terça-feira, 19 de abril de 2016

Abelardo Romero Dantas

O nome de Abelardo Romero Dantas, segundo Assis Brasil, ao lado de José Maria Fontes (1908-1994), figura como o precursor das mudanças estéticas do Modernismo, chegadas ao Estado de Sergipe por volta das primeiras décadas do século XX. Consciente, Abelardo Romero já começava a brincar com os versos, sem respeito à métrica ou a qualquer padrão poético. Por natureza, o poeta se apresentava livre em sua fonte de inspiração e em sua criação lírico-literária. Os historiadores da literatura sergipana o classificam como um promissor pré-modernista e um modernista lírico. Nascido a 13 de junho de 1907 às 5 horas da manhã de um dia de Domingo, filho de Etelvino Dantas e Maria Romero Dantas, Abelardo Romero era de família tradicional que já dera vultos importantes, a exemplo de seu tio-avô, o folclorista Sílvio Romero, também nascido em Lagarto.

Atividade predileta (RJ, 1951). Acervo familiar. Foi jornalista, poeta e escritor, com poemas publicados na África e na Europa, tendo sido citado e reconhecido por todos os cantos do Brasil e do mundo, onde percorrera; recebeu na Itália, num postal futurista, os aplausos de Felipe Marinetti. Na França foi elogiado por Georges Lê Gentil, que ressaltou a originalidade de sua mensagem lírica. A critica Argentina o colocou entre os conceituados poetas do Brasil, tendo sido também elogiado por reconhecidos homens de letras, europeus e norte-americanos, bastando citar entre eles: Antonio Rosado, em Portugal; Geraldo Diego, na Espanha, Émile Dantinne, na Bélgica, Heinz Piontek, na Alemanha e Philip Booth nos Estados Unidos. Estreou como poeta graças ao incentivo de Murilo Araújo.

Membro da Academia Sergipana de Letras ocupou a cadeira de nº 16, mais tarde da professora Ofenísia Freire. Faleceu em Lagarto, aos 72 anos, no dia 17 de março de 1979, no antigo povoado Cidade Nova.
De sua seara literária, é autor dos seguintes livros de poesia: Trem noturno (1931), Vozes da América (1941), As Rosas e o Relógio (1949); A Musa Armada (1954); Exílio em Casa (1955); O alegre Cativo (1959); O Passado Adiante (1970) e Visita ao Rio (1978). Na prosa, destacou-se com: Sílvio Romero em família (1960); Origem da Imoralidade no Brasil (1967); Chatô, a verdade como anedota (1969), Heróis de batina (1973) e Limites Democráticos do Brasil (1975), este último sem publicação ainda. Em 1940, pôs seu dom poliglota a serviço traduzindo dois romances: A Rainha Elizabeth – de Lytton Strachey; e Falso Testemunho – de Irving Stone.

Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldepoesia.jor.br

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