terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Zizinha Guimarães (1872 - 1964)

Foto reproduzida do blog: canalr5blog.blogspot.com.br

Publicado originalmente no Portal UFS, em 09/06/2010.  

Zizinha Guimarães: uma vida dedicada à educação dos sergipanos

Saber Ciência/Lívia Borges Santana.

Entre as memoráveis professoras da cidade de Laranjeiras, dona Eufrozina Amélia Guimarães ou, simplesmente, “Zizinha Guimarães” (1872-1964) foi, sem dúvida, uma das mais destacadas. Uma “senhorinha” socialmente comprometida, artista, mestra atenta e dedicada. A Professora Zizinha, mulher inteligente e determinada, conseguiu transpor muitas dificuldades de sua época, como o fato de ser negra e de pertencer a uma família não abastada, atuou decisivamente no campo educacional de sua cidade e encantou a todos com seus talentos e habilidades singulares.

Laranjeirense nascida a 26 de dezembro de 1872, Zizinha Guimarães estudou no Colégio Inglês, instituição dedicada à educação feminina, onde foi aluna da Professora Anne Carol. Dentre as atividades desenvolvidas na instituição, destaca-se o estudo de disciplinas curriculares do ensino básico além de noções de piano, culinária, trabalhos manuais e pintura.

É inquestionável a importância da professora Zizinha para a formação da sociedade de Laranjeiras. Ela dedicou sua vida ao ofício de ensinar e contribuiu para o crescimento intelectual de várias gerações de sergipanos. Contudo, sua história está dispersa em páginas de trabalhos acadêmicos e em algumas publicações. Seus objetos pessoais estão espalhados nos mais diversos e inusitados acervos, fato que torna sua memória ameaçada pelo esquecimento.

Diante de tudo isso, é necessário garantir a salvaguarda dessa memória, uma memória que conta de maneira surpreendente detalhes da vida de uma professora que é lembrada até hoje por seus ex-alunos como uma pessoa inteligente, elegante e amável. É bem verdade que existem pessoas interessadas e ansiosas para que isso aconteça, a exemplo do historiador Marcos Oliveira, laranjeirense apaixonado pela vida de Zizinha e que almeja ver sua memória reunida e protegida.
Para que esse anseio se torne realidade, é necessário, além do desejo dos cultores da memória, o apoio da sociedade e dos governos municipal e estadual na resistência ao esquecimento dessa significante página da História da Educação de Sergipe.

Currículo:

* Discente do Curso de Museologia da Universidade Federal de Sergipe e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em História das Mulheres – GEPHIM (UFS/CNPq).

Texto reproduzido do site: ufs.br/conteudo

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