Foto: Divulgação.
Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em
24/02/2016.
Movimento do Choro Sergipano homenageia Luiz Americano.
Show acontece na próxima sexta, 26, às 19h30, no Café da
Gente Sergipana.
Por: Gilmara Costa/Equipe JC.
Em 27 de fevereiro de 1900, nasceu o músico e o compositor
sergipano de choro, Luís Americano Rego. Exímio instrumentista, atuou com
grandes músicos como Pixinguinha, Bonfiglio de Oliveira e Donga, sendo
convidado em 1940, por Villa-Lobos, a participar da gravação a bordo do navio
“Uruguai”, para o disco “Native Brazilian Music”, idealizado e dirigido pelo
maestro norte-americano Leopold Stokowski. É a este sergipano que completaria
116 anos de vida, que o Movimento do Choro presta homenagem nesta sexta, 26, às
19h30, no Café da Gente Sergipana.
“Trata-se de uma justa homenagem ao grande nome do choro,
que nos deixou um extenso legado musical, tendo acompanhado artistas como
Orlando Silva e Carmem Miranda. Luiz Americano também participou de orquestras.
É, sem dúvida, um músico de grande expressão em nossa música e que merece essa
lembrança, com uma apresentação dedicada à sua obra”, disse Sérgio Thadeu,
idealizador e organizador do Movimento do Choro Sergipano.
No repertório do grupo Odir Caius & Regional, que
comandará a festa, canções de Luiz Americano e clássicos do gênero musical.
“Teremos a apresentação de composições como ‘É do que há’, de autoria de Luiz
Americano, e que foi o primeiro choro ouvido por Jacob do Bandolim, que também
se consagrou um grande músico. Mas terá muito mais, com a execução dos grandes
clássicos do choro, com muita alegria”, afirmou Sérgio Thadeu.
Mais sobre Luiz Americano
Foi na adolescência que Luiz Americano começou a aprender
clarineta. Em 1921, transferido para o Rio de Janeiro, passou a atuar como
músico profissional, tocando sax alto e clarineta. Integrou algumas das
orquestras mais atuantes nos anos 20, quando o sistema elétrico de gravação foi
implantado no Brasil e transformou-se num músico importante na evolução da
linguagem do choro.
Excursionou pela América do Sul e, nos anos 30, tocou em
orquestras de jazz. Foi também compositor e tocou em orquestras de rádios e
dancings. Intensa atividade artística foi registrada entre as décadas de 1930 e
1940, fazendo sucesso como compositor e solista, gravando com os mais
prestigiados cantores da época.
Movimento do choro
Em 2013, nascia o Movimento do Choro Sergipano, com a
reunião de vários grupos, na Aease (Associação de Engenheiros Agrônomos de
Sergipe), com a organização de Sérgio Thadeu, filho do radialista Tadeu Cruz,
que durante 22 anos esteve à frente do programa dominical dedicado ao choro,
Domingo no Clube. Disposto em não só assumir o posto deixado pelo pai, após sua
morte, Sérgio Thadeu também idealizou um projeto que movimentasse e
fortalecesse o cenário do choro local.
E eis que um ano depois era firmada a parceria com o Café da
Gente Sergipana, onde todas às sextas-feiras tem apresentações do choro com o
movimento. “Nesse período de Movimento do Choro temos visto cada vez mais as
pessoas comparecendo aos encontros, e mais grupos, mais locais colocando o
chorinho em destaque. É muito gratificante. Tanto aquelas pessoas que já gostam
no gênero quanto novos admiradores agora contam com diversas opções de shows,
pois na cidade tem lugar com apresentação de choro sempre e isso é muito bom.
Hoje é notório que o choro tem alcançado cada vez mais espaço”, afirmou.
Sempre buscando relembrar grandes nomes do chorinho, as
edições do projeto buscam a cada apresentação homenagear artistas que
contribuíram de maneira expressiva para o gênero. Por isso, músicos como
Egnaldo do Bandolim, considerado o pai do bandolim em Sergipe; e Waldir
Azevedo, mestre do cavaquinho e autor do choro “Brasileirinho”, já foram
homenageados.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net
Fico imensamente grato pela homenagem dedicada ao meu saudoso avô. Vivo no rio de Janeiro, e procuro manter viva a memória de Luiz Americano, atuando sempre na preservação e divulgação de sua belíssima obra.
ResponderExcluirOSMAR PEREIRA FILHO (Neto do compositor/interprete)
Obrigado pelo comentário caro Osmar. Um abraço.
ExcluirCaro Osmar, enviei seu comentário para o Sérgio Thadeu, que na oportunidade o mencionou em seu programa de Rádio.
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