sábado, 26 de março de 2016

Canhões do Museu estão abertos para a visitação


Infonet > Cultura > Noticias > 23/03/2016.

Canhões do Museu estão abertos para a visitação.

Os canhões foram restaurados pelo técnico Henrique Braga.

O acervo de 11 canhões e 12 balas do século XIX do Museu de História de Sergipe foi reaberto para visitação em uma nova sala, na última terça-feira, 22, após um intenso processo de manutenção voltado à conservação. Realizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), através da Diretoria de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), a manutenção atende a uma orientação do Ministério Público do Estado (MPE), por meio do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

A recuperação das balas e canhões contou com a retirada da ferrugem, hidratação e selagem das peças com cerra de carnaúba, o que irá amenizar os efeitos e desgastes do tempo. O projeto de conservação também incluiu a confecção de novas carretas de madeira de maracatiara, que servem de suporte para os canhões. Seguindo o modelo de uma original que foi restaurada, as carretas mantêm uma uniformidade com as mesmas características da época. Além de contribuir com a conservação, elas facilitarão o manejo e remoção dos canhões que são muito pesados. A manutenção foi executada pelo técnico em restauração Henrique Braga.

Acompanhado pelos membros do Conselho Estadual de Cultura, o secretário de Estado da Cultura, Elber Batalha descerrou a placa de inauguração da nova sala onde os canhões ficarão alocados, e enfatizou a importância da realização de ações de manutenção do patrimônio público. “Estes canhões são parte viva da história de Sergipe. O restauro e manutenção deles é de suma importância não só para tornar o Museu mais atrativo, mas principalmente, para que as novas gerações possam visualizar aquilo que eles aprendem na teoria, nos livros de história”, considerou.

Representando o Ministério Público do Estado, a promotora de justiça distrital do município de São Cristóvão, Lenilde Nascimento, elogiou o resultado da manutenção e a agilidade no processo do cumprimento da orientação. “Quando solicitamos a manutenção das peças e a destinação para um local apropriado, fomos prontamente atendidos pelo secretário Elber Batalha. Hoje o resultado está perfeito, um trabalho muito bem feito que fica à disposição da população”.

Ao final, o público pôde prestigiar a apresentação da peça “A Peleja de Leandro na Trilha do Cordel”, do Grupo de Teatro Imbuaça. O espetáculo mistura ficção e realidade para narrar a trilha, nem sempre reta, da vida do inventor da literatura de cordel, o poeta paraibano Leandro Gomes de Barros.

Os canhões

Os canhões que fazem parte da coleção do Museu Histórico de Sergipe são remanescentes do século XIX e pertenceram aos batalhões de Sergipe na Guerra de Canudos e Revolta Tenentista. Acredita-se que o maior canhão pertenceu a Pedro Lobatut, quando esteve em Sergipe em 1822 e foi contratado para garantir a aclamação de D. Pedro I, como Imperador do Brasil.

Segundo a representante do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kleckstane Lucena, os canhões representam não só a história do município, mas também do país. “Houve uma preocupação com a conservação das peças, e essa é uma forma de valorização do nosso patrimônio, da nossa própria história”.

Fonte: ascom Secretaria de Estado da Cultura.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

Foto/Legenda:
Os canhões foram restaurados pelo técnico Henrique Braga.
Crédito - Secult.

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