Foto: Jadilson Simões/Equipe JC.
Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em
02/01/2016.
Projeto Tamar de SE fará soltura de 40 tartaruguinhas
Animais vão ser lançados no dia 2 de janeiro, às 17h, na
Praia de Atalaia.
Por: Andréa Vaz/Da Equipe JC.
O Projeto Tamar de Sergipe fará a primeira soltura de
tartarugas de 2016 neste sábado, dia 2 de janeiro, às 17 horas, na Praia de
Atalaia, quando em torno de 40 tartaruguinhas serão devolvidas ao mar. Antes da
soltura, adultos e crianças vão poder tocar no animal e receber orientações
sobre a espécie, além do projeto de recuperação destes animais. A ação faz
parte do trabalho de educação ambiental e da programação de férias do Projeto
Tamar e Oceanário de Aracaju. A programação, que teve início no dia 25 de
dezembro e segue até o dia 31 de janeiro, inclui ainda alimentação dos
tubarões, tanque interativo e oficinas artísticas, entre outras atrações.
Segundo o biólogo Rauber Santos Garcia, do Projeto Tamar em
Aracaju, mais de 10 mil tartarugas foram soltas em Sergipe em 2015. Ainda de
acordo com ele, das cinco espécies marinhas encontradas no Brasil três costumam
desovar mais nas praias sergipanas. São elas: Oliva, Cabeçuda e de Pente,
considerada a mais trópica de todas as tartarugas marinhas e criticamente
ameaçada.
Rauber alerta que as cinco espécies de tartarugas marinhas
encontradas no Brasil continuam ameaçadas de extinção, segundo critérios das
listas brasileira e mundial de espécies ameaçadas. Dessas, quatro desovam no
litoral - e, por estarem mais expostas, são as mais ameaçadas: Cabeçuda
(Caretta caretta), de Pente (Eretmochelys imbricata), Oliva (Lepidochelys
olivacea) e de Couro (Dermochelys coriacea).
Já a tartaruga Verde (Chelonia mydas) está menos exposta,
pois desova principalmente nas ilhas oceânicas (Atol das Rocas, Fernando de
Noronha e Trindade), onde a ação predatória do homem é mais controlada, o que
contribui com a estabilidade da sua população. Vale lembrar que muitas espécies
já se extinguiram nos últimos milhões de anos.
De acordo com os biólogos do Tamar, de cada mil filhotes que
nascem somente um ou dois conseguem atingir a maturidade. Isso porque são
inúmeros os obstáculos que enfrentam para sobreviver, mesmo quando se tornam
juvenis e adultos. Mas, além dos predadores naturais, as ações do homem estão
entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas, como a pesca
incidental, ao longo de toda a costa, com redes de espera, e em alto mar, com
anzóis e redes de deriva; a fotopoluição; o trânsito de veículos nas praias de
desova; a destruição do habitat para desova pela ocupação desordenada do
litoral; a poluição dos oceanos; e o aquecimento global.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net
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