sábado, 9 de abril de 2016

A Fundação da Cidade de São Cristovão


A histórica povoação de São Cristóvão e o Rio Sirigipe (atual Sergipe) identificados no Atlas do Brasil de 1640, de Albernaz.

*A Fundação da Cidade de São Cristovão/SE.

São Cristóvão foi a quarta cidade fundada no Brasil, depois de Salvador, Rio de Janeiro e João Pessoa.

Jaboatão, em seu Novo Orbe Seráfico Brasilico, indica, com base em cartas de sesmarias, petições e um manuscrito, que São Cristóvão teria sido fundada já como cidade, por Cristóvão de Barros, que a batizou com o santo de seu nome. Esses documentos atestam que a Cidade foi inicialmente erguida em um local chamado de Aracaju, na margem do Rio Sergipe, transferida, poucos anos depois, para um outeiro, na Barra do Poxim, e transferida mais uma vez para outro local.

Na época, vilas podiam ser fundadas por donatários, mas a fundação de cidades requeria a aprovação do rei. Antes de Jaboatão, Rocha Pitta, em sua História da América Portuguesa, relata que a Capitania de Sergipe foi fundada por ordem real. Pitta também se refere à tomada da Cidade de S. Christovam de Sergipe, em seus relatos da invasão holandesa, deixando claro a condição de cidade para São Cristóvão.

Note, entretanto, no mapa acima, de Albernaz, um cartógrafo oficial de Portugal, que São Cristóvão é designada como povoação. Albernaz era criterioso e designou Salvador, Rio de Janeiro e João Pessoa (com a nomenclatura da época) devidamente como cidades. A designação de Albernaz pode ter sido influenciada pelo fato de que São Cristóvão foi incendiada, em 1638, e reconstruída sob domínio holandês. Com a expulsão dos holandeses, em 1645, São Cristóvão foi deixada em ruínas.
Vários documentos existentes no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa, entre 1656 e 1822, indicam a condição de cidade para São Cristóvão.

Cristóvão de Barros.

Cristóvão de Barros nasceu em Portugal. Era filho de Antônio Cardoso de Barros, provedor mor da Fazenda no governo de Thomé de Sousa.
Foi enviado ao Brasil, em 1566. Em 1567, participou, sob comando de Mem de Sá, da defesa do Rio de Janeiro contra os franceses. No ano seguinte, participou da guerra contra os tamoios.

Foi o 3º capitão mor do Rio de Janeiro, de 1572 a 1575. Foi provedor mor da Fazenda, em 1587 e, também, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Bahia.

Em 1590, ele fundou São Cristovão, a primeira cidade de Sergipe. Retornou à Bahia, em 1591, deixando a região aos cuidados de Tomé da Rocha.

Texto e imagem reproduzidos do site: brasil-turismo.com

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