Grupo é composto por 36 mulheres e dois homens.
Josefa coordena o grupo há 20 anos.
Sertanejas...
Casal Nunes está junto nessa tradição.
Créditos - Portal Infonet.
Infonet > Cultura > Especial > 22/08/2008.
'Peneirou Xerém' mantém viva uma tradição sergipana.
Cantigas de roda do grupo sergipano levam alegria a quem vê
e a quem faz parte dessa tradição
Os cabelos brancos evidenciam a idade, mas as flores
coloridas na cabeça revelam um alegre grupo de jovens senhoras, que transformam
em samba de roda suas histórias de vida. Com uma peneira na mão, cantiga
decorada e gingado no corpo, o grupo 'Peneirou Xerém' dissemina a cultura do
sertão e contribui para manter acesa a chama das tradições sergipanas.
História
O grupo surgiu através do entrelaçamento de histórias do
cotidiano das seis mulheres que inicialmente formavam o 'Peneirou Xerém',
batizado dessa forma em homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga. O cotidiano na
roça, o cultivo do milho e as lendas do sertão inspiravam as melodias que,
segundo elas, contam a própria história do São João.
Liderados pela voz firme da coordenadora Josefa, 36 mulheres
e dois homens encaram com empolgação a rotina dos ensaios semanais, que lhe
renderam um convite para participar de um evento folclórico em Salvador. “É a
primeira vez que saímos do Estado, e isso só foi possível graças à dedicação de
todos, para que a coisa ocorra da maneira mais original possível”, disse dona
Josefa.
Tradição e Alegria
O casal Edjanete e José Augusto Nunes são os que têm menos
tempo de grupo, mas ficam longe da lanterninha quando o assunto é animação.
“Sempre tivemos interesse nas danças folclóricas, na cultura popular, e vimos
como seria importante nossa contribuição para que isso não suma com o passar do
tempo”, falou Zé Augusto, que representa o ‘homem do sertão’.
Já para dona Neusa, de 63 anos, a dança no 'Peneirou Xerém'
vai além das tradições culturais: faz bem à sua saúde. “Eu tenho artrose, dores
no corpo, e aqui me mexendo, esquecendo os problemas, eu sinto que tô pisando
na doença quando danço”, diverte-se.
Composto em sua maioria por mulheres com um triste
retrospecto de vida, essas estrelas do folclore de Sergipe prometem brilhar...
A felicidade das ‘meninas’ da dona Josefa nos ensaios
transborda no sorriso de cada uma. As flores na cabeça nem parecem artificiais.
Parecem ter brotado de suas almas...
Por Glauco Vinícius e Raquel Almeida.
Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura
Nenhum comentário:
Postar um comentário