sertão e contribui para manter acesa a chama das tradições sergipanas.

História

O grupo surgiu através do entrelaçamento de histórias do cotidiano das seis mulheres que inicialmente formavam o 'Peneirou Xerém', batizado dessa forma em homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga. O cotidiano na roça, o cultivo do milho e as lendas do sertão inspiravam as melodias que, segundo elas, contam a própria história do São João.

Liderados pela voz firme da coordenadora Josefa, 36 mulheres e dois homens encaram com empolgação a rotina dos ensaios semanais, que lhe renderam um convite para participar de um evento folclórico em Salvador. “É a primeira vez que saímos do Estado, e isso só foi possível graças à dedicação de todos, para que a coisa ocorra da maneira mais original possível”, disse dona Josefa.
Tradição e Alegria

O casal Edjanete e José Augusto Nunes são os que têm menos tempo de grupo, mas ficam longe da lanterninha quando o assunto é animação. “Sempre tivemos interesse nas danças folclóricas, na cultura popular, e vimos como seria importante nossa contribuição para que isso não suma com o passar do tempo”, falou Zé Augusto, que representa o ‘homem do sertão’.

Já para dona Neusa, de 63 anos, a dança no 'Peneirou Xerém' vai além das tradições culturais: faz bem à sua saúde. “Eu tenho artrose, dores no corpo, e aqui me mexendo, esquecendo os problemas, eu sinto que tô pisando na doença quando danço”, diverte-se.

Composto em sua maioria por mulheres com um triste retrospecto de vida, essas estrelas do folclore de Sergipe prometem brilhar...

A felicidade das ‘meninas’ da dona Josefa nos ensaios transborda no sorriso de cada uma. As flores na cabeça nem parecem artificiais. Parecem ter brotado de suas almas...

Por Glauco Vinícius e Raquel Almeida.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

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