sábado, 17 de novembro de 2018

Cortejos de grupos folclóricos marcam o primeiro dia do FASC








Mestre Acácia, do Caceteiras de Mestre Rindu

Carla Suzana, Yasmim Azevedo e Tacira Santana 
vão curtir os quatro dias do FASC

Tonho Baixinho, da Banda de Pífanos de Aracaju, 
comemora mais uma edição do FASC



Fotos: Heitor Xavier/Alysson Prado.

Publicado originalmente no site da Prefeitura de S. Cristóvão, em 16/11/2018

Cortejos de grupos folclóricos marcam o primeiro dia do FASC

Os tradicionais cortejos dos grupos folclóricos abriram as atividades do primeiro dia do Festival de Artes de São Cristóvão (FASC), nessa quinta-feira, 15,  no Centro Histórico. Pelas ruas e ladeiras da Cidade Mãe passaram Caceteiras de Mestre Rindu, Banda de Pífano de Aracaju, Atividade Circense (Coletivo Inferninho) e Samba de Parea de Laranjeira, reafirmando as manifestações culturais que se mantêm vivas e presentes no Estado.

Emocionado por estar presente em mais uma edição do FASC, a 35 ª, o músico Tonho Baixinho, da Banda de Pífanos de Aracaju, relembrou o início do festival e falou sobre a importância do evento para a cultura do Estado. “Estive no primeiro FASC e estou muito feliz em viver esse novo momento do Festival, após a retomada, no ano passado. Eventos como esses têm um papel fundamental para fortalecer e reafirmar as manifestações populares do nosso país”, avaliou.

Já mestre Acácia, do grupo folclórico Caceteiras de Mestre Rindu,  destacou o aspecto lúdico do FASC. “A maior felicidade é poder compartilhar a nossa alegria e a nossa história com todos que participam do Festival”, afirmou. Opinião compartilhada pelas amigas Carla Suzana, Yasmim Azevedo e Tacira Santana. “Não tem evento melhor do que o FASC. É um encontro que reúne todas as manifestações artísticas num só local. Sem falar na beleza histórica que São Cristóvão representa. Muito bom.”

Vanguarda

Nas ruas de pedras e espaços seculares da Cidade Mãe de Sergipe nascia em 1º de setembro de 1972, o FASC, em plena Ditadura Militar, como um espaço de vanguarda e liberdade. Embora tenha sido pensado como um evento cívico, a partir da convocação do Governo Federal para que os estados e as universidades realizassem comemorações sobre os 150 anos da Independência do Brasil, o evento logo se tornou o maior núcleo cultural de Sergipe e um dos maiores festivais de artes do nordeste brasileiro.

“No ano 1972 houve um movimento nacional orquestrado pelo governo federal para homenagear e celebrar os 150 da independência do Brasil. O governo de Sergipe e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) foram convidados a pensar eventos que comungassem com esse movimento nacional. A universidade pensou em algo que celebrasse todas as linguagens culturais, como teatro, dança literatura, cinema. O FASC foi um hiato, um evento de vanguarda no Brasil da Ditadura Militar, embora tenha sido um evento vigiado, com algumas peças sendo censuradas. Os artistas queriam ousar para além de qualquer autoritarismo e o evento que surgiu como cívico, logo se tornou cultural”, destacou o historiador Thiago Fragata.

Com inspiração no modelo dos festivais de artes de outros locais, a exemplo do Festival de Marechal Deodoro, Alagoas, o reitor da UFS, na época, Luiz Bispo, inaugurou o FASC tomando-o como forma de implantar a extensão universitária. A partir daí, a UFS buscou apoio com o Ministério da Educação e Cultura, Governo do Estado, governos municipais e com diversas instituições do cenário cultural e empresarial, que assumiram, conjuntamente, a realização da festa - estreitando assim a relação entre universidade e sociedade.

Realizado ininterruptamente, o FASC aconteceu durante 23 anos: de 1972 a 1995, sob tutela da UFS. Em seguida, com algumas interrupções, o festival aconteceu até 2005. Depois de um hiato de 12 anos, por iniciativa da gestão do prefeito Marcos Santana, através da Fundação de Cultura e Turismo João Bebe Água (Fundact) e da Secretaria Municipal de Governo e Relações Comunitárias, o FASC ressurgiu em 2017 mantendo a parceria com a UFS, para celebrar a 34º edição, que aconteceu com sucesso de público e crítica.

Edição 2018

Este ano, a programação do 35º FASC prezou pela diversidade cultural. São mais 100 atrações nacionais e sergipanas, todas com representatividade artística para simbolizar o Brasil. 

Texto e imagens reproduzidos do site: saocristovao.se.gov.br

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