domingo, 1 de março de 2015

Sergipano se destaca em livros sobre aviação

Sérgio Ricardo mostra com orgulho as suas duas publicações.
Foto: Portal Infonet.

Infonet - Cultura - Noticias - 27/02/2015.

Sergipano se destaca em livros sobre aviação
Interesse sobre aviação partiu da inquieta do sergipano

Os constantes conflitos aéreos no oriente Médio reacenderam um alerta nos diversos países do mundo quanto a segurança aérea. As aeronaves do tipo ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) são utilizadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) com o intuito de detectar possíveis ameaças externas.

Apesar de pouco ainda se falar sobre o assunto, Sérgio Ricardo Santana Cerqueira, é o primeiro escritor brasileiro a lançar dois livros que tratam sobre aviação militar. Os livros "Embraer EMB-145 ISR- Programa, Versões, Operações e Emprego" e o “Beyond The Horizon” retratam sobre as aeronaves brasileiras de longo alcance e que fazem a segurança do espaço brasileiro.

“Os livros tanto um quanto outro tratam sobre aeronaves de alerta antecipada de controle. Essas aeronaves tem longo alcance e um equipamento de controle de outras aeronaves. Elas funcionam como torres de controle pro céu. Elas são usadas para proporcionar um alerta antecipado de ameaças contra aquele país. Então em vez do país depender de radares em terra que são limitados pela curvatura do planeta, ele agora vai se confiar também nos radares montados nas aeronaves que não são limitados por essa curvatura”, informa.

O interesse de escrever sobre aviação militar partiu da inquietação do sergipano em abordar sobre uma manobra simulada do Exercício Cruzeiro do Sul (CRUZEX) que é um exercício aéreo multinacional organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) com o objetivo de treinar suas tropas em caso de ameaça externa.

Essa simulação ocorreu em 2006 e contou com a participação das Forças Aéreas da França, Argentina, Brasil e Venezuela, onde na oportunidade, a aeronave brasileira [Embraer 145 ISR] derrubou simuladamente outras aeronaves francesas e argentinas sem ser detectadas.

De acordo com Sérgio Ricardo Santana Cerqueira muitas foram as barreiras para o lançamento do primeiro livro. “A ideia do livro nasceu de uma teimosia. Houve um campeonato de aeromodelismo aqui em 2006, só que na ocasião, não se falava em outra coisa a não ser na missão que a força brasileira tinha participado em que uma das aeronaves que havia entrado em operação abateu simuladamente aeronaves inimigas. E eu disse que iria escrever um livro sobre isso. Cheguei em casa e comecei a pesquisar e em 2010, já tinha escrito o texto, mas não tinha quem publicasse, pois algumas editoras disseram que não tinha público por não ser uma aeronave que chamava atenção, já que não era de caça. Mesmo assim, continuei tentando e no decorrer da pesquisa conheci várias pessoas e uma dessas me pareceu confiável a ponto de fazer comigo uma versão ampliada e em maio de 2010 começamos a trabalhar o texto, ele é britânico, tinha passado mais de 30 anos na força aérea de lá”.

Mas foi em 2012 que o primeiro livro intitulado "Embraer EMB-145 ISR- Programa, Versões, Operações e Empego" foi lançado em São Paulo. Ainda não satisfeito, o sergipano continuou as pesquisas e em 2014 uma editora austríaca lançou o seu segundo livro Beyond The Horizon.

Para Sérgio Ricardo Santana Cerqueira, o que chama atenção nos seus livros é o fato deles apresentar não somente abordagens técnicas, mas relatos de quem pilotou a aeronave. “Esse livro ele teve uma coisa curiosa que eu busquei desde o começo não ser técnico ao extremo, busquei conceitos para colocar o lado pouco conhecido do assunto como pessoas que operaram essas aeronaves. Tanto um quanto o outro tem depoimentos de pessoas que tiveram em combate nessas aeronaves, ou seja, tem o lado humano ao contrário dos que tem por aí, não é um livro maçante, mas procurei trazer um assunto digamos mais fechado para perto do leitor”, elogia.

Mas a luta do escritor sergipano não vai parar por aí. Após se formar, Sérgio Ricardo pretende permanecer na área. “Quero entrar na área, quem sabe fazer a minha própria empresa ou trabalhar em algo voltado a pesquisa ou ao desenvolvimento de algum programa para facilitar a vida dos deficientes, porque hoje por exemplo existe a questão do transporte de pessoas de necessidades especiais em aeronaves. Como viajo regularmente a Brasília para tratamento, eu percebo essas dificuldades de locomoção no solo que depende às vezes de um aparelho”, afirma.

Por Aisla Vasconcelos.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura

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