Foto reproduzida do blog: canalr5blog.blogspot.com.br
Publicado originalmente no Portal UFS, em 09/06/2010.
Zizinha Guimarães: uma vida dedicada à educação dos
sergipanos
Saber Ciência/Lívia Borges Santana.
Entre as memoráveis professoras da cidade de Laranjeiras,
dona Eufrozina Amélia Guimarães ou, simplesmente, “Zizinha Guimarães”
(1872-1964) foi, sem dúvida, uma das mais destacadas. Uma “senhorinha”
socialmente comprometida, artista, mestra atenta e dedicada. A Professora
Zizinha, mulher inteligente e determinada, conseguiu transpor muitas
dificuldades de sua época, como o fato de ser negra e de pertencer a uma
família não abastada, atuou decisivamente no campo educacional de sua cidade e
encantou a todos com seus talentos e habilidades singulares.
Laranjeirense nascida a 26 de dezembro de 1872, Zizinha
Guimarães estudou no Colégio Inglês, instituição dedicada à educação feminina,
onde foi aluna da Professora Anne Carol. Dentre as atividades desenvolvidas na
instituição, destaca-se o estudo de disciplinas curriculares do ensino básico
além de noções de piano, culinária, trabalhos manuais e pintura.
É inquestionável a importância da professora Zizinha para a
formação da sociedade de Laranjeiras. Ela dedicou sua vida ao ofício de ensinar
e contribuiu para o crescimento intelectual de várias gerações de sergipanos.
Contudo, sua história está dispersa em páginas de trabalhos acadêmicos e em
algumas publicações. Seus objetos pessoais estão espalhados nos mais diversos e
inusitados acervos, fato que torna sua memória ameaçada pelo esquecimento.
Diante de tudo isso, é necessário garantir a salvaguarda
dessa memória, uma memória que conta de maneira surpreendente detalhes da vida
de uma professora que é lembrada até hoje por seus ex-alunos como uma pessoa
inteligente, elegante e amável. É bem verdade que existem pessoas interessadas
e ansiosas para que isso aconteça, a exemplo do historiador Marcos Oliveira,
laranjeirense apaixonado pela vida de Zizinha e que almeja ver sua memória
reunida e protegida.
Para que esse anseio se torne realidade, é necessário, além
do desejo dos cultores da memória, o apoio da sociedade e dos governos
municipal e estadual na resistência ao esquecimento dessa significante página
da História da Educação de Sergipe.
Currículo:
* Discente do Curso de Museologia da Universidade Federal de
Sergipe e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em História das Mulheres –
GEPHIM (UFS/CNPq).
Texto reproduzido do site: ufs.br/conteudo
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