Infonet > Cultura > Noticias > 23/03/2016.
Canhões do Museu estão abertos para a visitação.
Os canhões foram restaurados pelo técnico Henrique Braga.
O acervo de 11 canhões e 12 balas do século XIX do Museu de
História de Sergipe foi reaberto para visitação em uma nova sala, na última
terça-feira, 22, após um intenso processo de manutenção voltado à conservação.
Realizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), através da Diretoria
de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Dphac), a manutenção atende a
uma orientação do Ministério Público do Estado (MPE), por meio do Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC).
A recuperação das balas e canhões contou com a retirada da
ferrugem, hidratação e selagem das peças com cerra de carnaúba, o que irá
amenizar os efeitos e desgastes do tempo. O projeto de conservação também
incluiu a confecção de novas carretas de madeira de maracatiara, que servem de
suporte para os canhões. Seguindo o modelo de uma original que foi restaurada,
as carretas mantêm uma uniformidade com as mesmas características da época.
Além de contribuir com a conservação, elas facilitarão o manejo e remoção dos
canhões que são muito pesados. A manutenção foi executada pelo técnico em
restauração Henrique Braga.
Acompanhado pelos membros do Conselho Estadual de Cultura, o
secretário de Estado da Cultura, Elber Batalha descerrou a placa de inauguração
da nova sala onde os canhões ficarão alocados, e enfatizou a importância da
realização de ações de manutenção do patrimônio público. “Estes canhões são
parte viva da história de Sergipe. O restauro e manutenção deles é de suma
importância não só para tornar o Museu mais atrativo, mas principalmente, para
que as novas gerações possam visualizar aquilo que eles aprendem na teoria, nos
livros de história”, considerou.
Representando o Ministério Público do Estado, a promotora de
justiça distrital do município de São Cristóvão, Lenilde Nascimento, elogiou o
resultado da manutenção e a agilidade no processo do cumprimento da orientação.
“Quando solicitamos a manutenção das peças e a destinação para um local
apropriado, fomos prontamente atendidos pelo secretário Elber Batalha. Hoje o
resultado está perfeito, um trabalho muito bem feito que fica à disposição da
população”.
Ao final, o público pôde prestigiar a apresentação da peça
“A Peleja de Leandro na Trilha do Cordel”, do Grupo de Teatro Imbuaça. O
espetáculo mistura ficção e realidade para narrar a trilha, nem sempre reta, da
vida do inventor da literatura de cordel, o poeta paraibano Leandro Gomes de
Barros.
Os canhões
Os canhões que fazem parte da coleção do Museu Histórico de
Sergipe são remanescentes do século XIX e pertenceram aos batalhões de Sergipe
na Guerra de Canudos e Revolta Tenentista. Acredita-se que o maior canhão
pertenceu a Pedro Lobatut, quando esteve em Sergipe em 1822 e foi contratado
para garantir a aclamação de D. Pedro I, como Imperador do Brasil.
Segundo a representante do Instituto de Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (Iphan), Kleckstane Lucena, os canhões representam não só
a história do município, mas também do país. “Houve uma preocupação com a
conservação das peças, e essa é uma forma de valorização do nosso patrimônio,
da nossa própria história”.
Fonte: ascom Secretaria de Estado da Cultura.
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura
Foto/Legenda:
Os canhões foram restaurados pelo técnico Henrique Braga.
Crédito - Secult.
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