segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Escritor sergipano vence prêmio nacional na categoria Literatura

 Antonio Carlos Viana é considerado um dos maiores contistas da atualidade.

Viana lança livro 'Jeito de matar lagartas'.
Créditos: Arquivo Pessoal.

Publicado originalmente no site G1 SE, em 03/12/2015.

Escritor sergipano vence prêmio nacional na categoria Literatura.

Autor narra conflitos com morte, sexo e solidão em 'Jeito de matar lagartas'.
Livro foi lançado em março e pode ser adquirido nas livrarias de Sergipe.

Do G1 SE.

O escritor sergipano Antonio Carlos Viana, considerado um dos maiores contistas brasileiros da atualidade, é o vencedor da categoria Literatura em Contos/Crônicas da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) pela publicação do livro 'Jeito de Matar Lagartas'. A lista dos premiados foi divulgada nesta quinta-feira (3).

O prêmio não tem inscrições e os concorrentes são escolhidos ao longo do ano conforme as publicações são feitas.

"Existe algum jeito de matar lagartas? Elas podem ser estouradas com os pés, fazendo um ploc que soa incômodo aos ouvidos. Podem ser presas em um saco plástico e agonizar até a morte, ou até mesmo se pode jogar álcool em cima delas e atear fogo".

A traquinagem é a predileta entre os três adolescentes personagens do conto carro-chefe do novo livro do escritor sergipano Antonio Carlos Viana, considerado um dos maiores contistas brasileiros da atualidade. Ao mesmo tempo que executam a brincadeira cruel, vão passando por descobertas do mundo adulto, como a sexualidade, por exemplo.

Na outra ponta do livro, o roteiro da solidão, os conflitos com a velhice e a decomposição do corpo e do espírito, ingredientes diversos que formam o cardápio da obra. Os 27 contos são permeados pela morte. A infância e a velhice se encontram pelo mesmo ângulo, o das frustrações. De acordo com o narrador de 'Cara de Boneca', uma das histórias curtas de maior destaque. “O mundo se [divide] entre os de coração puro e os de maldade extrema”. Um olhar pessimista sobre as coisas, dividido com o próprio autor do livro.

“Talvez uma visão realista do mundo. Qualquer um de nós, mesmo que não tenha consciência das coisas, termina intuindo isso, de que há pessoas de coração aflito e outras que são de uma maldade extrema pelo prazer de o serem, haja vista os ladrões de primeira classe de nosso dinheiro, que pouco estão ligando para as nossas misérias materiais”, disse Antonio Carlos Viana.

*Com informações da assessoria de comunicação.

Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com/se/sergipe

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